Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Condutores e Isolantes: Em alguns materiais, como aos metais, algumas das cargas negativas podem se mover livremente. Chamamos esses materiais de condutores. Em outros materiais, como o vidro, borracha e plástico, as cargas não podem se mover livremente. Chamamos de isolantes ou não-condutores A estrutura e natureza elétrica dos átomos são responsáveis pelas propriedades dos condutores e isolantes. Os átomos consistem de cargas positivas, os prótons, cargas neutras, os nêutrons e cargas negativas, os elétrons. Os prótons e os nêutrons estão compactados no núcleo central e os elétrons orbitar o núcleo. Quando os átomos de um condutor, como o cobre, ficam juntos para formar um sólido alguns dos elétrons não ficam presos ao núcleo, mas tornam-se livres para percorrer o sólido. Chamamos estes elétrons de elétrons de condução. Há poucos elétrons livres em um isolante. Chama-se de semicondutores, materiais formados por silício e germânio (Si, Ge), por exemplo, aqueles materiais que são intermediários entre condutores e isolantes. Os elétrons num átomo só podem assumir níveis de energia discretos, obedecendo a Teoria atômica de Bohr e o princípio da exclusão de Pauli, que diz que os elétrons possuem números quânticos distintos. Quando dois átomos se aproximam em uma ligação química, os níveis se sobrepõem devido à interação entre os campos dos dois átomos. Em um cristal, o grande número de superposição dos níveis de energia dos átomos, origina um contínuo de níveis de energia próximos, denominado banda de energia. A configuração dessas bandas de energia determinará a natureza do material. Figura 1 – Representação das bandas de energia em um sólido semicondutor, isolante e condutor. Banda de condução E ≈ 6 eV E > 6 eV Banda de valência Isolante Semicondutor Condutor Nos materiais isolantes, há uma região proibida de energia que separa as bandas de valência e de condução (“gap”), da ordem de valores maiores que 6 eV (1eV = 1,6.10-19J). Nos materiais condutores, não há essa separação. Nos materiais semicondutores, essa separação é da ordem de 1 eV, de modo que alguns elétrons podem ser promovidos da banda de valência para a banda de condução. Os átomos de Si, C e Ge possuem 4 elétrons na última camada, formando entre si ligações covalentes e tetravalentes. Quando essas ligações num cristal desse material (Si, C ou Ge) são quebradas pela energia térmica dos elétrons a temperatura ambiente, surge os elétrons livres na banda de condução, gerando uma densidade de elétrons livres n, e aparecem “buracos” (ausência de elétrons na ligação) que geram a densidade de buracos p. Quando n = p denominamos de semicondutor intrínseco. A concentração n.p depende da temperatura: n i2 (T ) = n ⋅ p O avanço da microeletrônica se deve ao grande desenvolvimento que das últimas décadas nos materiais semicondutores, com a descoberta que pode-se controlar o número de elétrons livres n ou de buracos p, inserindo-se átomos dopantes na rede cristalina do material semicondutor. Tabela I – Tipos de átomos doadores e aceitadores. Tipo Doadores n Aceitadores p Dopantes Átomos Com 5 elétrons na última camada: P,As, Sb Com 3 elétrons na última camada: B,Ga, In Função Aumenta n e reduz p Aumenta p e reduz n Os circuitos integrados, por exemplo, são constituídos por milhares de diodos e transistores, estes por sua vez são fabricados por materiais semicondutores construídos a base dos elementos silício e germânio. Finalmente temos os materiais supercondutores, assim chamados pelo fato de não haver resistência elétrica ao movimento de cargas elétricas através desses materiais. Quando as cargas elétricas se movem em um material, dizemos que ele está sendo atravessado por uma corrente elétrica. Naturalmente, os materiais possuem certa resistência à passagem de corrente elétrica. Por exemplo, o fio usado em dispositivos eletrônicos é um bom condutor de corrente elétrica, mas ainda assim apresenta certa resistência elétrica. Em um supercondutor a resistência elétrica é nula. Por exemplo, se você dispusesse de um material supercondutor na forma de um anel e fizesse passar 14 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico uma corrente elétrica por ele, esta irá atravessá-lo indefinidamente, sem a necessidade de uma bateria elétrica para mantê-la. A supercondutividade foi descoberta em 1911 pelo físico holandês Kammerlingh Onnes, que observou que mercúrio sólido perde sua resistência elétrica completamente a temperaturas inferiores a 4,2 K. Até 1986, a supercondutividade estava limitada a pouca utilidade prática, pois até então havia o conhecimento de que os materiais que se tornavam supercondutores necessitavam de uma temperatura abaixo de 20 K. Nos anos recentes, novos materiais supercondutores foram descobertos a temperaturas superiores, dando possibilidade de uma nova era de aplicações. • Condutores esféricos: Se um excesso de carga é colocado em um material condutor esférico, esta carga é distribuída uniformemente na superfície externa do condutor. Por exemplo, ao colocarmos uma quantidade de elétrons em uma casca esférica condutora, estes elétrons se repelirão uns aos outros se distribuindo uniformemente sobre a superfície esférica externa. Princípio da conservação da carga: Benjamin Franklin pensava que a carga elétrica era um fluido contínuo, como o ar e a água, por exemplo. Hoje sabemos que a matéria é composta de certa quantidade de átomos: ela é discreta. Assim ocorre com a carga elétrica. Experimentos mostram que a carga elétrica é discreta, que toda carga elétrica pode ser escrita como: q = ne; n = ±1, ±2 ,..., ⇔ e = 1, 6.10−19 C Aqui e é denominada de carga elétrica elementar, uma importante constante da natureza. É de fundamental importância o princípio da conservação da carga elétrica: Num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas negativas e positivas se mantém constante. A tabela a seguir mostra algumas propriedades das três partículas elementares de um átomo. Quando uma quantidade física, como a carga elétrica, assume valores discretos, dizemos que esta quantidade é quantizada. A matéria, a energia e momento angular são quantidades quantizadas. Por exemplo, em um bulbo de uma lâmpada de 100 W, em torno de 1019 elementos de carga entram e deixam o bulbo a cada segundo. Exemplo 1 - Um material de Cobre de 3,11 g contém igual quantidade de cargas positivas e negativas. Qual a magnitude da quantidade de cargas positivas neste material? Qualquer átomo neutro possui uma quantidade Ze de prótons e uma quantidade Ze de elétrons, onde Z é seu número atômico. Assim, a quantidade de carga no material é o produto de NZe, onde N é o número de átomos no material e e a carga elétrica elementar. Sendo M a massa molar do Cu (M=63,5 g/mol) teremos: N = NA m 3.11 = 6, 02.1023 . = 2 , 95.1022 63. 5 M Átomos. Sendo o número atômico do Cu Z=23: q = NZe = ( 2 , 95.10 22 ).( 29 ).(1, 6.10 −19 ) = 137000 C A Conservação da carga elétrica: Se você esfregar uma haste em um tecido, medidas mostram que as cargas positivas se acumularam na haste e as negativas no tecido. Isto sugere que não há criação da carga, porém uma transferência da mesma. Essa hipótese de conservação da carga foi colocada pela primeira vez por Benjamin Franklin. Um exemplo de fenômeno que envolve a conservação da carga: o decaimento do urânio, no qual um núcleo se transforma espontaneamente em outro tipo de núcleo. Por exemplo, o 238U , ou urânio 238, o qual é encontrado, pode decair emitindo uma partícula alfa: e transformando-se em tório 234: 238U→ 234Th+ 4He Outro exemplo de conservação da carga é o que acontece quando um elétron ( e − ) encontra sua anti-partícula, o pósitron ( e + ) , cuja carga é +e, dando origem a dois raios gama de alta energia: e− + e+ → γ + γ Este processo é chamado de aniquilação. Tabela II – Dados das partículas que constituem o átomo. Exercícios: Nome S Q Massa me = 9,1110 . −31kg Mom ento angu lar = Elétron Próton Nêutron e p n -1e 1e 0 1 1836.15 1836.68 2π 1/2 1/2 1/2 1) Qual a força eletrostática entre duas cargas de 1C separadas por uma distância de: a) 1 m. b) 1 km 15 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico 2) Uma carga puntiforme de 3, 00.10 −6 C está a 12cm de uma outra carga puntiforme de −1, 5.10 −6 C . Calcule a magnitude da .força sobre cada carga. 3) Qual deve ser a distância entre as cargas puntiformes q1 = 26. 0µC ; q2 = −47. 0µC para que a força entre elas seja de 5.7 N? 4) Em um dispositivo luminoso, uma corrente de 2 , 5.104 A flui durante 20ms. Qual a quantidade de carga que a atravessa? 5) A figura ilustra três cargas puntiformes, de intensidades q1 = q2 = q3 = 20µC , e o valor de d é 1,5m. a) q q 1 Determine a força elétrica resultante sobre cada carga. 9) Duas cargas puntuais, de valores +q e +4q, estão a uma distância L entre si. Uma terceira carga é colocada de modo que o sistema permaneça em equilíbrio. a) Determine a localização, a magnitude e o sinal da terceira carga. b) Mostre que o equilíbrio do sistema é instável. 10) Determine a quantidade de elétrons em uma carga de 1 C. 11) A magnitude da força elétrica entre dois íons separados de 5, 0.10 −10 m é 3, 7.10 −9 N . d 1 a) Qual o valor da carga elétrica de cada íon? b) Determine o excesso de elétrons do íon. d d q 3 q 2 q 2 d a) Encontre a força elétrica sobre a carga q1 em cada caso. 6) Porque experimentos em eletrostática não se realizam muito bem emdias húmidos? 7) As cargas q1 e q2 e q3 estão alinhadas nas posições x=-a, x=0 e x=a, respectivamente, no eixo x. Os valores das cargas são: q1 = + Q , q2 = − Q; q3 = +2 Q . Determine: a) A força elétrica resultante sobre a carga q1. b) A força elétrica resultante sobre a carga q2. c) A força elétrica resultante sobre a carga q3. 8) Dispõe-se de 4 cargas localizadas nos vértices de um quadrado, como mostra a figura abaixo: y a +q +2q -q a -2q 12) Quantos megacoulombs em de carga elétrica (prótons ou elétrons) estão presentes em 1,00 mol de gás molecular hidrogênio (H2)? 13) A atmosfera terrestre é constantemente bombardeada por raios cósmicos (prótons) provenientes do espaço. Se em cada metro quadrado da superfície terrestre é bombardeado por uma taxa média de 1500 prótons por segundo, qual seria a correspondente corrente interceptada pela superfície total da terra? 14) Qual a magnitude da força elétrica entre um íon de sódio Na + (carga + e) e um íon de cloro Cl − (de carga -e) presentes (separação:Na-Cl: 2 , 82.10 −10 m )? no cristal NaCl 15) Coloca-se uma carga A de magnitude +Q em contato com uma carga neutra B. Em seguida aproxima-se a carga A de uma carga C de valor -2Q colocando-as em contato e separando-as. Sabendo que as cargas estão isoladas eletricamente, determine: a) O valor da carga A após o contato com a carga B. b) Os valores das cargas A,B e C após os contatos finais. c) Encontre a força de interação entre as cargas A e C, sabendo que sua separação é r. 16) aproxima-se um condutor de carga negativa de um corpo neutro. Em seguida aterra-se o corpo neutro. Qual será a carga final do corpo neutro? x 16 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico 17) Duas idênticas esferas condutoras, fixas no espaço, atraem-se com uma força de 0,108 N quando separadas por uma distância de 50,0 cm. As esferas são então conectadas por um fio condutor. Quando o fio é removido, as esferas exercem entre si uma força de 0,0360 N. Qual o valor inicial da carga das esferas? 18) Que quantidade de cargas positivas deveria ser colocada naTerra e na Lua para neutralizar sua atração gravitacional? Quantos kilogramas de hidrogênio seriam necessários para prover essa carga? 19) São colocadas algumas cargas no plano xy: q1=+3µC; x1=3,5 cm e y1=0,5cm; q2=-4µC; x2=-2,0 cm, y2=1,5 cm. a) Encontre a magnitude e direção da força eletrostática sobre a carga q2. b) Onde seria necessário colocar uma carga q3 = +4 µC para que anulasse a força eletrostática sobre a carga 2 ? 20) Uma lâmpada de 100 W opera a 120 V e passa por ela uma corrente de 0,83 A (assumindo a corrente estacionária). Quanto tempo demora para 1 mol de elétrons atravessar a lâmpada? 17 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Campo Elétrico • Introdução: Suponha que uma carga fixa positiva q1 está fixa em um ponto do espaço e colocamos uma segunda carga q2 próxima a ela. Da Lei de Coulomb sabemos que q1 exerce uma força eletrostática repulsiva sobre q2 e poderíamos, conhecidas as cargas e a distância entre elas, determinar a força de interação. Porém permanece a questão: Como q1 "sabe" da presença de q2? Esta questão sobre ação à distância pode ser explicada devido a presença de um campo elétrico, criado no espaço em torno da carga q1. Em um dado ponto P do espaço, o campo elétrico dependerá da magnitude da carga q1 e da distância da carga q1 a P. Quando colocamos q2 em P, q1 interage com q2, através do campo elétrico em P. Como um exemplo prático de ação à distância, durante o vôo da espaçonave Voyager II em torno do planeta Urano, sinais de comando eram enviados da Terra para a espaçonave. Esses sinais enviados por ondas de rádio, (um tipo de onda eletromagnética), eram gerados por meio de oscilações de elétrons em uma antena de transmissão na Terra. O sinal movia-se através do espaço e era recebido pela espaçonave somente quando elétrons na antena receptora da nave oscilavam, 2,3 h depois do sinal ser enviado pela Terra. O sinal se propaga pela velocidade c da luz no vácuo. Este e muitos outros exemplos mostram que a eletricidade, o magnetismo, a ótica podem representar juntas uma maneira conjunta de se explicar um fenômeno. • O Campo Elétrico: O campo elétrico é um campo vetorial: consiste de uma distribuição de vetores, um em cada ponto da região em torno de um objeto carregado. Em princípio, definimos o campo elétrico quando colocamos uma carga teste ou carga de prova q0 em uma região do espaço próxima a um objeto carregado, em um ponto P, G O vetor r ′ localiza o ponto Q da carga . G O vetor r identifica o ponto genérico do espaço P(x, y, z). • • G G G • O vetor R = r − r ′ de Q a P. Podemos ainda escrever: G G G G Q(r − r ′) E (r ) = G G3 4πε 0 r − r ′ Ou: [ ] G G Q ( x − x′)aˆ x + ( y − y′)aˆ y + ( z − z′)aˆ z E (r ) = 2 2 2 32 4πε0 ( x − x′) + ( y − y′) + (z − z′) [ ] O campo devido a n cargas pontuais Q1 G G localizada em r1 , Q2 localizada em r2 ,..., Qn G localizada em rn será dado por: G G Q1 Q2 Qn E(r ) = G G 2 aˆ1 + G G 2 aˆ2 + " + 4πε rG − rG aˆn 4πε0 r − r1 4πε0 r − r2 0 n n G G Qm E(r ) = ∑ G G 2 aˆm m=1 4πε0 r − rm1 Esse resultado é conhecido como o princípio da superposição, que veremos adiante. Figura 2 – (b) Carga de prova na presença de um campo elétrico. E F P . + + + + + + + + + + +++ +++++++++++ Objeto carregado Carga teste Campo e em P b) a) G E como mostra a figura 2 (a): G G G R = r − r′ P(x, y, z) Q(x’, y’, z’) G r′ G r O (Origem) Figura 2 – (a) Cálculo do campo em P (x, y, z). G G E (r ) = G G Q r − r′ G G2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ Mede-se a força eletrostática F que atua na carga de prova. O Campo elétrico no ponto P devido a presença do objeto carregado G é definido por: G F E= q0 Aqui: 18 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Tabela III – Valores de Campos elétricos típicos. Figura 3 – Representação das linhas de força de uma carga elétrica negativa. A direção de E é a direção da força elétrica e o sentido depende do sinal da carga do corpo carregado. A unidade do sistema internacional (SI) para o campo elétrico é o Newton por Coulomb (N/C). Na figura a seguir ilustramos o sentido do campo elétrico para dois corpos carregados com cargas opostas: Figura 4 – Campo elétrico de carga positiva e negativa. P P E E +++ +++ --------Corpo carregado Ou seja, o campo converge em P para o objeto carregado negativamente e diverge em P para um objeto carregado negativamente. A força atuando entre duas partículas carregadas era pensada como uma interação direta e instantânea entre as partículas: A ação à distância era vista como: Carga 1 → Carga 2 Hoje, sabemos que o campo elétrico atua como um intermediário entre as cargas, ou seja, a ação é simbolizada por: Carga 1 → campo → Carga 2 A tabela a seguir ilustra alguns campos elétricos existentes na natureza: Campo Na superfície de um núcleo de Urânio Átomo de Hidrogênio (órbita de um elétron) Acelerador de elétrons em um tubo de TV Baixa atmosfera Dentro de um fio de cobre em circuitos de casa Valor (N/C) 3, 0.1021 5, 0.1011 105 10 2 10 −2 • Linhas de Força - Linhas de Campo Elétrico: Michael Faraday introduziu a idéia de campo elétrico no século XIX, através de linhas de força que preenchiam o espaço ao redor de uma carga elétrica. A relação entre as linhas de campo e o vetor campo elétrico é: 1) Em qualquer ponto, a direção do campo elétrico é o da tangente à curva de linha de força. 2) O número de linhas de força por unidade de área, medida em um plano que é perpendicular às linhas de força, é proporcional à magnitude do campo elétrico E. Ou seja, se as linhas de campo estão mais juntas, o campo é intenso, se estão mais distanciadas, o campo é pequeno. A figura abaixo ilustra as linhas de força para cargas elétricas puntiformes de sinais iguais e de sinais opostos. Figura 5 – Linhas de força de cargas positivas (a) e dipolo elétrico (b). (a) 19 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico (b) Observe que: O número de linhas de força que saem da carga positiva é o mesmo que chegam à carga negativa; as linhas de força não se cruzam em nenhum ponto do espaço e convergem para a carga negativa, divergindo para a carga positiva. Equação das linhas de Força: Observe que: dy E y = dx E x O campo elétrico de uma carga pontual é dado por: E=k q r2 Onde q é o valor da carga, r é a distância do ponto à carga elétrica. Se tivermos diversas cargas puntiformes q1,q2,...,qn , o campo elétrico resultante em um ponto P do espaço é daGdo pelo Gprincípio G Gda superposição: G E RP = E1 + E 2 + E 3 + ... + E n Exemplo 2 - A figura abaixo mostra uma carga +8q na origem do eixo x e uma carga -2q localizada em x=L. Em que posição o campo elétrico resultante se anula? Figura 6 – Distribuição de cargas do Exemplo 2. Observe que as únicas regiões possíveis do campo elétrico resultante se anular estão à direita da carga -2q (carga 2) e a esquerda da carga +8q (carga 1). Assim temos: G G G G G E = E1 + E 2 = 0 ⇒ E1 = − E 2 G G Em módulo temos: E1 = E 2 . Chamando a distância do ponto à carga 1 de x, teremos: x− L 2 1 8q 2q k =k ⇒( ) = → x = 2L 2 2 x 4 ( x − L) x Exemplo 3 - O núcleo de um átomo de Urânio têm raio igual a 6,8 fm (fermi) . Assumindo que a carga positiva no núcleo está distribuida uniformemente, determine o campo elétrico num ponto da superfície do núcleo devido a esta carga. O núcleo tem uma carga positiva Ze, onde o número atômico Z para o átomo de urânio é de Z=92, e e = 1, 6.10 −19 C é a carga de um próton. Se a carga está distribuída uniformemente, a força eletrostática sobre uma carga de prova na superfície do núcleo é a mesma se toda a carga nuclear estivesse concentrada no centro nuclear. Então: E= 1 Ze 4 πε 0 R 2 = 9 , 0.109 92 (1, 6.10 −19 ) ( 6, 8.10 −15 ) 2 = 2 , 9.1021 N C 20 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico • Campo Elétrico de um Dipolo Elétrico: Duas cargas de mesma magnitude porém sinais opostos formam um dipolo elétrico. O campo elétrico num ponto P é dado por (Observe da figura): Figura 7 – Representação de dipolo elétrico. p d E (-) + - +q -q P E (+) r (-) r (+) Chamamos de p o momento de dipolo elétrico o produto q.d: G G p = qd p possui sentido da carga negativa para a positiva e direção do eixo do dipolo. • Distribuições de Carga: Uma distribuição de carga consiste de muitas cargas pontuais (bilhões) espaçadas ao longo de uma linha, superfície ou volume. Desde que estas distribuições são dita contínua e contém um número enorme de cargas elétricas pontuais, o campo elétrico é encontrado considerando cada carga da distribuição. Nesse caso, é conveniente tratar o problema com o auxílio da densidade de carga, que pode ser de acordo com a tabela abaixo: z Nome Símbolo Carga q λ = rL Densidade de Carga Linear Densidade de Carga Superficial Densidade de Carga Volumétrica SI Unidade C C/m σ = rS C ρ = rv C m2 m3 Aqui, escrevemos a densidade de carga volumétrica por: ρv = lim ∆v → 0 ∆Q ∆v A carga total num volume finito é: Q = ∫∫∫ ρ v dv V E = E(+) − E(−) = k q r(2+) −k q r(2−) = kq[ 1 − 1 ] (z−21 d)2 (z+21 d)2 Após uma pequena álgebra, chega-se a: q E=k [(1 − d ) −2 − (1 + d ) −2 ] 2z 2z 2 z É interessante usualmente verificar os efeitos do dipolo a distâncias grandes comparadas com suas dimensões. Assim, suponha que z >> d a grandes distâncias ⇒ d 2 z << 1. Pode-se expandir as duas quantidades no colchetes da equação acima por: q E=k [(1 + d + ...) − (1 − d + ...)] ⇒ d z < < 1 z z z2 Teremos o campo elétrico do dipolo dado por: 2 qd 1 p E=k = 3 2 πε 0 z 3 z Campo Elétrico devido a uma distribuição de cargas: G G r − r′ ∆Q G G 2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ G G G G ρ v ∆v ′ r − r′ ∆E (r ) = G G 2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ G G ∆E (r ) = Se somarmos as contribuições para todas as cargas deste volume em uma dada região e considerarmos o volume elementar dv’ tendendo a zero a medida que esses elementos se tornam infinitos, o somatório se torna uma integral: G G G ρ v (r ′)dv ′ E (r ) = ∫∫∫ G G 2 v 4πε 0 r − r ′ G G r − r′ G G r − r′ A seguir, indicaremos os versores, elementos de volume e transformação de coordenadas que serão úteis na resolução de problemas. 21 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico • Coordenadas Cilíndricas dv = ρdρdφdz Relações: P(r, f, z) → P(x,y,z): x = ρ cos φ ; y = ρsenφ ; z = z Relações: P(x,y,z) → P(r, f, z): ρ = x 2 + y 2 φ = arctg y x Elemento de Volume: z=z z P y r â z âφ f â z âρ â y âx x • Relações entre versores coordenadas cartesianas para cilíndricas: Mostramos que: • das ⎧ aˆ ρ = aˆ x cos φ + aˆ y senφ ⎪ ⎨aˆφ = − aˆ x senφ + aˆ y cos φ ⎪ aˆ z = aˆ z ⎩ Produtos escalares entre os sistemas cartesiano e cilíndrico â ρ âφ â z â x cos φ − senφ 0 â y senφ cos φ 0 â z 0 0 1 G r = xaˆ x + yaˆ y + zaˆ z G r = ρ cos φ aˆ x + ρ sen φ aˆ y + z aˆ z G r = ρaˆ ρ + zaˆ z ⎧ aˆ x = aˆ ρ cos φ − aˆφ senφ ⎪ ⎨aˆ y = aˆ ρ senφ + aˆφ cos φ ⎪ aˆ z = aˆ z ⎩ • Relações entre versores das coordenadas cilíndricas para cartesianas: Manipulando as equações acima, veja que: Vetor deslocamento: • Diferencial do deslocamento: Diferenciando a relação acima, vemos que: G dr = dρaˆ ρ + ρdφaˆφ + dzaˆ z • Coordenadas Esféricas Relações: P(f,r,θ) → P(x,y,z): x = r cos φsenθ ; y = rsenθsenφ ; z = r cosθ Relações: P(x,y,z) → P(f,r,θ): r = x2 + y 2 + z 2 φ = arctg θ = arctg y x x2 + y 2 z 22 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori âr z θ CAPÍTULO II - Campo Elétrico âφ P r âθ y r f â z â y âx x • Vetor deslocamento: G r = xaˆ x + yaˆ y + zaˆ z G r = raˆr • Exemplo 4 - Encontre o Campo elétrico resultante sobre o eixo de um anel de raio R com densidade de carga uniforme e positiva. Diferencial do deslocamento: Figura 8 – Anel de raio R com carga Q. G dr = draˆr + rdθaˆθ + rsenθdφaˆφ • Relações entre versores coordenadas cartesianas para esféricas: Veja que: das G r = raˆr = xaˆ x + yaˆ y + zaˆ z raˆr = r cos φsenθaˆ x + rsenφsenθaˆ y + r cosθaˆ z aˆ r = cos φsenθaˆ x + senφsenθaˆ y + cos θaˆ z Da figura, veja que: aˆθ = cos θ cos φaˆ x + cos θsenφaˆ y − senθaˆ z E: aˆ φ = − sen φ aˆ x + cos φ aˆ y ⎧aˆθ = cos θ cos φaˆ x + cos θsenφaˆ y − senθaˆ z ⎪ aˆφ = − senφaˆ x + cos φaˆ y ⎨ ⎪ aˆ = cos φsenθaˆ + senφsenθaˆ + cos θaˆ x y z ⎩ r Produtos escalares entre os sistemas cartesiano e esférico â r âθ âφ â x senθ cos φ cos θ cos φ − senφ â y senθsenφ cos θsenφ cos φ â z cos φ − senθ 0 • Elemento de Volume: dv = r 2 senθdrdφdθ (Young & Freedman, Física III) 23 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Cada elemento de carga se relaciona com a densidade linear l por: dq = λds . Este elemento de carga diferencial produz um vetor campo elétrico dE no ponto P, dado por: λds dq dE = k 2 = k r r2 Podemos escrever: λds dE = k , porém, somente a 2 ( z + R2 ) componente do campo elétrico ao longo do eixo do anel contribuirá para o campo elétrico resultante: dEcosθ = k λds λds z 1 (z + R ) ( z + R ) ( z + R2 ) 2 zλds dEcosθ = k 2 2 3 (z + R ) 2 2 2 z r =k 2 2 2 Para adicionar todas as componentes integra-se sobre todos os elementos de campo: E = ∫ dE cos θ = k E=k zλ 3 2 (z + R2 ) 2 z λ 2 πR 2πR ∫ ds 0 3 ( z2 + R2 ) 2 Q⋅z E= 2 4πε 0 ( z + R 2 ) 3 2 1 Exemplo 5 – Seja um fio longo e carregado, com densidade linear λ por unidade de comprimento.O fio encontra-se sobre o eixo y. Deseja-se calcular a intensidade do campo elétrico, devido ao fio, num ponto P a uma distância r do ponto médio, como é mostrado na figura: Figura 9 – Fio longo com densidade de carga linear λ.. Seja o fio dividido em pequenos pedaços dy. A carga dq em cada elemento será: λ= Q dq = ⇒ dq = λdy = ρ L dy L dy O Campo elétrico devido a este elemento de carga será: 1 dq 1 λdy ⇒ dE = 2 4πε 0 r 4πε 0 r 2 dE = O campo total em P terá componentes em x e em y, de forma que: ⎧dE x = dE ⋅ cos α ⎨ ⎩dE y = dE ⋅ senα 2 2 2 Assim, com r = x + y , teremos: x ⎧ ⎪dE x = dE ⋅ x2 + y2 ⎪ ⎨ −y ⎪dE y = dE ⋅ ⎪⎩ x2 + y2 Assim, teremos: λ ⎧ ⎪dE x = 4πε ⋅ 0 ⎪ ⎨ −λ ⎪dE y = ⋅ 4πε 0 ⎪ ⎩ xdy (x 2 (x 2 ) 3 + y2 ydy ) 3 + y2 Os campos totais serão dados pelas integrais das expressões anteriores: ⎧ x λ +L E = ⋅∫ ⎪ x 4πε 0 − L x 2 + y 2 ⎪ ⎨ L y ⎪E = − λ ⋅ y ∫ ⎪ 4πε 0 − L x 2 + y 2 ⎩ ( ) dy ( ) dy 32 32 Calculando as integrais: ( ) y =+ L ⎡ y x2 + y2 ⎤ ⎢ 2 32 ⎥ ⎢⎣ x x + y 2 ⎥⎦ y = − L λ Ex = 4πε 0 ( ) λ ⎡ L(x + L ) − L(x + L ) ⎤ − E = ⎢ ⎥ 4πε ⎢⎣ x(x + L ) x(x + L ) ⎥⎦ λ ⎡ 2 L(x + L ) ⎤ E = ⎢ ⎥ 4πε ⎣⎢ x(x + L ) ⎦⎥ 2 x 2 0 2 32 2 x 0 2 2 2 2 2 2 32 2 2 32 24 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori Ex = CAPÍTULO II - Campo Elétrico ⎤ λ ⎡ 2L ⎢ ⎥ 4πε 0 ⎣ x x 2 + L2 ⎦ Mostre que: Ey=0 Veja que L >> x ⇔ se ρS = x +L ≅L 2 2 Então: Ex = 1 Vamos calcular o campo elétrico em P como o campo devido a contribuição de infinitos fios colocados no plano zy: As densidades superficial e linear de carga se relacionam por:d λ ρ dQ dQ = = L ⇒ ρ L = ρ S dy ′ dA′ dy ′dz ′ dy ′ Da figura observe que: 2πε 0 x dE x = No livro do Hayt, a expressão mostrada idêntica é: G E= ρL aˆ ρ 2πε 0 ρ dE x = dE x = Aqui: r é a distância do fio ao ponto, perpendicular ao fio (em coordenadas cilíndricas, se o fio estiver sobre o eixo Oz, por exemplo). â ρ : vetor unitário que sai do ponto P que se quer ρL cos θ 2πε 0 ρ ′ ρ S dy ′ 2πε 0 x 2 + y ′ 2 ρ S dy ′ cos θ 2πε 0 x 2 + y ′ 2 ρ dy ′ dE x = S 2 2πε 0 x + y 2 x x 2 + y′2 Fazendo a integração, consideraremos a contribuição de todas as faixas: calcular o campo elétrico. ρ Ex = S 2πε 0 Exemplo 6 – Um plano infinito carregado com uma carga positiva Q distribuída uniformemente sobre sua superfície no plano xy. A densidade superficial de carga é rS = σ. Encontre o campo elétrico em P situado a uma distância a do plano. z y´ dy’ Ex = Ex = ρS x 2πε 0 ρS x 2πε 0 +∞ xdy ′ + y′2 ∫x 2 ∫x 2 −∞ +∞ −∞ +∞ ∫x −∞ dy ′ + y′2 dy ′ 2 (1 + ( ) ) y′ 2 x y′ ⇒ dy ′ = xdu x ρ 1 +∞ xdu Ex = S 2πε 0 x −∫∞1 + u 2 Fazendo: u = y Ex = ρ S x +∞ du 2πε 0 x −∫∞1 + u 2 Como: du ∫1+ u r’ θ 2 = arctgu + C ρS ⎛ y′ ⎞ y′ ⎜ lim arctg − lim arctg ⎟ y ' → +∞ y ' → −∞ x⎠ 2πε 0 ⎝ x ρ ⎛ π ⎛ π ⎞⎞ E x = S ⎜⎜ − ⎜ − ⎟ ⎟⎟ 2πε 0 ⎝ 2 ⎝ 2 ⎠ ⎠ ρ Ex = S 2ε 0 Ex = P(x,0,0) x G G dE , dE x 25 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico G r = zaˆ z G r ′ = ρaˆ ρ G G r − r ′ = zaˆ z − ρaˆ ρ G G r − r′ = z 2 + ρ 2 Observe que se o ponto P estivesse no semieixo Ox negativo: Ex = − ρS 2ε 0 Se definirmos um vetor sempre normal ao plano: G ρ E = S aˆ N 2ε 0 Observações: • O campo é constante em módulo e direção. • Se uma segunda lâmina com mesma densidade de carga, porém negativa, estivesse localizada no plano paralelo ao anterior x = a teríamos na prática, um capacitor plano, desde que desprezassem os efeitos de borda. Nesse caso, o campo será dado por: G 0; x < 0 ⎧ G ⎪⎪ ρ E = ⎨ S aˆ x ;0 < x < a ⎪ε0 G ⎪⎩ 0; x > a Exemplo 7 – Um disco carregado com uma carga positiva Q distribuída uniformemente sobre sua superfície no plano xy. A densidade superficial de carga é rS = σ. Se o raio externo do disco é R, determine o campo no eixo do disco. G G dE (r ) = G dE z (r ) = G G dQ r − r′ G G 2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ ρ S 2πρdρ ⎛⎜ z 2 2 ⎜ 4πε 0 (z + ρ ) z 2 + ρ 2 ⎝ ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ aˆ ρ = aˆ x cos φ + aˆ y senφ As componentes Ex e Ey são nulas. Mostre isso integrando. ρ S 2πz R ρ G E z (r ) = dρ ∫ 2 4πε 0 0 (ρ + z 2 )3 2 ρ 2πz ⎡ 1 G E z (r ) = S ⎢− 2 4πε 0 ⎢ ρ + z2 ⎣ ρ =R ⎤ ⎥ ⎥⎦ ρ =0 ρ z⎡ 1 − 1⎤ G E z (r ) = S ⎢− − ⎥ 2ε 0 ⎣ z ⎦ R2 + z2 ⎤ ρ z ⎡1 1 G E z (r ) = S ⎢ − ⎥ 2 2 2ε 0 ⎣ z R +z ⎦ ⎤ ρ ⎡ z G E z (r ) = S ⎢1 − ⎥ 2 2 2ε 0 ⎣ R +z ⎦ Observe que interessante: quando R tender a infinito, teremos: teremos: ⎤ ρ ⎡ z G lim E z (r ) = S ⎢1 − lim ⎥ R →∞ 2ε 0 ⎣ R →∞ R 2 + z 2 ⎦ ρ G E z (r ) = S 2ε 0 dQ = ρ S dA = ρ s 2πrdr Ou seja, o campo do disco infinito fica idêntico ao de um plano infinito, o que era esperado!!!. dQ = ρ S dA = ρ s 2πρdρ 26 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Aplicações: 1. Forno de Microondas: Na água, as moléculas se encontram livres para se mover relativamente às outras moléculas. O campo elétrico produzido por cada dipolo afeta os outros dipolos em sua volta.Como resultado, as moléculas podem estar ligadas em grupos de dois ou três, devido ao fim negativo de um dipolo (oxigênio) e ao fim positivo de outro dipolo (hidrogênio) que se atraem. Quando cada grupo é formado, a energia potencial elétrica é transferida através de movimento térmico do grupo e para as moléculas em volta. Quando ocorre a colisão entre as moléculas, há a transferência inversa de energia. A temperatura da água, que está associado com o movimento térmico das moléculas, não muda, pois na média, a energia transferida é zero. Em um forno de microondas, porém, ocorre um processo diferente. Quando está funcionando, as microondas produzidas pelo forno produzem um campo elétrico que oscilam rapidamente numa direção para frente e para trás. Se há água no forno, o campo elétrico oscilante exerce torques também oscilantes na molécula de água, rodando continuamente para trás e para frente alinhando seus momentos de dipolo com a direção do campo elétrico. As moléculas que estão ligadas aos pares podem se alinhar, porém aquelas ligadas em grupos de três devem quebrar pelo menos uma de suas três ligações. As energias para quebrar essas ligações vêm do campo elétrico, isto é, das microondas. Então as moléculas que se separaram dos grupos podem formar outros grupos, transferindo a energia que ganharam em energia térmica. Então a energia térmica é adicionada à água quando os grupos se formam, mas não é removida quando os grupos se separam, aumentando assim a sua temperatura. Graças ao dipolo elétrico que a molécula de água forma, é possível cozinhar alimentos a partir de um forno de microondas. As figuras abaixo ilustram a orientação de um dipolo na presença de um campo elétrico uniforme, a molécula de água e a energia associada à rotação devido ao torque. 2. Tubo de Raios Catódicos. Em 1897, J.J. Thompson, juntamente com um grupo dos estudantes diplomado dele, tinha a intenção de investigar o elétron. Ele projetou alguns tubos que continham eletrodos dentro com o ar evacuado dos tubos. Estes foram chamados “Tubos” de Crookes nomeados mais tarde de “Tubos” de Raios Catódicos. Foram executadas Experiências nestes tubos nas quais atas voltagens geradas por uma corrente elétrica passada entre os dois elétrodos. Foram gerados raios como emanações procedidas do elétrodo de Cátodo ao elétrodo de Ânodo. Considerando que estas emanações originaram do elétrodo de Cátodo que eles seriam chamados "Raios" Catódicos. J.J. Thompson projetou alguns tubos especiais que investigaram as propriedades destes "Raios" Catódicos. Ele projetou um tubo que permitiu Raios Catódicos imprensar contra uma tela de superfície de Sulfeto de Zinco. Como os raios imprensaram na superfície, emitiu uma faísca de luz de forma que o caminho do raio invisível poderia ser observado. Ele procedeu fazer um campo elétrico que 27 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico consiste em um prato positivo e um prato negativo perto do vacinity dos Raios. Quando a corrente elétrica do campo elétrico foi invertida, o caminho dos “raios” foi mudado para longe do prato negativo e para o prato positivo. Esta era uma indicação clara que deduziu que os raios possuíam uma carga negativa. Uma sombra em forma de cruz foi formada na frente do tubo. O único modo que os “raios” pudessem lançar uma impressão de sombra na parte de trás do tubo era se eles fossem além do caminho de saída e formassem a cruz. Isto indicaria fortemente que os teriam que possuir massa Mas se os “raios” possuíssem massa que significaria que eles não eram raios (pura radiação) e sim partículas com uma massa finita! Outro tubo experimental envolvendo uma roda de remo colocada no caminho dos raios de cátodo resultado no movimento da roda de remo quando a corrente foi invertida. Para que a roda de remo seja usada para mover, os Raios teriam que ter impulso passando para a roda. Isso significaria que o assim chamou raios teriam que possuir impulso isto para dar impulso a algum outro objeto. Estes “raios” eram na verdade elétrons. Em 1891 um Professor chamado Stony (Prof. de Eletricidade) investigava uma fonte de energia para reações químicas. Ele sugeriu que uma corrente elétrica fosse o resultado de partículas móveis que ele sugeriu deveriam ser chamadas "elétrons". Estas experiências definitivamente definiram os raios como partículas atuais que têm uma carga de negativa e uma massa finita. Em 1886, Professor Goldstein executou experiências semelhantes que usam uma superfície de cátodo perfurada. Isto produziu uma partícula que possuiu uma carga positiva e uma massa umas 2000 vezes mais que o elétron de Thompson. Esta partícula foi chamada de próton. Considerando que elétrons e prótons vieram da superfície de um objeto, é lógico concluir que todo objeto está composto destas partículas dentro dos átomos. É interessante notar que a terçeira partícula subatômica do átomo não foi observada até 1932 uns 35 anos depois da descoberta do elétron e o próton. A partícula tinha sido predita em 1920, mas não foi descoberta até 1932, quando Chadwick observou estas partículas neutras que ele chamou de nêutrons enquanto executava uma série de experiências de câmara de nuvem. Era o caminho de condensação dos nêutrons semelhante para os rastros de jato que motores a jato fazem quando a altitude que permitiu a observação destas partículas. Como a chave para nossa compreensão da química reside em nosso conhecimento dos elétrons e prótons, a descoberta atrasada dos nêutrons não alterou o quadro formado do átomo em 1932. Em 1909, Robert Millikan executou a experiência de gota de óleo legendária dele que lhe permitiu determinar a magnitude exata da carga de pólvora do elétron, 1.60 X 10-19 C. Mais cedo, Thompson determinou a carga de pólvora para amontoar relação do elétron, 1.76 X 108 coulomb / grama, assim esta determinação da carga de pólvora por Millikan permitiu a determinação da massa do elétron, 9.09.10-28 gramas. A experiência de J.J. Thompson demonstrou que átomos estão realmente compostos de agregados de partículas carregadas. Antes do trabalho dele, acreditava-se que átomos eram distribuídos de maneira uniforme. A primeira evidência ao contrário veio quando as pessoas começaram a estudar as propriedades de átomos em campos elétricos. Se uma amostra de gás é introduzida na região entre dois pratos carregados, um fluxo atual pode ser observado e sugere que os átomos estiveram abaixo quebrados em componentes carregados. Em 1897, Thompson teve a intenção de provar que o cátodo produziu que um fluxo de partículas negativamente carregadas chamado elétrone. 3. Impressoras jato de Tinta. (DeskJet). 4. Experiência de Millikan. Robert Andrew Millikan nasceu em 22 de março, 1868, em Morrison. (EUA), como o segundo filho do Reverendo Silas Franklin Millikan e Mary Jane Andrews. Os avós dele eram da Velha ação de Inglaterra Nova que tinha vindo para a América antes das 1750, e era o colono pioneiro no Oeste Mediano. Sua infância teve aspectos rurais e freqüentou a escola secundária de Maquoketa (Iowa). Depois de trabalhar pouco tempo como um repórter de tribunal, ele entrou em Faculdade de Oberlin (Ohio) em 1886. Durante seu curso de estudante universitário seus assuntos favoritos eram gregos e matemáticos; mas depois da graduação em 1891 levou, durante dois anos, um posto pedagógico em física elementar. Era durante este período que desenvolveu o interesse no 28 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico assunto no qual chegou a superar. Em 1893, depois de obter o mestrado em física, foi designado Professor em Física na Universidade de Columbia. Ele recebeu o Ph.D depois (1895) na pesquisa da polarização de luz emitida por superfícies incandescentes - usando para este propósito ouro fundido e prata. Na companhia de seus professores, Millikan passou um ano (1895-1896) na Alemanha, nas Universidades de Berlim e Göttingen. A convite de Michelson, resolveu ficar assistente no Laboratório de Ryerson recentemente estabelecido na Universidade de Chicago (1896). Millikan era um professor eminente, e atravessando os graus habituais ele se tornou o professor naquela universidade em 1910, um posto que ele reteve até 1921. Durante os anos em Chicago ele gastou muito tempo preparando livros de ensino e simplificando o ensino de física. Ele era autor ou co-autor dos títulos: Um Curso de Faculdade em Física, com S.W. Stratton (1898); Mecânica, Física Molecular, e Calor (1902); A Teoria de Óptica, com C.R. Mann traduziu do alemão (1903); Um Primeiro Curso em Física, com H.G. (1906); UM Curso de Laboratório em Física para Escolas Secundárias (1907); Eletricidade, Soe, e Light, (1908); Físicas Práticas - revisão de UM Primeiro Curso (1920); O Elétron (1917; rotação. eds. 1924, 1935). Como um cientista, Millikan fez numerosas descobertas, principalmente nos campos de eletricidade, ótica, e física molecular. O sucesso principal dele era a determinação precisa da carga de levada por um elétron e usou o método “de gota de óleo”; ele também provou que esta quantidade era uma constante para todos os elétrons (1910), demonstrando assim a estrutura atômica de eletricidade. Logo, ele verificou a equação fotoelétrica de Einstein experimentalmente, e fez a primeira determinação da constante h de Planck (19121915). Além dos estudos dos movimentos de Brownian em gases acabaram toda a oposição com as teorias atômicas e cinéticas. Durante 1920-1923, Millikan se ocupou com trabalho relativo de espectroscopia dos elementos (que explorou a região do espectro entre o ultravioleta e radiação-X), estendendo assim o espectro ultravioleta distante além do limite conhecido. A descoberta da lei de movimento de uma partícula que se cai para a terra depois de entrar na atmosfera da terra, junto com as outras investigações dele em eletricidade, o conduziu em última instância aos estudos significantes de radiação cósmica (particularmente com câmaras de ionização). Ao longo da vida Millikan permaneceu um autor prolífico e faz numerosas contribuições a diários científicos. Ele não só era um cientista de ponta, mas a natureza religiosa e filosófica era evidente nas conferências e na reconciliação de ciência e religião e em seus livros: Ciência e Vida (1924); Evolução em Ciência e Religião (1927); Ciência e a Civilização Nova (1930); Tempo, Importe, e Valores (1932). Logo antes a morte dele ele publicou Elétrons (+ e–), Prótons, Fótons, Nêutrons, Mésons, e Raios Cósmicos (1947) e a sua Autobiografia (1950). Durante a Primeira Guerra Mundial, Millikan era o Více-presidente do Conselho de Pesquisa Nacional e estudou dispositivos meteorológicos. Em 1921, ele foi designado o Diretor do Laboratório de Física no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Pasadena,; ele também foi Presidente do Conselho Executivo daquele instituto. Em 1946 ele se aposentou deste posto. Millikan foi Presidente da Sociedade Física americana, Vice-presidente da Associação americana para o Avanço de Ciência, e foi o sócio americano do Comitê em Cooperação Intelectual da Liga de Nações, e o representante americano ao Congresso Internacional de Físicas, conhecido como o Congresso de Solvay, em Bruxelas em 1921. Ele obteve os graus de doutor honorário de vinte e cinco universidades, e era um sócio ou o sócio honorário de muitas instituições instruídas no país e no estrangeiro. Ele foi o Prêmio de Comstock da Academia Nacional de Ciências, da Medalha de Edison do Instituto americano de Engenheiros Elétricos, da Hughes Medal da Sociedade Real de Grã Bretanha, e do Prêmio de Nobel para Físicas 1923. Ele também foi feito o Chefe da Legião de Honour, e recebeu a Ordem chinesa de Jade. Millikan era um jogador de tênis entusiástico, e golfe também era um das recreações dele. Millikan Greta Erwin Blanchard casado em 1902; eles tiveram três filhos: Clark Blanchard, Glenn Allen, e Max Franklin. Ele morreu nos 19º de dezembro, 1953, em San Marino, a Califórnia. De Conferências de Nobel, Físicas 1922-1941. O Aparelho: Vários destes detectores Geiger-Müller (GM) foram construídos em 1939 no laboratório de física do Caltech para uso em estudos de raios cósmicos. O exemplo acima possui aproximadamente 12 polegadas e é feito de cobre. A etiqueta de papel identifica três datas: 2 de agosto de 1947; 25 de janeiro de 1948; e 8 de julho de 1950. A data 1947 se refere para viajar de balão vôos executados a latitudes diferentes do Texas para Saskatoon. Um vôo típico levaria os instrumentos para 70,000 a 80,000 pés. A data de 1948 data se refere a experiências executadas em um B-29 bombardeiro que voa a 30,000 pés de Hudson Bay 29 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico para Lima, Peru. Robert Millikan e Neher estavam entre o pessoal neste vôo. Robert Millikan (1868-1950) era o Cientista de América mais famoso dos anos vinte, e o segundo americano receber o Prêmio Nobel em física. O posterior foi premiado para as medidas da carga do elétron (pelo Millikan, conhecido " experiência " da gota) e por confirmar as equações de Einstein experimentalmente para o efeito fotoelétrico. Em 1921, Millikan deixou a Universidade de Chicago para encabeçar o Instituto de Califórnia de Tecnologia em Pasadena, recentemente criado. No CalTech, ele serviu também como Diretor do Departamento de Física. A pesquisa dele enfocou a natureza e origem de raios cósmicos - Millikan cunhou o termo "raio" cósmico. Estas investigações ajudadas demonstram a fonte extraterrestre desta radiação e sua variação em intensidade com latitude. Doado pelo Instituto de Califórnia de cortesia de Tecnologia de Broto Cowan. ¾ Exemplos Exemplo 1 – Uma carga positiva Q é distribuída uniformemente ao longo de uma semi-circunferência de raio a. Obtenha o campo elétrico no centro de curvatura P. aponta para o sentido negativo do eixo y. A carga por unidade de comprimento da semicircunferência é: Q k λ dl k λ dθ e dE = 2 = a a πa k λ sen θ dθ porém dE y = dE sen θ = . a λ= Portanto, 2k λ π / 2 2k λ Ey = sen θ dθ = [− cos θ ]π0 / 2 ∫ a 0 a Ey = 2k λ 2k λ 2kQ = [− cos θ ]π0 / 2 = , a a π a2 Orientado de cima para baixo. Exemplo 2 – Uma carga elétrica Q é distribuída uniformemente ao longo dos quatro lados de um quadrado. Dois lados adjacentes possuem a mesma carga +Q distribuída ao longo desses lados. (a) Supondo que os outros dois lados possuam a mesma carga –Q distribuída, determine os componentes x e y do campo elétrico resultante no centro do quadrado. O quadrado tem lado a. (b) Repita o cálculo supondo que os quatro lados possuam a mesma carga Q distribuída. (a) Ex = Ey, e Ex = 2Ecomprim. do fio α, carga Q = 2 1 Q 4πε 0 x x + a 2 ⇒ Ex = 2 , onde x = Q πε 0 a 2 5/ 4 = a 2 2Q , πε 0 a 2 5 2Q ,sentido − ˆj. πε 0 a 2 5 (b) Supondo que todos os lados do quadrado possuem a mesma carga, por simetria concluímos que os campos elétricos fornecem uma resultante igual a zero no centro do quadrado. sentido − iˆ, E y = O campo elétrico da metade da esquerda da semicircunferência na direção x anula o campo elétrico da metade do lado direito. O componente y restante Exemplo 3 – (a) Determine a carga total sobre a coroa anular da figura, sabendo que esta possui uma densidade superficial de carga σ. 30 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico (b) Se a coroa anular está sobre o plano yz, determine sobre o eixo Ox o campo elétrico E. (c) Mostre que, para pontos sobre o eixo Ox suficientemente próximos da origem, o módulo do campo elétrico é aproximadamente proporcional à distância entre o centro da coroa e o ponto considerado. (d) Uma partícula puntiforme de carga –q e massa m pode-se mover sobre o eixo Ox e é colocada sobre o ponto x = 0,01R1 e a seguir liberada. Determine a freqüência de oscilações da partícula. e considerar pontos suficientemente próximos significa que (x/R1)2 << 1. d) F = qE ( x) = − f = ω 1 = 2π 2π qσ ⎛ 1 1 ⎞ ⎜ − ⎟ x = mx 2ε 0 ⎝ R1 R2 ⎠ qσ ⎛ 1 1 ⎞ ⎜ − ⎟ 2ε 0 m ⎝ R1 R2 ⎠ Exemplo 4 – (a) Determine o campo elétrico produzido por uma linha carregada com densidade linear de carga uniforme ρL e comprimento a no ponto P(x,y,z). (b) Faça o limite em que a tende a infinito e calcule o campo elétrico de uma linha infinita. z P(x,y,z) (a) Q = Aσ = π ( R2 − R1 )σ 2 2 G r′ (b) Lembre que o campo elétrico de um disco, Eq. (22-11), é dado por: E= ([ ]) σ 1 − 1 / ( R / x) 2 + 1 . 2ε 0 y x Portanto, ) x ( R / x) + 1 ) iˆ. x ( G x ˆ σ ⎡ 1 − 1/ ( R2 / x) 2 + 1 ⎤ − ⎡1 − 1/ ( R1 / x ) 2 + 1⎤ E ( x) = i ⎦ ⎣ ⎦ x 2ε 0 ⎣ ( −σ E ( x) = x ⇔ 1/ ( R2 / x)2 + 1 − 1/ 2ε 0 c) G r Fazendo a distribuição de cargas: ρL = 2 1 O Campo elétrico é dado por: Note que ( x 1 / ( R1 / x) 2 + 1 = 1 = ( x / R1 ) 2 R1 Q ⇔ − a2 ≤ z ≤ + a2 a ) −1 / 2 ⎞ x ⎛ ( x / R1 ) ≈ ⎜⎜1 − + ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ 2 R1 ⎝ ⎠ G σ ⎛ x x ⎞x ˆ ⇒ E ( x) = ⎜ − ⎟ i 2ε 0 ⎝ R1 R2 ⎠ x G σ ⎛ 1 1 ⎞ x2 ˆ ⇒ E ( x) = ⎜ − ⎟ i, 2ε 0 ⎝ R1 R ⎠ x 2 G G ∆E (r ) = ∆Q G G 2 4πε 0 r − r ′ G G ρ L dz ′ dE (r ) = G G2 4πε 0 r − r ′ G G r − r′ G G r − r′ G G r − r′ G G r − r′ G r = xax + yaˆ y + zaˆ z G r ′ = z ′aˆ z 31 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico G G r − r ′ = xax + yaˆ y + ( z − z ′ ) aˆ z G G 2 r − r ′ = x 2 + y 2 + ( z − z′) G G dE (r ) = GG dE(r ) = 4πε0 x + y + ( z − z′) 2 + a2 4πε0 x2 + y2 + ( z − z′) G G +2 E(r ) = ∫ a x2 + y2 + ( z − z′) x + y + ( z − z′) 2 − a2 2 + a2 − a2 2 ( z − z′) dz′ +∫ 3 2 dz′ − a2 ∫ 2 x2 + y2 + ( z − z′) (x 2 2 3 =∫ − a2 3 +y ) − a2 x2 + y2 + ( z − z′) 3 2 2 3 =− sen 2θ = tg 2θ + 1 − 1 tg 2θ + 1 senθ = ( x + y + ( z − z′) ) 2 32 dz′ ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ x 2 + y 2 + ( z − z′) ∫ − a2 dz′ x + y + ( z − z′) 2 + a2 ∫ − a2 ∫ + a2 ∫ − a2 2 (x dz′ x2 2 + a2 1 +y ) 2 32 ∫ − sec2 θ dθ x2 + y2 2 2 2 3 3 2 32 + a2 x2 + y 2 2 32 2 − sec2 θ dθ 2 3 2 1 2 + a2 2 2 32 2 3 − a2 2 1 dθ =− 2 2 ∫ x + y − a secθ 2 32 2 − a2 2 +a dz′ x2 + y2 + ( z − z′) = senθ = (1+ tgθ ) − a2 ∫ ( x + y ) (sec θ ) ( x + y ) sec θ dθ dz′ =− ∫ ( x + y ) sec θ + y + ( z − z′) x2 + y2 + ( z − z′) + a2 − a2 2 3 = + a2 ∫ − a2 + a2 ∫ − a2 x 2 + y 2 + ( z − z′) 2 ′=+ a dz′ x2 + y2 + ( z − z′) 2 x2 + y 2 z − z′ dz ′ = − sec 2 θ dθ x 2 + y 2 + a2 2 ⎞ ⎟ +1 ⎟ ⎠ x2 + y 2 senθ = z ′ = z − tgθ x 2 + y 2 tg 2θ + 1 z − z′ ⎛ z − z′ ⎜ ⎜ x2 + y 2 ⎝ z − z′ z − z′ x2 + y 2 tg 2θ tg 2θ + 1 tgθ x2 + y2 senθ = 2 32 ⎛ ⎞ ⎜1+ ⎜ z − z′ ⎟ ⎜ ⎜ x2 + y2 ⎟ ⎠ ⎝ ⎝ 1 =1 sec 2 θ 1 sec 2 θ 1 sen 2θ = 1 − 2 tg θ + 1 sen 2θ = 2 θx= a 1 senθ ]θ 2 2 x=− a x +y 2 2 sen 2θ = 1 − Chamando de: tgθ = 2 1 = − 2 2 ∫ cosθ dθ x + y −a sen 2θ + cos 2 θ = 1 ⇔ sen 2θ + dz′ 2 2 dz′ ρL aˆz {1} 4πε0 ∫⎛ 2 32 x2 + y2 + ( z − z′) ρL ⎡ xax + yaˆy ⎤⎦ 4πε0 ⎣ + a2 1 − a2 +a dz′ ⎡⎣ xax + yaˆy + ( z − z′) aˆz ⎤⎦dz′ + a2 dz′ = 2 3 ∫ ⎡⎣ xax + yaˆy + ( z − z′) aˆz ⎤⎦ dz′ 3 ρL + a2 + a2 G G G G 3 ( r − r ′ ) dz ′ 4πε 0 r − r ′ 2 − a2 ∫ − a2 ρL ρL GG E(r ) = ∫ + a2 2 3 =− z 2 1 z − z′ x2 + y2 x2 + y2 + ( z − z′)2 z′=− a 2 ⎡ z − a2 1 ⎢ 3 2 x2 + y2 ⎢ x2 + y2 + ( z − a )2 x2 + y2 + ( z − z′) 2 ⎣ ⎤ z + a2 ⎥ {a} − 2 2 a 2 ⎥ x + y +( z + 2 ) ⎦ dz′ =− A outra integral será: 32 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori + a2 ( z − z′) dz′ − a2 x2 + y2 + ( z − z′) ∫ CAPÍTULO II - Campo Elétrico z′=+ a ⎤ 2 ⎥ =− 2 ⎥ 2 2 x + y + ( z − z′) ⎦ a z′=− 2 1 2 3 ⎡ ⎤ 1 1 ⎥ {b} = −⎢ − ⎢ x2 + y2 + z − a 2 2 2 a 2 ⎥ ( 2 ) x + y +( z + 2 ) ⎦ ⎣ Substituindo {a} e {b} em {1}: ⎡ ⎤ GG z − a2 z + a2 ρ 1 ⎥ E(r) =− L ⎡⎣xax + yaˆy ⎤⎦ 2 2 ⎢ − 4πε0 x + y ⎢ x2 + y2 +( z − a )2 x2 + y2 +( z + a )2 ⎥ 2 2 ⎦ ⎣ ⎡ ⎤ 1 1 ⎢ ⎥ ρL aˆ − − 2 2 ⎢ x2 + y2 + z − a ⎥ 4πε0 z 2 2 a + + + x y z ( ) ( ) 2 2 ⎣ ⎦ Podemos cilíndricas: transformar para coordenadas ⎧ ρ = x2 + y 2 ⎪⎪ ⎨ x = ρ cos φ ⎪ y = ρ senφ ⎪⎩ ⎧ aˆ ρ = aˆ x cos φ + aˆ y senφ ⎪ ⎨aˆφ = − aˆ x senφ + aˆ y cos φ ⎪ aˆ z = aˆ z ⎩ ⎡ ⎤ GG z − a2 z + a2 ρ ⎥ E(r ) = − L aρ ⎢ − 2 4πε0ρ ⎢ ρ2 + ( z − a )2 a 2⎥ z + + ρ ( ) 2 2 ⎣ ⎦ ⎡ ⎤ 1 1 ⎢ ⎥ ρL aˆ − − z ⎢ ρ2 + z − a 2 2 a 2 ⎥ 4πε 0 z + + ρ ( ) ( ) 2 2 ⎣ ⎦ ¾ Limite de um fio infinito: Se imaginarmos que o fio é muito comprido: ⎡ ⎤ GG z − a2 z + a2 ρ ⎥ − E(r ) = − L aρ lim ⎢ 2 4πε0ρ a→∞ ⎢ ρ2 + ( z − a )2 a 2⎥ z + + ρ ( 2) ⎦ 2 ⎣ ⎡ ⎤ 1 1 ⎥ ρL aˆ − lim ⎢ − z 2 a→∞ ⎢ 2 a 2 ρ 2 + ( z + a2 ) ⎥⎦ 4πε0 ⎣ ρ +( z − 2 ) [ ] GG ρ E(r ) = − L aρ [ −1−1] − 0 − 0 4πε0ρ GG −2ρL E(r ) = − aρ 4πε0ρ ρL aˆz 4πε0 GG ρ E(r ) = L aρ 2πε0ρ Exemplo 5 – (a) Determine o campo elétrico produzido por um plano quadrado de lado a carregada com densidade superficial de carga uniforme ρS e comprimento a no ponto P(x,y,z). (b) Faça o limite em que a tende a infinito e calcule o campo elétrico de um plano infinito. ⎧ aˆ x = aˆ ρ cos φ − aˆφ senφ ⎪ ⎨aˆ y = aˆ ρ senφ + aˆφ cos φ ⎪ aˆ z = aˆ z ⎩ ⎡ ⎤ GG z − a2 z + a2 ρ 1 ⎥ E(r) =− L ⎡⎣ρcosφax + ρsenφaˆy ⎤⎦ 2 ⎢ − 2 2 2 4πε0 ρ ⎢ ρ2 +( z − a ) a ⎥ ρ z + + ( ) 2 2 ⎣ ⎦ ⎡ ⎤ 1 1 ⎥ ρL aˆ −⎢ − 2 ⎢ ρ2 + z − a 2 ⎥ 4πε0 z 2 a ρ + + z ( ) ( ) 2 2 ⎣ ⎦ z P(x,y,z) ⎡ ⎤ GG z − a2 z + a2 ρρ ⎥ E(r ) = − L 2 ⎡⎣cosφax + senφaˆy ⎤⎦ ⎢ − 2 2 ⎢ ρ2 + z − a ⎥ 2 4πε0ρ a ρ z + + ( ) ( ) 2 2 ⎣ ⎦ ⎡ 1 −⎢ − ⎢ ρ2 + z − a 2 ( 2) ⎣ 1 ρ2 + (z + ) a 2 2 G r G r′ ⎤ ⎥ ρ L aˆ ⎥ 4πε 0 z ⎦ a/2 a/2 y x (a) Fazendo a distribuição de cargas: 33 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico ⎧− a2 ≤ y ≤ + a2 Q ρS = ⇔ ⎨ a a A ⎩− 2 ≤ x ≤ + 2 ⎡+ a ⎡ z ( x − x′ ) ρS ⎢ 2 ⎢ ⎢ 4πε 0 ⎢ −∫a ⎢ ⎡( y − y′ )2 + z 2 ⎤ ( x − x′ )2 + ( y − y′ )2 + z 2 2 ⎢ ⎦ ⎣⎢ ⎣ ⎣ O Campo elétrico é dado por: ⎡ + a2 ⎛ G G ρ E (r ) = S ⎢ ∫ ⎜ ⎢ 4πε 0 − a ⎜ ⎣⎢ 2 ⎝ G G ∆Q r − r′ G G 2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ G G ρ S dx′dy′ G G dE (r ) = G G 3 ( r − r ′) 4πε 0 r − r ′ G G ∆E (r ) = ⎡ ⎛ ρS ⎢ ⎜ 4πε 0 ⎢ −∫a ⎜ ⎣⎢ 2 ⎝ G G dE (r ) = ( x − x′ ) + ( y − y ′ ) 2 2 +z 2 ρS G G G G 3 ( r − r ′ ) dx′dy′ 4πε 0 r − r ′ G G ρ ⎡( x − x′ ) ax + ( y − y′ ) aˆ y + zaˆ z ⎤⎦ dE (r ) = S ⎣ dx′dy′ 4πε 0 ( x − x′ )2 + ( y − y′ )2 + z 2 3 2 ( ⎡+ a + a G G ρS ⎢ 2 2 E (r ) = 4πε 0 ⎢ −∫a −∫a ⎢⎣ 2 2 ) ( x − x′) dx′dy′ a + 32 x 2 2 2 ( ( x − x′ ) + ( y − y ′ ) + z ) ( y − y′) dx′dy′ aˆ + 32 y ∫∫ 2 2 2 − − ′ ′ x x y y z − + − + ( ) ( ) ( ) + a2 + a2 a 2 a 2 + a2 + a2 ∫∫ − a2 − a2 ( ⎤ ⎥ aˆ 32 z⎥ 2 2 ( x − x′ ) + ( y − y ′ ) + z 2 ⎥⎦ zdx′dy′ ⎡+ a ⎡ G G ρS ⎢ 2 ⎢ E (r ) = 4πε 0 ⎢ −∫a ⎢ ⎢ 2⎣ ⎣ ⎡+ a ⎡ ρS ⎢ 2 ⎢ 4πε 0 ⎢ −∫a ⎢ ⎢ 2⎣ ⎣ ) x′=+ a ⎤ 2 ⎥ dy′ax + 2 2 2 ⎥ ( x − x′) + ( y − y′) + z ⎦ x′=− a 2 1 y ′=+ a ( x − ) + ( y − y′ ) a 2 2 + a2 G r = xax + yaˆ y + zaˆ z G r ′ = x′aˆ x + y′aˆ y G G r − r ′ = ( x − x′ ) ax + ( y − y′ ) aˆ y + zaˆ z G G r − r′ = 1 ⎤ 2 1 ⎥ dx′a y + 2 2 2 ⎥ ( x − x′) + ( y − y′ ) + z ⎦ y′=− a 2 + z2 2 1 ( x − x′ ) 2 +(y− ) a 2 2 +z x′=+ a ⎤ 2 ⎥ dy′az ⎥ ⎦⎥ x′=− a 2 ⎞ ⎟ dy′a + x + ( y − y′ ) + z 2 ⎠⎟ 1 − (x + ) a 2 2 2 1 − ( x − x′ ) 2 2 +(y+ ) a 2 2 ⎞ ⎟ dx′a + y ⎟ +z ⎠ 2 ⎡ ⎡ ⎤ z ( x − a2 ) −⎥ ⎢ ⎢ 2 2 2 2 ⎢ + a2 ⎢ ⎡( y − y′ ) + z ⎤ ( x − a2 ) + ( y − y′ ) + z 2 ⎥ ρS ⎢ ⎢ ⎣ ⎦ ⎥ dy′az a 4πε 0 ⎢ −∫a ⎢ ⎥ z x + ( ) 2 ⎢ 2⎢ ⎥ 2 2 2 2⎤ 2 a ⎡ ⎢ ⎢ ( y − y′ ) + z x + 2 ) + ( y − y′ ) + z ⎥ ⎦ ( ⎦ ⎣ ⎣⎣ G G − ρ S ⎧⎪ ⎡ E (r ) = ⎨ln ( y − y′ ) + 4πε 0 ⎩⎪ ⎢⎣ − ρS 4πε 0 ⎪⎧ ⎡ ⎨ln ⎢( x − x ) + ⎩⎪ ⎣ 2 ⎫ ⎪ ⎬ ax + ⎦ y′=− as ⎭⎪ ( x + a2 ) + ( y − y′)2 + z 2 ⎥⎤ − ln ⎢⎡( y − y′) + ( x − a2 ) + ( y − y′)2 + z 2 ⎥⎤ 2 2 ⎦ ⎣ 2 ⎫ ⎪ ⎬ ay + ⎦ x′=− a2 ⎭⎪ 2 2 ( y − a2 ) + ( x − x′) + z 2 ⎤⎥ − ln ⎡⎢( x − x′ ) + ( y + a2 ) + ( x − x′) + z 2 ⎤⎥ 2 2 ⎦ ⎣ ⎡ ⎡ ⎤ z ( x − a2 ) −⎥ ⎢ ⎢ 2 2 2 2 ⎢ + a2 ⎢ ⎡( y − y′ ) + z ⎤ ( x − a2 ) + ( y − y′ ) + z 2 ⎥ ρS ⎢ ⎢ ⎣ ⎦ ⎥ dy′az a 4πε 0 ⎢ −∫a ⎢ ⎥ z x + ( ) 2 ⎢ 2⎢ ⎥ 2 2 2 2⎤ 2 a ⎡ ⎢ ⎢ ( y − y′ ) + z x + 2 ) + ( y − y′ ) + z ⎥ ⎦ ( ⎦ ⎣ ⎣⎣ ⎧ ⎡ ⎪ ( y − y′) + ⎨ln ⎢ ⎪ ⎢ ( y − y′ ) + ⎩ ⎣ G G −ρS E (r ) = 4πε 0 ⎧ ⎡ −ρS ⎪ ⎢ ( x − x ) + ⎨ln 4πε 0 ⎪ ⎢ ( x − x′ ) + ⎩ ⎣ ρS 4πε 0 ⎧ ⎡ ⎪ ⎨ Arctg ⎢ ⎢z ⎪ ⎣ ⎩ y ′=+ a x′=+ a 2 2 2 y ′ =+ a2 ⎤ ( x − a2 ) ( y − y′) ⎥ 2 2 ( x − a2 ) + ( y − y′) + z 2 ⎥⎦ y′=− a 2 ⎡ − Arctg ⎢ ⎢z ⎣ ⎫ ⎪ ⎬ ay + ⎪ a 2 ⎭ x ′=+ a2 ( y + a2 ) + ( x − x′ ) + z 2 ⎤⎥ 2 2 ( y − a2 ) + ( x − x′ ) + z 2 ⎦⎥ x′=− 2 ⎫ ⎪ ⎬ ax + ⎪ a s ⎭ y ′=+ a2 ( x + a2 ) + ( y − y′ ) + z 2 ⎤⎥ 2 2 ( x − a2 ) + ( y − y′ ) + z 2 ⎦⎥ y′=− 2 2 2 2 G G −ρ ⎧⎪ ⎡( y − a2 ) + ( x+ a2 ) +( y − a2 ) + z2 ⎤ ⎡( y + a2 ) + ( x+ 2a ) +( y+ a2 ) + z2 ⎤⎫⎪ ⎥ −ln⎢ ⎥⎬a + E(r) = S ⎨ln⎢ x 4πε0 ⎪ ⎢( y − a ) + ( x− a )2 +( y− a )2 + z2 ⎥ ⎢( y + a ) + ( x− a )2 +( y+ a )2 + z2 ⎥⎪ 2 2 2 2 2 2 ⎦ ⎣ ⎦⎭ ⎩ ⎣ ⎧ ⎡ a − ρS ⎪ ⎢ ( x − 2 ) + ⎨ln 4πε 0 ⎪ ⎢ ( x − a ) + 2 ⎩ ⎣ ( y + a2 ) + ( x − a2 ) + z 2 ⎤⎥ ⎡⎢ ( x + a2 ) + ( y + a2 ) + ( x + a2 ) + z 2 ⎤⎥ ⎫⎪ − ln ⎬ ay + 2 2 2 2 ( y − a2 ) + ( x − a2 ) + z 2 ⎥⎦ ⎢⎣ ( x + a2 ) + ( y − a2 ) + ( x + a2 ) + z 2 ⎥⎦ ⎪⎭ 2 2 2 2 ⎧ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎫ ( x − a2 )( y − a2 ) ( x − a2 )( y + a2 ) ⎪ Arctg ⎢ ⎥ − Arctg ⎢ ⎥ ⎪ ⎪ ⎢ z x − a 2 + y − a 2 + z2 ⎥ ⎢ z x − a 2 + y + a 2 + z2 ⎥ ⎪ ( 2) ( 2) 2) 2) ρS ⎪ ⎣ ( ⎦ ⎣ ( ⎦ ⎪ ⎨ ⎬ az 4πε 0 ⎪ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎪ a a a a x y x y + − + + ( )( ) ( )( ) 2 2 2 2 ⎥ + Arctg ⎢ ⎥⎪ ⎪− Arctg ⎢ ⎢ z x + a 2 + y − a 2 + z2 ⎥ ⎢ z x + a 2 + y + a 2 + z2 ⎥⎪ ⎪ ( 2) ( 2) 2) 2) ⎣ ( ⎦ ⎣ ( ⎦⎭ ⎩ 2 2 2 2 G G −ρ ⎧⎪ ⎡( y − a2 ) + ( x+ a2 ) +( y − a2 ) + z2 ⎤ ⎡( y + a2 ) + ( x+ 2a ) +( y+ a2 ) + z2 ⎤⎫⎪ ⎥ −ln⎢ ⎥⎬a + E(r) = S ⎨ln⎢ x 4πε0 ⎪ ⎢( y − a ) + ( x− a )2 +( y− a )2 + z2 ⎥ ⎢( y + a ) + ( x− a )2 +( y+ a )2 + z2 ⎥⎪ 2 2 2 2 ⎦ ⎣ 2 ⎦⎭ ⎩ ⎣ 2 ⎧ ⎡ a − ρS ⎪ ⎢ ( x − 2 ) + ⎨ln 4πε 0 ⎪ ⎢ ( x − a ) + 2 ⎩ ⎣ ( y + a2 ) + ( x − a2 ) + z 2 ⎤⎥ ⎡⎢ ( x + a2 ) + ( y + a2 ) + ( x + a2 ) + z 2 ⎤⎥ ⎫⎪ − ln ⎬ ay + 2 2 2 2 ( y − a2 ) + ( x − a2 ) + z 2 ⎥⎦ ⎢⎣ ( x + a2 ) + ( y − a2 ) + ( x + a2 ) + z 2 ⎥⎦ ⎭⎪ 2 2 ⎫ ⎪ ⎬ az ⎪ a 2 ⎭ y ′ =+ 2a ⎤ ( x + a2 ) ( y − y′) ⎥ 2 2 ( x + a2 ) + ( y − y′) + z 2 ⎥⎦ y′=− 2 2 ⎧ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎫ ( x − a2 )( y − a2 ) ( x − a2 )( y + a2 ) ⎪ Arctg ⎢ ⎥ − Arctg ⎢ ⎥ ⎪ 2 2 2 2 ⎪ ⎢ z x − a + y − a + z2 ⎥ ⎢ z x − a + y + a + z2 ⎥ ⎪ ( 2) ( 2) 2) 2) ρS ⎪ ⎣ ( ⎦ ⎣ ( ⎦ ⎪ ⎨ ⎬ az 4πε 0 ⎪ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎪ a a a a x y x y + − + + ( )( ) ( )( ) 2 2 2 2 ⎥ + Arctg ⎢ ⎥⎪ ⎪− Arctg ⎢ ⎢ z x + a 2 + y − a 2 + z2 ⎥ ⎢ z x + a 2 + y + a 2 + z2 ⎥⎪ ⎪ ( 2) ( 2) 2) 2) ⎣ ( ⎦ ⎣ ( ⎦⎭ ⎩ 34 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico (b) Observando que quando o valor de a tende a infinito: ⎧ ⎡ a G G −ρS ⎪⎪ ⎢− 2 + limE(r) = ⎨ln⎢ a→∞ 4πε0 ⎪ ⎢ a −2 + ⎩⎪ ⎢⎣ 2 ⎤ ⎡a a⎥ ⎢ + 2 ⎥ −ln⎢ 2 2 ⎥ ⎢a + a 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 2 2 ⎤⎫ a⎥⎪ 2 ⎥⎪a + ⎬x 2 ⎥⎪ a⎥ 2 ⎦⎭⎪ ⎧ ⎡ a ⎡a 2 ⎤ 2 ⎤⎫ a⎥ a ⎥⎪ ⎪⎪ ⎢ − 2 + ⎢ + 2 ⎥ − ln ⎢ 2 2 ⎥ ⎪ a + ⎨ln ⎢ ⎬ y 2 2 ⎢a ⎥⎪ ⎪ ⎢− a + a⎥ ⎢⎣ 2 + 2 a ⎥⎦ ⎪⎭ ⎪⎩ ⎢⎣ 2 2 ⎥⎦ ⎧ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎫ a2 4 −a 2 4 ⎪ Arctg ⎢ ⎥ − Arctg ⎢ ⎥ ⎪ ⎢⎣ z 2a 2 4 + z 2 ⎦⎥ ⎢⎣ z 2a 2 4 + z 2 ⎦⎥ ⎪⎪ ρ S ⎪⎪ ⎨ ⎬ az 4πε 0 ⎪ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎪ a2 4 −a 2 4 Arctg Arctg − + ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎪ ⎪ 2 2 2 2 ⎪⎩ ⎣⎢ z 2a 4 + z ⎦⎥ ⎣⎢ z 2a 4 + z ⎦⎥ ⎪⎭ − ρS 4πε 0 GG ρ E(r) = S az 2ε0 Veja que é o mesmo resultado que chegamos anteriormente: G ρ E = S aˆ N 2ε 0 G G −ρ limE(r) = S {ln[1] −ln[1]} ax + a→∞ 4πε0 −ρS {ln [1] − ln [1]} a y + 4πε 0 ⎡ ⎤ ⎫⎪ ρ S ⎧⎪ a2 4 ⎥ ⎬ az ⎨4 Arctg ⎢ 2 2 4πε 0 ⎪ ⎣⎢ z 2a 4 + z ⎦⎥ ⎭⎪ ⎩ G G ρ ⎧⎪ ⎡ a2 4 ⎤⎫⎪ limE(r) = S ⎨4Arctg⎢ ⎥⎬az a→∞ 4πε0 ⎩⎪ ⎣z 2a 2⎦⎭⎪ G G ρ ⎪⎧ ⎡ 2a⎤⎪⎫ limE(r) = S ⎨4Arctg⎢ ⎥⎬az a→∞ 4πε0 ⎪⎩ ⎣ 4z ⎦⎪⎭ Fazendo a expansão por séries de potências para a função arco-tangente, teremos: G G ρS ⎧⎪ ⎛π 2 2z 16 2z3 ⎞⎫⎪ limE(r) = + 3 −"⎟⎟⎬az ⎨4⎜ − a→∞ 4πε0 ⎩⎪ ⎜⎝ 2 a 3a ⎠⎭⎪ Considerando apenas o primeiro termo: G G ρ ⎧ ⎛π ⎞⎫ limE(r) = S ⎨4⎜ ⎟⎬az a→∞ 4πε0 ⎩ ⎝ 2 ⎠⎭ G G ρS limE(r) = az a→∞ 2ε0 Então, para um plano infinito carregado, teremos: 35 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico ¾ Exercícios: Willian H. Hayt, Jr.; John A. Buck, pg. 30 1. Quatro cargas positivas de 10 nC estão localizadas no plano z = 0 nos vértices de um quadrado de 8 cm de lado. Lima quinta carga positiva de 10 nC está localizada em um ponto distante 8 cm de cada uma das outras cargas. Calcule o módulo da força total nesta quinta carga para e = e0. G rP = 8aˆ x + 12aˆ y + 2aˆ z As relações entre os versores das coordenadas cilíndricas polares: e as cartesianas são obtidas com o auxílio da figura: âφ f 2. Um Umaa carga Q=0.1mC esta localizada na origem do espaço livre, enquanto Q = 0.2mC está em A(0.8, 0.6, 0). Determine o lugar dos pontos no plano z = 0 em que a componente ponente x da força em uma terceira carga positiva é zero. âρ r Da figura, então vemos que: aˆ x = aˆ ρ cos φ − aˆφ senφ 4. Seja Q1 = 8mC localizada em P1(2, 5, 8). enquanto Q2. = -5mC localizada em P2(6, 15, 8). Considere e = e0. (a) Determine F2 a força sobre Q. (b) Encontre as coordenadas de P3, se a carga Q3, experimenta uma força total F3 = 0 em P3. aˆ y = aˆ ρ senφ + aˆφ cos φ aˆ z = aˆ z G G G rAP = rP − rA = 4aˆ x + 9aˆ y − 3aˆ z G G G rAP = rP − rA = 42 + 92 + (−3)2 = 106 Como: 5.. Seja a carga pontual Q1 = 25 nC localizada em 7) e a carga Q2;= 60 nC localizada em P2(-3, 4,- P1 (4,-2, φ = arctg 2). (a) Se e = e0., determine E em P(1, 2, 3). (b) Em que ponto do eixo y Ex = 0? 7. Uma carga pontual de 2mC está localizada em A(4, 3, 5) no espaço livre. Determine Er, Ef e Ez em P(8, 12, 2). 2). âx f 3. Quatro cargas pontuais de 50 nC cada estão localizadas cm A( l, 0, 0). B(- l, 0, 0), C(0, l, 0) e D(0, 1, 0) no espaço livre. Determine a força total sobre a carga em A. 6. Duas cargas pontuais de 120 nC estão localizadas em A(0,0,l) e B(0, 0, -1) no espaço livre, (a) Determine E em P(0.5, 0, 0). (b) Qual carga na origem forneceria um campo de mesmo módulo? â y y x ρ = x2 + y2 φ A = arctg 3 = 0,643rad = 36,87 0 4 12 = 0,983rad = 56,310 8 2 ⋅10−6 = = 169,81 CN −9 10 4π 106 36π φ P = arctg G EP = Q 2 4πε 0 rAP Em coordenadas cartesianas: Solução: Campo elétrico no ponto é dado por: G EP = Q 2 4πε 0 rAP Em coordenadas cartesianas: G rA = 4aˆ x + 3aˆ y + 5aˆ z G rAP G rAP G EP = G G rP − rA Q G G 2 rP − rA 4πε 0 rAP G G G rAP rP − rA 4 9 3 aˆx + aˆy − aˆz G =G G = rAP rP − rA 106 106 106 G 4 ⋅169,81 9 ⋅169,81 3 ⋅169,81 EP = aˆx + aˆ y − âz 106 106 106 G E P = 65,974aˆ x + 148,441aˆ y − 49,480aˆ z 14 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico 10. Duas cargas de 20 e -20 nC estão localizadas em (3, 0, 0) e (-3, 0, 0), respectivamente. Considere e = e0. Substituindo: aˆ x = aˆ ρ cos φ − aˆφ senφ aˆ y = aˆ ρ senφ + âφ cos φ G E = (65,974cosφ + 148,441senφ )aˆ ρ (a) Determine |E| em P(0, y,0). (b) Esboce |E| vs. y em P. + (− 65,974senφ + 148,44 cosφ )aˆφ − 49,480aˆ z Para acharmos o campo em coordenadas cilíndricas: G E = Eρ aˆ ρ + Eφ aˆφ + Ez aˆ z Precisamos então descobrir o ângulo f. Para isso observe a figura a seguir: Observando o paralelogramo no plano xy G G G formado pelas projeções dos vetores rA , rP e rAP no plano xy,: φ = φ P + (φ P − φ A ) 11. Uma carga Q0, localizada na origem no espaço livre produz um campo no qual Ez=l k V/m no ponto P( -2. l, -1), (a) Determine Q0. Determine E em M( l, 6, 5) em: (b) coordenadas cartesianas: (c) coordenadas cilíndricas: (d) coordenadas esféricas. 12. A ρ v = ρ 0e densidade −x−y−z volumétrica de carga existe em todo o espaço livre. Calcule a carga total presente. z Solução: Q = ∫∫∫ ρ v dv V y Em coordenadas cartesianas: +∞+∞+∞ f fA fP Q= ∫ ∫ ∫ρ e −x−y−z 0 dxdydz − ∞− ∞− ∞ x φ = 56,31 + (56,31 − 36,87 ) = 75,75 0 Substituindo em: G E = (65 ,974 cos φ + 148 , 441 sen φ )aˆ ρ + (− 65 ,974 sen φ + 148 , 44 cos φ )aˆ φ − 49 , 480 aˆ z G E = 65,974cos75,750 + 148,441sen75,750 aˆ ρ ( ( ) ) + − 65,974sen75,750 + 148,44 cos75,750 aˆφ − 49,480aˆ z G E = (16,2397 + 143,8736)aˆρ + (− 63,944 + 36,839)aˆφ − 49,480aˆz G E = 160,11aˆ ρ − 27,01aˆφ − 49,48aˆ z 8. Dadas duas cargas pontuais de -lmC em P1 (0, 0, -0.5) e P2(0, 0, -0.5), e uma carga de 2mC na origem, determine E em P(0, 2, l) em componentes esféricas. Considere e = e0. 9. Uma carga pontual de 100 nC está localizada em A( -1, 1, 3) no espaço livre: (a) Encontre o lugar dos pontos P(x, y, z.) no qual E = 500 V/m. (b) Determine y1, se P(-2, y1, 3) pertencer a este lugar. +∞ ⎛0 ⎞ +∞ − y +∞ − z Q = ρ 0 ⎜⎜ ∫ e −(− x ) dx + ∫ e −(+ x ) dx ⎟⎟ ∫ e dy ∫ e dz 0 −∞ ⎝ −∞ ⎠−∞ Q = ρ 0 ⎛⎜ e x ⎝ 0 −∞ + − e −x +∞ 0 ( Q = ρ 0 e 0 − 0 + −0 − (−e 0 +∞ Q = 2ρ 0 ∫ e −∞ − y +∞ +∞ ⎞⎟ e − y dy e − z dz ∫ ⎠−∫∞ −∞ +∞ )∫ e −∞ +∞ dy ∫ e − y −z +∞ dy ∫ e −z dz −∞ dz −∞ Como as outras integrais são idênticas: Q = 2 ρ 0 .2.2 Q = 8ρ 0 13 Uma densidade volumétrica uniforme de carga de 0.2 mC/m3 está presente através de uma casca esférica de r = 3 cm até r = 5 cm. Se rv = 0 em qualquer outra parte, determine: (a) a carga total presente dentro da casca e (b) r1, se metade da carga está localizada na região 3 cm < r < r1. Solução: 15 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Q = ∫∫∫ ρ v dv V 2π π 0.05 Q= ∫ ∫ ∫ 0.2µ ⋅ r′ senθ ′dr′dθ ′dφ ′ 2 0 0 0.03 φ θ r π 2π 0.05 0 0 0.03 Q = 0.2 µ ∫ senθ ′dθ ′ ∫ dφ ′ ∫ r ′2 dr ′ π ( ) 2π Q = 0,2 µ (− cosθ 0 ) φ ′ 0 ⎛ r3 ⎜ ⎜3 ⎝ ⎞ ⎟ = 82.1 pC ⎟ 0.03 ⎠ 0.05 14. Seja: (π − φ ) 2 1 µC m 2 ρ v = 5e z + 10 ⎧ 0 ≤ ρ ≤ 10 ⎪ na região: ⎨− π ≤ φ ≤ π e rv=0 em qualquer outra ⎪ az; ⎩ 18. Duas linhas de cargas uniformes de 0,4 m.C/m e - 0,4 p-C/m estão localizadas no plano x = 0 em y= - 0,6 e y =0,6 m, respectivamente. Considere e = e0. Determine E em : (a) P(x, 0, z). (b) Q(2,3,4). 19. Uma linha de carga uniforme de 2mC/m está localizada no eixo z. Determine E em coordenadas cartesianas em P(1,2,3) se a carga se estende de: (a) z = -¶ a z= +¶. (b) z = -4 a z = +4. Solução: − 0 ,1ρ parte. (a) Determine a carga total presente. (b) Calcule a carga dentro da região: ⎧ 0≤ρ ≤4 ⎪ π π ⎨ − 2 ≤φ ≤ 2 ⎪− 10 ≤ z ≤ 10 ⎩ 15. Um volume esférico de 2 mm de raio contém uma densidade volumétrica uniforme de carga de 1015C/m. (a) Qual a carga total confinada dentro do volume esférico? (b) Considere agora que uma grande região contenha uma dessas pequenas esferas em cada quina de uma grelha cúbica de 3 cm de lado e que não há nenhuma carga entre as esferas. Qual é a densidade volumétrica de carga média através desta região? 16. A região na qual 4 < r < 5, O < θ < 25° e 0,9π < f <1,1π contém uma densidade volumétrica de carga: ρ v = 10(r − 4)(r − 5)senθsen 12 φ Fora desta região, rv = 0. Determine a carga dentro desta região. 17. Uma linha de cargas uniforme de 16 nC/m está localizada ao longo da linha definida por y = -2, z =- 5. Se e = e0: (a) determine E em P( l, 2. 3) (b) determine E no ponto do plano z = 0 onde a direção do vetor E é dada por 13 aˆ y − 23 aˆ z . (a) z 3 2 1 r f x G Como: E = E y ρL aˆ ρ 2πε 0 ρ Observe da figura que: φ = arctg xy = arctg 12 = 63,4350 ρ = x 2 + y 2 = 2 2 + 12 = 5 Como em coordenadas cilíndricas: aˆ ρ = aˆ x cos φ + aˆ y senφ cos φ = senφ = aˆ ρ = x ρ y ρ 1 5 ⇒ cos φ = ⇒ senφ = aˆ x + 2 5 1 5 2 5 aˆ y Substituindo: G E= ρL â ρ 2πε 0 ρ G 2µ 1 E= aˆ + 25 aˆ y 5 x 2πε 0 5 G µ 1 ( aˆ x + 52 aˆ y ) E= πε 0 5 ( ) 16 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico G 36πµ (15 aˆ x + 52 aˆ y ) E= 10 −9 π G E = 7,2aˆ x + 14,4aˆ y (kV m ) 2 Ex = 6000 3 2ρ Ey = L 4πε0 Solução: 4 3 E y = 12000 2 1 r f -4 x G G Como: E ( r ) = E y dQ G G ∫Q 4πε rG − rG′ 3 (r − r ′) 0 G r = aˆ x + 2aˆ y + 3aˆ z G r ′ = z ′aˆ z G G r − r ′ = aˆ x + 2aˆ y + (3 − z ′)aˆ z G G 2 r − r ′ = 12 + 2 2 + (3 − z ) G G 2 r − r ′ = 5 + (3 − z ) Observe que: dQ = ρ L dz ′ Substituindo na integral, teremos: G G E(r ) = ρ ∫ 4πε (5 + (3 − z′) ) (aˆ 4 L −4 2 32 x + 2aˆ y + (3 − z′)aˆz )dz′ 0 Separando por componentes, teremos: Ex = ρL 4πε0 4 1 ∫ (5 + (3 − z′) ) −4 Ez = 2 32 dz ′ z =4 ρ z −3 Ex = L 4πε0 5 z 2 − 6z + 14 z =−4 ρ 2 Ex = L 4πε0 3 3 2 ⋅10−6 2 Ex = 10−9 3 3 4π 36π ρL 4πε0 2 32 −4 Ey = z 1 ∫ (5 + (3 − z′) ) 4 (b) ≅ 4898,97 N C 2ρ L 2 4πε0 3 3 2 ≅ 9797,96 N C 3 (3 − z′) 4 ∫ (5 + (3 − z′) ) 2 32 −4 ρ Ez = L 4πε0 Ez = Ez = 6000 dz ′ dz ′ z =4 1 z 2 − 6z + 14 z =−4 ρL 2 4πε0 3 3 2 3 ≅ 4898,98 N C Logo: G G E (r ) = 4,899aˆ x + 9,798aˆ y + 4,899aˆ z (kV m ) 20. Uma linha de cargas uniforme de 120 nC/m está situada ao longo de toda a extensão dos três eixos coordenados. Considerando as condições do espaço livre, determine E em P(-3, 2, -1). 21. Duas linhas de carga uniformes idênticas com rL = 75 nC/m estão localizadas no espaço livre, em x = 0, y= ≤ 0,4 m. Que força por unidade de comprimento cada linha de cargas exerce sobre a outra? Solução: (a) (1) (2) z dQ’ -0,4 0,4 E r 1 y x G G dF21 = E 2 dQ1′ 17 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori G E2 = CAPÍTULO II - Campo Elétrico G r = −0.5aˆ z G G r − r ′ = −0.5aˆ z − ρ ′aˆ ρ G G r − r ′ = 0,5 2 + ρ ′ 2 ρL aˆ ρ 2πε 0 ρ G 75 ⋅ 10 −9 E2 = aˆ y 10 −9 2π 0,8 36π G E 2 = 1687,5aˆ y O elemento de área da distribuição será expresso em coordenadas cilíndricas: dA′ = ρ ′dρ ′dφ ′ Assim: 2πρ G EA = ∫∫ G G dF21 = E 2 ρ L L 00 G dF21 = 1687,5aˆ y 75 ⋅ 10 −9 LG dF21 = 1687,5aˆ y 75 ⋅ 10 −9 G L dF21 = 1,265625 ⋅ 10 − 4 aˆ y N m LG dF21 = 126,5625 ⋅ aˆ y µN m L ρS ( 4πε0 0,52 + ρ′2 G 2πρ EA = ∫∫ ρS ) 32 (−0,5aˆ − ρaˆρ )ρ′dρ′dφ′ z (−0,5aˆz − ρaˆρ )ρ′dρ′dφ′ 32 4πε0 0,52 + ρ′2 Como: ρ S = 2 µ = 1,8 ⋅ 10 4 4πε 0 10 −9 4π 36π Como: aˆ ρ = aˆ x cos φ + aˆ y senφ teremos 00 ( ) ao substituir na expressão dependência em â z : 22. Uma densidade superficial de carga uniforme de 5nC/m2 está presente na região x=0, -2 < y < 0 e " z. Se e = e0, determine E em: (a) PA(3, 0, 0). (b) PB(0, 3, 0) 23. Dada uma densidade superficial de carga rS = 2mC/m2 na região r < 0,2 m, z = 0 e rS =0 em qualquer outro lugar, determine E em: (b) PA(r=0, z=-0.5). z y acima 0, 2 2π ⎡ G ρ′dρ′ EA = 1,8 ⋅ 104 ∫ dφ ⎢− 0,5 ∫ 2 2 ⎢⎣ 0 0 0,5 + ρ ′ ( ⎡ G −1 E A = 1,8 ⋅104 ⋅ 2π ⎢− 0,5 ⎢ 0,252 + ρ ′ 2 ⎢⎣ apenas ) 32 ρ ′ =0, 2 ρ ′ =0 a ⎤ aˆ z ⎥ ⎥⎦ ⎤ ⎥aˆ ⎥ z ⎥⎦ ⎡ ⎛ G 1 1 E A = 3,6π ⋅104 ⎢0,5⎜ − 2 2 ⎢⎣ ⎜⎝ 0,25 + 0,2 0,252 G E A = 3,6π ⋅104 [0,5(− 0,143047)]â z G E A = −8,089aˆ z kV m ⎞⎤ ⎟⎥aˆ ⎟⎥ z ⎠⎦ (a) PA(r=0, z=0.5). Analogamente e por questões de simetria, chega-se a: G E A = 8,089aˆ z kV m x G G dE ( r ) = ρ S dA G G 2 4πε 0 r − r ′ G r ′ = ρ ′aˆ ρ G G r − r′ G G r − r′ 24. Três densidades de cargas superficiais estão posicionadas no espaço livre como se segue: 20 nC/m2 em x=-3; -30 nC/m2 em y = 4 e 40 nC/m2 em z =2. Determine a magnitude de E em: (a) PA(4, 3, -2); (b) PB(-2, 5, -1); (c) PC(0, 0, 0); 25. Determine E na origem se as seguintes distribuições de carga estão presentes no espaço livre: 18 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Uma carga pontual de 12 nC, em P(2,0,6). Uma densidade linear de carga uniforme de 3nC/m, em x = -2, y = 3. Uma densidade superficial de carga uniforme de 0,2 nC/m2 em x = 2. Solução: 6 z Q(2,0,6) rL=3nC/m -2 0 3 y rS =0,2nC/m2 x • Campo devido à carga puntiforme: G G Q r − r′ G G 2 G G 4πε 0 r − r ′ r − r ′ G r ′ = 2aˆ x + 6aˆ z G G EQ (r ) = G r = 0aˆ x + 0aˆ y + 0aˆ z G G r − r ′ = −2aˆ x − 6aˆ z G G r − r ′ = (−2) 2 + (−6) 2 = 40 G G r − r′ 2 6 aˆ x − aˆ z G G =− r − r′ 40 40 G G EQ (r ) = ⎛ ⎞ 12 ⋅ 10 −9 2 6 ⎜⎜ − aˆ x − aˆ z ⎟⎟ −9 2 10 40 40 ⎠ 4π 40 ⎝ 36π G G ,4 E Q (r ) = − 540 aˆ x − 1640, 2 aˆ z • Campo devido à densidade de carga linear: G EL = ρL aˆ ρ 2πε 0 ρ (− 2)2 + 3 2 cos θ = x ρ = 2 13 aˆ x − 3 aˆ y 13 13 G ⎞ 3 ⋅ 10 −9 ⎛ 2 3 ⎜⎜ EL = aˆ x − â y ⎟⎟ −9 10 13 13 ⎠ 2π 13 ⎝ 36π G 3 ⎞ ⎛2 E L = 54⎜ aˆ x − aˆ y ⎟ 13 ⎠ ⎝ 13 G 108 162 EL = aˆ x − aˆ y 13 13 Campo devido à densidade de carga y O campo resultante será dado por: G G G G G E R (0) = EQ + E L + E S G G E Q (r ) = − 5, 4 40 aˆ x − 1640, 2 aˆ z G 108 162 EL = aˆ x − â y 13 13 G E S = −3,6π ⋅ aˆ x G G E R (0) = −3,86aˆ x − 12,46aˆ y − 2,56aˆ z (V/m) 26. Uma densidade linear de carga uniforme de 5nC/m está em y=0, z = 2m no espaço livre, enquanto outra de -5nC/m está localizada em y=0, z=2. Uma densidade superficial de 0,3 nC/m2 está em y=-0,2m. Determine |E| na origem. G E = (4 x − 2 y )aˆ x − (2 x + 4 y )aˆ y = 13 ; senθ = ρ = G ρ E S = S aˆ N 2ε 0 Observe que: aˆ N = − aˆ x G 0,2 ⋅ 10 −9 (− aˆ x ) ES = 10 −9 2 36π G E S = −3,6π ⋅ aˆ x 27. Dado o campo elétrico: Observando a figura, escrevemos: ρ= 2 superficial: E(0) ? 2 aˆ ρ = • θ â ρ aˆ ρ = cos θaˆ x − senθaˆ y 3 13 Determine: (a) a equação da linha de força que passa pelo ponto P(2, 3, -4). (b) O vetor unitário â E especificando a direção de E no ponto Q(3, -2, 5). 19 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Solução: dy E y dy − (2 x + 4 y ) = ⇔ = dx E x dx 4x − 2 y (4 x − 2 y )dy = −(2 x + 4 y )dx (4 x − 2 y )dy + (2 x + 4 y )dx = 0 ∂F ∂F dF = dx + dy ∂x ∂y Comparando as duas expressões: ∂F = 2 x + 4 y ⇒ F ( x, y ) = ∫ (2 x + 4 y )dx ∂x x F ( x, y ) = x 2 + 4 xy + ϕ ( y ) ∂F = 4 x − 2 y ⇒ F ( x, y ) = ∫ (4 x − 2 y )dy ∂y y F ( x, y ) = 4 xy − y 2 + φ ( x) Comparando as expressões: φ ( x) = x 2 ; ϕ ( y ) = − y 2 (c) Um vetor unitário aˆ N =(l,m,0) que é perpendicular a â E em Q(3, -2, 5). 29. Se: G E = 20e −5 y (cos 5 xaˆ x − sen5 xaˆ y ) , determine: (a) |E| em P(π/6; 0,1; 2); (b) O vetor unitário na direção de E no ponto P. (c) A equação da linha de direção que passa por P. Solução: G (a) E = 20e −5⋅0,1 (cos 5 π6 aˆ x − sen5 π6 aˆ y ) G E = 20e −0,5 (− 0,866aˆ x − 0,5aˆ y ) G E = 12,13(− 0,866aˆ x − 0,5aˆ y ) G E = 12,13 Então: F ( x, y ) = 4 xy − y 2 + x 2 + C F (2,3) = 4 ⋅ 2 ⋅ 3 − 3 2 + 2 2 + C = −4 ⇒ 24 − 9 + 4 + C = −4 C = −23 F ( x, y ) = 4 xy − y 2 + x 2 − 23 = −4 y 2 − x 2 = 4 xy − 19 (b) Q(3,-2,5) G E = (4 x − 2 y )aˆ x − (2 x + 4 y )aˆ y G E = (4 ⋅ 3 − 2 ⋅ (−2) )aˆ x − (2 ⋅ 3 + 4 ⋅ (−2) )aˆ y G E = 16aˆ x + 2aˆ y G 16 2 E n̂ E = G = aˆ x + aˆ y 260 260 E nˆ E = 0,99aˆ x + 0,12â y 28. Seja o campo elétrico: G E = 5 x 3 aˆ x − 15 x 2 yaˆ y Determine: (a) A equação da linha de força que passa pelo ponto P(4,2, 1). (b) O vetor unitário â E especificando a direção de E no ponto Q(3, -2, 5). (b) aˆ EG = −0,866aˆ x − 0,5aˆ y dy E y dy − 20e −5 y sen5 x = ⇔ = (c) dx E x dx 20e −5 y cos 5 x dy dx = − tg 5 x y = − ∫ tg 5 xdx 1 y = ln cos 5 x + C 5 1 0,1 = ln cos 56π + C 5 5π 0,5 − ln cos 6 C= 5 C = 0,1286 1 y = − ln cos 5 x + 0,1286 5 30. Dada a intensidade do campo elétrico: G E = 400 yaˆ x + 400 xaˆ y (V m ) , determine: (a) A equação da linha de direção que passa pelo ponto A(2, 1, -2). (b) A equação na superfície na qual |E| =800 V/m; 20 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico (c) Esboce a linha de força da parte (a). (d) Esboce o traçado produzido pela interseção do plano z=0 com a superfície da parte (b). 31. Em coordenadas cilíndricas com: G E (ρ , φ ) = E ρ (ρ , φ )aˆ ρ + Eφ (ρ , φ )aˆφ a equação diferencial que descreve as linhas de direção é: Eρ Eφ = dρ (ρdφ ) em qualquer plano z = constante. Calcule a equação da linha que passa pelo ponto: P(r = 4, f = 100 , z = 2) no campo: G E (ρ , φ ) = 2 ρ 2 cos 3φaˆ ρ + 2 ρ 2 sen3φaˆφ Solução: Eρ Eφ = dρ (ρdφ ) 2 ρ cos 3φ dρ = 2 2 ρ sen3φ (ρdφ ) 2 dρ dρ ⇒ = ctg 3φdφ dφ ρ ctg 3φρ = ∫ dρ ρ = ∫ ctg 3φdφ . ln ρ = 13 ln sen3φ + C 3 ln ρ = ln sen3φ + 3C 3 ln ρ − ln sen3φ = 3C ln ρ3 sen3φ ρ3 sen3φ F (ρ , φ ) = F (ρ = 4, φ = 10 0 ) = = 3C = e 3C ρ3 sen3φ − e 3C 43 sen3 ⋅ 10 0 − e 3C = 2 e 3C = K = 126 ρ 3 = 128 sen3φ 21 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Exercícios – Halliday – Resnick - Tipler y 1) Três cargas elétricas estão colocadas nos vértices de um triângulo equilátero, conforme mostra q a figura: +q a a -Q +Q a Trace as linhas de força devido as cargas +Q e Q e determine a direção da força que atua em +q devido à presença das duas cargas elétricas. a) Qual a intensidade do campo elétrico produzido uma sobre a outra? b) Qual a intensidade da força que atua em cada carga? 2 x d As cargas são q1= + 1mC e q2= + 3mC e estão separadas por uma distância d=10 cm. Faça um gráfico do campo elétrico E (x) para ambos valores positivos e negativos de x, tomando E positivo quando apontar para a direita e E negativo quando apontar para a esquerda. 7) Determine a magnitude e direção do campo elétrico em P, centro do quadrado da figura abaixo, com cargas nos vértices, sendo q=0,01mC e a=5,0cm. -2q +q 2) Qual a magnitude de uma carga puntual cujo campo elétrico à 50 cm da carga possui intensidade 2 N/C? 3) Duas cargas puntiformes de magnitudes Q1=0,2 mC e Q2=0,085mC estão distanciadas de 12 cm. q 1 a P -q +2q 4) Duas cargas iguais e opostas de magnitude 0,2mC estão separadas de 15cm. 8) Um elétron é colocado em cada vértice de um triângulo eqüilátero de 20 cm de lado. a) Qual a intensidade e direção do vetor campo elétrico sobre um ponto no meio da reta que une as cargas? b) Qual a intensidade e direção da força elétrica sobre um elétron colocado neste ponto? a) Qual é o campo elétrico no ponto médio de um de seus lados? b) Qual a força que atua em um elétron aí colocado? 5) Um átomo de plutônio-239 tem um raio nuclear de 6,64 fm e um número atômico de Z=94. Assumindo que a carga positiva está distribuída uniformemente sobre o núcleo, qual a magnitude e direção do campo elétrico na superfície do núcleo devido à carga positiva? 6) Duas carga s puntiformes estão dispostas como mostra a figura: 9) Calcule o momento de dipolo elétrico de um elétron e um próton distanciados de 4,3 nm. 10) Um elétron é colocado em um campo elétrico uniforme de magnitude 2 , 00.104 N . Calcule C a aceleração do elétron (ignorar a gravidade). 11) Um elétron é acelerado na direção oeste com aceleração de 1, 8.109 m2 por um campo elétrico. s Determine a magnitude e direção do campo elétrico. 12) Uma partícula a, núcleo de um átomo de He, tem massa de 6, 64.10 −27 kg e carga de +2e. 22 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Qual a magnitude e direção do campo elétrico que balanceia seu peso? 13) Uma nuvem carregada produz um campo elétrico no ar próximo à superfície da Terra. Uma partícula de carga −2 , 0.10 −9 C é atuada por uma força eletrostática descendente de intensidade 3, 0.10 −6 N b) Se duas gotas com mesmo raio e carga combinam para formar uma outra gota esférica, qual o potencial na superfície desta nova gota? 20) Determine o potencial elétrico em P devido a presença das 6 cargas pontuais abaixo. Assuma V=0 no infinito. quando colocada no campo. a) Qual é a magnitude do campo elétrico? b) Qual é a magnitude e direção da força eletrostática exercida sobre um próton colocado sobre o campo? c) Qual é a força gravitacional sobre o próton? d) Qual a razão entre a força eletrostática e a força gravitacional? 14) Se conhecemos o campo elétrico E em um dado ponto, é possível encontrar o potencial V neste ponto? 15) Determine o potencial elétrico produzido pelas cargas do problema 7 no ponto P. 16) A ddp (diferença de potencial) entre a Terra e uma nuvem é de 1, 2.109 V . Qual a magnitude da mudança na energia potencial elétrica de um elétron que se move entre esses pontos? 17) Suponha que durante uma descarga elétrica entre uma nuvem e a Terra a ddp seja de 1, 0.109 V e uma quantidade de carga transferida de 30 C. a) Qual a mudança de energia nesta quantidade de carga transferida? b) Se esta energia fosse usada para locomover um automóvel de 1000 kg , qual a velocidade atingida pelo automóvel? c) Se a energia utilizada fosse para derreter o gelo, a 00 C , qual a quantidade de gelo que seria derretida? (Dado:calor de fusão do gelo: 3, 3.105 J ). kg 18) No problema 6 determine o potencial elétrico em qualquer ponto x gerado pelas cargas elétricas. 19) Uma gota dágua carrega uma carga de 30 pC e tem um potencial de 500 V na sua superfície. (com V=0 no infinito). a) Qual o raio da gota? 23 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico Texto : Leitura optativa Tabela 1: Algumas partículas elementares de um átomo: Várias partículas elementares são agora experimentalmente conhecidas pelas várias propriedades pelas quais os físicos as identificam. Ele está dividido em quatro grandes classes: o fóton, o léptons, o baryons, e o mésons. Prótons e nêutrons são os componentes básicos de núcleos atômicos que, combinou com elétrons, átomos de forma. Fótons são as unidades fundamentais de radiação eletromagnética que inclui ondas de rádio, luz visível, e raios de X. O nêutron é instável como uma partícula isolada e desintegra pelo processo: n ± p + e + Xe com uma vida comum de 917 segundos. Quando se combinam com prótons, porém, forma certos núcleos atômicos, como oxigênio-16 ou o ferro-56, os nêutrons ficam estabilizados. A maioria das partículas elementares diferentes do elétron, fóton, próton, e nêutron foram descobertos desde 1945, alguns por meio de raios cósmicos, em experiências que usam aceleradores de alto-energia (veja Aceleradores de Partícula). A existência de outras partículas foi predita, mas eles não têm contudo sido observar-tal como o gráviton, supondo ser responsável por transmitir a força gravitacional. Em 1930 o físico britânico Paul M. Dirac predisse em estudos teóricos que, para todo tipo de partícula elementar, há outro tipo chamado sua antipartícula. A antipartícula do elétron foi achada em 1932 pelo físico americano Carl D. Anderson que chamou de o pósitron. O antipróton foi achado em 1955 pelos físicos americanos Owen Chamberlain e Emilio Segrè. É conhecida agora que a predição de Dirac é válida para todas as partículas elementares. Algumas partículas elementares, como o fóton, são a própria antipartícula dele. Físicos geralmente usam uma barra para denotar uma antipartícula; assim a antipartícula de uma particula também pode ser classificada em termos do giro deles/delas, ou momento angular, como bósons ou férmions. Bósons têm um giro que é um múltiplo inteiro de uma certa constante, h,; fermions têm um giro que é um múltiplo de meiointeiro daquela constante. Interações: Partículas elementares exibem forças, e eles constantemente são criados e são aniquilados. Criação, aniquilação, e força, de fato, são fenômenos relacionados e chamados de interações. Quatro tipos de interações são conhecidos (embora mais foram postulados): Cada tipo de interação acontece pela troca de um tipo particular de boson. Interações nucleares são os mais fortes e são responsáveis pela ligação de prótons e nêutrons e a formação de núcleos. Estas interações resultam da troca de glúons. Logo, as forças são interações eletromagnéticas responsáveis pelos elétrons que estão ligados aos núcleos em átomos e moléculas. Estas interações resultam da troca de fótons. Do ponto de vista prático, esta ligação é de grande importância porque todas as reações químicas representam transformações eletromagnéticas de elétrons e núcleos. Muito mais fracas são as interações fracas denominadas que governam o decaimento radioativo de núcleos atômicos, observados (1896-98) pelos físicos franceses e químicos Antoine H. Becquerel, Pierre Curie, e Marie Curie. Estas interações são o resultado da troca de bósons fracos: W+, W -, ou partículas de Z°. A interação gravitacional de assunto é importante em uma balança grande, embora é o mais fraco das interações de partícula elementares. Esta interação é o resultado teoricamente da troca de grávitons. Leis de conservação A dinâmica de interações de partícula elementares é governada por equações de movimento que é a generalização das três leis fundamentais de Newton da dinâmica. Na dinâmica de Newton, não são criados, nem são destruídas; eles são conservados. Energia existe em muitas formas que podem ser transformadas em outras, mas a energia total é conservada e não muda. Para interações de partícula elementares estas leis de conservação permanecem com efeito, mas foram descobertas leis de conservação adicionais que originaram papéis importantes na estrutura e interações de núcleos e partículas elementares. Simetria e Números de Quantum Princípios de simetria eram quase exclusivamente aplicados a problemas em mecânicas dos fluidos e cristalografia até o começo do 20º século na física. Depois de 1925, com o sucesso 24 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico crescente de teoria de quantum descrevendo o átomo e processos atômicos, os físicos descobriram aquelas considerações de simetria conduzidas a números de quantum (que descrevem estados atômicos) e para regras de seleção (que governam transições entre estados atômicos). Porque números de quantum e regras de seleção são necessárias a descrições de fenômeno atômico e subatômico, considerações de simetria são centrais às físicas de partículas elementares. Paridade (P) Em sua maioria, os princípios de simetria dizem que um fenômeno particular é invariante (inalterado) quando são transformadas certas coordenadas de espaço, ou mudam de um certo modo. O princípio de simetria de reflexão espacial, ou paridade (P) conservação, estados que as leis de natureza são invariante quando são refletidos três coordenadas de espaço, x, y, e z, de todas as partículas (quer dizer, quando os sinais deles são mudados). Uma reação (colisão, ou interação) entre duas partículas UM e B, por exemplo, que tem pA de impulsos de vetor e pB poder ter uma certa probabilidade de se render duas outras partículas C e D com os próprios impulsos característicos deles o PC e pD. Esta reação Um + B ± C + D (R) tem sido chamado R. Se partículas UM e B com impulsos -pA e -pB produzem partículas C e D com impulsos o -PC e -pD à mesma taxa então como R, a reação é invariável debaixo de paridade (P). Simetria de Conjugação de carga (C) O princípio de simetria de conjugação de carga pode ser ilustrado se referindo à reação R. Se as partículas UM, B, C, e D são substituídos pelo antipartículas UM, B, Ç, e D, então Um + B ± Ç + D C(R) Esta reação hipotética ser denominada C(R) e é a reação conjugada de R. Se (R) e C(R) procede à mesma taxa, então a reação é invariante debaixo de conjugação de carga de pólvora (C). Simetria de Inversão de tempo (T) O princípio de simetria de inversão de tempo, ou reversão de tempo, tem uma definição semelhante. Os estados de princípio que se uma reação (R) é invariante abaixo (T), então a taxa da reação inversa C + D ± UM + B T(R) está em uma proporção definida à taxa de (R). Simetria e Forças de Interações Foram achados os tipos de simetria observados pelos quatro tipos diferentes de interações para ser bastante diferente. As 1957 acreditaram que simetria de reflexão espacial (ou conservação de paridade) é observada em todas as interações. Em 1956 os físicos chinês-americanos Tsung Dao Lee e Chen Ning Yang mostraram aquela conservação de paridade tida, de fato, não sido testado para interações fracas e várias experiências sugeridas para examinar isto. Um destes foi executado o ano seguinte pelo físico chinês-americano Chien-Shiung Wu e os colaboradores dela que acharam que, realmente, não é observada simetria de reflexão espacial em interações fracas. Uma conseqüência era a descoberta que as partículas emitiram em interações fracas tende a espiralar ao longo da direção do movimento deles/delas. Em particular, o ue de neutrinos e uµ que só são envolvido em interações fracas e gravitacionais sempre giram de uma maneira canhota. Os físicos americanos James W. Cronin e Val L. Fitch e os colaboradores deles/delas também descobriram, em 1964, aquela simetria de reversão de tempo não é observada em interações fracas. Simetria e Quarks A classificação de partículas elementares estava baseado nos números de quantum deles/delas e assim fez de mãos dadas com idéias sobre simetria. Trabalhando independentemente com tais considerações, os físicos americanos Murray GellMann e George Zweig propuseram em 1963 são formados aquele baryons e mesons de componentes menores que Gell-Mann chamado quarks. Eles sugestionaram três tipos de quarks, cada que tem um antiquark. Evidência indireta muito boa para o quark modela de baryons e mesons tem acumulado, especialmente como a descoberta em 1974 de partículas de J/Y pelos físicos americanos Samuel C. C. Ting e Burton Richter. A teoria modelo padrão de partículas elementares postulou a existência de seis tipos de quarks tudo dos quais foi experimentalmente confirmado. Teoria de campo de Interações Antes do mid-19º século, interação, ou força, era acreditada comumente que agia a uma distância. O cientista inglês Michael Faraday iniciou a idéia que interação é transmitida de um corpo a outro por um campo. O físico escocês James Maxwell pôs as idéias de Faraday em forma matemática e resulta na primeira teoria de campo, comumente chamado as equações de Maxwell para interações eletromagnéticas. Em 1916 Albert Einstein publicou a 25 Eletromagnetismo I – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori CAPÍTULO II - Campo Elétrico teoria de interações gravitacionais, e isso se tornou a segunda teoria de campo. Acredita-se agora universalmente que as outras duas interações, fortes e fracas, também podem ser descritas através de teorias de campo. Com o desenvolvimento da teoria do quantum, foram encontradas certas dificuldades com teorias de campo nos anos trinta e quarenta. As dificuldades foram relacionadas aos campos muito fortes que têm que existir na vizinhança imediata de uma partícula e chamamos de divergência. Remover parte dessa dificuldade foi criado um método chamado renormalização, desenvolvido nos anos 1947-49 pelo físico japonês Shin'ichiro Tomonaga, e os físicos americanos Julian Schwinger e Richard Feynman e o físico Dyson anglo-americano. Métodos de Renormalização mostraram que as dificuldades de divergência podem ser isoladas sistematicamente e podem ser removidas. O programa alcançou grandes sucessos práticos, mas a fundação de teoria de campo permanece insatisfatória. já foi tentado nas idéias de supersimetria e supergravidade. Serão procurados tais desenvolvimentos indubitavelmente. A meta final é uma compreensão da estrutura fundamental de assunto por princípios de simetria unificados. Infelizmente, não é provável que esta meta seja alcançada no futuro. Há dificuldades em ambos os aspectos teóricos e experimentais do empenho. No lado teórico, as complexidades matemáticas de teoria de medida de quantum são grandes. No lado experimental, o estudo de partícula elementar estrutura a dimensões menores e menores requer aceleradores maiores e maiores e detectores (veja Detectores de Partícula). Os recursos humanos e financeiros requeridos para progresso de futuro são tão grandes que o passo de progresso será reduzido inevitavelmente. Contribuído por: Chen Ning Yang Unificação de Teorias de Campo Os quatro tipos de interações são imensamente diferentes de um do outro. O esforço para os unificar em um único conceitual foi iniciado por Albert Einstein antes das 1920. Os físicos americanos Sheldon Glashow e Steven Weinberg e o físico paquistanês Abdus Salam em 1979 compartilharam o Nobel em física com o trabalho de um modelo próspero que unifica as teorias de interações eletromagnéticas e fracas. Isto era acabado reunindo idéias de simetria de medida desenvolvidas pelo matemático alemão Hermann Weyl, Yang, e o físico Robert Laurence Mills americano e de simetria quebrada desenvolvida pelo físico japonês-americano Yoichiro Nambu, o físico britânico Peter W. Higgs, e outros. Uma contribuição muito importante para estes desenvolvimentos foi feita pela física holandesa Gerardus ' t Hooft que inseriu no programa de renormalização essas teorias. Prospectos para o Futuro É reconhecido agora que as propriedades de todas as interações são ditadas por várias formas de simetria de medida. Em retrospecto, o primeiro uso desta idéia era à procura de Einstein para uma teoria gravitacional que é simétrico com respeito a transformações de coordenada que culminaram na teoria geral de relatividade em 1916 (veja Gravitação; Relatividade). Exploração de tais idéias será certamente um tema principal de física de partículas elementares durante os anos próximos. Extensão qualitativa do conceito de simetria de medida para facilitar, possivelmente, uma unificação eventual não só de todas as interações, mas também de todas as interações com todas as partículas constituintes, 26