A importância dos produtos petroquímicos na vida actual l ANA PAULA PAIVA Resumo Os processos de refinação aplicados às fracções mais pe- aplicações para os produtos secundários formados, es- sadas do petróleo bruto, com o objectivo primário de au- sencialmente alquenos. O objectivo deste artigo é o de mentar a produção de gasolina, causaram uma verdadei- ilustrar e divulgar a importância da indústria petroquími- ra revolução na indústria química nas décadas de 50-60 ca na manufactura de inúmeros produtos que a socieda- do século passado. Com efeito, a rentabilização de tais de actual não dispensa e que as gerações mais novas di- processos envolveu um esforço no sentido de encontrar ficilmente imaginam como seria a vida sem eles. Petróleo e Processos de escala, o que justificou o progresso que Os processos de conversão sob vapor Refinação entretanto se verificou nas indústrias sobreaquecido aplicados ao gás natural, automóvel, aeronáutica e naval. No en- à na ft a e às fracções mais pesadas do tanto, houve que viabilizar economica- petróleo também levaram à criação de mente os produtos secundários prove- um outro precursor petroquímico extre- O petróleo bruto é uma mistura de mi- lhares de substâncias químicas diferentes, em que os compostos predominantes são hidrocarbonetos de cadeia linear e cicloalcanos. Apesar da composição dos petróleos variar bastante consoante a sua proveniência, só uma fracção cor- nientes dos processos de craqueamento mamente importante nas refinarias ac- — essencialmente alquenos leves até 4 tuais e que se chama "gás de síntese". O átomos de carbono - e assim nasceram gás de síntese é uma mistura em dife- os primeiros polímeros sintéticos, tais rentes proporções de monóxido de car- como o polietileno e polipropileno (plás- bono e de hidrogénio, proporções que ticos) e o 1,4-polibutadieno (borracha são estipuladas de acordo com o fim a sintética). que a mistura se destina. Por exemplo, nafta e a gasolina bruta. As fracções A importância dos compostos poliméri- o gás de síntese constituído por 1 mole maioritárias são bastante mais pesadas, cos passou a ser tão grande que justifi- de monóxido de carbono e 2 moles de com pontos de ebulição superiores a cou a criação de um processo de cra- hidrogénio é utilizado directamente na 400°C, numa proporção que pode ir até queamento, aplicado à nafta, única e manufactura de metanol — o álcool mais respondente a cerca de 15 a 30% do total tem constituintes com 4 a 12 átomos de carbono, onde se incluem a aos 69%. exclusivamente para produção de al- produzido a nível mundial. Outros quenos leves até 5 átomos de carbono — exemplos de aplicação do gás de sínte- O desenvolvimento tecnológico dos pro- o craqueamento sob vapor. Esta tecno- se serão referidos adiante. cessos de craqueamento aplicados às logia também origina a chamada "gaso- fracções petrolíferas mais abundantes — lina de pirólise", de onde se extraem al- através dos quais se consegue a quebra guns compostos aromáticos tais como o dos hidrocarbonetos de maiores dimen- benzeno, tolueno e xilenos — fracção Processos de conversão de alquenos — exemplos significativos sões em fragmentos de cadeia hidrocar- BTX. Os compostos aromáticos existem bonada mais pequena - permitiu au- sempre em quantidade ínfima nos pe- No mundo vasto e complexo que é o da mentar a produção de nafta em grande tróleos brutos. petroquímica actual, impo rt a realçar al- 1 Este a rt igo baseia-se na matéria leccionada no Bloco de Química Orgânica da disciplina de Processos Químicos, do actual currículo da Licenciatura em Química Tecnológica do DQB-FCUL. * Depa rt amento de Química e Bioquímica, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (D.Q.B.-F.C.U.L.), Rua Ernesto de Vasconcelos, Edifício C8, 1749-016 Lisboa 68 QUÍMICA + 02 //O H [cat] 0 CO +11 2 [cat] + H, 7 •7 OH [cat] [OH 1 - + H, V\/\7\ [cat] OH figura 1 Síntese industrial do ácido butanóico, do butan-1-ol e do 2-etilhexan-1-ol. guns processos e produtos que ilustrem 1938 na empresa "Ruhrchemie", e que Apesar de não terem uma impo rt ância esquematicamente como é que, no consiste na adição catalítica de hidrogé- significativa como produtos finais, os al- geral, esta indústria "funciona". nio e de monóxido de carbono - gás de deídos são intermediários versáteis na síntese - a alquenos, resultando na for- síntese de álcoois e de ácidos carboxíli- Um processo extremamente impo rt ante mação de aldeídos com mais um átomo cos. A primeira aplicação industrial da é a hidroformilação, descoberto em de carbono do que o alqueno inicial. hidroformilação foi na manufactura de figura 2 Processo Alfol de síntese de " álcoois CH,CH, gordos" paro detergentes. Al + 3/2 H, + 3 H,C=CH 2 Al —CH,CH, I H 2 CH, (CH2CH2),,+1 H CH 2CH, A I —CH 2 CH, + (x+y+z) H 2 C=CH 2 Al — (CH2CH2)y + ^ H (CH,CH 2 ) L+ H CH 2 CH, + 02 CI I,C11 2 (Cl 2 C11 2 ),, Ol 1 O(CH2CH2) x +t H + H2O AI(OH), + CH,CH,(CH2CH2)y OH I AI — O(CH 2CH 2 ) y +t H + CH,CH 2 (CH,CH 2 ) , OH O (CH 2 CH 2 ) x,y,z =0- 10 H QUÍMICA 169 PET + Hz0 HO OH HO \ ^ O HO_ OH ^ \ ^+ \ O_ / ^ H -n + NH , HO NH2 HO NH RCOOH HO OH ^^ \ / + + OH ris1 H zOH jOH NH N \ ^ \ ^ R ^ + R O yO '1, O O NH + RCOOH O O / ( ► + ROH R H O n O O ^R R —O \ O + RNH Z H n () R — NH \ O H figura 3 Principais produtos fabricados a partir do óxido de etileno. álcoois com 12 a 14 átomos de carbono tanto, o fabrico de sabões já não com- dele, sintetizam-se muitos produtos, dos para detergentes; no entanto, os produ- pensa esta via processual, pelo que o quais se destacam os etilenoglicóis, as tos de maior produção actualmente ob- processo Alfol ganhou cada vez mais etanolaminas e os polietoxilatos, figura tidos por hidroformilação são o butan-l- projecção. Um diagrama esquemático 3. A etanolamina é ela própria utilizada ol e o 2-etilhexan-1-ol, a partir do deste processo pode ser apreciado na fi- na reacção com ácidos gordos para ori- propeno — figura 1 - e o ácido propanói- gura 2. Nele são utilizados o etileno, hi- ginar diversos tipos de surfactantes para co a pa rt ir do etileno. drogénio e alumínio como matérias-pri- detergentes não iónicos (usados na la- mas. vagem de roupa delicada a baixas tem- Os "álcoois gordos" continuam a ser ex- peraturas e caracterizados por produzi- tremamente importantes como matérias O óxido de etileno — nome sistemático: — primas para a fabricação de surfac- oxaciclopropano — é também um pre- tantes para produtos de limpeza. Quem cursor petroquímico que merece desta- indicados para máquinas de lavar roupa não conhece o célebre "sodium lauryl que. O primeiro processo industrial para e louça). Este é também o principal uso sulfate", composto obtido por sulfatação a sua obtenção data de 1925 e consis- dos polietoxilatos, produtos obtidos a do álcool láurico — que possui uma ca- tia na adição de água e cloro ao etileno partir da reacção de ácidos, álcoois e deia linear com 12 átomos de carbono — e que aparece exaustivamente referido como fazendo parte da composição de detergentes de roupa e louça, géis de banho, champõs, etc? O primeiro processo que levou à sua obtenção terá sido a hidrólise de gorduras a glicerol e rem pouca espuma, o que os torna para formar clorohidrina, que depois era aminas "gordas" com várias unidades atacada com hidróxido de cálcio para de óxido de etileno. Adicionalmente, as formar óxido de etileno. No entanto, etanolaminas são frequentemente utili- desde 1975 que este composto é obtido zadas como produtos de pa rt ida em sín- por oxidação directa do etileno em pre- tese de heterociclos. sença de um catalisador específico, usualmente contendo prata. Quanto ao etilenoglicol, para além de ser um agente anti-congelante usado ácidos gordos, sofrendo estes últimos A importância do óxido de etileno cen- em sistemas de arrefecimento em auto- um processo de hidrogenação. No en- tra-se na sua reactividade pois, através móveis, é amplamente utilizado na ma- 70 I QUÍMICA COOH COOH + 2 HO OH 2 n O ou COON COOH [cat) [cat] OH HO (n) -n HO OH V figura 4 Precursores utilizados para a reacção PET de síntese do polietilenotereftalato. figura 5 Precursores e patamares de síntese para obtenção de resinas epoxídicas. + CI = [cat] 41 II HO [OH-] - 2 HCI O (.._....) HO O Poliaminas ou Polialcoois [OH -] Resinas Epoxidicas O OH QUÍMICA 71 MgBr A Mg, éter OH B OH o 1/ t > NH, HCI OH O ^^^NH • HCI figura 6 Patamares de síntese do álcool feniletílico (esquema A) e do cloridrato de propanolol (esquema B). "styrene-butadiene rubber") e a de acri- nufactura de poliésteres, sendo o mais que é frequentemente usado na indús- importante o polietilenotereftalato (PET). tria de perfumaria, onde é um dos rea- lonitrilo-butadieno-estireno (ABS, do in- O outro componente usado para fabrico gentes-chave nos dois processos de sín- glês "acrylonitrile-butadiene-styrene"). do polímero é o ácido tereftálico, obtido tese mais vulgares do álcool feniletílico por oxidação do p-xileno. O PET é um (óleo com forte odor a rosas, figura 6A); componente de fibras, de resinas e mais outro exemplo é a epiclorohidrina, que é recentemente é utilizado na manufactu- também um dos reagentes de partida mosplásticos, dada a sua grande resistência mecânica a baixas temperaturas. ra de garrafas de refrigerantes. Os prin- para a produção do cloridrato de propa- cipais processos de fabrico do PET nolol, uma droga vulgarmente receitada podem ser visualizados na figura 4. para o tratamento da hipertensão — figu- A impo rt ância industrial dos compostos ra 6B. Os polímeros ABS são especialmente adequados para processamentos ter- Adicionalmente, uma das aplicações mais relevantes do 1,3-butadieno é na produção de adiponitrilo, por reacção contendo anéis de oxaciclopropano é, O etileno e o propeno foram, sem dúvi- na realidade, enorme. Com efeito, para da, precursores determinantes para o além de serem monómeros vulgarmen- desenvolvimento da petroquímica; no te utilizados no fabrico de variados tipos entanto, mais recentemente, os alque- de polímeros — tais como as resinas epo- nos com 4 átomos de carbono, princi- pais vias processuais de síntese de um xídicas, obtidas a partir da polimeriza- palmente o 1,3-butadieno, têm ocupado dos monómeros mais utilizados para o ção da epiclorohidrina com o bisfenol A igualmente um lugar de destaque. fabrico de nylon — ver figura 7. Por e que são, respectivamente, produzidos Assim, para além do 1,3-butadieno ser a pa rt ir do propeno e do fenol, ver figu- polimerizado para originar o 1,4-polibu- ra 5 -, não se pense que a sua utilização tadieno, este composto é também com ácido cianídrico. O adiponitrilo pode ser reduzido a hexametilenodiamina (HMDA), sendo esta uma das princi- exemplo, o nylon 6,6 resulta da policondensação da HMDA com o ácido adípi- adicional se resume à obtenção de sur- usado como co-monómero no fabrico co; curiosamente, este ácido dicarboxíli- factantes para detergentes. Na realida- de outros tipos de borracha, tais como a co pode também ser obtido por hidrólise de, o óxido de etileno é um composto de estireno-butadieno (SBR, do inglês do adiponitrilo... 72 QUÍMICA H2C=CH-CH=CH, [cat ] + + H2 > H 2 N-(CH 2 )6 -NH, NC-(CH2)4-CN [cat. ] 2 HCN 2 Exemplos de Tipos de Nylon H 2 N-(CH 2 )6 -NH, HN-(CH 2 )6 - NH - CO -(CH 2 ), CO + n HOOC-(CH 2 ), COOH Nylon 6,6 H 2 N-(CH 2 )6-NH 2 + FIN (CH 2 ) 6 -NH-CO-(CH 2 ), 0 -CO n HOOC-(CH 2 ), 0 COOH figura 7 Um patamar de síntese para a hexametilenodiamina (HMDA) e exemplos de reacções envolvidas na produção de nylon. Nylon 6,12 figura 8 Principais diisocianatos usados no fabrico de poliuretanos e uma reacção de síntese de um destes polímeros. HDI: hexametileno-1,6-diisocianato O=C=N-(CH 2 ) 6 -N ^=O TD/: tolueno-2.6-diisocianato CH O=C=N N=C-0 MD/: 4,4'-d ife;ti lm etan od i i socianato O=C=N N=C=O O=C=N CH — CH 2 O — I CH — CH 2 OH n CH, CH 3 CH 3 H (OCHCH 2 O) —CHCH 2 O00NH n NHCO O(CHCH 2 O) — CHCH2 OH n CH 3CH3 I n CH, I CH 3 QUÍMICA 73 A o I 0H - I A NO3 B CH3 H 3 C 03 N NO, HNO3 / H 3 S0, C(CH 3 ), H 3C musk -xileno CH3 CH 3 H 3C AICh (CH 3)3 o H 3C CI AICI 3 C(CH 3 )3 COCH 3 HNO 3 / H 3 S0, CH 3 3 Oz N NO3 C(CH 3 )3 musk-cetona Processos de conversão de compostos aromáticos — mais alguns exemplos significativos figura 9 Um patamar de síntese do cinamaldeído (esquema A) e processos de fabrico do "musk-xileno" e "musk-cetona" (esquema B). meros", ou seja, resultam da policon- neste caso a partir da condensação al- densação de poliálcoois, poliéteres ou dólica do benzaldeído e do acetaldeído, poliésteres com diisocianatos. Na figura sendo estes intermediários por sua vez 8 apresentam-se as estruturas dos dii- produzidos por oxidação do tolueno e do À semelhança dos alquenos, os com- socianatos correntemente utilizados (os etileno, respectivamente. O cinamaldeído tem aroma de canela, e é também postos aromáticos foram também deter- que contêm anéis aromáticos são os minantes para o progresso da indústria mais usuais, mas não é interessante utilizado como aditivo alimentar. Outro petroquímica, pa rt icularmente a fracção tentar adivinhar qual será um reagente exemplo é o que leva à obtenção dos BTX. Estes compostos são essencial- de partida para o hexametileno-1,6-dii- denominados "musk xileno" e "musk ce- mente obtidos a pa rt ir da gasolina de pi- socianato — HDI?), e também um exem- tona". Estes compostos, que não exis- rólise e de gasolina reformulada; no en- plo de uma estrutura de um poliuretano. tem na Natureza, são largamente utiliza- tanto o carvão, igualmente após pirólise, é também usado como matéria-prima para a sua produção. Nos esquemas anteriores já foram referidas algumas aplicações de compostos aromáticos — vejam-se de novo as figuras 4, 5 e 6-, mas tem interesse salientar algumas mais. Os compostos aromáticos têm uma grande relevância nas indústrias de química fina, nomeadamente nas de perfumaria e farmacêutica. Nestas indústrias, os produtos de origem natural têm ainda uma expressão significativa, mas o de- dos em perfumes de preço acessível com o objectivo de lhes conferir um traço do cheiro do "musk" real. O m-xileno e o isobuteno são os compostos de pa rt ida para ambas as vias processuais, figura 9B. safio lançado à ciência da síntese para O exemplo de excelência da indústria imitar a Natureza e para conseguir farmacêutica ilustrativo da importância Estão muito na moda as imitações de novas substâncias que esta não produz dos produtos petroquímicos é o da sín- pele em vestuário. Estas imitações tem sido determinante em todo o de- tese da Aspirina. Com efeito o fenol, ob- quase perfeitas resultam do avanço tec- senvolvimento tecnológico que se tem tido industrialmente a pa rt ir do benze- nológico que tem ocorrido relativamente vindo a verificar. Os exemplos de aplica- no, é o material de pa rt ida utilizado para a diferentes formulações para poliureta- ção de produtos de origem petroquími- a síntese do ácido salicílico. Sequencial- nos. As vulgares espumas foram a pri- ca em química fina são inúmeros e va- mente, o ácido salicílico é esterificado meira aparição deste tipo de polímeros. riados; assim, apresenta-se na figura 9A por reacção com o anidrido acético que, Os poliuretanos são, à semelhança das um dos patamares industriais utilizados por sua vez, é obtido por oxidação do resinas epoxldicas, "polímeros de poll- para a obtenção de trans-cinamaldeído, acetaldeído ou por desidratação do 74 QUÍMICA OH O- Na+ 2 + 2 NaOH 2 OH 2 O- Na+ O- Na+ 0 2 - Na+ 700 kPa + CO, O- Na+ + 100°C OH OZ Na+ OH OH COOH + H 2 SO 4 + Na 2 SO 4 OCOCH 3 COOH COOH (C H 3 CO) 2O + OH, 90°C, 72h Aspirina figura 10 Síntese indust ri al da Aspirina. ácido acético (e o ácido acético é es- são infinitas. É pois urgente planear será que a população dos países mais sencialmente produzido por reacção do uma evolução integrada e sustentada desenvolvidos tecnologicamente, onde metanol com monóxido de carbono...). para a indústria química tendo como se encontram os mais acérrimos ecolo- O esquema processual completo que base esta verdade absoluta. Será que a gistas, abdicaria de bom grado das co- ilustra o processo de obtenção da Aspi- utilização do carvão irá renascer, já que rina pode ser observado na figura 10. este era a matéria-prima fóssil processada antes da revolução do petróleo? Na Conclusões e reflexões finais década de 1940, durante a 2. ° Guerra Mundial, a Alemanha desenvolveu in- modidades que o avanço industrial e, muito particularmente a indústria química, proporcionou? É pouco provável... no entanto, também não é menos verdade que a "ecologia química" será com Espera-se que, nesta fase, dois dos dustrialmente um processo que permite principais objectivos deste trabalho te- obter, a pa rt ir do carvão, o gás de sínte- certeza uma das melhores vias para aju- nham sido conseguidos: por um lado, se e, a pa rt ir deste, alcanos e alquenos dar a solucionar os problemas ambien- tentou-se evidenciar o papel fundamen- de diferentes dimensões (o chamado tais que a própria química provocou. tal desempenhado pelos produtos se- Processo de Fischer-Tropsch). Actual- cundários provenientes dos processos mente, tanto quanto se sabe, este ainda de refinação do petróleo no desenvolvi- é utilizado em larga escala na Africa do mento da indústria petroquímica e, por Sul. Será nesta via que se baseará a in- outro, pretendeu-se ilustrar com alguns dústria química do futuro? exemplos significativos que a complexi- vindouras caberá confirmá-lo ou não... dade do mundo petroquímico pode também ser encarada com alguma simplicidade. A indústria química, tal como actual- As gerações Finalmente, um outro desafio, este talvez mais dirigido para os jovens actuais: a indústria química é talvez justamente Alguma bibliografia fundamental para aprofundamento do tema: • K. Weissermel, H.-J. Arpe, Industrial Organic Chemistry, V.C.H., 3.° Edição, 1997. • H. A. Wittcoff, B. G. Reuben, Industrial Organic Chemicals, John Wiley and Sons, 1.° Edição, 1996. • G. T. Austin, Shreeve's Chemical Process considerada corno uma das principais Industries, McGraw-Hill International Edi- mente se encontra estabelecida, está culpadas do estado de poluição avança- tions, 5.° Edição, 1984. fo rt emente dependente das reservas de do nalgumas zonas da Terra, e ainda - K. Bauer, D. Garbe, H. Surburg, Common petróleo bruto no planeta. No entanto, bem para todos nós que essa preocupa- Fragrance and Flavor Materials — Prepara- tal como acontece com todos os com- ção de preservação do planeta está tion, Properties and Uses, Wiley-V.C.H., 3.° bustíveis fósseis, as suas reservas não cada vez mais generalizada. No entanto, Edição totalmente revista, 1997.