INFORMATIVO TÉCNICO PILOCARPINA HCl ANTIGLAUCOMATOSO / MIÓTICO Propriedades A Pilocarpina é um parassimpaticomimético que estimula de forma direta os receptores colinérgicos. Produz a contração do músculo do esfíncter da íris, que origina a constrição do músculo pupilar (miose), constrição do músculo ciliar (que ocasiona aumento da acomodação) e uma redução da pressão intraocular associada com diminuição da resistência ao fluxo de saída do humor aquoso. Também pode inibir a secreção do humor aquoso. No glaucoma de ângulo aberto, aparentemente, abre os espaços intertrabeculares e facilita o fluxo do humor aquoso. No glaucoma de ângulo fechado, a constrição da pupila atrai a íris, afastando-a das trabéculas; assim, alivia o bloqueio da malha trabecular. Na miose, o início da ação é evidenciado num período de 10 a 30 minutos, com uma duração ao redor de 4 a 8 horas. Indicações Glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado, durante ou depois da iridectomia, glaucoma secundário, indução de miose pós-operatória ou depois de uma oftalmoscopia. Posologia Glaucoma crônico: 1 gota de uma solução de 0,5 a 5%, 4 vezes ao dia, na conjuntiva. Glaucoma agudo de ângulo fechado: 1 gota de uma solução de 1 a 2% a cada 5 ou 10 minutos, até um total de 3 a 6 gotas; depois, 1 gota a cada 1 ou 3 horas, até que a pressão ocular seja reduzida. Miótica: para reverter os efeitos midriáticos dos simpaticomiméticos, 1 gota de solução a 1% na conjuntiva. Antes da iridectomia: 4 doses de 1 gota de uma solução a 2% antes da cirurgia. Gel oftálmico: aplicar de forma tópica na conjuntiva, 1,5cm do gel a 4%, 1 vez ao dia, ao deitar-se. O Fator de correção para o Pilocarpina HCl é 1,0. Reações adversas Sinais de absorção sistêmica: aumento da sudorese, tremor muscular, náuseas, vômitos ou diarréia, salivação excessiva. Pode ocasionar visão turva, dor de olhos e, raramente, irritação ocular e cefaléias. Precauções Precaução se ocorrer visão turva ou uma mudança na visão de perto ou de longe, principalmente durante a noite. Para evitar a absorção sistêmica excessiva, o paciente deve pressionar o saco lacrimal com o dedo por 1 a 2 minutos depois da instilação da solução. Como pode ser absorvida de forma sistêmica, deverão tomar-se precauções durante a gravidez e período de lactação. Interações. Os alcalóides oftálmicos da belladona ou o ciclopentolato, usados simultaneamente com a Pilocarpina, podem interferir com a ação antiglaucomatosa desta; por sua vez, a Pilocarpina reverte os efeitos midriáticos destes medicamentos. 1 INFORMATIVO TÉCNICO Contra-indicações A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de asma brônquica, conjuntivites ou queratites infecciosas agudas, irites agudas ou outras situações nas quais não se deseje a constrição pupilar. Sugestões de fórmulas Pilocarpina 10 mg/ml Produto Pilocarpina HCl Flavorizante líquido Sorbitol sol. 70% Propilenoglicol Água com conservantes Spray oral Conc. 600mg 5 gotas 10ml 6ml Qsp 60ml Pastilhas de Pilocarpina 2,5mg Produto Conc. Pilocarpina HCl 0,075g Silica gel micronizada 0,3g Aspartame 0,625g Goma arábica, USP 0,5g Flavorizante liquido 7 – 8 gts Polietilenoglicol 1500 (PEG) 28,85g NOTA: O Fator de correção para o Pilocarpina HCl é 1,0. Informações sobre estabilidade pH: o cloridrato de pilocarpina é mais estável em pH ácido que em pH alcalino. O pH de máxima estabilidade está próximo a 5,0. Embalagem recomendada: frasco de vidro ou PET âmbar. Temperatura de armazenamento recomendada: sob refrigeração. Estabilidade aproximada: 60 dias. Processo de degradação química provável: hidrólise. Referências 1. Ferguson MM et al. (Letter). Pilocarpine oral solution. Br. Dent J. 1991; 170(7):251. 2. JR., ALLEN, L.V. Allen’s Compounded Formulations – The Complete U.S.Pharmacist Collection. Washington:American Pharmaceutical Association, 2003. pg. 306307. 3. Trissel, L. A. Stability of Compounded Formulations. Second Edition. Washington DC: American Pharmaceutical Association, 2000. pg.302-304. 4. Vade-Mécum 2003/2004. 2