Resumo registrado no evento sob nº 106 ISSN 1807-3441 Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO 17 a 20 de outubro de 2006 CAPACIDADE DE ACIDIFICAÇÃO E CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS ISOLADAS DE SALAMES LOYSE TUSSOLINI [email protected] CRISTINA MARIA ZANETE RENATO J. SOSSELA DE FREITAS NELCINDO NASCIMENTO TERRA Orientador Prof. OSMAR ROBERTO DALLA SANTA Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) Palavras-chave: BACTÉRIAS LÁCTICAS, ACIDIFICAÇÃO, STARTER Grande Área: Ciências Biológicas Área: Microbiologia Bactérias lácticas são muito utilizadas em fermentações para preservar a qualidade nutritiva de vários alimentos. Em salames este grupo de microrganismo é predominante durante o processamento, e devido sua atividade metabólica contribui com a qualidade final do produto. O primeiro efeito antimicrobiano exercido pelas bactérias lácticas é a produção de ácido láctico e a conseqüente queda do pH, também podem produzir vários compostos antimicrobianos como peróxido de hidrogênio, dióxido de carbono, diacetil e bacteriocinas. Todos estas substâncias podem ter ação antagônica ao crescimento de espécies microbianas deteriorantes e patogênicas em alimentos. Desta forma, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar cinqüenta cepas de bactérias lácticas isoladas de salames produzidos por fermentação espontânea, visando selecionar estirpes com características tecnológicas apropriadas para a utilização como starter na produção de alimentos. A capacidade de acidificação foi medida pela diminuição do pH do meio de cultura. Também foi verificada a capacidade de crescimento em diferentes condições: temperaturas de incubação de 4, 15, 37 e 45ºC; meios de cultivo com pH de 3, 4 e 5; meio contendo 3, 5 e 8% de cloreto de sódio, sendo que o com 3% foi associado a 200 ppm de nitrito de sódio. Para todas as cepas de bactérias lácticas as diferentes concentrações de cloreto de sódio e nitrito de sódio não foram limitantes ao crescimento, exceto para uma em meio contendo 3% de cloreto de sódio e 200 ppm de nitrito de sódio. O pH interferiu no crescimento das bactérias, sendo que o meio com pH 3 foi impróprio para cinco cepas, as demais tiveram crescimento inferior quando comparadas aos meios com pH 4 e 5. A capacidade de se multiplicar ou sobreviver em condições ácidas é condição fundamental para que a bactéria tenha ação probiótica no trato gastrointestinal. Quanto a temperatura, todas cresceram a 4, 15, e 37ºC, já a incubação a 45ºC foi limitante para o crescimento de sete cepas. Uma rápida capacidade de acidificação é característica importante para culturas starter de salames, pois ocasionam uma ligeira queda do pH da massa cárnea, dando estabilidade ao produto. Na avaliação da capacidade de acidificação, o pH do meio foi superior a 4,0 para seis cepas, assim, a maior parte das culturas tiveram boa capacidade de acidificação com pH geralmente inferior a 3,8, portanto, em relação a esta característica, estas cepas podem ser utilizadas como starter na produção de salames.