Terapia gênica na Doença de Parkinson: Futuras Perspectivas Daniel Allen Queiroz Rocha, Ana Maria Castro Ferreira, Maria Gabriela Araújo Mendes, Lucas Arruda Moita, Bárbara Pereira Brito, Eliezer Ferreira Pereira Júnior, Alexandre Caldas Costa, Vanessa Áurea Carvalho da Silva, Verônica Luz Silva Duarte, Valécia Natália Carvalho da Silva Introdução: A doença de Parkinson (DP) é de natureza neurodegenerativa, progressiva e crônica. É caracterizada por disfunções motoras, como tremor, rigidez, movimentos involuntários, e outros. Seu desenvolvimento é devido ao acometimento do sistema nervoso central através do desgaste dos neurônios dopaminérgicos, localizados na região cerebral conhecida como substância negra. Essas células nervosas são responsáveis pela produção de um neurotransmissor, a dopamina (DA). Esse tem como uma das principais funções ao se ligar ao receptor, o movimento, além de atuar no sistema de recompensa, no humor e na aprendizagem. Por apresentar uma baixa concentração desse neurotransmissor, a terapia para os pacientes é a administração de L-dopa, que é o precursor da dopamina, que por via oral faz com que haja a produção de DA que a longo prazo provoca toxicidade. Uma das alternativas terapêuticas consiste em uma injeção que prevê melhorias dos sintomas e menor toxicidade ao paciente, minimizando os efeitos colaterais. O objetivo é produzir fármacos que não apresentem efeitos colaterais a longo prazo, que não dessensibilizem os receptores rapidamente e que tenha uma maior biodisponibilidade para a produção de DA. Materiais e Métodos: Realizou-se um levantamento bibliográfico nas bases de dados: Science Direct, Google Acadêmico e a revista The Lancet. Como descritivos "dopamina? e "biotecnologia?, entre 2010 e 2015. Resultados e Discussão: A implantação de pesquisas sobre novos fármacos para o tratamento de doença de Parkinson surgiu após ser observados que a L-dopa administrada via oral em longo prazo perdia sua eficiência na conversão em dopamina e que não se apresentava mais eficaz em casos avançados da doença, além de estudos recentes relatarem casos de alucinações visuais. A injeção consiste na aplicação de vetores lentivirais, que são retrovírus capazes de atravessar a membrana nas células sem causar danos e alterar sua expressão gênica, com o intuito de que esses vetores possam induzir as células a produzirem a quantidade de dopamina que antes estava escassa devido à degeneração celular decorrente, na qual a causa do desgaste, não é conhecida. Porém, os lentivírus não vão fazer com que as células desgastadas voltem a funcionar, e sim que outras façam o papel de produtoras. A injeção é aplicada na região do striatum e atua em três genes responsáveis pela produção do neurotransmissor e que controlam _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=470" o movimento. Com essa técnica de terapia gênica foi observado uma melhora nos sintomas e uma menor quantidade de efeitos colaterais a longo prazo já que a intenção do fármaco é que tenha uma duração de meses a anos, diferente da L-dopa por via oral usada diariamente. Conclusão: Observou-se que a biotecnologia e a terapia gênica estão atuando em conjunto para a produção de novos fármacos para doença de Parkinson, visando melhorias quanto à toxicidade desses comumente administrados. Isso mostra que, mesmo no início, estes estudos já são uma alternativa significativa, chamando atenção para progressão de novos alvos terapêuticos. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=470"