PROGRAMA EINSTEIN DE SUSTENTABILIDADE

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PROGRAMA EINSTEIN DE SUSTENTABILIDADE - REDUÇÃO DO
DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS
Amanda Marques de Castro (HIAE); Marcia Galluci Pinter (HIAE); Marcos Tucherman (HIAE);
Neilor Cardoso Guilherme (HIAE)
.
INTRODUÇÃO
O Programa Einstein de Sustentabilidade foi lançado em 2008, com o objetivo de equilibrar o consumo de insumos na
Instituição, minimizar a geração de resíduos e assegurar o descarte adequado dos mesmos, aplicando e disseminando
o conceito dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar). Diversas ações foram realizadas, dentre as quais, foi dado início a
uma campanha para a redução de desperdício de alimentos no refeitório de funcionários da unidade Morumbi, que
estava na média de 18% naquele ano. O desperdício de alimentos no refeitório ocorre tanto pelo descarte de alimentos
não consumidos pelo funcionário (pós consumo), quanto pelo descarte da sobra do preparo, ou a pós-preparo, pois há
uma margem de produção para que não faltem alimentos na reposição das ilhas. Ao longo dos 5 anos de campanha, a
redução do descarte de alimentos trouxe diversos ganhos ambientais e financeiros ao hospital.
Palavras-chave: Desperdício de alimentos; Redução de desperdício de alimentos no refeitório; Diminuição do descarte
de alimentos.
MÉTODOS
No início do programa, visando diminuir o índice de desperdício de alimentos, a Instituição passou a mobilizar os
colaboradores com a campanha “Evite o desperdício e ainda combata a fome”. Em 2009, foi lançada a campanha
“Transformando nossos hábitos, transformamos nosso mundo” que perdura até hoje, com a “Ação Prato Limpo” realizada mensalmente em uma data surpresa, na qual os funcionários que entregam seu prato sem sobras recebem
um cupom para concorrer a um prêmio. Os treinamentos sobre o descarte correto de resíduos e a formação de agentes
multiplicadores para atuar como multiplicadores da consciência ambiental na Instituição também contribuíram para o
sucesso do projeto. Em 2010, novos elementos para comunicar o tema foram incorporados no refeitório, como um
semáforo que indica se a meta mensal está sendo atingida e o mural do desperdício localizado próximo ao local de
descarte, que informa mensalmente o volume de alimentos desperdiçados pelos funcionários. De 2011 a 2013, dando
continuidade à campanha, as ações foram reforçadas, além de apresentar novidades com foco no envolvimento e
participação dos funcionários.
RESULTADOS
Em 2008, o desperdício de alimentos no refeitório - considerando almoço, jantar e ceia, era de aproximadamente 217
t/ano ou 18% por mês. Baseando-se no índice de desperdício de 2008, ano de início da campanha, projetou-se o
desperdício de alimentos do refeitório nos próximos anos caso nenhuma ação fosse realizada, que resultaria em 316
toneladas anuais em 2012, porém com a realização das campanhas, houve redução considerável no desperdício que
passou para apenas 9,2% mensais em 2012 deixando de descartar 155 toneladas de alimentos neste ano. Para 2013 a
meta é de 8% de redução, já atingindo resultados satisfatórios abaixo da meta desde o primeiro mês do ano. Ao longo
dos 5 anos de projeto, houve redução de 25% no desperdício de alimentos na Instituição evitando que
aproximadamente 434 toneladas de alimentos fossem descartadas, que gerou uma economia de aproximadamente R$
197.623,65 no período, com transporte e destinação final de resíduos.
CONCLUSÕES
De acordo com o Instituto Akatu, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de alimentos, porém é o campeão mundial
de desperdício. Anualmente 26,3 milhões de toneladas de alimentos tem o lixo como destino, o que poderia alimentar
19 milhões de brasileiros com as três refeições básicas diárias, montante que remete a uma perda de US$ 1 bilhão por
ano. A campanha de redução de desperdícios no refeitório revelou que é possível reduzir altos índices de desperdício
dentro da Instituição com treinamentos e outros elementos que estimulem a conscientização dos colaboradores quanto
ao descarte. Com as ações realizadas na campanha, a quantidade de alimentos desperdiçados reduziu
consideravelmente e conseqüentemente, menor volume de resíduos foram encaminhados à aterros, acarretando
também em ganhos financeiros à Instituição, que despendeu menos recursos com a destinação de resíduos.
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