“Interfaces, desafios e inovações” Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas Crescimento e produção de serralha (Sonchus oleraceus L.) submetidas a diferentes doses nitrogenadas Alessandro A. P. da Silva¹, Carine G. M. Silva¹, Yesenia M. Garcia¹, Matheus P. Campos¹ 1 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, [email protected] A serralha (Sonchus oleraceus L.) é classificada como hortaliça não convencional, consumida em diversas regiões do Brasil e do mundo. A recomendação de doses exatas e aplicação na época mais adequada para o melhor aproveitamento do nitrogênio pelas culturas e a redução das perdas são um dos maiores desafios da atualidade. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de doses de nitrogênio no crescimento e produção de biomassa de serralha. O experimento foi conduzido em vaso sob casa de vegetação, sem sistema de irrigação instalado, em ambiente sem controle de temperatura e umidade relativa do ar, durante o período de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, a 918 m de altitude nas coordenadas geográficas de 21°22’ S e 44°15’ W. A serralha foi cultivada em vasos com capacidade de 4 dm-3, utilizando um solo tipo Latossolo Vermelho Distrófico (LVdf), de textura argilosa, o qual foi coletado, seco e peneirado. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualisado (DIC), constituído por seis diferentes doses de N (0, 100, 200, 300, 400 e 500 mg.dm-3), 4 repetições, totalizando 24 vasos. A fonte de nitrogênio utilizada foi a ureia, sendo esta parcelada em três vezes de acordo com os tratamentos para a aplicação em cada vaso. Aos 40 dias após a semeadura foi feito o desbaste deixando duas plantas por vaso. Ao longo da condução do experimento quando as plantas emitiam o botão floral, estes eram retirados evitando que a serralha cessasse seu crescimento vegetativo devido ao florescimento. Na adubação de semeadura foram fornecidos em todos os vasos 150 e 80 mg.dm-3, respectivamente, de P e K. As doses de N foram parceladas na semeadura e em mais duas adubações de cobertura, em todos os tratamentos, aos 15 e 35 DAS, respectivamente. Aos 42, 53, 63 e 74 DAS procedeu-se as avaliações de altura de plantas (cm) e contagem do número de folhas. Realizou-se a colheita das plantas aos 80 DAS, o material foi separado em caule e folhas e pesados para obtenção da massa verde (MV), em g. As amostras foram secas em estufa de circulação forçada a 65 °C, e ao atingir o peso constante obteve-se, em g, a massa seca (MS). Os dados obtidos para crescimento e produção de biomassa foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (α = 5%). Foi realizada a análise de variância, e posteriormente a análise de regressão, ajustando-se as equações aos dados obtidos (α = 5%), selecionando o modelo com melhor ajuste (maior R²). As análises estatísticas evidenciaram que não houve interação entre os fatores dose e época para as variáveis altura de plantas (AP) e número de folhas (NF). Avaliando separadamente o fator época, o NF e a AP, foram crescentes em todas as épocas avaliadas, obtendo a altura máxima de 87,5 cm e aproximadamente 25,02 folhas completamente expandidas, na 4ª época de avaliação. A maior produção de folhas está diretamente relacionada a quantidade de N fornecida a planta, pois a restrição deste nutriente não limita apenas o tamanho, mas também o número de folhas emitidas. A produção de massa seca foliar (MSF) e massa verde foliar (MVF) apresentaram respostas quadráticas às doses de N. Para massa seca do caule (MSC), massa verde do caule (MVC), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa verde da parte aérea (MVPA) houveram ajustes quadráticos em função das doses de N, com valores máximos até a dose de 400 mg.dm3 . Portanto, visando a comercialização desta espécie, quanto maior for sua MVF, maior valor comercial terá. Neste presente estudo, a dose que proporcionou maior MVF e MSF foi a de 300 md.dm-3. O aumento da massa foliar pode ser explicado pelo ajuste linear crescente obtido para NF, ao longo das épocas, independentemente da dose de ureia aplicada. O mesmo pode ser compreendido para o aumento da massa do caule e da parte aérea, referindo-se ao crescimento em AP de serralha ao longo do tempo, independentemente da dose nitrogenada no solo. O cultivo na dose de 300 mg.dm-3 de N proporciona maiores massa verde e seca foliar. Palavras-chave: hortaliças não convencionais; produtividade; teor de N. Agradecimentos: DCS, UFLA. Organização: Apoio: