O Sr. Lael Varella (Democratas-MG). Pronuncia o seguinte discurso em 18-09-2013. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Os principais cientistas do clima já começam a admitir que as previsões sobre o tão alardeado aquecimento global estavam erradas. Segundo notícia do The Telegraph, acredita-se que uma das questões centrais é que o IPCC não consegue explicar a "pausa" do dito aquecimento, pois desde 1997 as temperaturas médias mundiais não demonstraram qualquer variação estatisticamente significativa. O próximo relatório também deverá mostrar ser do conhecimento dos cientistas que entre os anos 950 e 1250 – em plena Idade Média – e, portanto, bem antes da Revolução Industrial, várias partes do mundo foram tão quentes quanto nessas últimas décadas. Diante disso, os ecologistas radicais nada vêm fazendo para preparar os mais necessitados ante a iminência de um resfriamento global. Conforme artigo de Luis Dufaur, escritor e jornalista, a atividade solar se desenvolve em ciclos estudados e conhecidos pelos cientistas. Tal atividade atingiu um auge durante o período compreendido entre a década de 90 e o ano 2000. Atualmente vivemos numa fase minguante, caminhando para um provável período com invernos e temperaturas globais tendentes ao frio. Aliás, cientistas mais equilibrados falam que essa tendência já começou. Sr. Presidente, mas nada de temores insensatos; não é preciso sair para reformar o mundo. Haverá anos mais frios que os anteriores, e ponto final. E o mundo continuará “como antes no quartel de Abrantes”, talvez com um cobertor ou um cachecol a mais no inverno, enquanto o jet-set da mídia e do ambientalismo radical pouco importa com as “minúcias” da natureza como os imensos fenômenos no sol. E não poucas vezes desconhece a natureza que diz defender. Se eles não estão advertindo os homens sobre o esfriamento em curso é porque na cartilha neocomunista ambientalista está escrito o contrário do que acontece na natureza. Se o arrefecimento global, embora restrito, pegar despreparados os países menos desenvolvidos, muitos deles poderão sofrer uma diminuição na colheita de culturas tradicionais. Sem as adaptações e modernizações necessárias, poderão ficar privados de energia e mesmo de alimentos. Mas – como observou Jeffrey Folks, autor de vários livros sobre a política americana – os ativistas ambientais nada padecerão, pois se encontram bem entrincheirados nos escritórios de ministérios, ONU, ONGs e transnacionais. Bem instalados e bem pagos, continuam eles a pregar utopias socialistas sob o pretexto de “salvar o planeta”. 1 Sr. Presidente, Folks fala dos EUA sob a presidência de Obama, mas seu arrazoado vale para muitos outros países, notadamente o Brasil onde leis e impostos estrangulam os produtores rurais, verdadeiros conhecedores da nossa natureza. Os preparativos para a mudança climática rumo ao esfriamento não exigem revoluções, nem novos Códigos florestais, nem Protocolos internacionais mirabolantes. Pedem apenas uma coisa: liberdade. Com ela e o auxílio de institutos de pesquisa como a Embrapa, assistidos por novos métodos e tecnologias, os proprietários saberão como adaptar as atividades locais do agronegócio às novas circunstâncias que variarão muito de lugar para lugar, de cultivo para cultivo, mas pelo fato de ser lentas e graduais, darão tempo para as devidas adaptações. Para Folks, o problema é que os ambientalistas neocomunistas dão mostra de uma fabulosa falta de interesse pelos mais necessitados, e uma empedernida antipatia ideológica em relação aos empreendedores particulares bem-sucedidos. Talvez seja a razão para que milhões de americanos – e também de brasileiros, acrescentamos nós – possam passar por surpresas em seus estilos de produção, de alimentação e até de aquecimento de suas casas. Nesse cenário futuro, a culpa não será mais dessa “mudança climática”, mas de uma ideologia antinatural que se disfarça de ecológica para impulsionar países como o Brasil rumo ao inferno neocomunista. Sr. Presidente, como denuncia o livro Psicose Ambientalista do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, os catastrofistas de ontem continuam a perturbar os dias de hoje... Tenho dito. 2