EPIDEMIOLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DO PIAUÍ

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EPIDEMIOLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DO PIAUÍ NO ANO DE 2009.
VANESSA DE SOUSA DO VALE; ADRIANO BEZERRA SALES; FRANCISCO DAS CHAGAS VIEIRA JÚNIOR;
JOÃO JANILSON DA SILVA SOUSA; STARLEY JONE NOGUEIRA CANDEIRA; ANDRÉ LUIZ DOS REIS
BARBOSA
INTRODUÇÃO: As hepatites virais são doenças causadas por vírus que tem tropismo pelo
tecido hepático causando infecções e inflamações, são eles os vírus da hepatite A, B, C, D e
E (HAV, HBV, HCV, HDV, HEV, respectivamente), todos são capazes de estabelecer
infecção aguda, mas os vírus B, C e D causam também infecções crônicas que podem levar
a cirrose, insuficiência e carcinoma hepático. HAV e HEV são transmitidos principalmente
por via fecal-oral, embora HVA possa também ser transmitido mais raramente por via
parenteral; já HBV, HCV e HDV são transmitidos por via parenteral, através de fluidos
contaminados como sangue; e por via vertical (materno-infantil). MATERIAIS E MÉTODOS:
Realizou-se levantamento de dados e pesquisas bibliográficas. A pesquisa tem caráter
quantitativo/descritivo e é do tipo de campo retrospectiva utilizando casos confirmados e
notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificações (Sinan), referentes ao ano
de 2009 no estado do Piauí. RESULTADOS: O número total de casos notificados de
hepatites foi 356, desses 293(82,31%) foram referentes ao HAV, 18(5,06%) ao HBV,
6(1,68%) ao HCV, ainda nesse total, identificou-se indivíduos apresentando dois tipos de
vírus HBV+HCV com 6 casos (1,68%), HBV+ HDV, HAV+HBV e HAV+HCV com 1 caso
(0,28%) cada, dados de 24(6,75%) foram ignorados, e em 6(1,68%) a classificação
etiológica não se aplica. As fontes mecânicas da infecção foram as transfusões sanguíneas
com 99,44% dos casos, aplicando-se a todos os tipos de vírus hepatotrópicos do estudo e
apenas 0,56% ocorreram por acidentes de trabalhos, somente com HAV. A hepatite aguda
prevaleceu 86,52% dos casos e a hepatite crônica teve apenas 3,65%, os dados
inconclusivos corresponderam a 4,77% e os ignorados a 5,06%. DISCUSSÃO: Observou-se
que a maioria dos casos foram transmitidos por via transfusional, sendo prevalente o HAV
apresentando-se nesse estudo na forma rara de transmissão que ocorre por sangue
contaminado, quando o doador encontra-se na fase de viremia do período de incubação. O
numero de casos de hepatite aguda está correlacionado com a prevalência de HAV, já que
esse vírus não desenvolve a forma crônica da doença. Enquanto os casos correspondentes
aos acidentes de trabalho ocorrem em sua grande maioria pelo uso inadequado ou não uso
dos equipamentos de proteção individual (EPI). Outras formas de transmissão não foram
notificadas. CONCLUSÃO: Em virtude da alta circulação do HAV em nosso meio, este deve
ser o primeiro a ser pesquisado, principalmente nos bancos de sangue, em casos de
suspeita de hepatite aguda, exceto se o paciente apresentar algum vínculo epidemiológico
ou risco específico para outro tipo de hepatite.
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