Aula 15 -Fármacos SNC

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Aula 15: Doenças do sistema nervoso
central
Depressão
Depressão é uma doença que
se caracteriza por afetar o
estado de humor da pessoa,
deixando-a
com
um
predomínio
anormal
de
tristeza. Todas as pessoas,
homens e mulheres, de
qualquer faixa etária, podem
ser atingidas, porém mulheres
são duas vezes mais afetadas
que os homens.
Depressão – Diagnóstico
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a
maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre
sendo possível saber porque a pessoa está assim.
O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela
continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos,
cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela
está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a
doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.
Depressão – Sintomas
A pessoa deprimida tende a perder o interesse por atividades que
no passado lhe eram prazerosas, ficar mal-humorada e irritadiça.
Outros sintomas comuns são:
Ansiedade;
Desânimo e cansaço mental;
Dificuldade de concentração e esquecimento;
Tendência ao isolamento tanto social quanto familiar;
Apatia, desinteresse, falta de motivação, sentimento de medo, insegurança, desespero e
vazio;
Pessimismo, idéias de culpa, baixa auto-estima;
Crença de que falta sentido à sua vida, considerando-se inútil ou fracassada;
Idéias suicidas;
Manifestações comuns como cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo e
pressão no peito;
Alteração do apetite;
Redução da libido;
Alteração do sono (aumento ou diminuição).
Depressão – Tratamento
Resultados mais rápidos e eficazes quando o
psicólogo trabalha em parceria com o psiquiatra, o
que possibilita a combinação de psicoterapia com
medicamentos antidepressivos.
Os profissionais envolvidos no tratamento devem
informar os familiares e amigos de que apoio e
compreensão são fundamentais para a
recuperação do indivíduo deprimido. A família
pode contribuir com o sucesso do tratamento
incentivando o paciente a aderir e dar continuidade
ao tratamento, acompanhando-a nas consultas
quando necessário, se conscientizando e
procurando conscientizar o parente deprimido de
que os resultados podem demorar algum tempo,
mas serão positivos.
Antidepressivos
Os antidepressivos atuam diretamente no cérebro,
modificando e corrigindo a neurotransmissão em áreas do
sistema nervoso que regulam o estado do humor (o nível da
vitalidade, energia, interesse, emoções e a variação entre
alegria e tristeza), quando o humor está afetado
negativamente num grau significativo.
Há duas classes principais de fármacos usados na depressão:
1) inibidores dos transportadores das monoaminas (triciclicos):
amitriptilina, nortriptilina, clomipramina e imipramina
2) inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS):
fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram.
Antidepressivos
Estes fármacos funcionam aumentando as concentrações de
dopamina, noradrenalina e serotonina entre os neurônios
(sinapses). Deste modo aumenta a excitação nas vias cerebrais
cujos neurônios utilizam estes neurotransmissores, que são
aquelas relacionadas com o bem-estar emocional.
Apesar de já se saber algo sobre a etiologia da depressão, os
conhecimentos ainda são rudimentares, e a eficácia dos
fármacos foi estabelecida por estudos empíricos (tentativas) e
não tanto por conhecimento profundo das causas.
Esses medicamentos somente são vendidos com retenção da
receita médica.
Ansiedade
A ansiedade é um sinal de alerta,
que permite ao indivíduo ficar
atento a um perigo iminente e
tomar as medidas necessárias
para lidar com a ameaça.
Portanto é um sentimento útil.
Sem ela estaríamos vulneráveis
aos perigos e ao desconhecido. É
algo que está presente no
desenvolvimento normal do ser
humano, nas mudanças e nas
experiências novas e inéditas.
Como surge a ansiedade?
A
ansiedade
pode
surgir
repentinamente, como no pânico, ou
gradualmente, ao longo do tempo, que
pode variar de minutos a dias.
A duração da ansiedade pode variar de
alguns segundos a anos e sua
intensidade pode variar do muito leve ao
gravíssimo.
A ansiedade pode ser aumentada por
um sentimento de vergonha: "Os outros
notaram que estou nervoso". Alguns
ficam surpresos ao notarem que os
outros não perceberam sua ansiedade
ou não notaram a sua intensidade.
Como a ansiedade é normal?
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de
apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal
estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese
excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação
etc.
Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente.
Alguns
indivíduos
apresentam
apenas
sintomas
cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há
aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva.
A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois
componentes:
a consciência de sensações físicas, e
a consciência de estar nervoso ou amedrontado.
Quando a ansiedade é anormal?
A ansiedade anormal ou
patológica é uma resposta
inadequada a determinado
estímulo, em virtude de sua
intensidade ou duração.
Diferentemente da ansiedade
normal, a patológica paralisa o
indivíduo, traz prejuízo ao seu
bem
estar
e
ao
seu
desempenho e não permite
que ele se prepare e enfrente
as situações ameaçadoras.
Principais distúrbios de ansiedade
Os principais distúrbios de ansiedade
são:
ansiedade
generalizada,
ansiedade induzida por drogas ou
problemas médicos, ataque de
pânico, distúrbio do pânico, distúrbios
fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia
generalizada
etc.),
transtorno
obsessivo-compulsivo.
Ansiolíticos
Ansiolíticos (também conhecidos como tranquilizantes) são
drogas sintéticas usadas para diminuir a ansiedade e a
tensão. Em pequenas doses prescritas por médicos, não
causam danos físicos ou mentais. Afetam áreas do cérebro
que controlam a ansiedade e o estado de alerta relaxando os
músculos.
A depressão gradativa dose-dependente da função do SNC
constitui uma característica dos agentes sedativos-hipnóticos,
na seguinte ordem: sedação, hipnose, anestesia, efeitos sobre
a respiração/função cardiovascular e coma. Cada
medicamento difere na relação entre a dose e o grau de
depressão do SNC.
Ansiolíticos
São exemplos de Ansiolíticos: bromazepam, diazepam,
alprazolam, clonazepam.
Os ansiolíticos podem ser consumidos oralmente e com seringas
que só são usadas em hospitais para sedar um paciente.
Uma pessoa que usa ansiolíticos por um longo período pode
adquirir dependência do medicamento. Os ansiolíticos prejudicam
principalmente mulheres grávidas podendo causar má formação
do feto.
O efeito dos ansiolíticos é aumentado se consumido juntamente
com álcool.
Esses medicamentos somente são vendidos com retenção da
notificação de receita médica (tarja preta).
Epilepsia
Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro,
temporária e reversível, que produz manifestações motoras,
sensitivas, sensoriais e psíquicas. Para ser considerada
epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre,
fármacos ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas
diferentemente.
A epilepsia é conhecida desde a antiguidade e já foi associada
a fatores divinos e demoníacos. Independente do fator, no
entanto,
as
crises
epilépticas,
principalmente
as
generalizadas, sempre assustaram muito as pessoas que as
presenciam, fazendo com que o epiléptico tenha que
enfrentar, no decorrer de sua vida, um obstáculo difícil de
transpor: o de ser socialmente estigmatizado.
Epilepsia
Segundo o presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana,
Jesus Gómez-Placencia, em artigo publicado na revista Cérebro &
Mente, 75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18
anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior
que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o
diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento
adequado, e para que possam ser trabalhados os aspectos psicosociais relevantes para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar,
escolar e social.
"Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de
saúde pública, não somente por sua elevada incidência, mas também
pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, além do
sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na
maioria das vezes são injustificadas", afirma o neurologista, que
também é professor da Universidade de Guadalajara, no México.
Epilepsia
Os principais medicamentos utilizados são:
Fenobarbital,
Fenitoína,
Valproato,
Carbamazepina,
Depakine.
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