Como prevenir e tratar a Hipertensão Intracraniana em 2011? Introdução A despeito dos avanços em sua fisiopatologia, ferramentas diagnósticas e cuidados intensivos, a Insuficiência Hepática Aguda (IHAg) ainda é considerada um dos maiores desafios em terapia intensiva, por sua grande complexidade e acometimento de múltiplos órgãos. A evolução da gravidade da enecefalopatia hepática (EH), o desenvolvimento de edema cerebral (EC) e a conseqüente hipertensão intracraniana (HIC) é uma das mais temidas complicações relacionadas à IHAg e acarreta maior morbimortalidade a esses pacientes. 1-23 O EC e a HIC podem ocorrer em até 24% dos pacientes com IHAg hiperaguda, 25% a 35% dos pacientes com EH grau III e em até 65% a 75% dos casos quando há EH grau IV. Os fatores de risco mais associados a presença e gravidade da HIC na IHAg são: EH grau III ou IV, IHAg hiperaguda ou aguda, pacientes jovens (menores que 40 anos), sinais radiológicos (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) sugestivos de edema cerebral, IHAg por intoxicação por paracetamol e vírus da hepatite A ou B, insuficiência de múltiplos órgãos e sinais de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e com amônia sérica maior que 150 mmol/L. A HIC apresenta uma mortalidade atribuível de 20% a 25%, pode tornar-se refratária, constituindo-se uma contra-indicação ao transplante de fígado e pode permanecer mesmo após a realização do transplante. 1-23 A fisiopatologia do EC e da HIC é multifatorial e ainda não totalmente elucidada, mas está principalmente relacionada à vasodilatação com aumento do fluxo cerebral (hiperemia) por perda de auto-regulação. Esse edema cerebral vasogênico é ocasionado pela inflamação cerebral gerada por citocinas inflamatórias, acúmulos de radicais livres, espécies reativas de oxigênio, etc. Também ocorrem acúmulo de metabólitos ativos com função osmótica (amônia, glutamina, etc) que ocasionam um edema cerebral citotóxico com swelling dos astrócitos, disfunção mitocondrial e comprometimento do metabolismo oxidativo. A prevenção do EC, de dano cerebral secundário e conseqüente HIC por algumas vezes se sobrepõe a seu efetivo tratamento, mas para fins didáticos essa divisão será mantida. Prevenção da HIC relacionada a IHAg 24-31 1-18 O primeiro passo para prevenção da HIC relacionada à IHAg é evitar ao máximo o dano cerebral secundário e suas seqüelas neurológicas, o que inclui obrigatoriamente o encaminhamento do paciente a uma unidade de referência de transplante de fígado e principalmente sua internação em unidade de terapia intensiva (UTI). 1-18 - EH grau I / II : Os pacientes com EH grau I e II apresentam baixo risco de HIC, mas devem ser acompanhados regularmente com exames clínicos neurológicos, uma vez que podem evoluir rapidamente para EH grau III e IV, que apresentam maior risco de HIC. Pacientes com sinais de deterioração neurológica devem realizar investigação radiológica (tomografia computadorizada ou ressonância magnética de crânio) e eletroencefalográfica (EEG) para descartar outras possíveis causas de piora clínica (sangramento, convulsões, etc). Monitorar e evitar ao máximo mesmo que curtos episódios de hipoxemia, hipoglicemia, hipertermia e hipotensão arterial. Também deve-se controlar a agitação, mas evitar ao máximo medicações com efeito sedativo, principalmente em alta dose e que possuam longa meiavida. 2, 9, 6, 12, 14, 17 - EH grau III / IV : Por outro lado, pacientes com EH grau III ou IV devem ser prontamente intubados e conectados a ventilação mecânica. Em seguida, inicia-se sedação / analgesia contínua com objetivo de proteção de vias aéreas, garantir oxigenação adequada (SaO 2 ≥ 95% e paO2 ≥ 70 mmHg), normocapnia (paCO2 30 – 35 mmHg), evitar agitação / desconforto e, principalmente, redução do metabolismo e do consumo cerebral de oxigênio. O posicionamento do paciente é medida simples mas efetiva na tentativa de não comprometer o retorno venoso cerebral e piora do edema vasogênico. Para isso, a cabeça do paciente é mantida centralizada no leito (posição neutra), com o cuidado de se evitar a compressão das veias jugulares (inclusive fixações dos tubos traqueais e curativos de cateteres), e cabeceira do leito em torno de 30°. Para todas as medidas supracitadas não existem estudos específicos em IHAg, mas são consideradas um consenso em todas revisões e estudos desta patologia. 1-23, 32-34 O propofol é considerado um agente neuro-protetor por ocasionar redução do fluxo sanguíneo, metabolismo, consumo de oxigênio cerebral, redução de atividades convulsivas e possuir efeito ação anti-inflamatória, anti-oxidante e anti-apoptótica cerebral, além de apresentar curta meia-vida (o que possibilita re-avaliações neurológicas repetidas). Apesar de não haver estudos adequados com sua utilização por longos períodos em IHAg (já que sua metabolização é, preferencialmente, hepática) este ainda é considerado o agente de escolha na sedação destes pacientes desde que se utilizem doses seguras (< 5 mg/kg/h) e se mantenha uma monitorização constante apos infusões prolongadas pelo risco de Síndrome de infusão de propofol (rabdomiólise, acidose metabólica grave e instabilidade hemodinâmica). 35-38 Não existem estudos clínicos específicos comparando analgésicos em IHAg, entretanto a infusão contínua de fentanil é agente preferencial na analgesia de pacientes neurológicos por não alterar o limiar convulsivo e não possuir metabólitos ativos. Sendo assim, o fentanil é o agente analgésico de escolha na IHAg, evitando sua utilização em bolus pelo risco de redução da pressão arterial média e conseqüente redução da pressão de perfusão cerebral (PPC). 39-41 A ventilação mecânica (VM) dos pacientes com IHAg segue as orientações de todos os pacientes críticos e deve ser VM “protetora”, com baixas pressões de vias aéreas (pressão de platô menor que 30 cmH2O), volume corrente de 4 a 6 ml/kg de peso ideal e menor fração inspirada de oxigênio (mas evitando a hipoxemia). Entretanto, nos pacientes com IHAg existe uma particularidade em relação à PEEP (Positive End Expiratory Pressure), que deve ser mantida a menor possível para evitar redução do retorno venoso cerebral e aumento da PIC. Estudos clínicos demonstram que aumento da PEEP em valores até 12cmH2O não ocasionam grandes repercussões negativas na PPC e na PIC. 42-45 Deve-se também realizar, o mais rapidamente possível, uma investigação radiológica de crânio (TC ou RNM de crânio) e EEG com intuito de diagnosticar o mais precocemente sinais de edema cerebral (com sinais indireto de HIC) e/ou crises convulsivas. O estado de mal convulsivo não é tão freqüente em IHAg, mas as crises convulsivas podem agravar ou precipitar episódios de HIC, por determinarem aumento significativo e por vezes persistente do consumo de oxigênio e de vasodilatação cerebral. Estudos pequenos relacionados a profilaxia de convulsões em IHAg possuem resultados não estatisticamente significantes em relação à redução de crise convulsivas, melhora de sobrevida ou de recuperação neurológica. Portanto, não é recomendado o uso rotineiro desta profilaxia em IHAg, mas seu rastreamente contínuo (vídeo-EEG contínuo) ou intermitente (EEG diário) deve ser sempre considerado. 46-54 Com o intuito de minimizar o desconforto do paciente, deve-se realizar o mínimo possível de manipulação e quando estritamente necessárias sempre após bolus de sedação, principalmente quando for realizar aspiração traqueal já que esta ocasiona aumento da pressão intracraniana (PIC), comprovados por estudos em pacientes neurológicos (não há estudos específicos em IHAg). 1-18 Considerando que a hiperamonemia é um dos pontos chaves na etiologia do EC e da HIC, o uso de métodos farmacológicos de redução de sua produção/absorção (lactulona) e aumento de sua metabolização/excreção (L-ornitina L-aspartato) podem ser considerados. Apenas um estudo pequeno e retrospectivo (apresentado apenas como resumo em congresso) avaliou o uso de lactulona em IHAg e falhou em demonstrar redução da gravidade da EH, dias de internação em UTI, incidência de infecções, mortalidade do paciente e indicação de transplante. 55 Acrescentado o risco de distensão abdominal, dificultando o intra-operatório, possibilidade de aumentar pressão intra-abdominal e risco de vômitos/aspiração, a lactulona não deve ser recomendada de rotina, dando-se preferência pela utilização de enemas de retenção (glicerinados). Existem poucos estudos pequenos e alguns experimentais que investigaram a utilização de L-ornitina L-aspartato (LOLA) em IHAg, em que poucos demonstraram redução da amônia sérica e cerebral, mas nenhum deles identificou efeito significativo em redução de mortalidade ou complicações neurológicas. Portanto, ainda não ha evidencias suficientes para indicação rotineira de LOLA em pacientes com IHAg. 56-62 Estudos demonstram que a presença de sinais de SIRS e quadros infecciosos ocasionam aumento de citocinas pró-inflamatórias, óxido nítrico, com inflamação e vasodilatação cerebral, além de aumento sérico e cerebral de amônia, precipitando episódios de EH e aumento da PIC. Sendo assim, o uso de antibiótico profilático nos pacientes com IHAg possibilita a prevenção dos episódios infecciosos e menor progressão da EH, reduz suas implicações na HIC e deve incluir cobertura para cocos gram positivos (CGP), bacilos gram negativos (BGN) e fungos. 5; 63-68 Vários estudos clínicos e experimentais demonstraram que o uso de vasopressina e seus análagos (incluindo a terlipressina) ocasionam vasodilatação cerebral e aumento da pressão de perfusão cerebral, mas com aumento da PIC (por perda da auto-regulação, presente nos casos de IHAg). Recentemente, pequenos estudos clínicos foram controversos em demonstrar este detrimento da PIC e microperfusão cerebral. Entretanto, esses dados ainda não são suficientes para recomendação desses medicamentos em IHAg. 69-70 Não existem outros estudos específicos comparando os diversos vasopressores em IHAg, mas há uma preferência de escolha pelo uso da noradrenalina, por ser mais eficiente na correção dos episódios de hipotensão arterial. 1-18; 71 A hiperglicemia e a hipertermia podem exacerbar a resposta inflamatória sistêmica, aumentar radicais livres e espécies reativas de oxigênio e, com isso, precipitar episódios de vasodilatação cerebral e aumento da PIC em pacientes com IHAg. Recomenda-se, então, manter a normotermia (T axilar < 37.5°C) e estabelecer um controle glicêmico estrito, mantendo a glicemia abaixo de 150mg/dL, com atenção ao risco de hipoglicemia (muito freqüente nos pacientes com IHAg). Deve-se evitar a infusão de soluções hipotônicas e corrigir episódios de hiponatremia que contribuem com o edema cerebral. 1-18 Estudo clínico recente em IHAg demonstrou que quando o sódio sérico é mantido entre 145 a 155 mEq/L os pacientes apresentam melhora hemodinâmica significativa e desenvolvem menos episódios de HIC. 72 A hiperventilação profilática nao é recomendada em pacientes com IHAg por não previnir HIC e poder ocasionar edema cerebral por redução oferta de oxigênio cerebral. 73-74 A insuficiência renal aguda (IRA) pode ocorrer em 40% a 85% dos casos de IHAg e está associada ao agravamento da EH e conseqüente EC, além de maior mortalidade. Quando há necessidade de suporte renal dialítico, estudos em pacientes neurológicos e em IHAg demonstram que o suporte contínuo é preferível em relação ao intermitente por levar a menor variação da hemodinâmica e da osmolaridade sistêmica e cerebral com menor interferência na PAM, na PPC e na PIC. 75-81 Moderada hipotermia (T axilar 35 - 36°C) é observada durante suporte dialítico e não deve ser tratada. A atividade anti-inflamatória e 1-18 anti-oxidante, com possível melhora da microcirculação e inflamação cererbal da N-acetilcisteína (NAC) vem estimulando seu estudo clínico na prevenção da HIC na IHAg de etiologia não-paracetamol em doses semelhantes à etiologia por paracetamol. O estudo com melhor nível de evidencia é randomizado, mas não duplo-cego e falhou em demonstrar melhora de sobrevida em 3 semanas e recuperação espontânea em pacientes com EH grau III e IV, sendo observada apenas em pacientes com EH grau I e II. Entretanto, devido à grande segurança em sua utilização e à sua eficácia, o uso de NAC pode ser considerado em pacientes com IHAg de etiologia não-paracetamol. 85 82- Estudos clínicos também falharam em demonstrar que o uso de corticóides com intuito de reduzir a inflamação cerebral pudessem reduzir a incidência de episódios de HIC e não devem ser utilizados com essa finalidade na IHAg. Tratamento da HIC relacionada a IHAg 86 1-18 A indicação de monitorização da PIC em pacientes com IHAg ainda é controversa na literatura. Nenhum estudo clínico demonstrou redução de mortalidade nos casos de HIC comprovada, com um risco de até 10% a 20% de complicações relacionados ao cateter de PIC (que podem ser minimizadas evitando-se os cateteres ventriculares e correção efetiva dos distúrbios de coagulação). Sendo assim, a monitorização invasiva da PIC deve ser orientada de acordo com o protocolo de tratamento de cada instituição, além de ser considerada em pacientes que possuam vários fatores de risco para HIC (como descritos na introdução) e com sinais indiretos de HIC em avaliações não invasivas da PIC. 1-18; 87-93 A avaliação indireta da PIC pode ser, inicialmente, realizada por exames radiológicos como CT, RNM ou de crânio e vários estudos recentes correlacionam as imagens radiológicas com a amônia sérica e a gravidade da EH. Outra possibilidade é o Doppler transcraniano (DTC) que, além da avaliação não invasiva da PIC, faz uma avaliação da macro e microcirculação cerebral, do grau de perda da auto-regulação e da hiperemia (podendo inferir a gravidade da IHAg com alta probabilidade de HIC). 94-97 Um estudo recente demonstrou a boa acurácia da Ultrassonografia da bainha do nervo óptico (USG-BNO) na avaliação não invasiva da PIC em pacientes com IHAg. 98-104 Durante o tratamento dos paciente com IHAg e risco de HIC, a PPC deve ser mantida entre 50 – 60 mmHg evitando tanto a isquemia quanto a hiperemia, já que ambas contribuem com o edema cerebral. Quando a PPC mantém-se por mais de 2 horas abaixo de 40mmHg está associada a herniação cerebral e pior prognóstico neurológico. O tratamento inclui as medidas gerais descritas anteriormente na prevenção e medidas específicas quando identificam-se sinais diretos de HIC (PIC > 25 mmHg por mais de 5 minutos) ou sinais indiretos na avaliação não invasiva. 1-18 A primeira intervenção considerada uma terapia de emergência é a hiperventilação controlada e por curto período (risco de isquemia cerebral se por longo período), que possibilita a redução de CO 2 e vasoconstricção cerebral com redução da PIC, até que outra medida seja instituída. 105-109 O manitol ainda é considerado por vários autores a primeira-linha de tratamento da HIC na IHAg e tem efeito osmótico intravascular que ocasiona redução da água cerebral e conseqüente redução da PIC. Na maioria das instituições a solução disponível é a 20% e pode ser utilizado na dose de 0.25 – 1 g/kg de peso em 10 minutos, podendo ser repetida outras vezes caso haja necessidade, desde que seja monitorizada a osmolaridade sérica do paciente e esta permaneça abaixo de 320 mmOsm/L. Recentemente, vários estudos clínicos em pacientes neurológicos vem demonstrando um efeito similar ou superior das Soluções Salinas Hipertônicas (SSH) em relação ao manitol. Além do efeito osmótico (com redução da água cerebral), a SHH possui efeito na melhora da viscosidade sanguínea, na reologia das hemácias e na redução do edema do endotélio / tecidual (com melhora da oferta de oxigênio aos tecidos), na modulação resposta inflamatória celular, na atenuação do stress oxidativo e na melhora da contratilidade cardíaca. Existem estudos com SSH a 3% (10 ml/kg de peso), 7.5% (4 ml/kg de peso) e 23.4% (2 ml/kg de peso) administradas em 10 a 30 minutos e sua administração é mais facilmente monitorizada através do sódio sérico (manter Na sérico < 160 mEq/L). 110-118 Em casos refratários a essas medidas, podemos utilizar duas estratégias: a Hipotermia moderada (32°C a 33°C) e o Coma Barbitúrico (CB). Estudos clínicos em pacientes com IHAg demonstram que a hipotermia possui efeitos em reduzir a amônia e glutamato cerebral, o fluxo sanguíneo cerebral, o metabolismo e consumo de oxigênio e a produção de citocinas pró-inflamatórias, minimizando os fatores que contribuem com o aumento da PIC. Os efeitos colaterais da hipotermia (infecções, arritmias, distúrbios eletrolíticos, dentre outros) não foram mais freqüentes nos estudos com IHAg. 119-126 O CB que geralmente é induzido com tiopental (na dose de 5 – 10 mg/kg bolus e manutenção de 3 – 5 mg/kg/h) é uma alternativa em pacientes neurológicos com HIC refratária, entretanto apenas um estudo observacional descreveu esta como uma possibilidade no tratamento em IHAg. Deve-se estar atento às possíveis complicações deletérias deste tratamento (como hipotensão arterial, inotropismo negativo e imunossupressão), mas ainda é uma alternativa terapêutica nos pacientes com IHAg e HIC refratária. 127-131 A administração de indometacina, a Diálise Hepática (DH) e a Hepatectomia com Shunt Porto-Cava Temporário (HSPCT) podem ser consideradas terapias de resgate em pacientes com IHAg e HIC refratária a todas medidas supracitadas. A indometacina é um anti-inflamatório não esteroidal inibidor da cicloxigenase 2 que ocasiona vasoconstricção cerebral e redução da atividade anti-inflamatória. Alguns pequenos estudos observacionais em IHAg demonstraram redução efetiva da PIC, entretanto devem ser utilizados com cautela devido aos riscos de sangramento e insuficiência renal aguda. 132-134 A DH hepática é um sistema bioartificial de diálise onde o sangue é dialisado com uma membrana altamente permeável e contra um fluxo de dialisato enriquecido em albumina. Isso fornece vantagem em relação às diálises habituais, por propiciar a retirada de bilirrubina, aminoácidos aromáticos, citocinas inflamatórias e de toxinas / substâncias insolúveis em água. Possuem efeito de redução do status inflamatório, hiperamonemia, com melhora da hemodinâmica, da encefalopatia hepática e da PIC. Sistemas de DH como MARS® (Molecular Adsorbent Recirculating System) e Prometheus® já foram avaliados em pequenos estudos clínicos observacionais em IHAg com alguns deles evidenciando melhora do quadro hemodinâmico e neurológico mas sem demonstrar impacto em recuperação espontânea, sobrevida dos pacientes ou recuperação neurológica. 135-141 As HSPCT podem ser a última alternativa, porém estritamente temporária até a realização do transplante, em pacientes com IHAg que desenvolvem a “Síndrome do Fígado Tóxico”, uma cascata inflamatória devastadora. Existem na literatura algumas séries de casos com resultados controversos, não devendo ser uma alternativa de rotina. 142-145 Sugestão de recomendações na Prevenção/Tratamento da HIC na IHAg com EH grau III/IV PREVENÇÃO HIC Intubação traqueal STATUS Indicado Indicado Indicado Indicado COMENTÁRIOS Evitar hipotensão durante procedimento. Utilizar baixas doses de propofol. Manter: SaO2 ≥ 95% e paO2 ≥ 70 mmHg. Manter paCO2 30-35 mmHg. Não indicada Hiperventilação profilática. Evitar também curativos ou fixações que possam comprimir a veia jugulas. Rastrear Síndrome de Infusão do Propofol. Evitar uso em bolus (risco redução PPC) Manipular o paciente o mínimo possível Evitar hipoxemia Normocapnia Indicado Indicado Cabeça com posição centralizada e cabeceira a 30° Sedação – propofol Analgesia – fentanil Sedação em bolus prémanipulações PEEP baixa Tomografia ou ressonância de crânio Eletroencefalograma Profilaxia de convulsões Lactulona L-ornitina L-aspartato Antibiótico profilático se houver sinais SIRS Vasopressina e seus análagos Controle glicêmico (< 150mg/dL) Corrigir hipertermia Corrigir hiponatremia Substituição renal contínua N-acetilcisteína Indicado Indicado Indicado PEEP até 12 cmH2O. Rastrear sinais indiretos de edema cerebral. Indicado Não indicado Não indicado Não indicado Indicado Se possível vídeo-EEG contínuo. Monitorização com EEG diário ou contínuo. Considerar uso de enema de retenção. Não indicado Noradrenalina é o vasopresor de escolha Evitar a hipoglicemia Indicado Indicado Indicado Considerado Manter T axilar < 37.5°C Manter sódio sérico 145-155 mEq/L Se houver hipotermia não corrigir Dose semelhante a intoxicação por paracetamol Pode ser necessário seu uso no choque séptico. Avaliação não invasiva da PIC (sinais indiretos de HIC) COMENTÁRIOS Por poucos minutos é considerado tratamento emergência evitando herniações Manter osmolaridade sérica <320mmOsm/L Manter Na sérico < 160 mEq/L Corticoesteróides Não indicado Doppler Transcraniano e USG bainha nervo óptico TRATAMENTO HIC Hiperventilação por curto período Manitol 20% (0.25-1g / kg) SSH 3% (10 ml/kg), 7.5% (4 ml/kg) ou 23.4% (2 ml/kg) em 10-30 minutos Hipotermia moderada (3233°C) Coma barbitúrico (tiopental: 510 mg/kg bolus e manutenção de 3-5 mg/kg/h) Indometacina (25mg bolus) Considerado Dialise hepática Hepatectomia com shunt porto-cava temporário Considerado Discutível STATUS Indicado Indicado Indicado Indicado Indicado Considerado Cobertura para CGP, BGN e fungos Monitorar efeitos colaterais: infecções, arritmias, distúrbios eletrolíticos, etc Monitorar efeitos colaterais: hipotensão arterial, inotropismo negativo e imunossupressão, hipocalemia, etc Terapia de resgate pelo risco IRA e sangramento Terapia de resgate, se disponível Tratamento de resgate controverso Referencias bibliográficas: 1. 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