Cientistas Chilenos Criam Pele Para Queimados Com Crustáceos E

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Cientistas Chilenos Criam Pele Para Queimados Com
Crustáceos E Células-Mãe
Cientistas chilenos de várias universidades desenvolveram, separadamente, técnicas inéditas de
regeneração da pele danificada a partir de crustáceos e células-mãe, com as quais melhorarão o
tratamento de queimaduras e cicatrizes, informaram hoje meios de comunicação locais.
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16 abril 2009
Cientistas chilenos de várias universidades desenvolveram, separadamente, técnicas inéditas de
regeneração da pele danificada a partir de crustáceos e células-mãe, com as quais melhorarão o
tratamento de queimaduras e cicatrizes, informaram hoje meios de comunicação locais.
Químicos da Universidade de Concepción encontraram nas carapaças de crustáceos uma substância
chamada quitina que, após ser transformada em quitosana e acrescida de aditivos e plastificantes, se
converte em um perfeito substituto para a pele humana.
“É usado (…) como um suporte de crescimento, que vai restaurando a mesma pele da pessoa sem deixar
vestígios, diferentemente de alguns emplastros, ou simplesmente curativos”, explicou ao diário La Nación o
pesquisador Galo Cárdenas, responsável pela invenção.
Uma das suas principais aplicações é a compatibilidade com o organismo humano, já que se trata de um
biopolímero de origem natural que garante que não haverá rejeição e se complementa com sua ação
bactericida.
Além disso, esta pele artificial é elástica, transparente e biodegradável, de maneira que à medida que a
superficie se alisa ela desaparece, e se evitam então as dolorosas recuperações.
A invenção, que já foi testada em 50 pacientes, poderia estar nas farmácias nos próximos dois meses,
custando cerca de 35 dólares por dez centímetros quadrados.
Paralelamente, cientistas da Universidade de Valparaíso, junto com colegas das universidades de Playa
Ancha e Federico Santa María, continuam trabalhando na criação da pele a partir de células-tronco adultas,
extraídas do próprio paciente, mais conhecidas como células-mãe.
Esta metodologia promete uma recuperação intensa com menor rejeição por parte do paciente, já que se
trata de células procedentes da mesma pessoa.
Segundo Manuel Young, director do Centro de Biotecnologia da Universidade Federico Santa Maria, as
células chamadas mesenquimáticas são capazes de formar novos tecidos e permitem uma regeneração da
pele mais sadia e com menos cicatrizes.
Young explicou ao diário La Tercera que estas células estão presentes na maioria dos tecidos do corpo e
que se reproduzem de forma mais rápida, e por isso se podem incorporar ao implante em três dias.
Os tratamentos para queimaduras que destroem as camadas internas da pele são onerosos e costumam
ser demorados.
Por isto, esses avanços podem se tornar uma grande oportunidade para aqueles que perderam parte da
derme e correm riscos de contrair graves cicatrizes para toda a vida.
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