Exercı́cios de Análise Funcional 2o Semestre 2011/2012 Prof. Paulo R. Pinto http://www.math.ist.utl.pt/∼ppinto/ Conteúdo 0 Exemplos de espaços lineares 1 1 Espaços métricos e espaços normados 1 2 Espaços de Banach 2 3 Espaços de Hilbert 5 4 Teoria de Operadores 8 5 Álgebras de Operadores 9 0 Exemplos de espaços lineares 0.1 Seja X um espaço linear de dimensão finita. Mostre que o operador linear canónico φ : X → X ?? é bijectivo (injectivo e sobrejectivo). 0.2 Mostre as seguintes inclusões enquanto subespaços lineares, com a medida de Lebesgue em I = [0, 1] e: Pn (I) P(I) C ∞ [0, 1] c00 l1 C 1 (I) c0 c L∞ (I) C(I) l∞ s, l1 Lq (I) lp Lp (I) lq L1 (I) F, l∞ com 1 ≤ p ≤ q ≤ ∞, ilustrando que são estritas (com exemplos). 0.3 a) Verifique que dado x ∈ c, existe y ∈ c0 e um escalar λ tais que x = y + λ(1, 1, ..., 1, ...), verifique que c = c0 ⊕ c1 , onde c1 = h(1, 1, ..., 1, ...)i designa o subespaço linear de c gerado pelo vector (1, 1, ..., 1, ...). b) Calcule dim(c/c0 ). 1 Espaços métricos e espaços normados 1.1 Seja (X, || · ||) um espaço normado. Dados x ∈ X e r > 0, mostre que B(x, r) = x + rB(0, 1). 1 1.2 Esboce em R2 cada um os conjuntos: B1 (0, 1) = {x ∈ R2 : ||x||1 ≤ 1}, B2 (0, 1) = {x ∈ R2 : ||x||2 ≤ 1} e B∞ (0, 1) = {x ∈ R2 : ||x||∞ ≤ 1}. 1.3 Sejam (X, dX ) e (Y, dY ) espaços métricos e para x = (x1 , y1 ), y = (x2 , y2 ) ∈ X × Y considere d1 , d2 e d3 definidas como se segue: d1 (x, y)) = dX (x1 , x2 ) + dY (y1 , y2 ), d2 (x, y) = max{dX (x1 , x2 ), dY (y1 , y2 )}, p d3 (x, y) = dX (x1 , x2 )2 + dY (y1 , y2 )2 . a) Prove que d1 , d2 e d3 são métrcas em X × Y . b) Prove que d2 (x, y) ≤ d3 (x, y) ≤ d1 (x, y) ≤ 2d2 (x, y). 1.4 Seja (X, d) um espaço métrico. Prove a desigualdade quadrangular: |d(x, y) − d(a, b)| ≤ d(x, a) + d(y, b). 1.5 Seja (X, d) um espaço métrico. Prove que d(x, y) := d(x,y) 1+d(x,y) define uma métrica em X. 1.6 a) Seja X um espaço normado. Prove que a bola B(0, 1) é um conjunto convexo. R1 b) Para 0 < p < 1 considere Lp [0, 1] = {f : 0 |f (t)|p dt < ∞}. Mostre que Lp [0, 1] é espaço R1 linear métrico, usando a seguinte distânica d(f, g) = 0 |f − g|p dt. c) Verifique se a bola B(0, 1) é um conjunto convexo, em Lp [0, 1]. d) Será que esta métrica de Lp provêm de alguma norma? 1.7 Seja X um espaço linear. Mostre que podemos sempre munir X de uma norma. 1.8 Considere o conjunto X =]0, 1[ munido com a métrica usual d(x, y) = |x − y|. Mostre que a sucessão (xn ) definida por xn = 1/n é de Cauchy em X; no entanto, X não é um espaço métrico completo. Qual é o espaço completado de X? 2 Espaços de Banach 2.1 Num espaço normado, prove que | ||x|| − ||y|| | ≤ ||x − y||. Conclua que xn → x =⇒ ||xn || → ||x||. 2.2 Mostre que todo o espaço linear X tem uma estrutura de espaço normado. 2.3 Prove que para x ∈ Kn temos ||x||∞ ≤ ||x||2 ≤ ||x||1 ≤ √ n||x||2 ≤ n||x||∞ . 2.4 Seja (X, || · ||) um espaço normado e (xn ) uma sucessão de Cauchy em X. Prove que se (xn ) tem um subsucessão convergente, então (xn ) é convergente. 2 R2 |f (t)|dt define uma norma 2] não é em C[0, 2]. Mostre que C[0, 1 0 se t ∈ [0, 1 − ] n nt − n + 1 se t ∈ (1 − n1 , 1] um espaço de Banach. Sug.: use a secessão fn (t) = 1 se t ∈ [1, 2] 2.5 Mostre que ||f || = 0 2.6 Seja X um espaço normado. Prove que X é um espaço de Banach sse toda a sucessão de Cauchy em S1 = {x ∈ X : ||x|| = 1} é convergente. 2.7 Prove que o espaço das sucessões convergentes c0 é separável. 2.8 Prove que em C[0, 1] a norma || · ||∞ não é equivalente a nenhuma norma || · ||p . 2.9 Prove que (C[0, 1], || · ||∞ ) é um espaço separável. 2.10 Seja ω1 , ..., ωn ∈ R+ . Prove que para p = 1, 2 ou ∞, ||x||w,p := n X wi |xi |p 1/p (se p = 1, 2), ||x||w,∞ := max1≤i≤n |wi xi | i=i definem normas em Kn . Se Pn i=1 wi = 1 prove que ||x||w,1 ≤ ||x||w,2 ≤ ||x||w,∞ . 2.11 Cada matriz A ∈ Mn×m (K) define naturalmente uma operador linear A de Km em Kn por multiplicação pela matriz. a) Calcule ||A|| se fixarmos a norma || · ||∞ em Km e Kn . b) Calcule ||A|| se fixarmos a norma || · ||1 em Km e Kn . c) Se fixarmos a norma || · ||2 em Km e Kn , então mostre que 2 ||A|| ≤ ( n X m X |aij |2 ) = tr(A∗ A). i=1 j=i 2.12 Considere C[0, 1] com a norma do supremo || · ||∞ , e seja P o espaço dos polinómios equipado com a norma ||f ||d := ||f ||∞ +||f 0 ||∞ . Seja D : P → C[0, 1] definida por D(f ) = f 0 . Prove que ||D|| = 1. Será que ||f || := ||f 0 ||∞ define uma norma em P ? 2.13 Seja κ : [a, b] × [a, b] → R função contı́nua. Prove que Z b (T f )(t) = κ(t, s)f (s)ds a define um operador limitado T ∈ L(C[a, b]). 2.14 Seja y ∈ l1 e T : l1 → l1 definida por T (x) = z onde zn = yn xn . Mostre que T ∈ L(l1 ) e calcule ||T ||. 2.15 Sejam X1 , X2 espaços de Banach e T ∈ L(X1 , X2 ). Prove que R : X1 /ker(T ) → X2 dado por R x + ker(T ) = T (x) está bem definido e é injectivo. Prove que R ∈ L(X1 /ker(T ), X2 ). 3 2.16 Prove que a bola unitária B(0, 1) de lp não é compacta, para p = 1, 2 ou ∞. P 2.17 Para cada a = (an ) ∈ l1 seja φa o funcional linear de c0 definido por φa (x) = n an xn . Prove que a → φa é um isomorfismo isométrico entre l1 sobre (c0 )∗ , e portanto l1 ' (c0 )∗ . 2.18 Sejam X1 , X2 espaços de Banach e seja T : X1 → X2 um operador linear. Prove que T é contı́nuo se φ ◦ T é contı́nuo para todos φ ∈ X2∗ . 2.19 Prove ||(x, y)|| = ||x||X + ||y||Y define uma norma em X × Y , onde || · ||X é uma norma de X e || · ||Y uma norma em Y . Prove que se X e Y são de Banach então X × Y també o é. 2.20 Sejam (X, || · ||X ) e (Y, || · ||Y ) dois espaços normados e T : X → Y um operador linear. a) Prove que ||x||T := ||x||X + ||T (x)||Y , x∈X define uma norma em X, e que T : (X, || · ||T ) → (Y, || · ||2 ) é uma contracção (e portanto limitada). b) Seja X = Y = c00 e T : c00 → c00 definida por T (x1 , x2 , ...) = (x1 , 2x2 , 3x3 , ...). Prove que T : (c00 , || · ||1 ) → (c00 , || · ||1 ) é um operador linear não limitado (onde || · ||1 é a norma l1 ), enquanto que T : (c00 , || · ||T ) → (c00 , || · ||1 ) é um operador linear com norma igual a 1. 2.21 Sejam X, Y espaços de Banach e T ∈ L(X, Y ). Seja T t : Y ∗ → X ∗ definido por T t (g) = g ◦ T para g ∈ Y ∗ . Prove que T t ∈ L(Y ∗ , X ∗ ) e ||T t || = ||T ||. 2.22 Seja T : C[0, 1] → C[0, 1] o operador (integral) de Volterra definido por Z t (T f )(t) = f (s) ds. 0 Determine Im(T ) e T −1 : im T → C[0, 1]. Será T −1 um operador contı́nuo? 2.23 Seja D : (C 1 [0, 1], || · ||∞ ) → (C[0, 1], || · ||∞ ) o operador de derivação D(f ) = f 0 . a) Prove que o gráfico de D é fechado. b) Seja fn (t) = tn . Calcule ||fn ||∞ e ||D(fn )||∞ e conclua que D não é um operador contı́nuo. c) Prove que (C 1 [0, 1], || · ||∞ ) não é um espaço de Banach. 2.24 Seja X um espaço vectorial e φ : X → K um funcional linear com φ 6= 0. a) Prove que X = {λx + y : y ∈ ker(φ), λ ∈ K}, para cada x 6∈ ker(φ). b) Prove que dist(0, φ−1 (λ)) = |λ|/||φ||. 2.25 Sejam X = C[0, 1] e t0 ∈ [0, 1]. Defina f, g : C[0, 1] → K pondo Z 1 f (x) = x(t) dt, g(x) = x(t0 ). 0 Mostre que f, g ∈ X ∗ . 4 2.26 Dado y ∈ l∞ seja T : l2 → l2 tal que T (x1 , x2 , ...) = (y1 x1 , y2 x2 , ...). Prove que T ∈ L(l2 ) calculando a respectiva norma. Mostre que T é invertı́vel com inverso T −1 operador limitado se e só se 0 6∈ {y1 , y2 , ...}. 2.27 Sejam (X, || · ||1 ) e (X, || · ||2 ) espaços de Banach tais que existe M : ||x||1 ≤ M ||x||2 . a) Prove que as duas normas || · ||1 e || · ||2 são equivalentes. b) Prove que se X for um espaço normado (não completo), então a) pode ser falso. 2.28 Considere o subespaço linear G = {(x, y) ∈ R2 : 2x − y = 0} de R2 munido com a norma Euclidiana e f : G → R definida por f (x, y) = x. Prove que g : R2 → R definida por g(x, y) = x/5 + 2y/5 é o único prolongamento de Hahn-Banach de f . 2.29 Seja G = {(xn ) : x1 = x3 = x5 = .... = 0} ⊂ l1 . Prove que qualquer funcional (não nulo) f : G → R tém infinitos prolongamentos de Hahn-Banach a l1 . 2.30 Seja x0 6= 0 um vector num espaço normado X. Prove que existe f ∈ X ∗ tal que ||f || = ||x0 ||−1 e f (x0 ) = 1. 2.31 a) Para 0 < p < 1 considere o espaço métrico completoR Lp [0, 1] das funções p1 intergráveis à Lebesgue em [0, 1], com a distânica d(f, g) = 0 |f − g|p dt. Prove que o dual é trivial (Lp [0, 1])∗ = {0}. b) Para 0 < p < 1 considere P o espaço métrico completo lp (N) das sucessões p-sumáveis, com a métrica d((xn ), (yn )) = n |xn − yn |p . Prove que (lp (N))∗ = l∞ (N). c) Verifique se a bola B(0, 1) é um conjunto convexo, em Lp [0, 1] ou lp (N). d) Será que a) ou b) contradizem o teorema(corolários) de Hahn-Banach?. 3 Espaços de Hilbert 3.1 Seja (H, h·, ·i) um espaço pré-Hilberteano e x, y, z ∈ H. Prove que a) ||z − x||2 + ||z − y||2 = 21 ||x − y||2 + 2||z − 12 (x + y)||2 (Lei de Apollonius). b) ||x||2 +||y||2 = ||x+y||2 −2||x|| ||y|| cos(](x, y)) se H for um espaço real (Lei dos cosenos). 3.2 Seja (H, h·, ·i) um espaço pré-Hilberteano e (xn ) uma sucessão em H. Prove que ||xn || → ||x||, hxn , xi → hx, xi 3.3 Seja 1 ≤ p ≤ ∞. Mostre que: 5 =⇒ xn → x. a) (lp , || · ||p ) é um espaço de Hilbert sse p = 2. b) (Lp [0, 1], || · ||p ) é um espaço de Hilbert sse p = 2. 3.4 Considere o espaço linear C[0, 1] e a funções f (t) = |t−1/2| e g(t) = 1/2−f (t). Verifique que ||f ||∞ = ||g||∞ = 1/2, ||f + g||∞ = 1, ||f − g||∞ = 1/2, ||f ||L1 = ||g||L1 = ||f − g||L1 = 1/4 e ||f + g||L1 = 1/2. Mostre que (C[0, 1], || · ||L1 ) nem (C[0, 1], || · ||L∞ ) é um espaço pré-Hilberteano. 3.5 a) Seja H um espaço pré-Hilberteano sobre C e T ∈ L(H) tal que hT (x), xi = 0, para todo x ∈ H. Prove que T = 0. b) Verifique que o resultado de a) é falso se H for um espaço pré-Hilberteano sobre os reais R. 3.6 Seja (xn ) uma sucessão num espaço de Hilbert H. Mostre que w xn − → x (top. fraca) se e só se hxn , yi → hx, yi para todo y ∈ H. 3.7 Seja H um espaço de Hilbert e T ∈ L(H), T ∗ ∈ L(H) o operador adjunto e T t ∈ L(H ∗ ) o operador transposto, onde H ∗ é o dual de H visto com espaço de Banach. Seja C : H → H ∗ o operador antilinear (i.e. C(αx + y) = αC(x) + C(y) com α ∈ K e x, y ∈ H) definido por y 7→ C(y), tal que C(y)(x) = hx, yi onde x, y ∈ H. Mostre que T t = CT ∗ C −1 . 3.8 Sejam H = l2 e M = c00 , verifique que M $ (M ⊥ )⊥ . O que falha para não termos a igualdade? 3.9 Seja M um subespaço linear fechado num espao̧ de Hilbert H. Mostre que cada φ ∈ M ∗ pode ser prolongado a funcional φ̃ ∈ H ∗ tal que ||φ|| = ||φ̃||, sem recorrer ao teorema de Hahn-Banach. 3.10 Seja o espaço de Hilbert H = L2 [−1, 1], f (t) = et e M = h{1, t, t2 }i o espaço gerado por {1, t, t2 }. Determine a aproximação óptima de f em M e calcule d(f, M ). 3.11 Para cada A ∈ Mn×n (R) simétrica e valores próprios positivos, considere o produto interno hu, viA em Rn dado por hu, viA := [ x1 · · · xn ] A y1 .. . , onde u = (x1 , ..., xn ), v = (y1 , ..., yn ). yn Em particular, hu, viI é o produto interno usual em Rn . a) Para cada A, prove que existe uma matriz invertı́vel S tal que hu, viA = hSu, SviI . b) Prove que hBu, viA = hu, A−1 B T AviA , para qualquer B ∈ Mn×n (R). c) Seja T ∈ L(Rn ) definida por T (u) = Bu onde B ∈ Mn×n (R). Qual é o operador adjunto T ∗ de T no espaço de Hilbert (Rn , h·, ·iA )? 6 d) Para n = 2, calcule ||T ||I e ||T ||A onde T (u) = 1 1 1 2 x1 . x2 3.12 Seja H um espaço de Hilbert e T ∈ L(H). Mostre que ||T T ∗ || = ||T ||2 . 3.13 Considere o espaço de Hilbert H = l2 . a) Sejam R e S os operadores de deslocamento em H definidos por: R(x1 , x2 , ....) = (0, x1 , x2 , 0, ...), L(x1 , x2 , ....) = (x2 , x3 , ....). Prove que R∗ = L. b) Dado (λn ) uma sucessão limitada, considere D : l2 → l2 definido por D(x1 , x2 , ...) = (λ1 x1 , λ2 x2 , ...). Prove que D está bem definido, que D ∈ L(l2 ) e que ||D|| = supn |λn |. Calcule D∗ . 3.14 Seja H um espao̧ de Hilbert e (Tn ) uma sucessão em L(H) tal que Tn → T (i.e. ||Tn − T || → 0). Prove que Tn∗ → T ∗ . Conclua que o limite de uma sucessão de operadores autoadjuntos é um operador autoadjunto. 3.15 Seja S = {xn : n ∈ N} um conjunto ortonormado num espaço de Hilbert H. a) Mostre que S é um conjunto de vectores linearmente independentes. b) Se S for um conjunto finito, prove P que M = hSi é um subespaço linear fechado em H. Mostre também que PM (x) = xi ∈S hx, xi ixi . 3.16 Considere o espaço de Hilbert Rn munido com o produto interno usual e seja {v1 , ..., vk } uma base para um subespaço linear M de Rn . Considerando a matriz A = v1 · · · vk cuja coluna i é dada pelo vector vi (i = 1, ..., k), mostre a matriz A(AT A)−1 AT é simétrica, idempotente e que PM (u) = A(AT A)−1 AT (u). 3.17 Para cada n ∈ N seja fn = (1, 1, ..., 1, 0, 0, ....) ∈ l2 . Aplique o processo de ortogonal| {z } n ização de Gram-Schmidt ao conjunto linearmente independente {fn : n ∈ N} e identifique o conjunto obtido {φn : n ∈ N}. Verifique se isto prova que c00 é denso em l2 para a norma || · ||2 . 3.18 Seja M um subespaço linear fechado num espaço de Hilbert H, P = PM a projecção ortogonal sobre M e T ∈ L(H). Mostre que M e M ⊥ são subespaços invariantes de T se e só se T P = P T . 3.19 Sejam P, Q ∈ L(H) projecções. Mostre que im Q ⊆ ker P = (im P )⊥ ⇐⇒ P Q = 0 ⇐⇒ P + Q é uma projecção. 7 4 Teoria de Operadores 4.1 Seja H um espaço de Hilbert de dimensão infinita e T ∈ L(H) um operador invertı́vel. Mostre que T, T −1 6∈ L0 (H). 4.2 Para cada sussecão (λn ) de reais positivos convergente seja T ∈ B(l2 ) definido por T (x1 , x2 , ..., xn , ...) = (λ1 x1 , λ2 x2 , ..., λn xn , ...). a) Se (λn ) ∈ c0 , mostre que T é compacto. b) Será T compacto se (λn ) ∈ l∞ ? 4.3 Seja T ∈ L(H) um operador limitado num espaço de Hilbert. Mostre que a) im (T )⊥ = ker T ∗ , ker(T ∗ ) = im (T ∗ ), ker(T ) = ker(T ∗ T ) e im (T ∗ ) = im (T ∗ T ). b) Existem R1 , R2 ∈ L(H) autoadjuntos tais que T = R1 + iR2 . 4.4 Seja k ∈ N e Lk , Rk ∈ L(l2 ) definidos por Lk (x1 , x2 , ..., xn , ...) = (xk+1 , xk+2 , ...), Rk (x1 , x2 , ..., xn , ...) = (0, ..., 0, x1 , x2 , ..., xn , ...). | {z } k Verifique se Lk e Rk são operadores de Fredholm e calcule os indı́ces ind(Lk ) e ind(Rk ). 4.5 Considere a equação integral de Fredholm em C[0, 1]: Z t f (t) − λ et−s f (s) ds = g(t), g ∈ C[0, 1]. 0 Resolva a equação para qualquer λ ∈ C tal que |λ| < 1. 4.6 Seja T ∈ L(H) e K ∈ L0 (H) onde H é um espaço de Hilbert satisfazendo T ∗ T = I + K. Mostre que a) dim(ker(T )) = dim(ker(I + K)) < ∞, b) T injectivo implica T ∗ sobrejectivo, c) Se T é normal e injectivo, então é invertı́vel em L(H). 4.7 Sejam A, B ∈ L(H) onde H is a Hilbert space. Mostre que a) σ(A2 ) = {µ2 : µ ∈ σ(A)}, b) σ(AB) ∪ {0} = σ(BA) ∪ {0}, c) AB − BA = I é uma equação impossı́vel em L(X). 4.8 Sejam H um espaço de Hilbert e T ∈ L(H). Mostre que: a) λ ∈ σr (T ) =⇒ λ ∈ σp (T ∗ ), b) se for autodajunto T = T ∗ =⇒ σr (T ) = ∅. 8 4.9 Seja P ∈ L(H) uma projecção (não nula). Mostre que ||P ||L(H) = 1, σ(P ) ⊆ {0, 1}. Qual é o espectro pontual, contı́nuo e residual de P ? 4.10 Considere T ∈ L(l2 ) definido por T (x1 , x2 , ..., xn , ...) = (0, x1 x2 xn−1 , , ..., , ...). 2 3 n Mostre que T é compacto, 0 ∈ σp (T ∗ ), σp (T ) = ∅. Será T normal (T T ∗ = T ∗ T )? 4.11 Sejam L, R ∈ L(l2 (N, C)) os operadores de deslocamento definidos por R(x1 , x2 , ...) = (0, x1 , x2 , ...), L(x1 , x2 , ...) = (x2 , x3 , ...). Mostre que σp (R) = ∅, σc (R) = {λ ∈ C : |λ| = 1}, σp (L) = {λ ∈ C : |λ| < 1}, σr (R) = {λ ∈ C : |λ| < 1}, σc (L) = {λ ∈ C : |λ| = 1}, σr (L) = ∅. 4.12 Em X = C ∞ ([0, 1], R) considere os seguintes operadores D(f (t)) = f 0 (t), T (f (t)) = tf (t) onde f ∈ X. a) Mostre que DT − T D = I. b) Calcule σ(D) e σ(T ). c) Será que se dim(X) < ∞ então existem T1 , T2 ∈ L(X) tais que T1 T2 − T2 T1 = I? 5 Álgebras de Operadores 5.1 Seja A uma álgebra normada e (xn ), (yn ) sucessões de Cauchy em A. Mostre que (xn yn ) também é uma sucessão de Cauchy. Além disso, prove que xn → x, yn → y =⇒ xn yn → xy. 5.2 Seja A = C[0, 1] a álgebra das funções contı́nua no intervalo [0, 1]. Determine σ(f ) para cada f ∈ A. 5.3 Seja A uma álgebra de Banach com unidade. Verifique a identidade (ab)n = a(ba)n−1 b para a, b ∈ A e n ∈ N. Mostre que rσ (ab) = rσ (ba). 5.4 Seja A uma álgebra comutativa com unidade. Mostre que a transformada de Gelfand b· : A → C(σA ) é uma isometria sse ||a2 || = ||a||2 para qualquer a ∈ A. n o λIn a 5.5 Considere a álgebra de Banach A = : λ ∈ C, a ∈ M (C) , onde In n×n 0I λI n n designa a matriz identidade n × n. a) Verifique que t = [ti,j ] −→ t∗ = [t̄2n+1−j,2n+1−i ] define uma involução ∗ em A. 9 b) Prove que não há nenhuma involução ∗ que torne A numa C*-álgebra. 5.6 Seja A uma álgebra de Banach involutiva tal que ||a∗ a|| ≥ ||a||2 . Mostre que A é uma C*-álgebra. 5.7 Considere o espaço de Banach (C 1 [0, 1], || · ||) onde ||f || = ||f ||∞ + ||f 0 ||∞ . a) Moste que C 1 [0, 1] é uma álgebra de Banach. b) Será C 1 [0, 1] uma C*-álgebra usando a involução f ∗ (t) = f (t). 5.8 Sejam A e B duas C*-álgebras e φ : A → B um homomorfismo-*. Mostre que φ é contı́nuo. 5.9 Sejam || · ||1 e || · ||2 duas normas numa álgebra-*, tal que A é uma C*-álgebra para cada norma. Mostre que || · ||1 = || · ||2 . 5.10 Mostre que em L(H), temos: ||·|| t.forte t.fraca xn −→ x =⇒ xn −−−→ x =⇒ xn −−−→ x. Ilustre com exemplos que as implicações ⇐ podem ser falsas. 5.11 Mostre que C[0, 1] e L0 (l2 ) são C*-álgebras, contudo, não são álgebras de von Neumann. 10