ACORDO NUCLEAR IRANIANO O que é? • Programa lançado já na década de 1950; • Ajuda dos EUA com o programa Átomos para a Paz, sendo a “primeira iniciativa de políticas de desenvolvimento da tecnologia nuclear voltada exclusivamente para fins pacíficos”; • Até a Revolução Islâmica de 1979, o governo dos EUA apoiou os planos do Irã de ter acesso à tecnologia nuclear para fins pacíficos; • Pós-Revolução: o governo do Irã abandonou temporariamente o programa, mas acabou por voltar a lançálo, embora com menor assistência ocidental; • O programa atual: administrado pela Organização de Energia Atômica do Irã, inclui diversos centros de pesquisa, uma mina de urânio, um reator nuclear e instalações de processamento de urânio que incluem uma central de enriquecimento. Histórico e conflitos • 03 de abril de 2015: Barack Obama anuncia um “entendimento histórico”. • Negociações em Genebra: Irã e as potências do P5+1; • 12 anos desde as primeiras negociações; • 1990: acordo de cooperação técnica com a China, voltado para o treinamento de engenheiros nucleares; • Lógica geopolítica na ambição nuclear iraniana: • IRÃ persa e xiita [é uma seita do Islamismo, que significa "partidários de Ali". Os xiitas consideram Ali (o primo e genro do profeta Maomé) o sucessor legítimo da autoridade islâmica. A seita xiita considera ilegítimo os sunitas, outra seita do Islã, que assumiram a liderança da comunidade muçulmana, após a morte de Maomé] Histórico e conflitos • Está encrava em região majoritariamente árabe e sunita: • SUNITAS são os povos seguidores do Islamismo, conhecidos como “Povo do Suna e da Coletividade”. O nome deriva do fato de afirmarem seguir o “Suna”, ou “Caminho Percorrido” (nome dado às palavras e atos de Maomé e seus primeiros seguidores), e também por afirmarem seguir os caminhos da coletividade de muçulmanos. Histórico e conflitos • Israel, principal inimigo regional, é aliado dos EUA e possui um arsenal nuclear plenamente operacional; • Arábia Saudita, Turquia e Egito, potências regionais sunitas: aliados de Washington; • Irã nuclearizado: representaria um desafio intolerável à segurança internacional; • Regime xiita prega a destruição do Estado de Israel; • Potencial ameaça é levada a sério entre os israelenses – “bomba persa”; • Como evitar a proliferação nuclear na Turquia, Arábia Saudita e no Egito? • Acordo: não encerra o programa nuclear, prevê a redução; Negociações e mediações • AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica]: monitorará as atividades nucleares no Irã; • Sanções ao Irã [ONU, norte-americanas, europeias] serão suspensas em etapas; • Acordo deixaria o Irã a um ano de distância da bomba; • Com o conjunto de ações o Irã beneficia-se na questão econômica e de maior liberdade de ação na arena geopolítica do Oriente Médio; • EUA: enfrentou oposição externa e interna; • Primeiro-ministro de Israel condenou o acordo, além dos sauditas; Negociações e mediações • Para os EUA, Estado Islâmico (Isis) compõe a principal ameaça aos vestígios remanescentes da ordem regional; • Acordo nuclear com o Irã é a alternativa escolhida por Obama para evitar o desmoronamento da ordem geopolítica em toda a região; • Hipótese de nova incursão de forças terrestres norteamericanas no Oriente Médio não está no horizonte de Obama; • Arábia Saudita, Turquia e Egito: temem mais o Irã que o Isis; Representantes durante o anúncio de conclusão das negociações sobre o programa nuclear (14 de julho de 2015).