O solo

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Microbiologia do Ambiente
Microbiologia do Ambiente
Capítulo II - Microbiologia do Solo
http://correio.cc.fc.ul.pt/~maloucao
MA Martins-Loução, 2006
Microbiologia do Ambiente, 2006
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Microbiologia do Ambiente
Capt II - Microbiologia do Solo
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O que é o solo. Os constituintes do solo.
Factores que influenciam na formação do solo
Noção de pédon e de perfil do solo
Papel do solo no ecossistema.
Os constituintes do solo
Factores que afectam as características do solo
Os componentes biológicos do solo: bactérias, fungos e mesofauna
As cadeias tróficas e a sua importância
A cadeia trófica e a qualidade do solo. Seu significado
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Microbiologia do Ambiente
SOIL
Solo
O Que é o Solo ?
Solo ≠ Substracto
Definição Geológica
Superfície solta da superfície da crosta que é distinta da rocha mãe
Definição Tradicional
Material que alimenta e suporta as plantas em crescimento (inclui rochas, água, neve e
ar)
Definição Pedológica
Colecção de recursos naturais da superfície da crosta, modificada ou mesmo originada
pela acção de factores químicos e físicos naturais ou provenientes da acção do Homem,
que contem matéria viva e que é capaz de suportar a vida e o crescimento das plantas.
(O seu limite superior é o ar ou um filme de água e o seu limite inferior é a profundidade
até onde se deu a mineralização.)
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Microbiologia do Ambiente
rocha
Gases:
CO2
SO2
N2O5
Factores envolvidos na
formação do solo
acidos:
H2CO3
H2SO3
HNO3
chuva
Vento e água
erosionam as
rochas e o solo
Congelamento
provoca fendas
raízes: fendem e partem as rochas
mecânica e quimicamente (exsudação)
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Microbiologia do Ambiente
Factores envolvidos na
formação do solo
Clima
Organismos
Topografia
Tempo
Rocha mãe
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Microbiologia do Ambiente
Solo como parte
da paisagem
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Perfil do Solo. Pédon
O - orgânico
A - eluviação
B - iluviação
C - Rocha mãe
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Constituintes do Solo
Fase gasosa
Ar 25%
Matéria Mineral
45%
Fase líquida
Fase sólida
Água 25%
Matéria Orgânica
5%
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Propriedades Físicas do Solo Fase sólida
Textura - determinada pela proporção relativa das partículas minerais de diferentes
dimensões
Estrutura - determinada pela forma como a matriz mineral se agrega, ou seja é definida pelo
padrão de agregação das partículas
Côr - indicador das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo
Densidade - depende do tipo de agregados da matriz e portanto da quantidade de espaços
que se estabelecem na matriz mineral
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Fracções da Matéria Mineral
> 0.02 mm
0.002 - 0.02 mm
< 0.002 mm
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Microbiologia do Ambiente
Tipos de solo baseados na textura
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Microbiologia do Ambiente
Factores que afectam a estrutura dos solos
 Arranjo dos agregados com determinada forma e tamanho
 Estabilidade dos agregados
 Configuração dos poros
 Tipo de argila
 Elementos químicos associados à argila
 Natureza dos produtos de decomposição e quantidade de matéria orgânica
 Natureza da população microbiana
 Processos físicos de arrefecimento e evaporação
 Acção da mesofauna (remoção e recirculação)
 Crescimento e actividade das raízes
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Côr do Solo
Indicador de diferentes tipos de solo
Indicador de certas características físicas e químicas
Indicador do conteúdo de humus e da natureza química dos compostos de ferro presentes no
solo
Forma
Fórmula
Côr
Óxido ferroso
FeO
Cinzento
Óxido férrico
(Hematite)
Fe2O3
Vermelho
Óxido férrico hidratado
(Limonite)
2Fe2O3 3H2O
Amarelo
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Densidade
Determina-se dividindo o peso seco em g pelo seu volume em cm3
A variação na densidade do solo é maioritariamente devida à diferença no espaço total de
poros
Confere propriedades ao solo
Maior capacidade de retenção de água
Maior capacidade de penetração das raízes
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Matéria Orgânica
Folhada - matéria orgânica “fresca” ainda por decômpor
Matéria orgânica particulada, detritos
Humus - matéria orgânica amorfa e complexa
Mor - solo tipo podsol, formado a um pH baixo
Mull - solo florestal em clima temperado, formado a pH > 5.0
CEC - Capacidade de troca catiónica
Solos eutróficos e oligotróficos
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Solução líquida do solo
Água higroscópica
Água capilar
Água gravitacional
Capacidade de campo
Ponto de emurchecimento
Acidez do solo - H+ e Al3+
CEC - Capacidade de troca catiónica
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O Ambiente Solo - Cadeias tróficas
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Os organismos do solo
Artrópodes
Insectos, crustáceos, aracnídeos
Bactérias
Cianobactérias, actinomicetes, outras não
fotossintéticas
Fungos
Saprofíticos
Mutualistas
Patogénicos
Protozoários
Amibas, ciliados, flagelados
Nemátodes
Vida livre ou parasitas de plantas e animais
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Função dos organismos do solo
Fotossintéticos
Plantas, algas e bactérias
Captam a energia e fixam CO2
Adicionam matéria orgânica ao solo
Decompositores
Bactérias e fungos
Imobilizam os nutrientes
Sintetizam novos compostos orgânicos
Produzem compostos que ajudam a estruturar o solo
Responsáveis pelo ciclo biogeoquímico dos nutrientes
Competem ou inibem os organismos patogénicos
Mutualistas
Bactérias e fungos
Promovem o crescimento das plantas (N, P)
Protegem as plantas dos patogénicos
Patogénicos
Bactérias, fungos,
Parasitas
Nemátodes, artrópodes
Inibem o crescimento das plantas.
Consomem ou infectam raízes
Parasitam nemátodos ou insectos sendo veículos de
doenças
Herbívoros de bactérias e fungos
Nemátodos, protozoários e microartrópodes
Libertam os nutrientes imobilizados (NH4+)
Controlam os patogénicos das plantas
Estimulam e controlam a actividade das populações
fúngicas e bacterianas
Turbadores
Minhocas e microartrópodes
Quebram a matéria orgânica fresca (folhada)
Revolvem a folhada e enterram-na, alterando a
estrutura do solo
Predadores
Nemátodes, meso- e macrofauna
Fazem o controlo das populações dos níveis tróficos
Aumentam a estrutura do solo
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Microbiologia do Ambiente
Como se distribuem os organismos do solo ?
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Microbiologia do Ambiente
Onde se concentram os organismos do solo ?
Raízes - rizosfera
Folhada
Humus
Agregados do solo
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Microbiologia do Ambiente
Quando se encontram activos ?
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Microbiologia do Ambiente
Como variam as cadeias tróficas
nos ecossistemas ?
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Microbiologia do Ambiente
Nº de organismos /g solo em diferentes ecossistemas
Solos Pradarias
Solos Agrícolas
Solos Florestais
Bacterias
100 milhões a mil milhões
100 milhões a mil milhões
100 milhões a mil milhões
Fungos
Vários metros
Dominado por AM
10 - 100 metros
Dominado por AM
Várias centenas de metros
Dominado por ECM
Protozoários
Vários milhares de flagelados
e amibas, 1 a várias centenas
de ciliados
Vários milhares de
flagelados e amibas, 1 a
várias centenas de ciliados
Vários centenas de milhar
de
amibas,
poucos
flagelados
Nemátodes
10 - 20 herbívoros de
bactérias, poucos de fungos.
Poucos predadores.
10 - 100
> 100 herbívoros de
bactérias e fungos. Muitos
predadores
Artrópodes
> 100 /30 cm2
500 - 2000 /30 cm2
10 000 - 25 000/ 30 cm2
Minhocas
5 - 30 / 30 cm2. Mais em
presença de maior matéria
orgânica
10 - 50 /30 cm2. Zonas
áridas ou semiáridas podem
não ter nenhumas
10 - 50 /30 cm2 em
florestas decíduas e poucas
em coníferas
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Microbiologia do Ambiente
Como se avaliam as cadeias tróficas ?
Contagem
Contagem directa ou por plaqueamento
Medindo os níveis de actividade
Respiração
Nitrificação
Taxas de decomposição
Determinando os constituintes celulares
Biomassa
C, N, P
Enzimas
Fosfolípidos ou outros - usados como “marcadores” da comunidade
DNA ou RNA - usados como “marcadores” da comunidade
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Microbiologia do Ambiente
Complexidade das cadeias tróficas
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Microbiologia do Ambiente
Benefícios da complexidade das cadeias tróficas
 Reciclagem de nutrientes
 Retenção de nutrientes
 Melhora a estrutura do solo e suas características fisicas
 Diminui a sensibilidade de doenças e pestes
 Permite a degradação ou imobilização de poluentes
 Aumenta a biodiversidade
Qualidade do solo / Sustentabilidade do ecossistema
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Microbiologia do Ambiente
Referências
http://www.oznet.ksu.edu/pr_sme/
http://www.ucc.ie/impact/agrisf.html
http://www.microbes.info/resources/Environmental_Microbiology/Plant_Microbiology/index.h
tml
Sharma, PD. (2005). Environmental Microbiology. Alpha Science Int.
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