JORNAL DA COMUNIDADE Caderno Cidades – 03/ABRIL/2010 Imóveis - Jornal da Comunidade - DF - 03/04/2010 - 10:00 ...e comportamento dos clientes. “Em 2009 atendemos a conta da Companhia imobiliária de Brasília - Terracap e fizemos boa parte do nosso trabalho pela internet... O marketing em discussão O marketing em discussão Ciclo de debates sobre mercado imobiliário do DF aborda a importância dessa ferramenta para as vendas. Evento é uma parceria do Grupo Comunidade de Comunicação e WImóveis Os investimentos na área de comunicação com o objetivo de alcançar sucesso nas vendas e, sobretudo, dar visibilidade à marca da empresa foram o ponto principal apontado como essencial nas estratégias de marketing voltadas para o mercado imobiliário, tema da abertura do ciclo de palestras promovido pelo Grupo Comunidade de Comunicação em parceria com o WImóveis. O evento ocorreu na terça-feira (30), no auditório da Comissão da Indústria Imobiliária (Sinduscon-DF), e contou com o apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-DF), Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci-DF), Sindicato dos Gestores e Técnicos Corretores de Imóveis (Sindigeci-DF) e do Sindicato da Habitação (Secovi-DF), além da presença de publicitários e marqueteiros da cidade e que atendem os clientes do setor imobiliário da capital. Segundo Fernando Brettas, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do DF (Sinapro), a tecnologia foi um dos fatores que mais impactaram nas ações de marketing das empresas na última década. Por conta disso, as agências que atendem à demanda do setor imobiliário travam um desafio a cada trabalho realizado. “Hoje, o nosso cliente deve estar consciente da importância de uma propaganda para sua empresa, assim como conhecer as restrições que sofremos no nosso trabalho. Não podemos mais utilizar crianças de cinco a 12 anos nas propagandas, isso é uma regulamentação e não podemos mudar. Ou seja, não posso mais colocar crianças 1 JORNAL DA COMUNIDADE Caderno Cidades – 03/ABRIL/2010 brincando no playground para vender um empreendimento, apesar de muitos clientes pedirem”, explica Brettas. Internet é eficaz na propaganda de imóveis O investimento em propagandas via internet vem se mostrando eficaz para a maioria das empresas. Segundo Marco Noleto, diretor de criação da Agência Plá, um dos pilares para essa ação é a mudança de comportamento dos clientes. “Em 2009 atendemos a conta da Terracap e fizemos boa parte do nosso trabalho pela internet. O número de lotes vendidos aumentou significativamente, visto que o edital e as condições para o pagamento estavam disponíveis na web. De acordo com alguns levantamentos e estudos nessa área, a web ajuda a finalizar cerca de 30% das vendas dos imóveis hoje em todo o país”. Peter Gabriel Sola, sócio-diretor da Agência Radiola, acredita que a ação mais importante do marketing imobiliário seja o investimento na comunicação interna da própria empresa. “Quando pensamos em propaganda estamos falando de planejamento, pesquisas e, sobretudo, investimento em comunicação. Mas o ponto fundamental de um projeto de propaganda para uma construtora é o incentivo e a valorização daquele que contribui para a finalização do nosso trabalho, o corretor”, ressalta Peter. O ciclo de palestras tem o apoio da Ademi-DF, Sinduscon-DF, Comissão da Indústria Imobiliária, Anoreg-DF, Creci-DF, Sindigeci e Secovi-DF. A busca do diferencial “O fator primordial da comunicação é a pertinência da informação”, afirmou, categoricamente, Cláudia Pereira, diretora da Agência Gabinete C, responsável pela conta da empresa PaulOOctavio Empreendimentos Imobiliários. Segundo ela, os donos de construtoras devem estar atentos aos produtos disponíveis no mercado. “Hoje, a nossa maior preocupação é entregar um produto que não seja mais um no mercado. Na década de 90 a maioria das propagandas era como “bula de remédio”, ou seja, aquele folheto com uma família feliz e informações sobre o empreendimento. Isso não pode mais ocorrer. Temos de nos adequar ao desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, inovar”, afirmou. A questão do investimento na marca da empresa foi levantada no evento, que buscou expor o funcionamento, dificuldades e benefícios de um plano de marketing. “Mais importante que investir em propagandas durante o lançamento de um empreendimento é buscar estratégias para que o nome da empresa se mantenha no 2 JORNAL DA COMUNIDADE Caderno Cidades – 03/ABRIL/2010 mercado”, salientou Rodrigo Bendelar, diretor da Agência Perceptiva. Publicitários e marqueteiros formaram a segunda mesa do debate Em sua participação, ele chamou a atenção do processo que é a comunicação. “Uma boa campanha envolve comprometimento e valorização dos funcionários que atuam na construtora e da agência de propaganda. Trabalhar com pessoas comprometidas influi diretamente na qualidade do produto. A Perceptiva, em Brasília há dois anos, tem a equipe formada unicamente por brasilienses”, ressaltou. A palestra sobre marketing imobiliário abordou, entre outras coisas, a influência do cliente como ditador de tendências. “É o cliente que exige um produto de qualidade e interage com a comunicação”, disse Mariangela Figueiredo, diretora da Agência Atitude. Na tentativa de alcançar a excelência do produto, a Atitude desenvolve um trabalho em cima da relação entre a agência de propaganda e a construtora, bem como os corretores. “Nos nossos projetos tentamos conceituar o produto realizando um trabalho conjunto com a empresa e suas equipes, ou seja, nós nos envolvemos com arquitetos e corretores. Esse é o sucesso da nossa fórmula para desenvolver uma comunicação eficaz e inovadora”, concluiu Mariangela. 3 JORNAL DA COMUNIDADE Caderno Cidades – 03/ABRIL/2010 Novo plano urbanístico vai beneficiar o Sudoeste O plano que começa a ser elaborado no ano de aniversário de 50 anos de Brasília No ano em que Brasília completa os seus 50 anos, está sendo elaborado o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). O objetivo deste plano é rever os conceitos, atualizar e detalhar a legislação urbanística da cidade, além de estabelecer mecanismos de desenvolvimento compatíveis com a área tombada, que contempla as regiões administrativas do Plano Piloto, da Candangolândia, do Cruzeiro e do Sudoeste - Octogonal. Os órgãos de governo que participam ativamente desse trabalho são a Terracap, Novacap, o Departamento do Patrimônio Histórico (Depha) da Secretaria de Cultura, o Detran e as administrações regionais e Iphan. Todos coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma). Porém, a participação da comunidade que vive e trabalha nas cidades é que fará a diferença, pois são essas pessoas que conhecem o cotidiano de suas cidades, seus problemas e suas qualidades particulares. O Plano de Preservação está previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal, no Plano de Desenvolvimento Territorial do Distrito Federal – PDOT (Lei Complementar n° 803/2009) e nas determinações da Portaria n° 299/2004 do Iphan, que estabelece a obrigatoriedade de elaboração de plano de preservação de todo sítio histórico. Na região do Sudoeste e da Octogonal, espera-se melhorar a qualidade de vida da comunidade, encontrando soluções para os problemas vividos pelos moradores, trabalhadores e visitantes do bairro. Como todas as outras Regiões Administrativas que fazem parte da área tombada de Brasília, existem demandas específicas, que só quem vive o cotidiano de cada cidade saberá como detalhar e assim ajudar no desenvolvimento do PPCUB. Durante o mês de março, foram realizadas reuniões plenárias, onde aspectos do patrimônio cultural, diretrizes de ocupação do território e outros temas foram debatidos, sendo essa a primeira etapa de elaboração do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. As próximas reuniões de debate com a comunidade serão realizadas no mês de maio, nos dias 7 e 8, onde toda a comunidade do Sudoeste e Octogonal poderá participar e dar sugestões para conservação de sua cidade. É importante lembrar que o debate será aberto à população em geral, sendo essencial, para garantir legitimidade e representatividade dos encontros, o envolvimento de lideranças comunitárias, organizações não-governamentais, as quais terão importante papel na elaboração do documento. 4