Os vírus da Hepatites B e C nos serviços do IPO – Gastro e Hematologia Mário Cunha Margarida Figueiredo VÍRUS HEPATITE B VÍRUS HEPATITE C • O vírus da Hepatite B é membro da família dos Hepadnavirus é um vírus hepatotrópico, com genoma a DNA contrariamente a todos os vírus conhecidos que causam Hepatite que são vírus a RNA. ` Durante anos e apesar de se ter conhecimento do Vírus de Hepatite A e da Hepatite B a transmissão de Hepatite pós transfusional continuava a ocorrer. Como não se conhecia o agente infeccioso denominou-se de Hepatite não- A, não- B. • Hepadnavirus p têm p preferência ppara infectar células do fígado mas podemos encontrar pequenas quantidades de DNA viral “noutros orgãos (rins, pâncreas) e em células mononucleadas. ` No final dos anos 80 foi identificado o agente causador d desta d i f ã ao quall se chamou infecção h Ví Vírus d da Hepatite C. 2 Mas só a partir do ano de 1992 é que se surgiram os testes de screening para testar a presença de anticorpos 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 ` VÍRUS HEPATITE B • ´ GENOMA: 4 ORF • • 3 VÍRUS HEPATITE C ´ Região S pre S-S (Ag de superficie-HBS Ag) • M ou pre S2 ? • L ou pre S1 – proteínas ligação – vírus/receptores célula hospedeira. Região C PreC PreC-C C (precore (precore-corecore core Ag e antiénio e • Região p – viral DNA polimerase • Região g X – HBx ((ligação g hospedeiro/vírus p e expressão dos genes. ´ FFamília íl Flaviviridae Fl d Vírus a RNA de cadeia simples, com envólucro. ´ Genoma é constituído por genes que codificam para: ´ Proteínas estruturais core(C) envólucro1 e 2(E) ´ Proteínas não estruturais NS2, NS3, NS4, NS5. Ciclo de vida é feito no citoplasma 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 VÍRUS HEPATITE B • Os viriões HBV são partículas com 40 a 52nm de diâmetro, com envólucro externo lipoproteíco p p que q contém 3 tipos de glicoproteínas – os antigénios de superfície –Ags. • • • VÍRUS HEPATITE C ` O envólucro interno é a nucleocápside ou CORE – não se encontra forma livre em circulação mas pode ser detectado no núcleo dos hepatócitos. Genoma organizado em três proteínas estruturais (Core, (Core Envólucro 1e 2) no terminal N e 4 proteínas funcionais no terminal C (NS2, NS3, NS4 e NS5). ` O CORE contém o genoma viral, parcialmente cadeia dupla de DNA de 3.2 kb e a DNA polimerase (que actua também bé como transcriptase reversa)) que é responsável á l pela síntese do DNA viral nas células infectadas. O genoma do HCV não entra no núcleo da célula hospedeira, a replicação do HCV-RNA ocorre no citoplasma dos hepatócitos. ` A ppolimerase do HCV não tem capacidade p de reparação , que resulta numa diversidade/variabilidade genética muito grande o que torna muito difícil o combate ao vírus ír s pelo el sistema imunitário im nitári e a produção r d çã efectiva de uma vacina única. A transcrição reversa não corrige erros de transcrição, levando a uma taxa maior de mutações durante a replicação do que para outros vírus de DNA. 4 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 VÍRUS HEPATITE B Árvore filogenética de 175 sequências do genoma completo do HBV representando os 8 genótipos (Kramvis et al., 2005) Genótipos A-H cerca de 90% homologia (»8% divergência) 5 VÍRUS HEPATITE C Genótipos: 1 - 6 grupo de vírus que apresentam ~70% de homologia na sequência do seu genoma 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 CICLO REPLICATIVO: REPLICATIVO HBV E HCV 6 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 TRANSMISSÃO HBV: HCV ` Transmissão : sanguínea, sexual, perinatal (sangue contaminado, contacto sexual com pessoas infectadas partilha de objectos potencialmente infectadas, contaminados) (ex: agulhas, escovas dentes, lâminas barba material de acupunctura, tatuagens…), transmissão materno materno-fetal fetal (durante o parto). ` Assintomática em 90% dos casos ` ` Cura em 95% dos casos em adultos ` Período incubação: 30-180 dias. Evolução para a cronicidade em cerca de 10% dos casos. ` Sintomas: semelhantes a uma gripe com febre, mialgias, mau estar geral, icterícia, vómitos, perda de apetite, urina escura, fezes claras.. ` ` Vacina é a melhor protecção: (incluída no Programa Nacional de vacinação desde o ano 2000); bebés nascidos de mães portadoras de HBV; pessoas que desejem protecção contra o vírus. vírus 7 ` ` ` ` Transmissão : sanguínea (sangue contaminado de pessoas infectadas; partilha de objectos potencialmente contaminados) (ex: agulhas agulhas, escovas dentes, dentes lâminas barba material de acupunctura, tatuagens …). A transmissão por via sexual é rara, mas pode acontecer. Existe risco de infecção materno fetal durante parto (não são aconselháveis cesarianas em mães infectadas) Assintomática na maioria dos casos Período incubação: ç 14-180 dias. Infecção pelo HCV evolui para a cronicidade em 80% dos casos. Principal causa de doença hepática grave / cancro do fígado e consequente causa da maioria dos transplantes Hepáticos Sintomas: letargia, mau estar geral e intestinal, perda de apetite, dores abdominais e raramente icterícia. Vacina: não existe vacina 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL • 2 biliões pessoas no mundo infectadas com vírus hepatite B • 240 milhões têm infecções crónicas hepáticas • 600.000 600 000 pessoas / ano morrem por consequências de infecção aguda ou crónica por HBV • O vírus HBV é 50-100 vezes mais infeccioso que o HIV • Existe vacina desde 1982 com 95% de efectividade contra a i f ã – 1ª vacina infecção i preventiva ti contra t cancro hhumano • O vírus da Hepatite B endémico em vários países da Ásia • Altas % de infecção crónica na América do Sul e Europa (sul, centro e este) • Médio Oriente e India sub- continental 2-5 % população geral está cronicamente infectada • Menos de 1% da população Europa Norte e Ocidental e América do Norte está infectada cronicamente. 8 • • • • • • • Nº de pessoas infectadas cronicamente nos EUA: U 2 a 4 milhões ões Nº de pessoas infectadas cronicamente na Europa: 5 a 10 milhões India: 12 milhões Ag grande maioria não sabe que está infectada Nº de novos casos: 150 000 nos EUA e Europa Ocidental e 350 000 no Japão Cerca de 5-7% dos pacientes morrem como consequencia da infecção Na maioria dos paises europeus, a prevalência na população estima-se entre 0.5 e 2% 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 VACINAÇÃO HBV IImunização i ã iimplementada l t d Imunização não implementada . A Imunização pela vacina da Hepatite B é o meio mais eficaz de prevenir a infecção por HBV e as suas consequências Sources: WHO: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs204/en/index.html. June 2011 9 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 M Marcadores d de d Infecção I f ã Serologia (screening) Serologia (adicionais) Biologia Molecular 10 Hepatite B Hepatite C HBsAg Anti-HBc Anti-HBs Anti-HCV HBeAg Anti-Hbe A ti HB IgM Anti-HBc I M Confirmatório de HCV PCR em Tempo Real (LD 1 UI/mL) (LD: UI/ L) PCR em Tempo Real ((LD: 35 UI/mL)) (LQ: 65 a 106 UI/mL) 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MARCADORES INFECÇÃO HBV: HCV: Período de incubação do vírus é cerca de ~90 dias(30-180 dias) Período de janela para os testes serológicos é cerca de d 38 dias d (quimioluminescência). ( l ê ) A implementação da técnica de ácidos nucleícos (TAN) o período de janela é reduzido para 13-30 dias dependendo da técnica técnica, limite de sensibilidade/ especificidade utilizados. HBsAg: marcador serológico precoce/ crónico de infecção Anti-HBc: marcador de exposição ao agente infeccioso e pode persistir anos/vida. Em infecção persistente (oculta), sem presença detectável de HB A HBsAg. HBeAg: marcador de replicação activa Anti-HBc IgM: marcador de infecção aguda A i Hb menor ííndice Anti-Hbe: di de d replicação, li ã seroconversão? Anti- HBs: Recuperação e/ou imunidade ao HBV. • • • • • • • • • 11 ` Todos os ensaios serológicos são executados por Quimioluminescência – qualitativos anti-HCV Total testes q ` Durante o período de “janela” de anticorpos os níveis de RNA do HCV no soro podem ir de 105 a 108 UI/ml (50 (50-90 90 dias) ` Os TAN/CV encurtam este período +/para 10 dias. dias ` A positividade dos TAN / carga viral/ genótipos não podem ser relacionados com o “dano “d hepático”. h ái ” ` Testes positivos em TAN em indivíduos seropositivos evitam a necessidade da execução de testes serológicos confirmatórios (Line Imunoassay-LIA- ac anti-IgG). 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 ALGORITMO HBV ALGORITMO HCV Paciente Imunizado SIM REQUISIÇÃO HBV ROTINA NÃO AgHBs Core Total Anti-HBs AgHBs POSITIVO NÃO Anticorpo anti-Core POSITIVO SIM ANTI-HBs POSITIVO NÃO ANTI-HBs POSITIVO SIM Negativo g para p Hepatite B Infecção Passada de Hepatite B NÂO SIM Paciente com perfil anterior conhecido de Hepatite B? Paciente com Resultados Anteriores de Hepatite B? NÃO SIM SIM NÃO Perfil Anterior: Crónico? SIM PERFIL CRÓNICO 12 SIM Core IgM Anti-HBe NÃO NÂO Core IgM HBeAg Anti-HBe Com alteração do perfil TABELA 1 Anti-HBe TABELA 1 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MARCADORES INFECÇÃO: Ã HBV 13 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MARCADORES INFECÇÃO: Ã HCV ` ` ` ` 14 Período de janela para anticorpos de 50 50-90 90 dias. dias Virémia intermitente Infecção normalmente assintomática que na maioria dos casos evolui para a cronicidade. Grande heterogeneicidade genética-”Quasispecies”provável causa de ppersistência. p 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV ` HBV > HCC HBV-> ` Monitorização da infecção do HBV( HBsAg depende da síntese do cccDNA no fígado e é independente da replicação viral) ` Prognóstico de infecção aguda e crónica( presença de HBs Ag + 6 meses) ` Monitorização de terapêutica. terapêutica ` (Aumento do marcador HBsAg no soro indica nova infecção ou reactivação; decréscimo do HBsAgg no soro indica” baixa” de cccDNA no fígado. g ` O HBeAg +“per si” não é indicador de maior risco de Hepato Carcinoma (HCC), o seu efeito é dependente os níveis de DNA HBV e do genótipo presente. ` Nível de DNA HBV no soro - níveis altos de carga viral no soro/plasma associados a maior risco de HCC 15 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MECANISMO DE ACÇÃO Entrada do vírus da Hepatite p B,, Início da replicação p ç Replicação Forte Replicação Tolerância imunológica, inaparente crónica inaparente, Resposta imunitária tardia e f t forte Resposta Imune Infecção assimptomática Imunidade Aguda Resolução Fulminante Defesa Imune Incompleta Eficiente Ineficiente Portador de HBsAg Hepatite Crónica Cirrose Carcinoma 16 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MECANISMO HEPATOCARCINOGÉNESE ` Hepatite B: ` Gene HBx ` ` ` ` ` ` 17 Integração no genoma da célula Activador da transcrição ç numa grande g parte p dos processos p de regulação viral e da célula hospedeira Inibição da reparação do DNA celular Alterações ao nível da proliferação celular Liga-se à p53 Aumento de “turn-over” dos hepatócitos, causando q mutações no ggenoma destas células e subsequente transformação maligna e expanção clonal levando ao hepatocarcinoma. 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MECANISMO HEPATOCARCINOGÉNESE ` Como virus de replicação p ç citoplamática p a sua oncogeneicidade g ocorre,, sobretudo,, através de vias indirectas por efeito da inflamação crónica e lesão hepatocelular. A presença de cirrose é quase sempre pré-requisito para o desenvolvimento de Carcinoma Hepato Celular ` A proteína do Core está envolvida na sinalização, sinalização transcrição, transcrição activação, activação apoptose, apoptose metabolismo dos lípidos e transformação. Tem acção nos mecanismos que incluem a indução de stress oxidativo das células fazendo baixar os processos metabólicos, resultando no aparecimento apa ec e to dee STEATOSIS. S OS S. ` Afecta passos da regulação celular que envolvem proliferação, controlo do ciclo celular e formação de tumores ( por ligação á p53 e pRb) ` A proteína t í E2 pode d interagir i i com CD81( presente nos hepatócitos h ó i e linfócitos li fó i B) e inibir i ibi as células T e NK promovendo a proliferação e sobrevivência celulares. ` A proteína NS3 é multifuncional - protease,RNA helicase- pode promover hepatocarcinogénese pela sua interação com algumas proteínas celulares -p 21 e p 53. ` A proteína NS5A que está associada á membrana e envolvida na replicação do genoma do g com proteínas p celulares de HCV actuando como activadora transcricional. Pode interagir regulação, levando à supressão da resposta imune do hospedeiro e inibição da apoptose. ` A associação do HCV e HCC parece ser o resultado da combinação de efeitos independentes do HCV na hepatocarcinogenese e efeitos indirectos na cirrose hepática. 18 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 MECANISMO HEPATOCARCINOGÉNESE Via in ndirecta HBV Via indirrecta Hepatite Crónica HCV 19 Via directa Via directa Regeneração ( it (mitogenese) ) cirrose Alterações genéticas (Mutagénese) Via directa HBx Pre‐S/S Spliced protein p p Transformação Proteina Core E2 NS5A Expansão Clonal HCC Responsável por 60% dos carcinomas hepatocelulares provocado p p por infecções virais 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Evidências E idê i d de associação/risco i ã /i entre infecção i f ã pelo l vírus í da Hepatite B e Linfoma não Hogkin (LNH), mas menor que com o HCV (IARC) Contudo o risco de ter LNH é duas vezes superior em doentes crónicos de HBV. Mieloma Múltiplo (MM) maior risco em doentes HBsAg positivos Vacinação prevenção linfomagenése ` Estudo do tipo Case-Control ` ` ` 20 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Antes de iniciar quimioterapia é recomendado fazer passado histórico de doença ç uma “revisão” sobre o p hepática e marcadores serológicos de hepatite, podendo haver uma mais valia numa profilaxia antiviral em pacientes com risco de reactivação para HBV. HBV 21 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Reactivação do HBV: ` A destruição do fígado durante a reactivação da HBV é caracterizada por duas fases patogénicas: ` ` 22 Inicialmente, durante a fase da terapia imunossupressora, temos uma intensa replicação viral (aumento dos níveis de DNA viral) – infecção disseminada dos hepatócitos. Após termino da terapia imunossupressora imunossupressora, ocorre a destruição dos hepatócitos infectados com HBV, mediada pelas células T citóxicas 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Reactivação do HBV: ` Manifestações clínicas: ` ` ` 23 Portadores P d Crónicos Có i Infecções ocultas (positividade em marcadores associados a e exposição siçã passada assada ao a vírus/ ír s/ DNA viral) iral) A reactivação do HBV devido a quimioterapia ocorre em doenças do foro hematológico, hematológico nomeadamente Linfoma maligno 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Reactivação Hepatite B: ` ` ` 24 Após infecção inicial, o vírus da Hepatite B pode apresentar várias manifestações manifestações, desde infecções assintomáticas até hepatite fulminante A resolução da infecção aguda está muitas vezes associada a perda do HBsAg, com produção de Anti-HBs e Anti-HBc No entanto entanto, vários estudos indicam que há uma diminuta persistência viral, quer no fígado, quer nas células mononucleadas do sangue periférico 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Reactivação do HBV: ` ` ` 25 Serologia não é suficiente para discriminar entre uma infecção aguda e uma reactivação em pacientes com infecção crónica Aumento dos niveis de DNA viral (aumento relativo de 10x ou aumento absoluto > a 108 UI/mL Mortalidade: 5 a 40% dos pacientes 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Doença D Hematológica H t ló i ` Uso de anticorpos monoclonais para tratamento da doença hematológica: ` ` ` 26 Rituximab (anti-CD20) (anti CD20) Alemtuzumab (anti-CD52) I ibid Inibidores d de TNF TNF-α 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HBV e Quimioterapia Q i i t i H. A. Torres, & M. M Davila (20 012) Reactiv vation of he epatitis B virus and hepa atitis C virus in patien nts with can ncer Na at. Rev. Clin n. Oncol. doi:10.1038/nrrclinonc.201 12.1 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 27 Al Algoritmo it L Laboratorial b t i l HBV H. A. Torres,, & M. Davila ((2012)) Reactivation of hepatitis p B virus and hepatitis p C virus in p patients with cancer Nat. Rev. Clin. Oncol. doi:10.1038/nrclinonc.2012.1 28 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Doença D Hematológica H t ló i ` ` ` A associação associação, ainda que moderada, moderada entre infecção por HCV e Linfoma Não Hodgkin (LNH) tem evoluído gradualmente ao longo das 2 ultimas décadas As evidências levaram a que a OMS/IARC considerassem que o HCV provoca LNH, LNH especialmente i l linfoma li f de d células B Os dados que associam o HCV com Mieloma Múltiplo ((MM)) e Linfoma Hodgkin g ((LH)) não são tão determinantes, mas são semelhantes aos do LNH 29 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Doença D Hematológica H t ló i ` Os dados mais relevantes para o HCV como agente causal de doenças linfoproliferativas derivam de estudo intervencionais: ` ` Uso de antivirais direccionados para o HCV obteve sucesso no tratamento de LNH-B LNH B relacionado com HCV HCV. A progressão para LNH células B está muitas vezes associado i d a Crioglobulinemias C i l b li i Mi Mistas (MC): (MC) ` ` 30 Cerca de 50 a 90% de pacientes com MC estão infectados com HCV Apenas 2% destes pacientes desenvolvem doença hematológica associada a células B 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Doença D Hematológica H t ló i ` ` O estabelecimento de infecções persistentes acompanhadas por inflamações crónicas levando á actividade das citoquinas e activação de oncongenes celulares, com ou sem alterações cromossómicas e inactivação dos genes supressores de tumores. tumores Alguns vírus (ex: EBV, HCV) podem causar a proliferação de células é B policlonais(“linfomagenese”) que são um factor de risco para linfomas não Hodgkin. 31 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Doença D Hematológica H t ló i ` No entanto, a p persistência do HCV deve-se sobretudo á incapacidade p do hospedeiro responder eficientemente á infecção, e a factores virais que facilitam “escapar” ao sistema imune. ` Algumas destas proteínas podem apresentar potencial oncogénico em diversas situações (associadas por vezes a cofactores ambientais, genótipo do vírus): ` Activação ç células B resistentes á apoptose p p ` Bloqueio de proteínas supressoras de tumor(p53 e pRb) ` Transformação de células com proliferação mais rápida (E2, NS3) ` Regulação do crescimento celular, que podem levar a mutações e rearranjo do genoma (Core HCV) ` C i l b li é i linfomagenesis Crioglobulinémiali f i ` Infecções virais persistentes-linfomagenesis-estimulação antigénica crónica 32 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Doença D Hematológica H t ló i 33 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 HCV e Quimioterapia/ Imunossupressão H. A. Torres, & M. Davila (2012) Reactivation of hepatitis B virus and hepatitis C virus in patients with cancer Nat. Rev. Clin. Oncol. doi:10.1038/nrclinonc.2012.1 34 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 H. A. Torres, & M. Davila (2012) Rea activation off hepatitis B virus and hepatitis C virus in pa atients with cancer c Nat. Rev. Clin. Oncol. O doi:10 0.1038/nrclinonc.2012.1 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 35 A áli de Análise d Resultados R lt d ` Hematologia: ` 120 amostras de 99 pacientes estudados entre 2008 e 2012 para HBV ` HBsAg vs Carga Viral HBV: ` Anti-HBc vs Carga Viral: 36 17 pacientes com HBsAg Positivo (22 amostras): 5 Fem., 12 Masc. Média idades: 53.8 16 pacientes com Carga Viral HBV: 9.2x106 [4; 1,2x108] (UI/mL) 3 pacientes com Anti-HBc Positivo (HBsAg Negativo) e com Carga Viral HBV : valor de CV residual (1 a 7 UI/mL) 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 Diagn. M F Total LNH 4 5 9 LH 1 0 1 LLA 1 0 1 LMC 1 0 1 MM 1 0 1 S/ Diag. 4 0 4 TOTAL 12 5 17 A áli de Análise d Resultados R lt d ` Hematologia: ` 205 pacientes estudados entre 2008 e 2012: ` Apenas ensaio CV HBV: ` 13 doentes/ 21 amostras Amostras de monitorização, ç , com valor médio de CV de 4.8x106 UI/mL HBV vs HCV 2 Pacientes com infecção dupla: HBsAg + Ac anti-HCV 37 Mieloma Múltiplo Linfoma Hodgkin (CV HCV Não Detectado) 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 A áli de Análise d Resultados R lt d ` Hematologia: ` 302 amostras, correspondentes a 76 pacientes estudados entre 2008 e 2012 para HCV: ` ` 28 Amostras/ 25 pacientes positivos para Anticorpos Anti-HCV (confirmados com LIA) Média idades: 53.6 38 14 amostras com CV Detectada: 1x106 UI/mL 11 amostras com CV Não Detectada 1 inconclusivo 2 amostras sem CV 1º Curso de Virologia Molecular em Oncologia - 26 e 27 Novembro 2012 Diagn. M F Total LNH 3 4 7 LH 1 0 1 SMD 0 2 2 LINF.T 1 0 1 MM 2 0 2 S/ Diag. 4 7 11 HEP. CRON CRON. 1 0 1 TOTAL 12 13 25