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DOMINGO - O Estado do Maranhão - São Luís, 25 de janeiro de 2015
SAÚDE E BEM-ESTAR
Fotos/Divulgação
Quando a dor
na coluna pede
mais que um
simples
analgésico
A lombalgia, também conhecida
como "dor nos quartos", é um tipo de
dor que pode ter diferentes causas,
algumas delas bem complexas
D
e acordo com a Organização Mundial da Saúde,
80% dos adultos apresentam dor lombar em algum momento da vida, podendo ter sintomas leves, moderados ou chegar a algum grau de incapacidade para realizar suas atividades
diárias e até mesmo trabalhar. Segundo a reumatologista da Clínica Imedical, Germana Estrela,
uma das queixas mais comuns é
sentir a coluna travada.
"Quando sente a dor, normalmente, a pessoa se automedica
ou vai ao hospital, chegando a
procurar vários especialistas, porém a causa real deve ser avaliada para ser bem tratada e o paciente não venha a apresentar novos episódios", esclarece a reumatologista.
A especialista explica ainda
Prevenção
Muitos fatores são importantes para evitar que uma lombalgia aguda se
torne crônica. A correção postural, principalmente na maneira de se sentar no trabalho e na escola é essencial. Na fase aguda, a ginástica não é indicada, porém, após o final da crise, a prática regular de exercícios físicos
apropriados é importante. Quando fizer exercício com pesos na ginástica,
proteja a coluna deitando ou sentando com apoio nas costas.
Sempre evitar carregar peso. Não permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão, dobrar os joelhos e não dobrar a coluna.
Evitar usar colchão mole demais ou excessivamente duro, principalmente se o indivíduo é muito magro. Para outros esclarecimentos, consulte o
seu médico ortopedista.
que o primeiro passo para o médico é descobrir o tempo de duração dos sintomas, para poder
classificá-la como aguda (menos
de quatro semanas), subaguda
(de quatro a 12 semanas) ou crônica (mais de 12 semanas). O se-
gundo passo é atentar para as características da dor.
Às vezes não se consegue definir um local específico gerador
de dor na coluna e não é possível
definir uma causa única, como
mecânica, inflamatória, degene-
rativa, infecciosa ou tumoral. Ainda de acordo com a médica, a associação de fatores anatômicos
(artrose, enfraquecimento muscular, hérnias de disco, osteoporose e fraturas) a fatores posturais
e do próprio meio (sedentarismo,
tabagismo, sobrecarga nas atividades diárias) podem ser responsáveis pela origem da dor na coluna de caráter mecânico, porém,
doenças inflamatórias como a espondilite anquilosante, artrite reativa e psoríase devem ser investigadas nos casos de dor com características inflamatórias.
Tratamento - A história clínica
associado ao exame físico são importantes para a grande maioria
dos diagnósticos, porém, nem
sempre são elucidativos, devendo o paciente realizar exames
Estudo apresenta substância eficaz
contra todos os sintomas da depressão
A doença é considerada
a mais incapacitante da
atualidade, segundo
organização de saúde
RIO - A depressão é hoje a
doença mais incapacitante, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS). O dado preocupante foi abordado no seminário "The Global Crisis of Depression" (A Crise Global da
Depressão, em tradução livre),
realizado em Londres. Atualmente, a doença afeta 7% da
população mundial, algo em
torno de 400 milhões de pessoas. O ponto que chama mais
atenção é que a expectativa era
que esse número fosse alcançado em 2030, mas a marca foi
atingida em 2010, 20 anos antes do prazo.
Para o psiquiatra Hamilton
Grabowski, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria
e pesquisador clínico na área,
um dos fatores que inibe quem
sofre com a doença a procurar
tratamento é o efeito colateral
de alguns medicamentos. "O
que poucas pessoas sabem é
que hoje já existem substâncias
eficazes que amenizam esses
efeitos, permitindo que os pacientes tenham uma vida social
normal, mesmo durante a terapia", destaca.
Estudo - Recentemente o pesquisador inglês Stephen Stahl
(Cambridge) publicou um artigo baseado em seis estudos sobre o mecanismo de ação da
substância agomelatina. Nessa
pesquisa, ele avalia dados de
complementares de imagem para melhor avaliação. "Hoje em dia,
a tecnologia nos auxilia com uma
gama de novos exames complementares como radiografia, eletroneuromiografia, tomografia
computadorizada, mielografia e
a ressonância nuclear magnética", ressalta o médico radiologista Jouglas Melo, sócio-diretor da
Clínica Imedical.
O tratamento das patologias
da coluna é individual, devendo
sempre considerar a vida do paciente e suas limitações. "Não
posso prescrever o mesmo tratamento para pessoas com diagnósticos etiológicos diferentes. Se
o paciente tem lombalgia por hérnia discal terá um tratamento diferente daquele que tem um tumor ou infecção", exemplifica
Germana Estrela.
O tratamento clínico com reabilitação, acupuntura, uso de
analgésicos, relaxante muscular
e antiinflamatório pode não ser
efetivo em todos os casos, podendo ainda ser necessário medicamentos mais potentes como antidepressivos, anticonvulsivantes
e derivados da morfina.
No caso de hérnia discal e tumores, o tratamento cirúrgico pode ser necessário precocemente.
"O papel do reumatologista é entender e diagnosticar o problema
antes de ser necessário intervenção cirúrgica, que às vezes é realizada sem resolver o fator que desencadeou o processo, mantendo o quadro de dor crônica na
mesma intensidade ou até mesmo levando a uma piorara dos
sintomas", finaliza Germana Estrela.
Sintomas
Algumas características muitas vezes passam despercebidas, não somente por quem sofre da depressão, mas também por familiares e amigos, podendo ser confundida com tristeza ou falta de interesse. "Ficar
atento a esses sintomas é importante. Isso possibilita um diagnóstico
precoce e um tratamento eficaz", afirma Hamilton Grabowski. Veja alguns sintomas:
- Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
- Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as
coisas
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades
anteriormente consideradas agradáveis
- Desinteresse, falta de motivação e apatia
- Falta de vontade e indecisão
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
- Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
- A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
- Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
- Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
- Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
- Perda ou aumento do apetite e do peso
Segundo a OMS, a depressão afeta 7% da população mundial, algo em torno de 400 milhões de pessoas
1.517 pacientes e comprova que
a substância é eficaz em todos
os sintomas da doença. O processo de melhora do paciente
tratado com a agomelatina é
gradual e contínuo. Ela repara
primeiro os aspectos positivos
(rapidamente percebidos ainda na primeira semana), como
melhora da disposição ao despertar e do padrão de sono, retorno da cognição, prazer e in-
teresse, e logo em seguida os aspectos negativos (humor deprimido, ansiedade e sentimento
de culpa). Portanto, a substância se mostrou eficaz desde o
princípio do tratamento, sem
alterar a libido (preservando a
vida sexual), nem o peso.
A agomelatina atua no cérebro restaurando os ritmos biológicos. "O paciente tratado se
sente melhor, acorda mais dis-
posto, com pensamentos mais
claros e apresenta aumento da
atenção desde o início do tratamento", afirma Grabowski. Estudo publicado na revista The
Lancet reconhece a relação direta entre a depressão e a desregulação das funções do corpo e mente. Também foi comprovado que quanto mais alterados esses ritmos biológicos,
mais grave é a depressão.
- Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior
parte do tempo)
- Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
Fonte: Minha Vida
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