literatura de jaborandi pilocarpus

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LITERATURA DE JABORANDI PILOCARPUS
Nome Científico: Pilocarpus microphyllus Starf ex Wardleworth
Nomes Populares: Jaborandi, Jaborandi Pilocarpus, Jaborandi-do-maranhão,
Jaborandi-legítimo, Jaburandi, Jaborandi-da-folha-pequena
Família Botânica: Rutaceae
Parte Utilizada: Folhas
Descrição:
É um pequeno arbusto, ereto, ramificado, de cerca de 1,2m de altura, nativo do
Norte e Nordeste do Brasil, onde ocorre principalmente na vegetação do carrasco,
em encostas pedregosas, desde o estado do Piauí até a Amazônia. As folhas são
compostas imparipinadas, comumente com sete pequenos folíolos, quase sésseis,
exceto o apical, com limbo de ápice emarginado e nervuras salientes nos bordos da
face dorsal. Flores amarelo-esverdeadas, que dão origem a frutos do tipo cápsula
deiscente. A parte usada constitui-se dos folíolos recentemente dessecados. Parte
da produção de folhas, para fins industriais é conseguida hoje por grandes campos
de cultivo no Pará e no Maranhão.
É uma das mais destacadas espécies medicinais brasileiras, constando de
farmacopéias de todo o mundo, devido ao uso de seu principio ativo, a pilocarpina,
um alcalóide imidazólico usado no tratamento de alguns tipos de glaucomas
primários. Entretanto, o processo extrativista de suas folhas vem causando uma
redução significativa das populações nativas, tendo sido incluída na Lista Oficial de
Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE JABORANDI PILOCARPUS
Constituintes
Químicos
Principais:
Alcalóides,
Pilocarpina,
pilosina,
pilocarpidina, neopilocarpina, isopilocarpina, isopilocarpidina, isoneopilocarpina,
pilosinina, anidropilosina, pseudopilocarpina, pseudojaborina, epiisopilosina (II),
hidrocarbonetos terpênicos (2-tridecadona e b-cariofileno), matérias resinosas e
pécticas, taninos,
Indicação:
Esta planta teve grande importância médica e econômica até o final do século XX,
quando seu princípio ativo foi substituído na indústria de medicamentos por um
sucedâneo sintético. Levantamentos etnobotânicos registram seu uso pouco
frequente, nas práticas caseiras da medicina popular, na forma de infusão das
folhas, para tratamento de bronquite, pele seca e para baixar a febre;
externamente é referido o emprego do seu extrato como tônico capilar contra
alopecia. Farmacologicamente, o jaborandi tem propriedades: sudorífica, miótica e
febrífuga e apresenta ação estimulante do peristaltismo e da secreção salivar. Na
composição química das folhas são encontrados 0,25 a 0,50% de óleo essencial,
cujos constituintes principais são o beta-cariofileno e a 2-tridecanona,
acompanhados de beta-pineno e outros terpenos. Entre seus componentes fixos se
encontram 0,8 a 1,5% de pilocarpina, pilosina e menores quantidades de outros
alcaloides parecidos, além de mais um triterpeno do grupo cedrelano. As
propriedades medicinais desta planta, tanto por uso interno como externo, são
decorrentes da pilocarpina, principal constituinte ativo, como também da pilosina,
que na forma de sulfato, tartarato e cloridrato, se mostra eficaz no tratamento da
acne, queda de cabelos, seborreia e outras afecções do couro cabeludo, com
preparações de uso local. Suas folhas tem sido usadas há mais de meio século
principalmente para produção industrial da pilocarpina. Em farmacotécnica tem
emprego na preparação de extrato, tintura e pó, usados pela indústria farmacêutica
de fitoterápicos e pelas farmácias de manipulação. Os sais da pilocarpina entram na
composição de colírios, pomadas e injeções hipodémicas usadosno controle da
pressão ocular nos casos de glaucoma e, como miótico em oftalmologia, todos de
uso restrito ao receituário médico. Seus extratos e a própria pilocarpina são usados
também como antídoto do envenenamento por alcaloides tropânicos de Solanáceas
como a zabumba (Datura spp.), Beladona (Atropa beladona) e seus produtos. A
pilocarpina é um agente parassimpaticomemético; estimula as glândulas
sudoríficas, salivares, lacrimais, gástricas, pancreáticas, intestinais e as da mucosa
das vias respiratórias. Tem sido usada para diminuir a pressão intraocular. A
pilocarpina pode ser usada para diminuir a secreção da boca e da garganta nos
distúrbios provocados pela radioterapia de câncer nesses locais. Em veterinária é
usada como estimulante das secreções e dos movimentos do aparelho
gastrointestinal especialmente do rúmen. Tem ação miótica e baixa a pressão
intraocular, sendo por isso usada em medicina no tratamento do glaucoma. As
folhas contêm 0,8% de alcaloides totais, dos quais, cerca de 0,5% correspondem a
pilocarpina. A pilocarpina ocorre também nos folíolos de outras espécies do gênero
como P. jaborandi Holmes (jaborandi-de-pernambuco) e P. pennatifolius Lem.
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(jaborandi-do-paraguai), todas nativas do Brasil. Estas espécies encontram-se sob
risco de extinção pela exploração predatória.
Contraindicação: Não é recomendado para gestantes e pessoas com problemas
cardíacos.
Revisão de Interação: Nenhuma interação foi encontrado.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. Lucio, E.M.R. de A.; Rosalen, P.L., et al. Avaliação toxicológica aguda e
sreening hipocrático da epiisopilosina, alcaloide secundário e
Pilocarpus microphyllus. Revista Brasileira de Farmacognosia, 2000.
3. EIRA, M.T.S.; VIEIRA, R.F.; MELLO, C.M.C.; FREITAS, W.A.F.. Conservação
de sementes de jaborandi (Pilocarpus microphyllus). Revista Brasileira
de Sementes, v. 14, n.1, 1992.
4. JABORANDI.
Disponível
em:
http://ervaseinsumos.blogspot.com.br/2009/03/jaborandi.html
5. Pilocarpus
microphyllus.
Disponível
em:
http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinaisjaborandi.html
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