Seção Temática I: O mundo e as Relações Internacionais AÇÕES E ESTRATÉGIAS ENFRENTADAS PELO GOVERNO JK PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO1 Rafael Kabroski Rhayne Adle de Lima2 Faculdade Anglo-Americano, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil O plano de metas de Juscelino Kubitscheck (JK), com 31 metas, deu inicio ao seu slogan de “50 anos em 5”. Este trabalho buscou analisar o desenvolvimento brasileiro do período por meio de revisão de obras e conteúdos a respeito do tema. Dessa forma, observou-se que a política econômica implantada por JK foi fundamental para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro, bem como para o crescimento do país em diferentes segmentos, A base da economia do Brasil neste período era de monocultora, uma economia que passa a ser negativa para a economia brasileira, onde o país acaba se tornando dependente somente de um determinado produto. Uma vez que o preço cai no mercado internacional à demanda diminui, ou quando ocorre qualquer variável climática, a economia nacional tornava-se vulnerável. Um exemplo da situação de fragilidade de uma economia de monocultura pode ser facilmente observada no período colonial brasileiro (séculos XVI e XVII), onda toda a movimentação do Brasil Colônia concentrava-se na monocultura de canade-açúcar, o que a tornava suscetível as variações dos preços do produto, da demanda internacional e as intempéries climáticas. A meta de JK era fazer que o Brasil se industrializasse em curto prazo e, para que isso acontecesse, era necessário que o país deixasse de ser apenas uma economia de commodities e abrisse as portas para a industrialização, criando uma relação internacional e comercial a favor de seu interesse. Todavia, para tornar um país predominantemente rural e agrário em uma potência industrializada era necessário modernizá-lo, desenvolvendo infraestrutura de base. Durante seu mandato, JK apostou na opinião pública como um mecanismo de estabilidade, acreditando que com apoio popular conseguiria implantar o seu ousado Plano 1 Trabalho de Pesquisa desenvolvido sob a orientação da Prof. Ms. Patrícia Regina Cenci Queiroz. Acadêmicos do primeiro período de Relações Internacionais da Faculdade Anglo-Americano. E-mail de contato: [email protected]; [email protected] Seminário Científico Organizações, Tecnologia e Relações Internacionais, 2013. 2 Centro Universitário UDC, Faculdade Anglo-Americano, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. de Metas. De acordo com Oliveira (s.d)3 estava claro que o governo de JK estava disposto a abrir mão do equilíbrio econômico para a modernização do país e o consequente desenvolvimento industrial brasileiro. Na lógica do plano de metas do governo JK, mesmo com um aumento anual de 23% e ampliação da dívida externa, o processo de desequilíbrio iria ajustar-se na medida em que a economia brasileira se dinamizasse. Neste ponto inicial do crescimento da economia do governo de JK houve corrupção e arrocho salarial devido às construções faraônicas. Mas ainda assim, o governo de JK foi extremamente importante para o desenvolvimento do Brasil, pois nele houve a modernização industrial e o desenvolvimento de diferentes segmentos da sociedade. A partir de 1958 percebe-se uma retração do PNB brasileiro, surgindo resultados negativos, a dívida externa do país havia dobrado, o déficit na balança comercial tornou-se motivo de preocupação, inclusive entre os investidores estrangeiros, o que acabou aumentando a inflação da moeda nacional. Na sequência dos acontecimentos e do agravo econômico, ocorreram uma sucessão de greves pelo aumento do custo de vida, além do aumento da divida externa brasileira. Com todos esses problemas, o Brasil recebe algumas exigências do FMI, entre as quais: contenção dos salários, desaquecimento da economia, cortes nos gastos públicos e redução da inflação para 6% ao ano. JK teve que concordar com essas imposições do FMI, o que acabou fragilizando o seu Plano de Metas. Por apostar em uma Política Econômica de risco e polêmica, o governo de JK teve que enfrentar as consequências econômicas de seu plano, que foram principalmente: os grandes empréstimos no exterior; hiper-inflação; aumento da dívida pública; arrochos salariais; greves, etc. PALAVRAS-CHAVE: plano de metas; governo JK; política econômica. 3 OLIVEIRA, Lucia Lippi. A construção de Brasília. In: O Brasil de JK. Rio de Janeiro: (CPDOC/FGV) Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/Construcao>. Acessado em: 01 jun. 2013. Seminário Científico Organizações, Tecnologia e Relações Internacionais, 2013. Centro Universitário UDC, Faculdade Anglo-Americano, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.