Decréscimo de 54,5% nos imóveis entregues em dação Os imóveis entregues em dação em pagamento às entidades bancárias tiveram uma redução de 54,5%, para 2504 (655 no quarto trimestre) em 2013, segundo os dados do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Para o presidente da APEMIP, Luís Carvalho Lima, “o decréscimo no número de imóveis entregues está no decorrer do ano 2013 como já disse, relacionado com a atuação dos bancos junto dos seus clientes, pois passaram a adotar uma posição mais facilitadora do pagamento das dívidas de crédito à habitação pelas famílias”. Segundo as estimativas da APEMIP, é possível inferir que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentram cerca de 28% das ocorrências relativas a imóveis entregues em dação em pagamento em Portugal. Dos 10 municípios mais penalizados em termos nacionais, que representam, no seu conjunto, 21% das observações registadas durante o ano, cinco pertencem a estas duas unidades territoriais (Sintra, Vila Nova de Gaia, Oeiras, Maia e Gondomar), sendo os restantes de zonas distintas do país (Alenquer, Coimbra, Braga, Ovar e Amarante). Vistos Gold e Regime Fiscal dos não habituais impulsionam O ano que passou terminou, assim, com um bom prenúncio para o mercado imobiliário português, apresentando, de acordo com a associação, “um crescente positivismo enfatizado, essencialmente, pelos Vistos Gold e pelo Regime Fiscal dos residentes não habituais”. Em 2013, foram transacionados aproximadamente 96,9 mil imóveis (urbanos, rústicos e mistos), tendo sido o terceiro trimestre o mais significativo (25,9%) logo seguido pelo quarto trimestre (25,6%). Estes números vêm confirmar as previsões de retoma anunciadas por Luís Carvalho Lima em setembro, quando afirmou existirem “contornos otimistas no mercado imobiliário”. “Creio que estes números transmitem, acima de tudo, algum otimismo e esperança para a recuperação do mercado imobiliário neste novo ano de 2014. É desejável e importante que este crescimento continue a verificar-se, para fazer com que este sector volte a contribuir, como já contribuiu, para desenvolvimento da economia do país. No entanto, esta dinâmica continua a ser travada pela nossa situação conjuntural e pela fis- “Creio que estes números transmitem, acima de tudo, algum otimismo e esperança para a recuperação do mercado imobiliário neste novo ano”, acredita o presidente da APEMIP. calidade aplicada sobre o sector, por via de impostos como IMI ou o IMT, que devem ser reade- quados à realidade do país com a maior urgência possível”, salienta Luis Lima.