Guia do Medicamento_12.04.11

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Índice
1. USO DO MEDICAMENTO
2. PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO
3. VENDA ILÍCITA DE MEDICAMENTOS
4. MEDICAMENTOS GENÉRICOS 9
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Ficha Técnica:
Propriedade: ARFA - Agência de
Regulação e Supervisão dos Produtos
Farmacêuticos e Alimentares
Design e Maquetagem:
EME - Marketing & Eventos, Lda.
Elaboração:
Tiragem:
ARFA
1000
1ª Edição
Praia, Março de 2011
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“Garantindo a Qualidade e Segurança dos Medicamentos”
– Guia para o bom uso do medicamento –
Praia, Março de 2011
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“Garantindo a Qualidade e Segurança dos Medicamentos”
A segurança, qualidade e a eficácia dos medicamentos constituem uma das condições necessárias à protecção dos consumidores
e da saúde pública.
Assim, em conformidade com os seus Estatutos, é atribuída à Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos
e Alimentares (ARFA), a função de regular e supervisionar as actividades de produção, importação e distribuição dos produtos
farmacêuticos contribuindo assim para uma progressiva melhoria das condições técnicas e ambientais nos sectores regulados, bem
como promover a informação perante os operadores e consumidores.
A Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares surge da necessidade de consolidação da
intervenção no sector farmacêutico designadamente quanto à:
·
Monitorização pós-comercialização de medicamentos;
·
Controlo da qualidade;
·
Fiscalização e inspecção fora dos canais legais de comercialização de medicamentos;
·
Informação voltada para os consumidores.
A ARFA aposta, fortemente na sensibilização da sociedade civil quanto aos riscos que a automedicação e a venda ilícita de
medicamentos podem trazer à saúde pública, bem como na divulgação da qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos
genéricos e suas vantagens.
Nesta lógica elaborou-se este pequeno guia do “bom uso do medicamento”, destinado ao Consumidor Cabo-Verdiano.
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1. USO DO MEDICAMENTO
Os medicamentos são fundamentais para diagnosticar, prevenir
e curar doenças. Porém, todos os medicamentos são compostos
por substâncias que podem provocar intoxicações graves quando
utilizados de maneira incorrecta ou sem orientação de um médico
ou farmacêutico.
A utilização de qualquer medicamento implica, previamente,
orientação e acompanhamento por um profissional de saúde:
·
A avaliação do seu estado de saúde pelo médico
(avaliação médica) serve para: (1) identificar a
doença, (2) indicar o medicamento mais apropriado e
a (3) dose correcta. A avaliação fornece também (4)
informações sobre a quantidade, o (5) horário e (6)
com que frequência o medicamento deve ser tomado.
Estas informações devem estar presentes de forma
clara na receita médica.
·
O farmacêutico é o profissional de saúde que pode
esclarecer quaisquer dúvidas relativas a utilização de
medicamentos.
Dr. Vera Cruz
Médico
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SEIS PASSOS PARA
MEDICAMENTO
O
USO
CORRECTO
DO
1. Consulte um profissional de saúde;
2. Verifique que a embalagem está intacta e se o medicamento
se apresenta em bom estado de conservação;
3. Verifique sempre o prazo de validade;
4. Procure conhecer os medicamentos que toma, através
da leitura do folheto informativo que acompanha
os medicamentos e a partir dos esclarecimentos
prestados pelo médico ou farmacêutico;
5. Tome os medicamentos tal como lhe foram indicados
pelo médico e farmacêutico, prestando atenção: (1) ao
horário, (2) à dose ou quantidade indicada e (3) à duração
do tratamento;
6. Mantenha os medicamentos na embalagem de origem,
seguindo as instruções de conservação:
E não se esqueça, ao consultar-se ou comprar medicamentos,
informe sempre o médico ou farmacêutico dos medicamentos
que toma. Deve também informar caso esteja grávida, pretenda
engravidar, esteja a amamentar, ou sofra de doenças.
o Os medicamentos devem estar guardados
em locais seguros e fora do alcance das
crianças.
o Devem ser conservados em locais limpos e
secos, não devem estar expostos à luz, calor ou
à humidade.
o Alguns medicamentos exigem temperaturas
específicas e devem ser guardados dentro do
frigorífico.
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Uma utilização correcta e segura do
medicamento maximiza o resultado do
tratamento e naturalmente contribui para
uma maior rapidez na cura de doenças e
alívio dos sintomas.
2. PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO
A automedicação é a prática de utilizar medicamentos sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um profissional de saúde
qualificado. Por outras palavras, é a acção de tomar medicamentos por conta própria. Esta prática é realizada por grande parte da
população a nível mundial, embora as suas consequências possam ser devastadoras.
Tomar medicamento sem orientação de um médico ou farmacêutico pode:
· Colocar em risco a sua saúde, causando doenças;
· Agravar doenças;
· Disfarçar sintomas;
· Provocar resistência () das infecções e dificultar a sua cura;
· Causar interacção com outros medicamentos, alimentos e bebidas ();
· Não fazer efeito.
·
·
·
Provocar resistência () das infecções e dificultar a sua cura;
Causar interacção com outros medicamentos ();
Não fazer efeito.
Resistência a um medicamento – Tomando um caso conhecido a título de exemplo – os antibióticos –, observa-se que a resistência a estes medicamentos,
ocorre quando perdem a capacidade de controlar o crescimento ou morte das bactérias responsáveis pela doença. Uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença de níveis terapêuticos desse antibiótico, ou seja neutralizam o efeito do medicamento. Em geral,
quanto mais for utilizado um antibiótico específico, maior é o risco de emergência e propagação da resistência contra ele, tornando assim o medicamento cada vez mais
inútil.
Interacção medicamentosa – Designa-se por interacção medicamentosa os eventos clínicos em que os efeitos de um medicamento são alterados pela
presença de um outro medicamento, alimento ou bebida. Quando dois medicamentos são consumidos ao mesmo tempo, estes podem agir de forma independente ou
interagirem entre si. Assim, pode observar-se um aumento do efeito terapêutico, ou uma redução da eficácia de um dos medicamentos (podendo esta ser tão nociva
quanto o aumento). Ainda, ao promoverem o aumento de toxicidade de um fármaco, podem surgir potenciais perigos para o organismo.
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·
Qualquer medicamento, quando tomado sem
orientação/acompanhamento de um profissional
de saúde pode prejudicar ou agravar o seu estado
de saúde.
·
Um medicamento receitado para outra pessoa nem
sempre serve para si.
Um amigo ou vizinho, mesmo agindo de boa fé, jamais
pode substituir o seu médico ou farmacêutico.
Um medicamento que já lhe foi receitado anteriormente,
pode não lhe trazer bons resultados..
·
·
 Ao comprar ou utilizar medicamentos
PROCURE SEMPRE ORIENTAÇÃO DO SEU
MÉDICO ou FARMACÊUTICO.
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3.Venda ilícita de Medicamentos
O comércio ilegal de medicamentos ou venda ilícita consiste na
venda de medicamentos na rua e fora dos locais autorizados.
Trata-se de um fenómeno complexo que tem vindo a aumentar
pondo em causa a saúde das populações em todo o mundo.
Quem pode vender medicamentos em Cabo Verde?
O exercício da actividade farmacêutica é regulamentado e
só pode ser realizada em farmácias e postos de venda de
medicamentos. A venda de medicamentos deve ser autorizada,
através de alvará emitido pela Direcção Geral da Farmácia e do
Medicamento e Câmaras Municipais. Vender medicamentos em
locais ou estabelecimentos não autorizados para esse fim é
proibido por lei (Decreto-lei nº34/ 2007 de 24 de Setembro,
Artigo 5º, n.º1 alínea f). A contra-ordenação prevista na alínea f)
do artigo 35º é punível com coima de 5.000$00 a 3.000.000$00.
Quais são os medicamentos autorizados em Cabo Verde?
As farmácias só podem fornecer ao público medicamentos
constantes de Lista Nacional de Medicamentos e os cuja
importação tenha sido especialmente autorizada.
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Comprar medicamentos na rua ou fora dos locais
autorizados põe em risco a sua vida!
Porquê?
·
·
·
·
·
As condições de conservação são inadequadas;
Há subsequente degradação do medicamento;
Há falta de informações para a identificação do
medicamento e a sua origem;
Há maior risco de adquirir um medicamento falsificado;
Não há diagnóstico e aconselhamento dum profissional
de saúde quanto a utilização do medicamento.
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Dicas para a compra dos medicamentos:
1 – Compre medicamentos apenas nas farmácias e postos de
venda de medicamentos;
2 – Certifique que o produto se apresenta em bom estado e
verifique se a embalagem se encontra devidamente selada;
3 – Assegure-se que a embalagem indica o número do lote, as
datas de fabrico, o prazo de validade e o nome do fabricante;
4 – Verifique se o nome do medicamento, assim como se todas as
informações referidas acima, estão bem escritos e nítidos;
No uso do medicamento o passo número 1 é a consulta
e/ou orientação de um médico ou farmacêutico.
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4. MEDICAMENTOS GENÉRICOS
O que são medicamentos genéricos? Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância activa, forma
farmacêutica, dose e indicação terapêutica que o medicamento original e de marca, que serviu de referência (Decreto-lei nº 59/ 2006
de 26 de Dezembro, artigo 3º, alíneas h e i). São considerados genéricos porque são designados pelo nome genérico da substância
activa que compõem o medicamento, e não pela marca.
Como identificar um medicamento genérico? Normalmente as embalagens dos medicamentos genéricos, apresentam a sigla
MG ou G (significando medicamento genérico). No exterior das embalagens de um medicamento genérico estão inseridos o nome
da substância activa e informações sobre o nome do fabricante ou laboratório, dosagem, quantidade, data de validade e código do
medicamento.
Porquê os medicamentos genéricos custam menos que os medicamentos de marca? Porque na sua comercialização, não
estão incluídos os custos da pesquisa, desenvolvimento e marketing. O preço final do medicamento fica portanto significativamente
mais barato.
Os medicamentos genéricos são tão eficazes e seguros no tratamento como os de marca? SIM, porque antes de serem
comercializados, devem demonstrar que são equivalentes aos medicamentos de marca no tratamento da doença.
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Em suma, os medicamentos genéricos têm a mesma qualidade, eficácia e segurança e a um preço inferior ao do
medicamento de marca.
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ALGUNS CONCEITOS
O medicamento é uma substância ou uma combinação de substâncias destinadas a diagnosticar, prevenir, ou curar doenças.
Diz-se que um medicamento:
Tem Qualidade:
Tem Segurança:
Tem Eficácia:
É essencial que o
medicamento seja
acessível tanto
em termos de
disponibilidade física
(existência / stock)
como económica (preço).
Quando forem cumpridas as
Boas Práticas Laboratoriais
e de Fabrico, bem como os
requisitos legais.
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Quando os benefícios
são superiores aos riscos
(toxicidade...)
Quando o medicamento
demonstrou que tem o efeito
para o fim a que se destina.
Pela sua especificidade, o medicamento é um bem essencial, cuja utilização deve ser acompanhada.
Fig.1 – Janela Terapêutica: área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima, e, a dose máxima permitida.
A chave para um tratamento eficaz e seguro é a quantidade, dose e tempo em que é administrado um
medicamento.
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