1. Familiarizando-se com o paganismo

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"Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem
procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus" (3 João 11).
Fiquei sabendo de uma festa de aniversário de uma pré-adolescente, filha de um
grã-fino da alta sociedade inglesa, em que o tema foi "a feitiçaria". "Chique, não é
mesmo?", sentenciavam alguns convidados.
Fiquei curioso e li mais sobre a matéria: muitos estavam fantasiados de
personagens de vários seriados de TV, que defendem a bruxaria, outros de monstros e,
claro, de Harry Potter e sua turma. Era tudo em um estilo elegante e havia até "zumbis".
Não, não, a festa não ocorreu em uma santería cubana, nem em um terreiro de
candomblé brasileiro e, tampouco, em uma casa de vodu haitiano. Esse fetichismo
infantil foi realizado em uma casa luxuosa em Londres, com direito até a manobrista à
porta para estacionar os carrões dos figurões que traziam seus filhos.
Hoje em dia, os feiticeiros estão presentes em inúmeros lugares: fantasiados nas
ladeiras da cidade de Olinda durante o carnaval, nas telinhas das TVs e nos protestos
globalizados pela paz mundial. Eles estão lá... muitas vezes tímidos freqüentadores de
covens (grupos de pessoas que estudam e praticam a bruxaria) em sítios distantes dos
centros urbanos. Outras vezes, exibidos e provocando aqueles que passam ao largo (com
a mesma desenvoltura das prostitutas do "Bairro da Luz Vermelha", em Amsterdã).
A visibilidade deles se traduz como um novo status social – o da "feitiçaria chique"!
Em nossos dias, fetiches marcam culturalmente a identidade dos nossos adolescentes,
mas afetam também suas vidas espirituais em pelo menos dois aspectos:
1. Familiarizando-se com o paganismo
Nossos adolescentes passaram a ser indiretamente apresentados ao ocultismo.
Por exemplo, no livro e no filme Harry Potter e A Pedra Filosofal, aparece um
cachorrão de três cabeças chamado "Fofo", que protege a entrada de uma câmara onde
está contida a pedra filosofal. Qualquer um pode até presentear crianças com esse
"Fofo" – ele está à venda, em pelúcia, em várias lojas nos shopping centers. As crianças
podem levá-lo para casa e até dormir com ele nas suas próprias camas.
Coincidência ou não, na mitologia grega somos apresentados a "Cerberus",
também um cachorrão de três cabeças que protege a entrada do Hades. Ambos, "Fofo" e
"Cerberus", ficam calmos ao som de música. Nossos adolescentes, quando estudarem
sobre "Cerberus", na mitologia grega, vão se lembrar do "Fofo" de Harry Potter.
"Cerberus", porém, mata pessoas e não é, de forma alguma, uma criatura agradável.
Chique? Claro que não. Tenebroso? Sim senhor!
A Bíblia nos adverte sobre o perigo de confundir o que é reto e luminoso com o
que é perverso e escuro: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem
da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por
amargo!" (Isaías 5.20).
A cultura adolescente está sendo bombardeada pela bruxaria.
2. Criando fantasias pagãs no imaginário das
adolescentes
A cultura adolescente está sendo bombardeada pela bruxaria. Antes mesmo de
surgir Harry Potter, elas já podiam assistir o filme Jovens Bruxas (1996). Ele tratava de
jovens bruxas colegiais que acabam brigando entre si – é a "boa" contra a "má"
bruxaria. Segundo a Bíblia, porém, bruxaria é sempre bruxaria, independente de ser
"boa" ou "má", e é algo que devemos evitar.
Se a adolescente possui televisão a cabo, aí mesmo é que ela pode ser
influenciada ou iniciada diariamente na feitiçaria e no modo de vida da wicca (nome
moderno da bruxaria). Há vários seriados onde as heroínas são bruxas adolescentes
bonitas e agradáveis: Sabrina, Aprendiz de Feiticeira; Charmed; Buffy, a CaçaVampiros, entre outros.
"Ser bruxa é chique e legal", fantasiam nossas adolescentes após assistirem tais
seriados. Muitas vezes querem imitá-las, procuram mudar de identidade para serem
mais aceitas pela sua turma, entusiasmam-se e passam a ler mais e a estudar com afinco
sobre a wicca. Ninguém precisa mais caçar bruxas, elas estão na nossa vizinhança e, às
vezes, na nossa própria família. Muitas crianças estão cegas e sendo iniciadas
prematuramente no paganismo através de filmes, jogos, modas, TV, internet e muitos
livros de incentivo à bruxaria.
Conclusão
Satanás é um vampiro da psique humana. Ele nos seduz, ilude e depois mata. Na
Bíblia Sagrada, feitiçaria é uma espiritualidade associada às obras da carne e jamais à
vida no Espírito. Lemos: "não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam"
(Gálatas 5.20-21).
Portanto, é das mentes dos nossos adolescentes que o inimigo quer se apossar. O
Diabo quer desestabilizar a lucidez espiritual dos nossos jovens e plantar nas mentes
mais frágeis o interesse, ainda que aparentemente ingênuo, pela "chiquérrima"
espiritualidade wiccana.
Assim sendo, cientes de que nossos filhos podem estar sendo indiretamente
aprendizes de feiticeiros e que estamos vendo uma nova geração de cananeus chiques
surgindo no planeta, não temos tempo a perder!
Inculquemos nas nossas mentes e nas dos nossos filhos o amor genuíno por Deus
e, "finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se
alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe os vosso
pensamento" (Filipenses 4.8)
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