<> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES <> <> <> Andréa da Costa Carius <> <> <> Jorge Vieira Orientador Rio de Janeiro 2011 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES <> <> <> < Trabalho de conclusão de Pós- Graduação lato sensu em Especialização em Marketing, apresentado à Universidade Candido Mendes, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Marketing. 1 2 AGRADECIMENTOS .... Ao meu marido, Rogério Cavalcante, companheiro e amigo de todas Elisangela as & horas;as amigas: Glauceane,... que estiveram comigo em momentos difíceis me conduzindo a um mundo melhor e a sentimentos melhores. 2 3 DEDICATÓRIA ..... Dedico e agradeço a conclusão deste trabalho a minha mãe querida. Mãe amada e guerreira! 3 4 RESUMO O objetivo deste trabalho é identificar as formas de atendimento e fidelização em estratégias utilizadas no comércio varejista. Pequenas empresas podem se manter no mercado e competir com as grandes, porém, com foco na qualidade do atendimento. O marketing de relacionamento lida com a identificação e atendimento das necessidades humanas, sociais e relacionais. Neste trabalho, conheceremos teorias, instrumentos e estratégias voltadas para fidelização. Clientes não buscam apenas preço baixo e qualidade no atendimento, mas desburocratização, crédito, e motivação para comprar. 4 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO........ ................................................................................................... 01 CAPÍTULO I - AS PRÁTICAS DO MARKETING ........................................................ 04 1.1 – Origem do marketing ................................................................................. 09 1.2 – A função do marketing nas organizações................................................. 11 1.3 – Mudanças no mercado .............................................................................. 13 1.4 – Desafios do marketing no mercado ........................................................... 15 1.5 – Princípios do marketing ............................................................................. 16 1.6 – Conceitos fundamentais do marketing ...................................................... 18 CAPÍTULO II - MARKETING DE RELACIONAMENTO ............................................. 21 2.1 – Marketing, a evolução para abordagem relacional .................................... 22 2.2 – Marketing transacional X marketing de relacionamento ............................ 25 2.3 – Estratégia do marketing de relacionamento .............................................. 25 2.4 – Conceito de marketing de relacionamento ................................................ 28 CAPÍTULO III - O COMPORTAMENTO DO CLIENTE E O PROCESSO DE FIDELIZAÇÃO ........................................................................................................... 29 3.1 – A influência das pesquisas sobre Relações Humanas e o comportamento do cliente no processo de consumo ................................................. 29 3.2 – As diversas abordagens teóricas atuais relativas ao comportamento do consumidor ........................................................................................................... 35 3.3 – As tendências gerais na linha de pesquisa sobre o comportamento do consumidor e fidelização no Brasil ............................................................................. 43 CAPÍTULO IV - ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS QUE GARANTEM O DIFERENCIAL NO ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................... 47 4.1 – Os principais instrumentos e ações de fidelização .................................... 47 4.1.1 – Estratégias de análise da tipologia dos consumidores ................... 47 4.1.2 – A importância da informação .......................................................... 50 4.1.3 – Planejamento estratégico setorizado ............................................. 52 4.1.4 – As ferramentas do CRM: instrumentos de estratégia organizacional ...........63 4.4.1.1 – Internet e Correio Eletrônico................................................ 63 4.1.4.2 – E-Businness ........................................................................ 65 4.1.4.3 – Business Intelligence (BI) e Inteligência de Negócios (IN) .. 66 4.1.4.4 – Data Mining ......................................................................... 67 4.1.4.5 –Os tipos de ferramentas do CRM: Criando relacionamentos melhores.................................................................... ........68 41.5 – A estratégia do bom serviço ao cliente em processos de Fidelização................................................................................ .......... 72 4.1.6 – Segmentação de mercado para atender com qualidade e Diferencial............. ............................................................................. 76 4.1.7 – As estratégias de marketing relacional com clientes .............. 78 4.1.8 – A visão estratégica orientada para o serviço de atendimento .................................................................................. 93 4.1.9 – Treinamento de pessoal para a qualidade no atendimento ao cliente... ........................................................................................ 94 5 6 4.1.10 – Qualidade departamental.. ........................................................... 99 4.1.11 – A pesquisa de mercado e segmentação: estratégias para conhecer o cliente..... ................................................................................. 99 4.2 – O feedback no atendimento a clientes ............................................ 109 CAPÍTULO V - METODLOGIA DA PESQUISA ........................................................ 111 CAPÍTULO VI - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................. 112 CONCLUSÃO........................................................................................................... 114 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 116 6 1 INTRODUÇÃO A economia atual passou por muitas transformações que mudaram a dinâmica interna das empresas, exigindo uma nova conjuntura administrativa voltada para as estratégias e mudanças organizacionais. Para compreender as formas de atuar em mercado sempre mutante e exigente, os administradores mais notáveis foram buscar a fundamentação nas modernas teorias científicas que apontam meios teóricos de compreender o comportamento do consumo e dos clientes. Esse processo envolve a capacidade de compreender o comportamento do cliente, sob os diversos enfoques baseados nas teorias psicológicas que fundamentam as teorias organizacionais. Pode-se comprovar através dos estudos de Oyakawa (1998); Pilares (1989); Giglio (2002); Kotler (1992) e Dowbor (2000) sobre o comportamento do consumidor e formas de compreender as relações psicológicas que levam um indivíduo à compra de um produto. As teorias do século XIX, ainda influenciam as modernas tendências sobre o comportamento do consumidor. As grandes organizações que tem por finalidade a fidelização de clientes empreendem pesquisas empíricas de mercado, sob os pressupostos das teorias do comportamento do consumidor. As explicações teóricas buscadas pelos empreendedores nas análises teóricas sobre o comportamento do consumidor podem ajudar nas decisões sobre marketing e outras formas de aplicação de estratégias para garantir a competitividade empresarial. Giglio (2002) considera que “fidelizar clientes consiste em manter com eles uma relação comercial intensa e duradoura, o que só se consegue se formos capazes de satisfazer as suas necessidades de produtos e serviços, de forma vantajosa para ambas às partes”. Portanto, a fidelização implica uma relação de 1 2 confiança muito forte entre a empresa e o cliente. A fidelização na área de vendas de produtos e serviços, atualmente tem a necessidade de aquisição de novas competências para o atendimento qualitativo ao cliente, em um ambiente de mudanças que tem obrigado as organizações a uma revisão de parâmetros de gestão administrativa ou gerencial. Atualmente, as empresas que estão imbuídas no foco de empenho na utilização de instrumentos e ferramentas de fidelização com foco no cliente, buscam uma variedade de estratégias para assegurar uma relação intensa e duradoura como cliente. Para Pilares (1989) “a fidelização se relaciona basicamente à capacidade de satisfazer as necessidades do cliente de produtos e serviços, de forma vantajosa para ambas às partes. A fidelização implica uma relação de confiança entre a empresa e o consumidor”. As estratégias de fidelização de consumidores têm se constituído do gerenciamento de relacionamentos por meios de instrumentos de marketing, gerenciamento estratégico de preços, promoções, e segmentação de mercado. Essas estratégias atuais objetivam a criação de técnicas focados nos produtos e no atendimento relacional especializado e personificados. . O objetivo desta pesquisa é identificar as formas de atendimento diferencial na inter-relação entre preço e produto, a partir de estratégias na fidelização de clientes. Pretende-se analisar as estratégias utilizadas no comércio varejista na atuação de mercado com a clientela. Assim, como os instrumentos utilizados para o processo de fidelização e caracterização de posturas diferenciadas, envolvendo as habilidades técnicas e operacionais. Justifica-se a realização desse estudo com base no pressupostos de que as empresas podem se manter no mercado e competir com as grandes empresas, certamente necessitam de métodos de estratégias e instrumentos com foco no cliente e na qualidade do atendimento. E todas essas estratégias exigem o conhecimento do comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades 2 3 e gostos. A relevância do estudo se centra na importância destas pequenas empresas no relacionamento com o cliente, considerando-se a capacidade custobenefício do uso de estratégias adotadas na diferenciação em relação à concorrência no atendimento ao cliente. Neste contexto, o marketing de relacionamento lida com a identificação e o atendimento das necessidades humanas, sociais e relacionais. A motivação para pesquisar sobre o tema surgiu do desejo de conhecer as teorias, instrumentos e estratégias voltadas para atuação da empresa para a fidelização do cliente. O corpo da monografia é formado por seis capítulos e a conclusão. O primeiro capítulo apresenta uma visão teórica do marketing em geral e as teorias que explicam a tipologia. O segundo capitulo apresenta todos os conceitos e estratégias do marketing de relacionamento. O terceiro capítulo enfoca os instrumentos de fidelização de clientes, a partir do foco da pesquisa, marketing relacional, política de preços e qualidade, tecnologia (CRM), informações e outras estratégias importantes usadas pelas organizações atuais. O terceiro capítulo demonstra a metodologia da pesquisa e a representação gráfica dos percentuais que envolvem o universo de amostragem do estudo. O quarto capítulo tem como objetivo mostrar os instrumentos que garantem o diferencial no atendimento. O quinto capitulo mostra toda a metodologia de pesquisa e informações sobre a elaboração da pesquisa e por ultimo no sexto capitulo apresentamos a discussão sobre o material elaborado. 3 4 CAPÍTULO I AS PRATICAS DO MARKETING As práticas do marketing estão a nossa volta em todos os momentos da história das sociedades e organizações, pois sua função é identificar as necessidades e os desejos do consumidor, determinar quais os mercados-alvos que a organização pode melhor servir e planejar seus produtos e serviços. Sua principal meta é satisfazer o cliente de forma lucrativa e criar relacionamentos de valor com clientes. (KOTLER, 2000). Porém, muita gente pensa em marketing como propaganda e vendas, isto porque, diariamente somos bombardeados de comerciais através de televisão, anúncios em jornais, revistas, mala-direta e telemarketing, ou seja, tem sempre alguém tentando vender algo. Mas nas últimas décadas o ambiente em que vivemos vem mudando com freqüência e de forma intensiva, obrigando as organizações a buscarem novas metodologia e ferramentas para atingir seus objetivos. Essas mudanças e transformações tão velozes na economia mundial, onde produtos e serviços transcendem fronteiras, as empresas começaram a olhar para o marketing com mais seriedade, pois o ambiente ficou hipercompetitivo e um dos responsáveis para vencer esta guerra foi o marketing. Embora, este tipo de comercialização vem ocorrendo deste antes da Rota da Seda que ligou Xian e Roma. Somente, as grandes empresas pioneiras na prática do marketing, criando e desenvolvendo seus próprios princípios, lemas e slogans é que levaram vantagens neste ambiente competitivo, além de formarem alianças estratégicas e intensificarem as operações de produção e vendas com empresas estrangeiras européias e japonesas. 4 5 Destes relacionamentos, algumas empresas formaram alianças estratégica e/ou parcerias até mesmo com seus concorrentes. Como é o caso da Ford com a Nissan e Mazda - fabricação de veículos, General Eletric com SNECMA - fabricação de motores a jato e a Coca-Cola com Schuweps – que dirigem uma engarrafadora de refrigerantes, reduzindo os custos. Existem também pessoas que contribuíram muito para o marketing, no qual Peter Drucker se destaca com seu livro The Practice of Management e indica o caminho e enuncia os conceitos básicos. Souza, (1994) afirma que, todavia a gerência terá falhado se não produzir as mercadorias e serviços desejados pelo consumidor e por um preço que o consumidor esteja disposto a pagar, lançando a raiz do marketing: (...) Se desejarmos saber o que é um negócio, devemos começar pelo seu propósito. E esse propósito deve estar situado fora do negócio em si. Na verdade, deve estar situado na sociedade, uma vez que uma empresa é um órgão da sociedade. Existe apenas uma definição válida de propósito de uma empresa: criar um cliente ... É o cliente que determina o que vem a ser o negócio. Pois é o cliente, e só ele que, dispondo-se a pagar por um artigo ou serviço, convertem os recursos econômicos em riqueza, coisas em mercadorias. O que o negócio julga estar produzindo não é a importância primordial. Aquilo que o consumidor julga estar adquirindo, aquilo que ele considera como valor é que é decisivo – é o que determina o que é um negócio, o que ele produz e se progredirá ... O freguês é o alicerce da empresa e quem a mantêm viva. Só ele proporciona emprego. E é para suprir o freguês que a sociedade confia os meios produtores de riqueza às empresas.... O marketing é a função distinta, a função única da empresa. Uma empresa distingue-se de todas as 5 6 demais organizações humanas pelo fato de levar ao mercado um produto ou serviço... Assim, qualquer organização que se realizar pelo marketing, isto é, pela colocação de um produto ou serviço no mercado, será um negócio, uma empresa.(SOUZA, 1994, p. 20). Souza em seu trabalho elenca oito mandamentos do marketing: (...)Nem os resultados nem os recursos existem dentro da empresa. Ambos estão localizados fora; os resultados são obtidos pelo aproveitamento das oportunidades e não pela solução de problemas; para produzirem resultados, os recursos precisam ser destinados às oportunidades e não aos problemas; resultados econômicos são conquistados somente pela liderança e não apenas pela competência; qualquer posição de liderança é transitória e provavelmente de curta duração; o que existe está se tornando velho; o que existe tem probabilidade de ser distribuído de forma errada; e, a concentração representa a chave para resultados econômicos reais.( SOUZA, 1994,p.21) Dentro deste contexto, pode-se dizer que as práticas de marketing existem desde o Império Romano. Mas é na Igreja Católica que o marketing se institucionaliza utilizando-se de marca, logotipo e a correta comunicação auditiva para chamar os fiéis para as celebrações, principalmente na escolha da localização de suas Igrejas. No século XIX criam-se os atacados e varejos, surgindo às primeiras lojas de departamentos, máquinas de vender produtos em estações ferroviárias, os primeiros catálogos de vendas. Mas a revolução do marketing ocorre só no século 6 7 XX. Porém de toda a história do marketing, apenas um item merece nossa atenção que é o que denominamos de marketing um-a-um. Naquela época este tipo de marketing era simples e possível de se praticar, pois, os comerciantes conheciam o nome, o endereço e a preferência de seus clientes e quando chegava mercadoria que os clientes gostavam, era só mandar um garoto avisar. (FERREIRA, 2002). Nas décadas de 50 e 60 com o crescimento das cidades, a multiplicação de serviços e o surgimento da tecnologia, o marketing começou a ser substituído para comercialização, mercadologia. Somente em 1954 a palavra marketing se consagra com Peter Drucker ensina como sendo a função única e distinta das empresas. Nos anos que decorreram nestas décadas, as promoções, propagandas, vendas e distribuição dentro das organizações eram muito desorganizadas, as funções eram realizadas separadamente e a pesquisa e o desenvolvimento de produtos ficavam aos cuidados da produção. Empresas que enxergavam o marketing como função única e distinta da organização, foram algumas empresas americanas e conseguiam sobressair aos seus concorrentes. As empresas brasileiras visualizavam o marketing com certa cautela e timidez diante da força da palavra. Com a estruturação de distribuição na década de 70, surge o que chamamos de auto-serviço. Conseqüentemente multiplicam-se os supermercados, hipermercados nos grandes centros, surge novos shopping centers com grande margem de lucros. À medida que a distribuição e a comercialização crescem, tornam-se cada vez mais organizados e eficientes, revendas e assistência técnicas exclusiva ganham forças, dando origem ao que chamamos de sistema de franchising. Os investimentos em anúncios nas televisões e rádios eclodem com grande sucesso, poder e magnetismo. Neste mesmo período a segmentação e especialização começam a dar seus primeiros sinais. Diante destas transformações, a função do marketing torna-se necessário e começa a se organizar e integrar na organização, obtendo espaços nos organogramas das empresas. Entretanto, somente no início da década de 80 o marketing ao melhorar os processos de planejamento e ação das organizações, as empresas descobrem sua importância. Esta função eram 7 8 exclusiva do presidente da empresa ou principal executivo e para que o marketing obtenha resultado é necessário também que todos compartilhem do objetivo. (FERREIRA, 2002). A partir destas observações, análises e estudos, as empresas descobriram que possuem valor perante o consumidor e diante desta descoberta, a organização passou a preocupar-se em descobrir o que o consumidor pensa dela, cuidado ao se criar e conquistar uma imagem perante este consumidor, ou seja, as empresas começam a definir sua identidade corporativa para mostrar a esse público, investindo altos volumes em sua imagem, considerando que este é o maior entre todos os seus ativos. (SOUZA, 1994). A partir da década de 90 a prática do marketing na organização voltou aos primórdios, pois para vencer a concorrência, o conhecimento do cliente tornase imprescindível. Assim sendo, o marketing um a um, ou marketing customizado, hoje seja feito de modo mais estruturado, com uso de tecnologias como computador que está cada vez mais potente, rápida, capaz, barato e fácil passa a ser de vital importância para a sobrevivência da organização. Com a nova tecnologia, o mundo passa a conhecer o maximarketing que segundo Souza (1994, p. 32): "marketing de eficácia quase absoluta; um marketing sem desperdícios". As empresas denominam-no de marketing sem desperdícios, marcando também o reencontro histórico do marketing de melhor qualidade, marcado por tecnologia e recursos disponíveis, onde as empresas conhecem quais, onde se localizam e quais a preferências de seus clientes. Com a globalização de mercados que vem ocorrendo nos últimos anos, causam mudanças na visão de concorrência no mundo e devido à pressão competitiva, faz com que os executivos sintam necessidade e urgência competitiva em desenvolver produto, adquirir materiais, produção e marketing. Até tomar decisões drásticas como optar em deixar de produzir em seu país de origem, migrando sua produção para outros países onde a mão de obra e mais barata para reduzir os custos, como é o caso da Hoechst, empresa química alemã. 8 9 Este tipo de decisão vem se fortificando cada vez mais, pois a força competitiva, mudanças políticas e econômicas como a queda da União Soviética, o estabelecimento da União Européia, a desregularização e privatização de indústrias estatais, mercados emergentes do Leste Europeu, o rápido crescimento do mercado do Sudeste Asiático que estão ocorrendo no mundo nos últimos anos contribui e molda o ambiente de negócio global nos dia de hoje. 1.1 – Origens do marketing Marketing é uma expressão anglo-saxônica e deriva do latim "mercare", cuja definição é o ato de comercializar produtos na antiga Roma. A origem do marketing deu-se nos EUA, na década de 40 e segundo Cobra (2000) a história do marketing divide-se em quatro eras, que são: (...)A era da produção: Até meados de 1925 o marketing não existia, pois, a economia organizacional mais desenvolvida do Oeste Europeu e Estados Unidos Estada Unidos Estava voltada para produção, ou seja, naquela época praticamente tudo que produzia era vendido. Portanto, não havia necessidade em se preocupar com vendas. A era da venda: Entre 1925 até início dos anos 50, com o domínio das técnicas de produção, países desenvolvidos passaram a se preocupar com o excesso de produção, pois os consumidores passaram a resistir em comprar bens e serviços que não eram essenciais. Para subsidiar os vendedores, a organização começou a anunciar os seus produtos, principalmente as vendas a domicilio, tais como: aspiradores de pó, cosméticos Avon, carnê do Baú da felicidade, enciclopédia e vários outros produtos. Dando surgimento ao marketing. 9 10 A era do marketing: Com o fim da segunda guerra mundial, com a volta dos soldados, nascem muitas crianças, causando uma explosão na população denominada "baby boomer". Fato que contribui muito o mercado de fraldas, medicamentos, roupas, conseqüência, logo alimentos brinquedos, surge outra infantis, etc. Como população denominada teenagers – abrindo mercados para outros segmentos, tais como: aparelhos de som, roupas, comida e muitas outras variedades de produtos e serviços. A era do marketing digital: É a era em que os hábitos e costumes de comunicação e o consumo sofre uma grande revolução, pois com a Internet e o comércio eletrônico, o consumidor pode adquirir tudo que necessita através do computador, tais como: serviços de turismo, compras mensais de supermercado, roupas, equipamentos eletrônicos, livros, discos, passagens aéreas, cursos via Internet, etc. Enfim é a era em que o trabalho de marketing em uma organização e o grupo como um todo deve se direcionar se quiser se manter e crescer neste mercado altamente competitivo. (COBRA, 2000, p55) No Brasil, o conceito de marketing foi introduzido em 1954 com Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e junto com outros professores de outras faculdades traduziu para "mercadologia". Mas com o passar dos anos, mais precisamente no final dos anos 90 essa expressão perdeu expressão, adotando o termo inglês para disciplina que estuda a complexidade dos relacionamentos entre consumidores e produtores de bens e serviços. 10 11 A expressão marketing no Brasil iniciou-se na década de 50, mas seu acesso nos organogramas da organização só surgiu nos anos 60 como função de staff e as empresas pioneiras foram: Kibon, Gessy-Lever, Refinações de Milho Brasil, Johnson & Johnson. Somente nos anos 70 os profissionais de marketing ganharam destaque nas organizações. A propaganda brasileira é conceituada como uma das mais criativas do mundo e como o marketing é baseado na realidade de um país em crescimento, organizações mundiais têm como fonte de difusão da cultura e conhecimento mercadológico. 1.2 – A função do marketing nas organizações Nos últimos anos, as organizações vêm sofrendo e enfrentando transformações tão velozes e até mesmo violentas, provocadas por fusões de empresas e clientes cada vez mais exigentes. Além da globalização e mudanças tecnológicas, o marketing também sofre grandes transformações na situação das empresas. Surgindo a seguinte pergunta. O marketing irá desaparecer? Existirá lugar para marketing nas empresas do século XXI? De acordo com as tendências atuais que veremos em seguida parecem indicar resposta negativa. Com a globalização, os investimentos persistentes e dispendiosos em campanhas publicitárias grandes marcas já não são o que eram, pois começam a perder e sentirem-se pressionados por marcas rivais com produtos similares e mais baratos. As empresas de grandes marcas começaram a cortar gastos em seus orçamentos; outras tentam verificar, analisar para descobrir onde está a falha. Os departamentos de marketing, por sua vez quase desapareceram em muitas organizações. Transformando-os em vítimas dos esforços de downsizing e de reengenharia por parte dos empresários. Nas estruturas mais aerodinâmicas, o tradicional departamento de marketing passa a ser substituído por um conjunto de funções bem definidas e com responsabilidades bem delimitadas. (SOUZA, 1994). Conhecimentos especializados em marketing tornam-se cada vez mais escassa. Pois, com a evolução da informática, qualquer administrador médio ou 11 12 superior pode acessar diretamente uma das tarefas tradicionais do marketing baseada na coleta e análise desses dados para uma posterior difusão na empresa. Dando indícios de que o marketing na organização se extinguirá com o tempo. Porém, uma sondagem internacional efetuada pelo IMD entre mais de 220 executivos sugere o contrário. Embora o marketing tenha sofrido grandes transformações, essa sondagem não só indica que o marketing está vivo e se tornou muito mais forte, a ponto de exercer e influenciar nas decisões estratégicas da organização. Surgindo daí uma aparente contradição? A análise indica que a função do marketing sofreu uma metamorfose cuja sua eficácia atende às necessidades das empresas, diante das constantes mudanças e altamente competitivo. Infelizmente, o público em geral e muitos administradores experientes, não entendem marketing. O público vê marketing como uso (ou abuso) vigoroso e, às vezes, intruso da propaganda e da venda: Oh, não, outro comercial. Acham que marketing tenta fazer compradores indispostos comprem bens não desejados. (KOTLER, 1998, p. 13). Portanto, se antes uma organização para ter o sucesso, o seu principal alvo era venda e propaganda, com a evolução do marketing seu papel torna-se muito mais importante do que no passado. Segundo Dickson: (...) adaptar-se a essas mudanças é a essência das empresas com um marketing de sucesso. (DICKSON, 2001, p. 24) Hoje, seu enfoque é ter uma estratégia de marketing, cuja essência é a busca constante em satisfazer o cliente. Assim sendo, é de grande importância que as organizações compreendam o comportamento, as necessidades e o processo de compra do consumidor. Funções de staff, portanto, do departamento de marketing são substituídas por funções de linha, que incluem a gestão de grupos de clientes ou 12 13 produtos para determinados segmentos de clientes ou sobre determinados produtos ou tecnologias. Diante destas mudanças nas ações e planejamentos de marketing na organização, possibilita que as empresas conduzam e montem estratégias personalizadas para vários tipos de clientes, tornando-o competitivo e com potencial para crescer em um mercado globalizado. A partir desta mudança, o marketing passa da função isolada para função integrada, ou seja, os executivos e colaboradores de todos os níveis precisam conhecer as forças do mercado, as necessidades dos clientes, pois a contribuição para se criar e desenvolver um valor para o cliente pode surgir de qualquer parte da organização, pois essa noção pode marcar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização. (SOUZA, 1994). 1.3 – Mudanças no mercado Segundo Drucker (2000), em função das constantes mudanças econômicas, a administração também tem como paradigma em sua administração a transformação. Algumas destas transformações nas empresas que podem ter impactos em longo prazo no setor e são altamente importantes para a administração. Tendências e transformações de mercado que mais preocupa as organizações são: I. Aumento da concorrência de preços. II. Crescente nível de concorrência. III. Papel cada vez mais importante de serviço ao cliente. Com a comoditização dos produtos, ou seja, produtos similares com preços cada vez menores, a concorrência fica cada vez mais acirrada e a crescente pressão sobre os preços, os profissionais de marketing sugerem que as organizações mesmos as que possuem tecnologia de ponta procurem novas formas de vantagem competitiva, principalmente inovações no setor de prestação de serviços aos clientes. (CZINZOTA, 2001). 13 14 Assim sendo, único meio das empresas, principalmente as que possuem tecnologia de ponta superar a concorrência dos preços são ter um fluxo contínuo de produtos inovadores e, portanto o departamento de marketing deve sempre buscar oportunidades no mercado e desenvolver novos produtos. Outro fator que preocupa as organizações são canais de distribuição de bens de consumo que estão cada vez mais abrangentes, principalmente em relação as indústrias farmacêutica. (CHURCHILL, 2000). No setor de serviços, mesmo com o surgimento de novos segmentos de prestação de serviços no mercado e as transformações das necessidades dos clientes, a concorrência de preços não é tão expressiva quanto nas organizações industriais: (...) mas o mercado de hoje é imensamente mais complexo. Mercados domésticos, outrora a salvam de invasores estrangeiros, estão hoje franqueados para gigantescas empresas globais, assim como para especialistas globais em encontrar e atender a nichos de mercado, importantes avanços tecnológicos reduziram significativamente o tempo e a distância: novos produtos são lançados em um ritmo espantoso e tornam-se mundialmente disponíveis em curto espaço de tempo. Os meios de comunicação proliferam. Novos canais e formatos de distribuição continuam a aparecer. Os concorrentes estão por toda parte ... e estão famintos. (KOTLER, 2000, p. 17). 14 15 1.4 – Desafios do marketing no mercado As organizações para vencer e superar a complexidade sofridas com às constantes mudanças, transformações e inovações que ocorrem na economia mundial, a atividade do marketing torna-se fascinante e desafiadora. Segundo Dickson: (...) para entender por que o marketing é uma atividade econômica e sociológica tão fascinante, devemos primeiro entender a razão fundamental por que os mercados evoluíram. ( DICKSON, 2001, p. 26) Além das tendências atuais com impacto em longo prazo, as organizações e os profissionais de marketing tem que enfrentar e superar desafios internos, que podemos classificá-los de acordo com a importância na condução dos negócios da organização, que são: I. Melhoria na qualidade do produto e/ou dos serviços; II. Desenvolvimento de novos produtos; III. Relação com clientes; IV. Ampliação ou melhoria dos serviços ao cliente. Enfrentar um mercado altamente competitivo, redução de preços e margem de lucro com produtos ou serviços para clientes cada vez mais exigentes, além dos canais de distribuição, torna-se de vital importância à função do marketing em buscar, inovar e introduzir métodos cada vez mais eficazes para atingir a satisfação do cliente. Cabe também ao marketing procurar incansavelmente, novas formas de avaliação e melhoramento quanto ao grau de satisfação do cliente, pois este pode ser um grande trunfo contra seus concorrentes. 15 16 1.5 – Princípios do marketing A necessidade de desvendar, entender, explicar e dominar a evolução das visões de um mundo fragmentado, reducionista, integrado e globalizado, os conceitos e princípios do marketing tiveram que evoluir em paralelo para que as organizações pudessem direcionar seus negócios de acordo com o comportamento das pessoas em relação às compras de coisas. De acordo com Peter Lorange, presidente do IMD instituto suíço de ensino de administração de empresas, existem três formas de administração: I. Americano: defende as estratégias competitivas e eficiência; II. Asiático: defende a formação de redes de entidades cooperativas e estabilidade; III. Europeu: no passado copiou o estilo americano e atualmente seu estilo é uma mistura dos dois estilos. Esta forma de administração possibilita a organização potencial para competir e crescer em um mercado globalizado. Em face de esta contingência do mercado, as organizações precisam ir além do marketing com enfoque voltado aos clientes. É preciso também que as organizações procurem aliadas, junto aos fornecedores e distribuidores para desenvolver um sistema de rede cooperativo para atender melhor às necessidades dos clientes. (KOTLER, 2000). Se a organização necessita cada vez mais de alianças estratégicas e relacionamentos de longo prazo com seus clientes, a administração de marketing precisa expandir o seu conceito de microeconômica a fim de atender melhor estes novos aspectos organizacionais e estratégicos. Esta nova visão da organização, o foco de análise do marketing muda de produto e firmas para pessoas, e processos sociais, cujo relacionamento passa a ser contínuo, possibilitando oferecer maiores benefícios aos clientes. Este novo enfoque denomina-se marketing de relacionamento, item que estudaremos mais adiante. 16 17 Diante destas tendências as empresas mesmas as locais para sobreviver deve procurar sua posição no mercado, pois em uma economia global estão competindo com empresas de todo mundo, não importa se são através de associações, cooperativismo ou sozinhas. Porém, devido a grande competitividade as organizações que queira sobreviver tenderão a procurar cada vez mais por alianças ou associações. Com este novo paradigma, onde o foco de análise do marketing muda de produto e firmas para pessoas. Assim sendo, a organização como um todo para atingir os seus objetivos passa a desenvolver uma filosofia empresarial do marketing voltado para o valor, ou seja, seu enfoque está em desenvolver um valor superior para seus clientes. Segundo Churchill e Peter (2000, p. 10) os princípios fundamentais do marketing voltado para o valor são três: (...)Princípio do cliente - toda atividade do marketing é voltada para o cliente, principalmente em criar valor para eles e dentro desta visão as organizações podem criar relacionamentos diretos, os profissionais de marketing conhecem o cliente desde o nome até as suas preferências, ou o relacionamento indireto, os profissionais conhecem os seus clientes através das marcas de seus produtos, tais como: Coca cola, Omo e Kibon; Princípio do concorrente - sua estratégia esta em oferecer produtos e serviços superiores aos seus concorrentes; Princípio proativo - sua atividade está em influenciar os clientes a comprar produtos ou serviços novos ou existentes, trocar marcas concorrentes para as suas, utilizar o cartão de crédito e ser clientes fiéis; Princípio interfuncional - o marketing deve trabalhar com equipes de outros setores para que realizem tarefas de planejamento, 17 18 implementação e controle; Princípio da melhoria contínua - todos os setores da organização devem contribuir de forma contínua para melhorar suas operações, processos, estratégias, produtos ou serviços; Princípio do stakecholder - são indivíduos e grupos que podem influenciar as decisões de marketing e ao mesmo tempo serem influenciados por eles, tais como: clientes como concorrentes, fornecedores, financiadores, funcionários, comunidades locais, etc. (CHURCHILL, & PETER, 2000, p 55) O marketing voltado para o valor, pressupõe que os clientes estão dispostos e são capazes de trocar quando os benefícios das trocas são superiores aos custos e os produtos ou serviços são melhores em comparação as outras opções. O cliente não é visto como uma máquina que só vê benefícios nos números. Sua base está e pressupor que os clientes têm diferentes maneira de avaliar um produto. Portanto o marketing de valor tem como ênfase a importância em compreender bem os clientes. 1.6 – Conceitos fundamentais do marketing A função básica do marketing é identificar as necessidades do consumidor e desenvolver produtos que os satisfaçam. Assim sendo, a função do marketing dentro de uma organização vai além da identificação das necessidades e desejos do consumidor, determinar quais mercados-alvo a organização pode atender melhor, planejar produtos, serviços e programas mais adequados que satisfaçam estes mercados, mas também convocar todos os que participam da organização a pensar e servir aos consumidores: 18 19 (...) marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Muitas pessoas vêem o marketing de modo como a arte de procurar e encontrar formas inteligentes de dispor dos produtos de uma organização, ou seja, o marketing é visto apenas como propaganda ou venda de produtos. No entanto, a arte do verdadeiro marketing é a arte de saber o quê fazer.(KOTLER, 1999, p. 27). Uma organização que queira conquistar ou ser líder em um mercado tão competitivo como é nos dias de hoje se conseguir compreender as necessidades do consumidor e encontrar soluções que satisfaçam tais necessidades através da inovação, da qualidade dos produtos, serviços e no atendimento ao consumidor. Portanto o marketing é considerado um conjunto de ferramentas e técnicas, cuja responsabilidade é restrito a apenas um grupo de especialistas que estejam familiarizados com estas ferramentas e know-how. Gangana (2001, p. 46) cita que para Drucker, "marketing e Inovação são as únicas funções básicas em business, ou seja, Marketing e Inovação produzem resultados e todo o resto são custos". O marketing por ser considerado um forte instrumento capaz de exercer influências sociais e culturais que transcendem fronteiras, provocando efeitos profundos sobre a sociedade. Vários estudiosos contribuíram e buscaram a melhor forma para definir o marketing dentro de uma organização. Drucker (1998, p. 22) também citado por Kotler (2000), "marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função separada. É o negócio total visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é, do ponto de vista do consumidor... O sucesso empresarial não é determinado pelo fabricante, mas pelo consumidor". Segundo Kotler: 19 20 (...) marketing é a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos (...)Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais" citado por Churchill e Peter (KOTLER, 2000, p. 4). Diante de todos estes conceitos, pode-se concluir que os principais enfoques do marketing são: mercado-alvo, necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade. 20 21 CAPÍTULO II MARKETING DE RELACIONAMENTO Em meados do Século XX, a Associação Americana de Marketing definiu que a função do marketing na organização era apenas distribuir os produtos que eram produzidos. Depois com o aumento da competitividade o marketing passou a incorporar alguns aspectos gerenciais na organização que abrange desde tomada de decisões, evolvendo funções de administração como planejamento, organização, direção e controle. Através da globalização de mercados, surge novos consumidores, que ficaram cada vez mais exigentes em termos de qualidade e cientes de seus direitos e a competitividade entre as organizações ficaram cada vez mais voraz, obrigando as organizações abandonarem às tradicionais organizações hierárquicas e burocráticas, ou seja, era necessário buscar inovações e criar novas formas organizacionais, incluindo alianças estratégicas e redes, baseandose em relacionamentos de longo prazo e cooperação. (DRUCKER, 2000). Todas essas mudanças e transformações ocorreram nos anos de 1990, fazendo as organizações preparar-se e readequar-se ao novo ambiente e realidade de mercado. Os novos consumidores mudam de preferências e buscam outras alternativas sem saber o porque. Com a globalização os consumidores tornaramse consumidores globais em seus comportamentos e preferências, dando surgimento à segmentação de mercado. As organizações perceberam que os consumidores assumem vários papéis ao longo do dia. Um homem, em um diferente momento do dia ele é administrador, pai de família brincando com os filhos, marido, telespectador, leitor ou está em um restaurante, praticando esporte, aprendendo música, ouvindo música, caminhando, ouvindo notícias, cortando o cabelo, fazendo compras, além de muitas outras atividades. Segundo Souza: 21 22 (...)e se sua empresa que tem interesse na minha pessoa como cliente ou prospect, não me acessar no exato momento em que me comportavelmente eu me encontro receptivo às suas mensagens, eu, camaguru, não vou nem perceber, nem registrar sua mensagem e, conseqüentemente, muito menos sua empresa ou seu produto. Ou seja, para os camagurus não sensibilizados no momento comportamental específico, sua empresa e seus produtos pura e simplesmente não existem. (SOUZA, 1994, p. 40). 2.1 – Marketing, a evolução para abordagem relacional No final da década de 1990, em função das inúmeras situações imprevisíveis que ocorriam constantemente as organizações não conseguiam mais prever o futuro do mercado e passaram a se concentrar somente no presente para obter objetivos esperados. Entre estas mudanças estão as unidades de comunicação, unidade de moeda, a produção cooperativa, agregação de novos mercados, novas tecnologias, além da velocidade das informações e muitas outras. (KOTLER, 2000). Em resposta a essa nova realidade, nos anos de 1990, uma nova orientação de marketing denominada "marketing de relacionamento", pois os consumidores passam a ser mais exigentes, exigindo respostas claras, precisas, rápidas e em tempo real, além de querer ser tratado de forma diferenciado, ou seja, deseja uma atenção especial para as suas necessidades. Com o marketing de relacionamentos, possibilitou que os relacionamentos entre as organizações e os clientes passam a ter um caráter mais duradouro do que simples transações eventuais. As organizações procuram também conhecer mais o consumidor, ouvindo-o, dedicando-se a ele; agradando-o e antecipando em atender os seus desejos, enfim cativando-os. Essa nova forma de 22 23 relacionamentos foi denominada de marketing um a um e customização maciça. A introdução da customização maciça, provocou mudanças, onde a produção que antes era planejada em termos de lotes passou a ser encarada em termos de produção um a um. E para customizar os produtos, as organizações estão utilizando a Internet, facilitando para os clientes comparar alternativas quanto aos preços, condições de entrega, agilidade e flexibilidade. Em contrapartida dificulta a fidelização. A Internet vem assumindo um forte papel de informação com melhor relação custo-benefício, por ser visual, audível, interativa e em tempo real. Além de alterar de forma significativa o relacionamento das organizações com clientes, fornecedores e consumidores. A década de 1990 foi marcada por economias desenvolvidas, com surgimento de inúmeras fábricas de bens e prestadores de serviços, competição acirrada, consumidores mais experientes, mudanças nas abordagens de massa e mudanças muito rápidas no ambiente de negócios. Sendo assim, duas últimas décadas foram introduzidas novas perspectivas ao estudo do marketing, ou seja, alguns conceitos foram adaptados ou mudados e as práticas de marketing foram de extrema importância a reestruturação da área. As mudanças são consideradas como uma remodelagem fundamental do campo (WEBSTER, 1992), e se direcionam para o marketing de relacionamento, cujo, conceito engloba marketing relacional, parceria de trabalho, marketing simbiótico, alianças de co-marketing, varejo relacional e marketing interno. Portanto, Marketing de relacionamento faz parte de um paradigma de rede em desenvolvimento, que reconhece que a competição global ocorre cada vez mais entre redes das organizações. O resultado dessas dinâmicas globais em uma natureza paradoxal do marketing de relacionamento: para ser um competidor efetivo em uma economia global é necessário ser um cooperador confiável em alguma parte da rede. O quanto competitiva uma indústria em particular possa ser, ela sempre se fundamenta em interesses compartilhados e regras de conduta mutuamente aceitas, e a competição ocorre não em uma selva, mas numa sociedade que ela 23 24 presumivelmente tanto serve quanto depende. A vida de negócios, diferentemente da vida na selva mitológica, é antes de tudo fundamentalmente cooperativa. É apenas com os limites dos interesses mutuamente compartilhados que a competição é possível, e bem ao contrário da metáfora "cada um por si", os negócios quase sempre envolvem grandes grupos cooperativos e mutuamente confiantes, não apenas corporações mas as redes de fornecedores, pessoal de serviço, clientes e investidores (MORGAN; HUNT, citado por KOTLER, 1999, p. 20). Importante ressaltar, que o marketing de relacionamento tenha sucesso é fundamental a cooperação de todas as partes que tenha como objetivos se manter no mercado e ser competitivo. Diante do que foi exposto, vários autores propõe uma estrutura conceitual do marketing mais enriquecido e de acordo com a economia, ciência política, e comportamento organizacional, além de apoiar-se nas estruturas de análise legal, sociologia, antropologia, e psicologia social com o intuito de para ampliar a compreensão dos processos de negociação, coordenação e cooperação que definem relacionamentos de marketing. Como os relacionamentos baseiam-se dentro de um contexto onde as transações são para prazo mais longo, é necessário que se focalize os modelos nos próprios relacionamentos e não só na trocas de mercado sujeitas ao paradigma microeconômico. Diante desta perspectiva, Gangana, citado por Kotler (2000, p. 21), afirma que "marketing diz respeito a relacionamentos de troca voluntários e mutuamente satisfatórios". Hunt, citado por Kotler: (...) sumariza 15 anos de debate sobre o domínio conceitual do marketing, concluiu que: A Ciência de Marketing é a ciência comportamental que procura explicar relacionamentos de troca. (KOTLER, 2000, p 96) . Isso significa que os profissionais de marketing devem reconhecer que as trocas com os clientes consistem na vida das organizações. A empresa deve 24 25 compreender os seus clientes, saber o que eles pensam, o que sentem e como compram e usam produtos e serviços (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 10). 2.2 – Marketing transacional X marketing de relacionamento O quadro mostra os pontos que diferenciam o marketing transacional do marketing de relacionamento: MARKETING TRANSACIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO Sempre em busca de novos clientes Manter clientes atuais e conquistar novos Orientação: curto prazo Foco na venda Orientação: longo prazo Foco em relacionamentos duradouros Compromisso limitado Alto nível de compromisso Pouca ou quase nenhuma pesquisa Pesquisa contínua Missão: lucro em vendas Missão: aumento do relacionamento e com isso da lucratividade Endomarketing: funcionários e fornecedores Endomarketing: colaboradores e parceiros Baixo comprometimento com serviços Alto comprometimento com serviços Quadro – Marketing transacional x marketing de relacionamento Fonte: DICKSON, 2000, p. 28 . 2.3 – Estratégias do marketing de relacionamento Para Shapiro (2002), o maior erro, que as organizações cometem é não saber selecionar os clientes mais lucrativos e, principalmente, retê-los – "Não desperdice energias tentando estabelecer um relacionamento que não será duradouro e pelo qual não vão te recompensar por isso". Uma organização focar os principais valores para o cliente, que são: conveniência, a disponibilidade, funcionalidade do produto ou serviço e relacionamento, onde com certeza serão apresentados motivos para que ele seja seu comprador, mas jamais se esqueça de considerar em sua estratégia proposta que a maioria dos concorrentes possui produtos e serviços similares e com qualidade igual. Segundo Figueiredo (2003), a partir da análise da rentabilidade de clientes, as organizações passam a ter uma série de oportunidades estratégicas: 25 26 (...)Atender melhor os clientes existentes e que são altamente rentáveis; Conhecer o custo do serviço ao cliente e então poder cobrar pelo nível de serviço proporcionado; oferecer descontos, se necessário, nas operações com clientes aos quais seria possível servir com custos reduzidos; Negociar relações ganha-ganha entre fornecedores e compradores; tentar atrair os clientes que proporcionam grandes lucros para os concorrentes. (FIGUEIREDO, 2003,47) As empresas centradas no cliente implementam o marketing de relacionamento para poderem: I. Entender as necessidades dos clientes; II. Atender as necessidades dos clientes; III. Garantir a satisfação dos clientes; IV. Agregar valor aos clientes; V. Gerenciar oportunidades de negócios; VI. Visão única dos clientes. Os níveis de relacionamento com clientes são divididos em cinco: I. Básico: O vendedor vende o produto, não se preocupando com qualquer tipo de retorno; II. Reativo: O vendedor vende o produto e pede um retorno sobre qualquer dúvida; III. Responsável: O vendedor dá retorno para o cliente para saber como está o produto vendido e pede sugestões do cliente; IV. Pró-ativo: O vendedor contata o cliente para informar melhores usos do produto; 26 27 V. Parceria: A empresa trabalha continuamente com o cliente para descobrir novas maneiras de economizar ou ajudá-la a usar melhor o produto. Gangana, 2001, propõe uma classificação de formas de marketing de relacionamento, categorizada com referência a uma firma focal e suas trocas relacionais em parcerias com fornecedor, comprador, e lateral e interna: Figura - As trocas relacionais no marketing de relacionamentos Fonte: MORGAN; HUNT, 1994, 21. Citado por Gangana, 2001, p. 22. Quadro – Explicação da figura A parceria envolvida em trocas relacionais entre 1. Trocas de longo prazo entre firmas e consumidores fabricantes e seus fornecedores de bens, tal como finais, como particularmente recomendados na área de em aquisição "just-in-time" e "gerência da qualidade marketing de serviços; total"; 2. Trocas relacionais envolvendo prestadores de 2. Trocas relacionais de parcerias de trabalho como em serviços, como entre agências de propaganda ou de canais de distribuição; pesquisa de mercado e seus respectivos clientes; 3. Alianças entratégicas entre firmas e seus 3. Trocas envolvendo departamentos funcionais dentro competidores, tal como em alianças de co-marketing; da empresa; 4. Alianças entre uma firma e organizações sem fins 4. Trocas entre uma firma e seus funcionários, como no lucrativos, com parcerias com propósitos públicos; marketing interno; e 5. Parcerias para pesquisa e desenvolvimento 5. Trocas relacionais intra-firma envolvendo unidades conjunto, tal como entre firmas e governos locais, de negócio tais como subsidiárias, divisões ou unidades estaduais e nacionais; estratégicas de negócios. Fonte: Gangana, 2001, p. 21. 27 28 2.4 – Conceito de marketing de relacionamento Segundo Drucker (2000), o conceito de empresa voltada para o cliente é uma invenção dele, e já tem mais ou menos 40 anos, mas agora virou moda. Uma organização para sobreviver e crescer nos dias de hoje, deve estar ciente de que a regra é ouvir o cliente afim de torná-lo um aliado e parceiro. Devendo seguir os mandamentos que dizem que: o cliente é o rei, o cliente está em primeiro lugar, o cliente tem sempre razão, e etc. Ouvir o cliente tem dois significados. A primeira é escutar – identificar o cliente e lhe dar ouvidos. A segunda, é agir após escutar. O autor ainda faz uma distinção entre a organização voltada para o cliente e a organização focada no cliente. Acredita também que muitas organizações dirigem seu foco para seus clientes, enviando pesquisas, ouvindo suas opiniões, mas não estão agindo. Na verdade deixam que as opiniões orientem na tomada de decisões de seus negócios. Estar próximo do cliente é estar em vantagem competitiva, pois o cliente pode tornar-se um parceiro podendo até mudar a própria cultura. Porém no Brasil, uma enquête realizada pela HSM Promoções em 1993, verificou-se que o empresário nacional não dá a devida importância ao cliente como deveria como demonstra o Quadro abaixo: CARGOS E FUNÇÕES 1% 2% 9% 0% Executivos entrevistados Ocasionalmente dedicam seu tempo a ouvir clientes Designers e o Staff de Pesquisa Raramente se dedicam ao consumidor final Organização Organização Nunca usaram o banco de dados dos clientes para detectar novas oportunidades de marketing Analisam com freqüência seus clientes atuais para buscar novas oportunidades Fonte: Marketing e Negócios, n.15, outubro, 1993, p. 8. As organizações que pertencem ao grupo dos 10% são aquelas organizações consideradas "ilhas de excelência" no país. Portanto, ouvir os clientes é um esforço que as organizações deve fazer para obter informações e 28 29 oportunidades em seus negócios, ou seja, criar e manter um relacionamento estreito com os clientes. CAPÍTULO III O COMPORTAMENTO DO CLIENTE E O PROCESSO DE FIDELIZAÇÃO A administração das Relações Humanas fundamentadas numa visão psicodinâmica defende a compreensão do comportamento administrativo a partir do conhecimento da natureza humana e às relações individuais na organização e ao reconhecimento das motivações e os padrões de comportamento dos funcionários dentro das organizações. As teorias que fundamentam os vários tipos de abordagem tanto comportamentalistas quanto psicodinâmicas influenciam até os dias atuais, as estratégias empresarial. Os pressupostos fundamentam as abordagens das relações humanas não apenas no que concerne ao comportamento do trabalhador, como também ao comportamento do consumidor. As teorias explicam em parte, os processos que servem de orientação para os programas de Recursos Humanos nas organizações. 3.1 – A influência das pesquisas sobre Relações Humanas e o comportamento do cliente no processo de consumo Os estudos de administração de marketing e vendas utilizam pesquisas sobre as causas e conseqüências do comportamento humano no consumo; no comportamento de indivíduos e grupos; o estudo da liderança e da participação; as políticas de recursos humanos e sua relação com o comprometimento, o desempenho, a satisfação e a motivação no trabalho. 29 30 Oyakawa (1994) explica as fortes influências dos estudos sobre as teorias comportamentais tradicionais como importantes fontes de pesquisas que envolvem o comportamento do consumidor nas organizações atuais. Watson (1924) Apud Pilares (1989) realizou estudos sobre estratégias de marketing envolvendo pesquisas sobre o gosto e necessidades de consumidores americanos, que contribuem para a compreensão de certos tipos de comportamentos que explicam o consumo. O resultado de seu estudo foi muito importante, porque Watson (1924) Apud Pilares (1989) pesquisou sobre novas técnicas e instrumentos que garantem o consumo, a procura de mercado e das qualidades de formação de hábito de compra dos consumidores. Nesse sentido, avaliou as formas de influenciar a mente do consumidor, e as formas de enquadrar com sucesso as necessidades da sociedade. Portanto, seus estudos envolvem aspectos das terias psicológicos e a compreensão de técnicas comportamentais como uma forma de prover serviços diretos para o controle social da sociedade emergente. Atualmente existem organizações que utilizam as técnicas de Watson, para despertar o desejo de consumo. No passado, a área mais ampla de conhecimentos e práticas de natureza psicológicas sobre o comportamento do consumo se constitui basicamente de pressupostos da denominada Psicologia Organizacional (ou Psicologia Organizacional e Industrial) que incluía contribuições relativas à psicologia do consumidor. Com o passar do tempo, entretanto, os campos de investigação e aplicação da Psicologia Organizacional expandiram-se tanto que já se pode concebê-los como segmentos independentes, tanto como áreas de atuação profissional do psicólogo, como disciplinas acadêmicas e campos de pesquisa. Isto ocorreu no caso da Psicologia do Consumidor. 30 31 Nota-se, nesse aspecto, que os paradigmas tradicionalistas utilizaram modelos com ênfase à psicologia do condicionamento, como orientação comportamentalista para compreender o consumo e atender as necessidades dos clientes. A contribuição de Pavlov (1904) Apud Giglio (2002), que privilegiou como excepcional um modelo de “reflexo Condicionado”, um modelo behaviorista que influenciou o ponto de partida para todas as outras teorias. Deu-se a denominação de condicionamento, esta linha psicológica que propõe a “lei do efeito e do desejo”. Os comportamentalistas acreditaram que o comportamento do consumidor pode ser alterado para atraí-lo para as necessidades de novos mercados de bens e serviços para consumo. Watson (1924) Apud Pilares afirmava: (...)Para você ter o consumidor na mão é somente necessário confrontá-lo com estímulos fundamentais e emocionais. Para garantir a reação apropriada de um consumidor, aconselhava que se diga a ele algo que esteja ligado ao medo, que provoque uma raiva, que chame uma resposta de amor ou atinja o psicológico ou as necessidades de hábito (PILARES, 1989, p 309) Os estudos conduziram à estruturação de comportamentos que poderiam ser aplicadas ao ser humano. Os comportamentalistas acreditavam que a personalidade é fruto do aprendizado contínuo e aplicado por meio de respostas correlacionadas ao estímulo de adquirir prazer a partir do consumo. Skinner (1971) Apud Giglio (2002) considera que o comportamento pode ser determinado pelas condições sistemáticas do procedimento experimental, a 31 32 partir do estudo da personalidade humana, modelada a partir do controle de reforços positivos e negativos poderão conduzir a um comportamento desejado. Este método analítico comportamentalista, dá demasiada ênfase ao efeito do ambiente como estímulo para a exibição de reações comportamentais. Por isso, as empresas consideram fundamental a arrumação e disposição de produtos, além da criação de ambiente agradável que possa estimulá-lo a consumir o produto. Atualmente, esse fato já conduziu a uma crítica acirrada por parte dos psicólogos que acreditam que o método comportamentalista, não se caracteriza como ponto-chave para explicar o comportamento do consumidor. Conforme o autor Pilares: (...)os psicólogos afirmam que a fase da psicologia comportamentalista não se aprofundou na subjetividade humana, a ponto de descobrir que o homem possui uma personalidade complexa e que o condicionamento é um método insuficiente para explicar o comportamento do consumidor. (PILARES, 1989, p 56) Nesse contexto, analisa-se que o consumidor não é uma máquina, cujo comportamento pode ser mensurado apenas por fatores externos. Mas existem também fatores internos como a emoção e as características de personalidades que podem levar um determinado consumidor a comprar, por exemplo, peças raras em lojas de antiguidades. A Psicologia do Consumidor é uma área de atuação relativamente nova, porém seu futuro é bastante promissor. Muitas universidades norte-americanas vêm oferecendo programas de doutoramento em Psicologia do Consumidor, 32 33 sendo o campo de contribuição desses profissionais amplo nas modernas organizações. Constata-se que várias são suas áreas de atuação, tais como pesquisas sobre respostas de crianças ao apelo publicitário, influência da televisão em crianças, estudos sobre mulheres que pararam de consumir, acompanhamento em litígios judiciais na área de consumo, pesquisas sobre a influência de determinados produtos em culturas diferentes etc. Todos esses estudos auxiliam na compreensão da fidelização de clientes e permitem às organizações a realização de estratégias para inserir novos produtos no mercado. Segundo Costa: (...)Na concepção de Costa “um dos fatores que estariam colocando o Brasil em uma posição de atraso nessa área da psicologia seria devido, basicamente, à pouca flexibilidade dos currículos e ao desconhecimento dos recentes avanços no campo de atuação da psicologia, como a Psicologia do Consumidor, ou mesmo a Psicologia econômica, não obstante a importância destas nas áreas de consumo, bem estar e qualidade de vida.(COSTA, 2000, p 33) Entende-se que o empresariado brasileiro necessita de desenvolver pesquisas e estudos sobre o perfil de consumo da população, a partir de fundamentações teóricas que tragam contribuições ligadas a motivações de consumidores, especialmente aqueles que compram por que se sensibilizam com a moda e a perspectiva de uma marca bem produzida no mercado de consumo. Nesse sentido, não se pode deixar de constatar que os fundamentos que deram origem às modernas teorias, encontram-se ausente nas literaturas 33 34 recentes, esse fato prejudica a compreensão da importância das pesquisas anteriores sobre o conhecimento psicológico do consumo em clientes. Segundo Giglio: (...)Alguns dos pressupostos da linha tradicional influenciam estudos de psicologia do consumidor, que se situam no passado mais distante da psicologia. Algumas vertentes que se guiam pelo racionalismo ou intelecto, decorre de práticas sobre o consumo baseadas na razão. È o exemplo do consumidor que só consome, a partir da comparação de lucros e perdas, nos processos de aprendizagem e generalização. (Giglio,Ernesto,2002, p 77) De acordo com Giglio: (...)Os consumidores que compram produtos levado pelo caráter emocional tem como base os pressupostos freudianos de conscientes e inconscientes e se baseiam em práticas baseadas na estimulação do consumidor(GIGLIO, 2002, p 33) Nesse processo, os empresários para atender aos desejos desse tipo de cliente devem oferecer um produto especial e personalizado que tenha fetiche e erotização no produto ou por outras formas de motivação. As teorias de motivação tem sua abordagem nos pressupostos neo-freudianos, sobretudo nas teorias de origem psicodinâmicas fundamentadas no comportamento emocional e afetivo do consumidor. A abordagem psicodinâmica voltada para a questão do consumo no enfoque neo-freudiano, fundamenta a conjuntura dos mecanismos inconscientes 34 35 como originadores dos desejos. Assim, o consumo de produtos adquiridos pela clientela teria a influência do inconsciente. A razão e a consciência têm importância secundária, já que as paixões são movidas pelos planos inconscientes que geram o princípio do prazer. Na teoria psicológica que explica o consumo com base em teoria social, apontam que o consumidor deve ser considerado como um indivíduo que sofre pressão social, como a moda, as condições econômicas e outras situações impostas de foram externa. A análise dos pressupostos com base no aspecto social tem influência na sociologia que analisa o consumo como um processo profundamente coletivo e, portanto, influenciado por fatores externos como a propaganda, o marketing e marca. Os pressupostos da escola gestaltista, ainda são utilizados por profissionais de publicidade e marketing, para, através da organização, categorização e inferências, traçarem suas estratégias de marketing, tais como decisões de produto, localização, preço e propaganda. Atualmente, algumas tendências e teorias psicológicas que prevaleceram no século XIX, se mostraram ainda eficientes na compreensão de aspectos humanos relacionados a situações motivacionais relativas ao consumo. Por isso, são importantes como complemento do conhecimento, já que se constituem nas primeiras abordagens teóricas sobre comportamento humano voltadas para estratégias de mercado. 3.2 – As diversas abordagens teóricas atuais relativas ao comportamento do consumidor Pilares considera que: (...)Psicologia Social é atualmente um instrumento de análise aplicada à representatividade social, em se tratando de pesquisas e estudos na área da Psicologia do Consumidor.(PILARES, 1989, p 21) 35 36 As bases das Teorias Sociais têm forte influência da sociologia, como método de compreensão da representação social e o comportamento dos grupos, visualizando simultaneamente, aspectos coletivos e individuais. A análise do comportamento do consumidor está baseada na nação de cultura e nos condicionamentos que influenciam os valores e orientamos pensamentos das pessoas. A visão mais restrita de grupos sociais, explica o consumismo advindo da formação expressa pelo grupo, a pessoa que ser identificada como alguém da “tribo”, por isso é influenciado pelo meio social em que vive. Nesse contexto, há dois tipos de consumidores: os que preferem produtos que os diferenciem das outras pessoas, como uma forma de buscar identidade e autenticidade; mas há os que preferem comprar exatamente aqueles produtos que os grupos sociais estão consumidos nas ondas de modismos passageiros. Ao se analisar o consumo como uma ação social, um dos aspectos mais complexos é a separação entre o sujeito e o grupo social em que está inserido, contudo, as pesquisas avançaram na avaliação dos fatores psicológicos, psicanalíticos e motivacionais que perpassam o comportamento do consumidor de forma bastante subjetiva, já que existem diversas necessidades e hábitos de consumo que envolve as motivações internas e externas. As teorias de tipologias orientam-se nas ciências físico-químicas para mensurar os recursos mercadológicos de classificação de generalização, dos fenômenos relativos ás categorias de consumo com base em tipologias. A segmentação de mercado é um exemplo atual de estratégia marketing que se orienta pela teoria da tipologia. O método consiste em dividir as pessoas em características consumo na buscas de categorizar consumo na busca de categorizar, e classificar os gastos, desejos, interesse e comportamentos típicos de uma amostragem ou alvo, na busca de prever e tipo de produto e consumidor 36 37 por área geográfica, variáveis demográficas, traços de personalidade e tipologias com focos motivacionais. Kotler (1992) considera que atualmente, os estudos relacionados com o comportamento do indivíduo enquanto consumidor de produtos industrializados parece estar concentrado em uma das áreas da Psicologia que mais vem se expandindo nas últimas décadas, a denominada “Psicologia do Consumidor”. Atualmente os estudos e pesquisas estão fortemente concentrados nos processos de escolha/decisão do consumidor, levantamentos de opiniões dos consumidores, avaliação de atitudes e motivação, segmentação psicológica de mercado, teste de produtos, avaliação da eficiência da publicidade, análise do comportamento do consumidor em situações naturais de consumo. Na vida prática, há diversas motivações que influem um consumidor a adquirir um produto: os apelos da mídia e a construção da propaganda representam um verdadeiro fetiche ao consumidor que passam a desejar o produto. Nesse contexto, Cosenza (2000) reflete em sua obra que “a questão de certos sentimentos depressivos levam as pessoas a consumir compulsivamente, o que efetivamente envolve processos psicológicos internos como carência afetiva e frustração”. Conforme o autor, os consumidores compulsivos compram e não se satisfazem com a aquisição do produto. Portanto, o consumo está também enraizado nos sentimentos, valores, idéias, modismos e na personalidade de cada indivíduo. Existe na Psicologia do Consumidor, várias vertentes teóricas que explicam o comportamento do cliente fidelizado, a partir de pressupostos que se diferenciam em suas abordagens e na forma como as organizações descobrem 37 38 as estratégias de perceber como atender as necessidades diversificadas de grupos que se assemelham. O processo de compreender o que produz o desejo de consumo traz a partir da psicologia uma maior complexidade na busca de uma abordagem coerente e relacional que possa permitir às empresas o enquadramento de seus clientes em um dado perfil psicológico. Esse trabalho certamente depende de um intenso campo de pesquisas. Segundo Giglio (2002: p. 64) o grande mérito das abordagens motivacionais é a valorização dos aspectos individuais como a personalidade, a aceitação do fluxo inconstante que envolve a consciência humana e dos mecanismos do inconsciente como estruturas dinâmicas e significativas no comportamento do consumidor. A problemática relacionada às Teorias Motivacionais se centram na complexidade da criação de instrumentos de avaliação para atingir os desejos e necessidades da clientela. As abordagens das diversas teorias sobre o comportamento do consumidor trazem à tona, debates e estudos sobre alguns dos principais processos mentais (percepção, memória, pensamento, motivação e emoção). Nesse aspecto, a complexidade se atém às formas de identificar os recursos para o desenvolvimento da criatividade e os processos conscientes e inconscientes relacionados ao consumo. Conforme Pilares: (...)Somente o conhecimento do perfil das teorias da personalidade permitem conhecer um consumidor e a influência que um produto poderá 38 39 exercer sobre ele, na tomada de decisão na hora da compra.(PILARES, 1989, p 33) A teoria racional é uma das mais simples e metódicas que esse fundamenta no comportamento do consumidor voltado para os parâmetros da lógica e controle do consumo. O que se denomina como um tipo de consumidor que só consome o necessário e estritamente relacionado à sua necessidade. Giglio afirma que: (...)sob o critério de racionalização do consumo, o consumidor não se deixa envolver pelas emoções ou aparências do produto, consome apenas o necessário e tem como processo de decisão nas compras o preço, a disponibilidade, a qualidade e durabilidade do produto para adquiri-lo, levando em consideração a renda familiar e certas categorias de produtos não-supérfluos.(GIGLIO, 2002, p 20-21) Assim, entende-se que essa tipologia de consumidor pode ser levado a consumir dessa forma pela poder aquisitivo. No entanto, geralmente utilizam à lista de compras que pode sofrer alterações de acordo com as mudanças de poder aquisitivo. O que se compreende que o consumidor tende a avaliar e decidir metodicamente na hora de adquirir produtos e serviços e raramente se deixa levar pelo marketing do produto, preferindo a análise custo-benefício. O comportamento de compras de algumas empresas e organizações tende a se fundamentar em princípios racionais e por isso, muitas empresas preferem ter preços baixos, a produtos caros que dimensionem projeções em modismos. Este modelo é comum nos meios empresariais em que a visão de atendimento da clientela está pautada em produtos estritamente necessários, cujo objeto de decisão de compra se centra no preço acessível, à melhor qualidade e melhores condições de compra. 39 40 Ao analisar o modelo teórico racionalista como meio de compreender o consumo, verifica-se que há falhas, que podem provocar problemas sob o ponto de vista do consumidor, pois as empresas que utilizam métodos racionais deixam de considerar as variáveis tipológicas do comportamento da clientela. Muitos autores como Oyakawa (1998); Costa (2000) e Giglio (2002) refletem que a satisfação da compra está ligada a certas sensações de satisfação que o consumidor imagina estar levando à satisfação da necessidade. Por isso, o marketing é atualmente uma ferramenta indispensável nas organizações. Por que seus recursos são baseados na promoção de estímulos visuais que envolvem o estabelecimento de pontos de desejos que levam ao consumo. Os consumidores podem adquirir serviços ou produtos em níveis de consciência estabelecidos na sua relação cotidiana, orientadas pelas idéias, objetos e pessoas. As teorias fundamentadas em métodos comportamentalistas se orientam na Psicologia Comportamental, com base nas ciências biológicas e outras áreas do conhecimento fisiológico. As abordagens comportamentalistas ou behavioristas se direcionam por conceitos observáveis e comprobatórios. O método empírico utilizado se constitui no método de condicionamento e o estímulo segmentados na produção do comportamento desejado. Na visão de Cobra (1993: p. 85), a teoria comportamentalista analisada sob o ponto de vista do consumo tende a explorar os sentidos: a percepção e a seleção de estímulos. O estímulo reforçador é uma marca constante nas estratégias empresariais para aumentar a freqüência de consumo com base no oferecimento de sorteios, promoções, prêmios, brindes, etc. As relações do behaviorismo foram inseridas nas estratégias de marketing, como as propagandas e vantagens especiais oferecidas à clientela. Atualmente, o comportamento do consumidor pode ser modelado com base na estratégia de recompensas quanto ao preço nos procedimentos promocionais. 40 41 Constata-se que o caráter reducionista do behaviorismo é pautado no embasamento lógico, mas tem se mostrado eficiente em muitas organizações que direcionam suas estratégias para prêmios, brindes e promoções. A teoria comportamental busca a aplicação de condicionamentos na formação de hábitos de consumo, com o intuito de fidelizar a clientela. O comportamento do consumidor é também explicado com base nos pressupostos teóricos fundamentados nas teorias junguianas de tipologias que se orientam pela Teoria do Traço, ou uma característica particular da personalidade do indivíduo que constituem aspectos motivacionais e temperamentais. Os traços observados no consumidor, a partir de pesquisas gerais de marketing, estão correlacionados aos traços individuais e hábitos de consumo com base em aspectos como: estilo de vida, ciclo de vida do produto, modos, compras, etc. As pesquisas empresariais que se utilizam de métodos de tipologia, categorizam os clientes em quatro tipos de consumidores: os inovadores, os adotantes, o seguidor, o acomodado ou comprador tardio. Estas classificações com relação ao consumidor favorecem o suporte necessário para a elaboração de planos de marketing em determinadas regiões geográficas do mercado. A segmentação de mercado é uma estratégia das mais importantes no planejamento de ações mercadológicas, a partir da concentração, consciente e planejada, de uma empresa em parcelas específicas de seu mercado. A empresa opta voluntariamente por concentrar todos os esforços de marketing em determinado segmentos de mercados, possivelmente abandonando outros, mesmo que constituam potencial. Dessa forma, a função da segmentação de mercado é agrupar indivíduos, cujas ações esperadas aos esforços de marketing sejam semelhantes, ao longo de determinado período. Objetiva, ainda, a determinação de diferenças significativas entre grupos de compradores, separando-os, de forma a possibilitar à empresa a seleção daqueles, nos quais pareça mais conveniente concentrar 41 42 esforços. Com isso, aumenta a competitividade da empresa em relação aos concorrentes. Essa prática tem como principal objetivo, descobrir as diferenças realmente importantes entre os consumidores, e reuni-los em grupos relativamente homogêneos quanto a certas características objetivas e subjetivas. A partir daí, o administrador pode posicionar seus produtos e dedicar seus esforços de marketing, visando à escolha e ao atendimento daqueles segmentos mais lucrativos, determinando assim a estratégia que, convenientemente conduzida, iniba a reação da concorrência e gere lucros satisfatórios para a empresa. Devem-se levar em consideração que os princípios de tipologia se baseiam métodos complexos e arriscados em relação à previsão de vendas pelas empresas. A corrente filosófica fenomenológica serve de fundamento para as Teorias Existenciais sobre o comportamento do consumidor. O princípio básico está direcionado para a satisfação da clientela, sem misturas, nem exclusividades. As bases teóricas se orientam nos conceitos gestálticos e fenomenológicos de Husserl, (1965); Merleau Ponty (1971); Sartre e Morin (1991) Apud Giglio (2002), Conforme, a teoria existencial, a aplicação do Marketing não deve ser segmentada, mas global em relação aos nichos de mercado. Os estudos de Dowbor (2000) comprovam que o consumidor visualiza quatro importantes relacionais: a transcendência, o corpo, o espaço, o tempo e o outro. Estes aspectos influenciam o comportamento dos indivíduos, e pode ser interpretado como aspectos simbólicos que constituem uma das faces da explicação das escolhas dos produtos pela clientela. 42 43 O grau de relacionamento da empresa com seus clientes é a razão do sucesso das empresas, independente do ramo em que esteja atuando. “O melhor investimento que uma empresa pode realizar é criar boa vontade” (Cobra: 1993: 9) Esta boa vontade com os clientes é suma importância para o sucesso de qualquer organização. Neste contexto é necessário pesquisar o consumidor/cliente para saber o que eles valorizam como qualidade de atendimento, pois o que é qualidade para um cliente poderá não ser para outro. A relevância das pesquisas sobre o comportamento do consumidor, na visão de Demo (1995) Apud Giglio (2002, p. 20), contribui para “a criação de explicações e relações do mercado e do consumidor que podem constituir mudanças efetivas no cenário econômico”. 3.3 – As tendências gerais na linha de pesquisa sobre o comportamento do consumidor e fidelização no Brasil Nos últimos anos, poucos são os indicadores de pesquisas brasileiras sobre o comportamento do consumidor, no entanto, pesquisas de marketing realizadas por autores como Berlo (1998), Costa (2000) e Cobra (1997) demonstram que o conjunto de pesquisa realizada pelas empresas de comércio se fixa na predominância de relações entre variáveis como: Preço X qualidade; atendimento X inovação de produtos, etc. Costa (2000) considera que esse estilo de pesquisa não atende todas as especificidades da clientela, mas é mais fácil de realizar, por que não se detém em análises profundas do perfil do consumidor. Berlo (1998, p. 67) após realizar pesquisas com administradores de marketing e propaganda em setores de empresas de comércio, considerou que eles defendem que a tarefa da organização é satisfazer os desejos dos 43 44 mercados-alvo de uma maneira que preserve ou até mesmo aumente o bem-estar do consumidor e da sociedade. No entanto, não conhecem devidamente as formas teóricas e práticas de elaborar pesquisas com foco no comportamento do consumidor, mas apenas consideram as “variáveis”, conforme expressa os estudos de Costa (2000). Berlo (2000) aponta que os administradores se preocupam em criar métodos de fidelizar o cliente se comprometendo em proporcionar um bom atendimento, buscando a contratação de vendedores qualificados que tenham principalmente capacidade de comunicação, paciência e o bom tratamento do cliente. Os estudos demonstram, assim, a importância do bom vendedor e sua especialização para lidar com a clientela. Os vendedores e balconistas representam o elo da cadeia de comercialização mais próximo do comprador final, por isso, a importância da contratação de um profissional competente. Costa (2000) afirma que os administradores têm muita preocupação com o bom atendimento, especialmente com as reclamações dos clientes, e na resolução de problemas. Nesse aspecto, buscam neutralizar as possíveis referências negativas dos clientes descontentes, favorecendo a repetição dos negócios com aqueles clientes, gerando referências positivas sobre o modo como os problemas são resolvidos. Se as queixas são bem resolvidas, a fidelização do cliente aumenta de maneira surpreendente, como demonstram várias evidências empíricas. Costa (2000) acentua também a preocupação com a diversidade de produtos para valorizar a fidelização do cliente, a partir de mecanismos de atração para a clientela e a diversificação de produtos é um dos focos mais importantes. Mas também a diversificação de produtos para atender ao cliente não deve ser aleatória, fato que exige mais conhecimento dos gostos do cliente. 44 45 Os estudos de Cosenza (2000) sobre os processos de fidelização em empresas do ramo de varejo, demonstraram que o método de fidelização é o preço baixo e as estratégias de repassar vantagens diretas nos preços, diminuindo desperdícios, comprando à vista para receber descontos e repassar aos preços ao consumidor. Esta técnica permite conquistar e manter o cliente que busca preços baratos. Mas não atende a todas as perspectivas da clientela. Nesse contexto, analisa-se que oferecer preços baixos exigem custos logísticos. Em longo prazo, esta opção pode revelar-se decisiva na fidelização dos clientes. Atualmente muitas empresas investem em sistema de treinamento de vendedores como uma das estratégias de melhorar a atendimento ao cliente. È importante que os recursos humanos sejam treinados e capacitados, em todos os níveis, não só para melhorar a qualidade do atendimento, mas também para usar adequadamente as informações que transformam possibilidades de negócios em lucros. A estratégia de relacionamento com o cliente, pode ser definida a partir de seus gostos e necessidades nas políticas de comercialização, a partir do marketing direto realizado pela empresa. Esta é uma das propostas de Costa (2000) para as empresas de médio porte, para evitar custos elevados. Apesar da pesquisa de mercado ser uma grande estratégia de mercado, poucas empresas médias e pequenas realizam-na. E por isso, na visão de Cosenza (2000) “perdem vantagem competitiva, por não valorizar uma ferramenta tão importante, um dos instrumentos de técnica de mercado mais valiosos”. Giglio (2002: p. 39), aponta em sua pesquisa sobre fidelização de clientes em empresas de sucesso e classificou as seguintes definições de ação que os administradores e gestores devem considerar: ü Diferentes pessoas da empresa podem ter idéias diferentes em relação às coisas que os clientes valorizam. Por isso os pesquisadores de técnica de mercado da empresa devem perguntar aos próprios clientes quais são as 45 46 características e o desempenho que pretendem obter quando escolhem um produto ou um vendedor; ü Determinar a importância dos diferentes atributos. Neste caso, se pede aos clientes para que qualifiquem ou classifiquem a importância que têm diversos fatores. Se as qualificações dos clientes variam muito, eles devem ser agrupados em diferentes segmentos de clientes; ü Determinar a atuação da empresa e da concorrência em relação a diferentes valores (qualidades) para os clientes, que qualifiquem com as qualificações da importância dos valores. Na continuação se pede aos clientes que qualifiquem a atuação de cada concorrente em relação a cada atributo de qualificação; ü Estudar a forma pela qual os clientes de um segmento específico qualificam a atuação da empresa, comparando-a com uma concorrente importante específica, atributo por atributo. A chave para ter vantagem competitiva é tomar cada segmento de cliente e estudar como fica a oferta da empresa em comparação com a de seu principal concorrente. Se a oferta da empresa estiver em melhor situação que a do concorrente em todos os atributos importantes, a empresa poderá cobrar um preço mais alto e obter mais utilidades, ou poderá cobrar o mesmo preço e ganhar maior participação no mercado; ü Vigiar as mudanças dos valores dos clientes através do tempo. Embora os valores dos clientes sejam bastante estáveis em curto prazo, é provável que mudem conforme o surgimento de tecnologias e características da concorrência e conforme os clientes viverem em diferentes climas econômicos. 46 47 CAPÍTULO IV ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS QUE GARANTEM O DIFERENCIAL NO ATENDIMENTO AO CLIENTE O estudo realizado acerca do comportamento do consumidor e da fidelização do cliente, permite o conhecimento dos instrumentos e ferramentas estratégicos para utilizar no foco com o cliente. Portanto, conforme Oyakawa (1998); Pilares (1989); Giglio (2002); Dowbor (2000) consideram que os principais instrumentos de fidelização de clientes, se constituem no marketing de relacionamento, políticas de preços e promoções; planejamento estratégico; segmentação de mercado; serviços de atendimento; qualidade de departamental e treinamento de pessoal e pesquisa de campo para conhecimento do comportamento do consumidor. As empresas na atualidade utilizam os aspectos da tipologia do consumidor para buscar as necessidades individuais dos clientes e em sua satisfação. Ao analisar criticamente esses métodos, analisa-se que diferenciar clientes é sempre um processo complicado, em qualquer empresa. Desta forma, os estudos demonstraram que a pesquisa é o instrumento ideal para que o empreendedor possa identificar a forma exata de agradar um cliente exigente. 4.1 – Os principais instrumentos e ações de fidelização 4.1.1 – Estratégias de análise da tipologia dos consumidores O método de tipologia do consumidor, como forma de classificar por diferenciação as motivações que levam ao consumo, seja freqüentemente criticado e considerado um método de base tradicional que mescla aspectos comportamentais e psicodinâmicos, deve-se considerar que esta técnica permite uma equação simplificada, principalmente se for delimitada a uma área geográfica específica. 47 48 Obviamente os números e as formas de montar um modelo de diferenciação de clientes em cada empresa vão variar, assim como os critérios de corte e sua análise individual, mas é importante ficar claro que essa atividade é necessária e viável para garantir um incremento nos resultados e na rentabilidade da empresa, otimizando os recursos e investimentos. Os métodos e instrumentos utilizados nessa estratégia envolvem a pesquisa de mercado, geralmente em determinada área geográfica antes da implantação de um negócio. Esse tipo de pesquisa é mais complexo e envolve necessariamente o conhecimento das teorias de Psicologia do Consumidor, para que através do conhecimento dos estilos se possa desenvolver os recursos necessários à sua implantação. Esta tendência "holística" complementa a abordagem tradicional de categoria de produto. Esta idéia tem em vista as mudanças na sociedade, onde não basta saber como o consumidor reage a um produto específico apenas, e sim como ele se insere na cultura de determinada sociedade. "Não se trata apenas de construir uma tipologia do consumidor, e sim entender como o indivíduo se mobiliza em geral e assim prever o mercado de determinado produto", explica a antropóloga. O enfoque na Pesquisa de Campo deve envolver uma vasta gama de conhecimentos da personalidade do cliente como: gostos, características, tendências e outras questões importantes que permitam enquadrar o cliente em um perfil. Nesse contexto, Giglio (2000) explica que a pesquisa exige variadas técnicas e metodologias quantitativas e qualitativas. As teorias que permitem identificar o perfil do consumidor buscam conhecimentos científicos cada vez mais avançados, buscando analisar as causas que levam determinados consumidores a serem fidelizados pelas empresas. 48 49 Conforme Demo (1995) Apud Giglio (2002, p. 20), todas as tentativas de conhecer o perfil do consumidor conduzem à criação de explicações e relações entre os fatos, de maneira coerente, na busca de significado na propriedade lógica das relações do consumidor ai se dirigir à compra de um produto, seja pelo produto ou pelo ambiente de atendimento. Conforme Giglio (2002, p. 29) considera que é indispensável “conhecer um pouco de conhecimento científico para prever verdadeiramente que tipo de relação leva o consumidor a buscar o produto ou o ambiente empresarial”. As explicações teóricas buscadas pelos empreendedores nas análises teóricas sobre o comportamento e perfil do consumidor podem ajudar nas decisões sobre marketing e outras formas estratégicas para garantir a competitividade empresarial. Deve-se conhecer o perfil do consumidor pelas causas, sejam elas diversificadas e complexas que possam proporcionar o conhecimento mais individualizado do consumidor, a partir de seus gostos e necessidades em relação à qualidade do atendimento e dos produtos colocados à sua disposição. Costa (2000) aponta uma técnica relativamente simples: o enquadramento de clientes no perfil endêmico, ou seja, nas atitudes mais comuns percebidas dentro de efeito que permita definir um quadro de análise do comportamento do cliente. O autor cita como exemplo, os clientes que deixam para comprar sempre na última hora, os que gostam de produtos inovadores, os que compram produtos pelo preço, os clientes que visam atendimento rápido e desburocratizado, etc. A pesquisa e a observação dos dados permitem com o tempo identificar o comportamento mais plausível ao estilo do consumidor, favorecendo uma política de compras de produtos que possam se identificar ao seu perfil específico. Assim, os produtos de varejo, como roupas e sapatos são mais fáceis de identificar os gostos de preferências dos clientes. 49 50 4.1.2 – A importância da informação A informação é outro foco fundamental, para armazenar e manejar informações importantes sobre os clientes individuais. Para Peters (1989) Apud Kotler (1992 p. 211) “a informação conduz a ferramentas analíticas capazes de oferecer as condições concretas para o mapeamento do ambiente competitivo; avaliar novos paradigmas de mudanças; analisar os riscos de erros nas estratégias de marketing, e favorece a metodologia de monitoramento de ambientes de negócios”. A informação é importante portanto como um dos aspectos de averiguar à diferenciação de clientes que se constitui na produção personalizada que permitem equalizar as suas ofertas a pequenos clientes e não somente aos grandes e pode ser periodicamente revista de maneira objetiva e simples. Desta forma, permite ao empreendedor observar as variáveis que são de fato importantes para o negócio. Segundo Gomes: (...)a informação é fundamental, já que permite uma visão geral do mercado para que as decisões se antecipem sobre as tendências dos mercados e a evolução da concorrência.(GOMES, 2000, p 37) Fundamental consiste nos empreendedores detectem e avaliem as ameaças e oportunidades que se apresentam no seu ambiente para que possa definir as estratégias de desenvolvimento da empresa. Os bancos de dados deverão contemplar, ainda, registros do histórico de cada cliente sobre as coisas que ele comprou, quando, como pagou etc. O primeiro passo é tentar identificar padrões nas compras, formas de pagamento, datas das compras, volume, tipo de entrega (cliente retira ou solicita o transporte), local da entrega, entre outros fatores. 50 51 As pesquisas sobre o comportamento do consumidor e das formas de atuação na relação cliente/empresa permitem aos gerentes as informações para o estabelecimento de instrumentos de fidelização. Deste modo é importante o conhecimento dos instrumentos estratégicos de comunicação para estabelecer um contato direto com o cliente. Um dos aspectos que devem ser observados concerne à questão da concorrência local e da definição das compras pelos empresários é a possibilidade de investir em um estudo sobre os gostos e necessidades da clientela que utiliza os produtos e serviços daquela área geográfica e do ramo de atividade pretendida. Então, Gomes questiona: (...) as informações de relacionamento precisam ser compiladas ou recuperadas no momento que o contato entre a empresa e o cliente está ocorrendo para que se possa conhecer e reconhecer o cliente e desta forma direcionar produtos, serviços e ofertas completamente ajustadas a ele, que assim estará disposto a estabelecer a preferência pela marca, repetir a compra e inclusive pagar mais para obter o valor agregado que lhe é oferecido.(GOMES, 2000, p 33) A informação permite a diferenciação, seja voltada para o produto que venha a oferecer qualidade, durabilidade e bons preços ou centrada na relação de atendimento do cliente, ou simplesmente mesclar as duas categorias de qualificação, alem da rotatividade dos produtos. Contudo, deve-se considerar que nem sempre tais técnicas são suficientes para a fidelização de consumidores. A informação e a comunicação passaram a ser valorizadas no meio empresarial. Disseminando as informações, agregando valor aos indivíduos que 51 52 conseguem transformar essas informações para explorar os conhecimentos, já que há necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento e habilidade para negociação que exigem criatividade para selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações, para atender bem o consumidor. 4.1.3 – Planejamento estratégico setorizado Os empresários já perceberam que uma empresa requer ações planejadas e uma visão sistêmica ou estrutural que possam determinar meios de apreender o perfil do consumidor, suas características de consumo, o estilo do produto e as formas de melhor abordar e oferecer os produtos. Nesse contexto, amplia-se a presença do planejamento estratégico nas empresas e nos governos, que passaram a buscar mais eficiência. Assim, planejar significava conhecer, prever, alocar e gerir recursos, controlando não só os instrumentos, mas a organização como um todo. De acordo com Tubino: (...) O Planejamento Estratégico se efetiva ao encontrar equipes eficientes e eficazes, uma estrutura organizacional bem delineada e aceita, e um sistema de informações gerenciais adequado, permitindo ao corpo administrativo estabelecer o rumo a ser seguido pela organização, com vistas a obter um nível de otimização no cumprimento de sua missão. (TUBINO, 1997, p 37) Conforme Tubino, o planejamento estratégico busca maximizar os resultados esperados, a partir do uso de estratégias específicas para implementar as mudanças em determinadores setores da empresa ou em sua totalidade. (...) considera que o Planejamento Estratégico Empresarial deve ser utilizado como uma 52 53 abordagem de intervenção na organização, fundamentada em um processo participativo para orientar e conduzir a escolha das ações nos níveis microeconômico e operacional(RORIZ, 1999, p 87) Importante analisar o Planejamento Estratégico na estrutura organizacional da empresa como instrumento para orientar as reformas estruturais nas orientações reformistas e nas ações que envolvem as intervenções nos processos organizacionais. A eficácia de estratégias organizacionais internas nas relações da empresa, a iniciativa de implementar o estímulo à capacidade de organização, demonstrar liberdade e criatividade nas políticas de recursos humanos são formas de motivar a produtividade e fidelizar o consumidor. O ponto mais relevante no planejamento estratégico se direciona na identificação do perfil do consumidor, suas preferências e estilos de produtos alvos de mercado. Uma das soluções, que se apresenta como ponto de apoio e que subsidiará a tomada de decisão do administrador é, sem dúvida, o processo de avaliação do mercado, a partir da pesquisa de marketing, no sentido de relacionar os desejos e necessidades do consumidor. A avaliação do mercado pela empresa é considera da um fator importante, no que concerne à percepção do consumidor, à demanda do mercado com o máximo de diversificação de produtos e melhoria do ambiente empresarial para proporcionar satisfação no cliente. Para Giglio (...)As organizações utilizaram vários tipos de estratégias para estimular a competitividade, desde o foco voltado para o produto, o marketing, mudanças gerenciais, e outros métodos, mas a eficiência operacional, característica dos anos 90 não foi suficiente para manter o empresariado 53 54 garantido em relação ao mercado. Em um mundo globalizado, todos os concorrentes investiram em eficiência operacional, tornando-se um denominador comum.(GIGLIO, 2002, p 47) As estratégias permitem adaptar as condições da empresa aos objetivos esperados, influenciando uma nova cultura empresarial, nos setores diversos, seja em relação à demanda de produtos, ao nível de satisfação dos consumidores ou no processo produtivo. Assim, a fidelização se torna possível, quando há um conhecimento básico do comportamento do cliente, tendo por base de uma pesquisa de mercado acerca do perfil do consumidor. Conforme Belasco (1992) há uma necessidade muito grande de administradores e colaboradores para saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação de vendas com o consumidor. É fundamental a preparação para interagir com o consumidor de forma a adquirir mais e melhores sobre os fatores de estimulo e motivação para comprar os produtos, através de seus valores e hábitos. Nardy (1999) para que o estímulo às mudanças qualitativas possa ocorrer, o administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes criando comportamentos alternativos para gerenciar transformações. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com inovações. O planejamento estratégico deverá abranger posturas comportamentais que compreendam a eliminação de desatenção com as pessoas, mau desempenho em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à reação dos outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais, indiferença às necessidades da e trabalho em isolamento. 54 55 É preciso transforma-se numa pessoa melhor, saber quando seu ponto forte deixa de ser um motor de arranque e passa a ser um fardo pesado para carregar, e só se conseguirá isso através da busca de novos conhecimentos, baseando-se na melhoria de seu comportamento para melhor se adaptar ao novo ambiente inovador. A qualidade departamental é uma estratégia ligada ao planejamento estratégico setorizado que estimula mudanças específicas em setores que necessitam de atendimento qualificado como o de atendimento aos clientes. QUADRO Nº 01 – Ações do Planejamento Estratégico AÇÕES DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIRECIONADO AO CONSUMIDOR ► Criar conjuntos que não são pacotes completos e acabados, pelo contrário, são analisados e criticados para verificar possíveis faltas; ► Criar explicações que tenham alguma originalidade baseada em pesquisa criativa e não apenas repetitiva; ►Seguir as normas internacionais de pesquisa, para possibilitar debates sobre qualidade de produtos e marcas; ►Ter como ideal a objetivação, ou seja, procurar descobrir os gostos e desejos do consumidor e a realidade tal como é; ►Possibilitar algum acúmulo de conhecimento sobre o último ponto alcançado no ramo de serviços; conhecer os produtos e suas marcas; ►Identificar evidências quanto a gosto por modismos e inovações nos produtos; avaliar o comportamento do consumidor frente aos produtos sazonais; ►Analisar as questões relativas ao sexo, faixa etária, grupo social, etc; ►Proporcionar um marketing relacional com os consumidores; ►Identificar as unidades funcionais atuando isoladamente, sob o controle da respectiva gerência, com relação de inter-dependência com clientes e colaboradores internos; ►Sistematizar e organizar o trabalho por tarefas segmentadas, facilitando o controle e a responsabilização dos erros e falhas nos serviços e produtos; ►Cenarização de curto prazo, com busca de resultados imediatos. Fonte: Adaptado de Giglio (2002, p. 11) 55 56 A criação de estratégias poderá criar relações consistentes com o consumidor? Entende-se que a criação de estratégias depende de um tempo determinado para a realização e as tomadas de decisões visando o bom desempenho do exercício. Conforme Roriz (...)O planejamento estratégico é o ponto chave para a saída da crise, juntamente com a mudança de antigos paradigmas empresariais para uma nova política econômica, que seja mais identificada com a realidade das transformações no mundo da economia e do trabalho. Portanto, as mudanças devem ser vistas como um processo contínuo, nos quais as empresas precisam criar métodos eficientes.(RORIZ, 1999, p 47) O planejamento estratégico favorece as relações humanas e a capacidade de gerir talentos em busca de habilidades e liderança, investindo sempre no controle e na avaliação dos problemas internos da organização. As empresas não funcionam na base da pura improvisação. A estratégia empresarial é basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das oportunidades e das ameaças do ambiente onde opera a empresa, bem como a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessidades e demandas do mercado ou em competir sob condições de risco com os concorrentes. Assim, a estratégia deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais com a capacidade empresarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o que a empresa quer e o que ela realmente pode fazer. O planejamento estratégico permite identificar as áreas que necessitam de políticas definidas para a implementação de estratégias relativas à fidelização do consumidor. Conforme Kotler: 56 57 (...)A estratégia competitiva depende de ações específicas em setores que estejam debilitados na empresa, ou em um modo geral em todo o ambiente empresarial. A visão setorial permite uma avaliação dos problemas que se concentram em determinadas posições concorrenciais. Assim, cabe ao administrador realizar um levantamento analítico, que possa abranger vários pontos negativos e fracos que dificultam a concorrência no mercado.(KOTLER, 1990, p 77) Assim, compreende-se que na reestruturação das empresas em nível global ou setorial, as mudanças estratégicas devem ser apoiadas numa visão ampla dos processos empresariais, desde as condições relativas à análise de mercado, quanto à conjuntura interna em tendo por base na integração e cooperação dos colaboradores da empresa. Considerando que as estratégias voltadas para a satisfação do consumidor dependem basicamente da melhoria nos aspectos relacionados aos recursos humanos com o aprimoramento de serviços, a partir da identificação de métodos de motivação e qualificação do trabalho. A análise qualitativa dos resultados em curto prazo permite relacionar as ações nas áreas de serviços a serem empreendidas nas práticas administrativas de gestão e recursos organizacionais a fim de imprimir o planejamento estratégico, com visão no momento de alocar recursos e o uso deles de forma racional, lógica e em curto prazo. 57 58 QUADRO Nº 02 – Descrição das áreas de decisão Áreas de decisão Descrição Instalações (melhoria ambiental) Qual a localização geográfica, tamanho, volume e mix de preferência da clientela na área local. Capacidade de inovação Qual o nível, como obtê-la e como incrementá-la. Tecnologia Quais equipamentos e sistemas, com que grau de automação e flexibilidade, como atualizá-la. Integração vertical Qual política a implementar com os consumidores novos e clientes antigos; e política de recursos humanos. Organização Qual a estrutura organizacional, nível de centralização, formas de comunicação e controles das atividades. Recursos humanos Como desenvolver, avaliar, motivar e remunerar a mão-de-obra. Qualidade Planejamento estratégias consumidor e controle relativas Novos produtos/Inovação de ao Atribuição de responsabilidade, que controles, normas e ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de comparação em relação a outros nichos do ramo. Que sistema estratégico empregar, que política de compras e estoques, que ritmo de ações manter e formas de controles de melhoria de atendimento da satisfação dos consumidores. Com que freqüência lançar e em que períodos do ano, como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos. Fonte: Tubino (1997, p. 42). As empresas não funcionam na base da pura improvisação. O planejamento estratégico é basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das oportunidades e das ameaças do ambiente onde opera a empresa, bem como a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessidades e demandas do mercado ou em competir sob condições de risco com os concorrentes, a fim de criar formas alternativas de mudanças com base em estratégias. A estratégia deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais com a capacidade empresarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o que a empresa quer e o que ela realmente pode fazer. A estratégia constitui uma abordagem integrada, relacionando as vantagens da empresa com os desafios do ambiente, no sentido de assegurar o alcance dos objetivos básicos da empresa. Todavia, a estratégia se preocupa com o "o que fazer" e não com "como fazer". Em outros termos, a estratégia exige toda uma implementação dos meios necessários para a sua execução. Como 58 59 esses meios envolvem a empresa como um todo, trata-se aqui de atribuir incumbências a todos os níveis (ou subsistemas) da empresa: o nível institucional, o nível intermediário e o nível operacional. E a implementação exige planejamento. Isto é, a estratégia empresarial precisa de um plano básico - o planejamento estratégico- para a empresa poder lidar com todas estas forças em conjunto. E o planejamento estratégico precisa apoiar-se em uma multiplicidade de planos situados carreira abaixo dentro da estrutura da organização. Para levar adiante o planejamento estratégico requer planos táticos e cada um deles requer planos operacionais, combinando esforços para obter efeitos cinegéticos. Em outros termos, o planejamento estratégico é definido no nível institucional da empresa e exige a participação integrada dos demais níveis empresariais: do nível intermediário por meio dos planos táticos e do nível operacional por intermédio dos planos operacionais. Uma das principais ferramentas que viabiliza as condições de produção de um atendimento diferencial é o Planejamento Estratégico Setorizado, ou seja, mudanças específicas nos setores ou departamentos que apresentam necessidades de melhorias e estratégias para angariar resultados à curto prazo. O uso desta ferramenta é importante na eficácia nos processos de gestão para um planejamento de vendas e do produto que exige vários fatores organizacionais e situacionais como: levantamento de dados; conhecimento do ambiente, dos objetivos e da definição das ações estratégicas, que estão condicionadas a um método organizado. Portanto, as estratégias são essenciais quando se trata de conhecer as necessidades e desejos dos consumidores e do mercado a ser atendido e da receptividade do produto. A análise de planejamento estratégico se constitui de uma premissa básica, realizada através de avaliações constantes que possam permitir a mensuração de resultados ou benefícios significativos decorrentes do processo 59 60 de formulação de estratégias, visando um conjunto comum de metas, novas estratégias ou a manutenção daquelas que são eficazes. Nesta análise devem ser considerados aspectos como: a satisfação dos consumidores, o aumento da procura de produtos, a satisfação quanto ao preço, facilidade de crédito e processo de tomada de decisões rápido, objetivo e eficaz. Assim, deve-se analisar, por exemplo, o nível de valorização dos recursos e as competências, com a introdução das inovações necessárias na empresa. De acordo com Canclini: (...)O desenvolvimento dos recursos humanos é parte integrante do processo, considerando-se que o trabalhador necessita crescer na empresa, ter reconhecimento social, ter excelentes condições de se qualificar, inclusive em nível intelectual e ter autonomia no uso de sua criatividade. Um dos primeiros pontos a ser trabalhado é o incentivo à responsabilidade e o emprego de ações efetivadas a partir de objetivos e planos de ação, sendo assim estabelecido um acompanhamento do processo para que se torne efetivo e infiltrado na filosofia da empresa. (CANCLINI, 1995, p 49) A melhoria das estratégias de regulação empresarial com ênfase à qualidade depende dos bons frutos dos recursos humanos na implementação de mudanças internas em nível individual, coletivo e organizacional. Ainda conforme Canclini (1995, p. 57): (...)A estratégia constitui uma abordagem integrada, relacionando as vantagens da empresa com os desafios do ambiente, no sentido de 60 61 assegurar o alcance dos objetivos básicos da empresa. Todavia, a estratégia se preocupa com o "o que fazer" e não com "como fazer". Em outros termos, a estratégia exige toda uma implementação dos meios necessários para a sua execução. E a implementação exige planejamento. Isto é, a estratégia empresarial precisa de um plano básico: o planejamento estratégico, para a empresa poder lidar com todas estas forças em conjunto. (CANCLINI, 1995, p 57) Entende-se que para que os administradores possam levar adiante o planejamento estratégico requer planos táticos e cada um deles requer planos operacionais, combinando esforços para obter efeitos cinegéticos, que exigem a participação integrada de todos os colaboradores da empresa. Conforme Giglio (...)Um planejamento estratégico com base no perfil do consumidor, necessita de estratégias claras, tendo-se em mente que cada pessoa é única em sua existência concreta, nas mínimas emoções e nos sonhos diários. Por outro lado, por ser humano, cada um demonstra e recria alguns padrões fornecem universais o de pano de comportamento fundo da que sua particularidade.(GIGLIO, 2002, p 41) Constata-se que sendo cada pessoa única em sua existência, ao mesmo tempo pode representar padrões grupais. Assim sendo, provavelmente, os administradores terão mais disponibilidade para acatar novos conhecimentos, tendo como alvo, a qualificação e excelência profissional. O Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de mudanças da 61 62 organização, e se essa nova concepção de organização for introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma sociedade. Dar ênfase ao planejamento estratégico em empresas de pequeno e médio porte certamente refletirá em benefícios significativos decorrentes do processo de formulação de estratégias, visando um conjunto comum de metas. Para Pilares (1989), “as premissas básicas para um bom planejamento, a definição da visão, da missão, dos valores e dos objetivos estratégicos da empresa”. Já a análise competitiva é primordial para o desenvolvimento de um negócio de qualquer porte. Nesta análise devem ser considerados aspectos como: o que está dirigindo a concorrência no segmento de negócios que a empresa atua; de que forma este segmento de negócios irá se desenvolver; que atitudes estão tomando ou tomarão os concorrentes e qual a melhor maneira de responder a isto de forma competitiva. Por meio do planejamento estratégico e da análise de itens como: a concorrência; os compradores e fornecedores; os sinais do mercado; os movimentos competitivos; o mapeamento de grupos estratégicos e o cenário em que atua, uma empresa poderão definir seu melhor posicionamento para competir a curto, médio e longo prazo. O desenvolvimento de uma estratégia competitiva é, em essência, o desenvolvimento de uma fórmula ampla que balizará o modo como uma empresa irá competir, quais serão suas metas a curto, médio e longo prazo, e quais serão as políticas necessárias para o efetivo cumprimento destas mesmas metas. Segundo Kotler (1992), existem cinco forças competitivas, a entrada, ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e rivalidades entre os atuais concorrentes - alertam para o fato de que a concorrência não está limitada aos participantes estabelecidos. 62 63 Para fazer frente a essas forças competitivas existem três abordagens estratégicas genéricas que podem trazer ótimos resultados: liderança no custo total, diferenciação e enfoque. Embora muito difícil, empresas que conseguirem incluir mais de uma destas abordagens no seu alvo primário estarão mais próximas de bons resultados no cenário competitivo. O planejamento permite prever um crescimento real e garantido, principalmente pela manutenção da competitividade por meio da inovação e da produtividade. O cenário atual, composto de mercado e ambiente empresarial altamente dinâmico e mutável, exige que, além do planejamento, as empresas tenham também capacidade de resposta imediata e que detenham um processo de tomada de decisões rápido, objetivo e eficaz. Para tanto, a informação precisa estar disponível para as pessoas certas, no formato esperado, no momento e local desejados. Dentro deste contexto, a informação representa um recurso de alto teor estratégico, que necessita ser maximizado como gerador de diferenciais e vantagens competitivas. A gestão estratégica da informação representa uma parte integrante e vital na gestão empresarial eficiente. 4.1.4 – As ferramentas do CRM: instrumentos de estratégia organizacional 4.4.1.1 – Internet e Correio Eletrônico Umas das principais ferramentas do CRM consistem na Internet e o Correio Eletrônico, como canais comunicativos. Com o advento da Internet surgiram as inovações técnico-científicas advindas do processo de transformações do capitalismo. 63 64 O comércio eletrônico, atualmente é um grande pólo de investimentos atrativos que mantém inúmeros serviços e atividades que garantem as necessidades do mercado de capitais, esse mercado potencial da economia digital proporcionou uma grande quantidade de produtos, capitais, serviços, informações e pessoas. Um instrumento de gerenciamento de relações com consumidores que aumenta as condições de fidelização. (...)os avanços tecnológicos facilitam a integração em escala mundial, devido à agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e informações obtidos pela empresa. E nesse aspecto, forçou também a aprendizagem de tecnologia e a implementação de pesquisas em nível organizacional a fim de estabelecer melhores serviços, produtos e processos.(ALBERTIN, 1998, p 37) A Internet tornou-se a grande plataforma que impulsiona o comércio eletrônico, a informação e os diversos negócios empresariais de organização interna e externa, passam por uma nova reestruturação que a cada dia dependem do uso da rede mundial de informação para a indústria de software que levam produtos e marketing a muitos consumidores. O mercado está baseado nos conhecimentos e nas formas mais criativas de conquistar os consumidores, sendo a capacidade de organização técnica, um potencial muito importante. A Internet é uma tendência mundial cuja base é a tecnologia e o gerenciamento avançado das redes para melhor garantir a competitividade e a rede de parcerias entre as empresas. O ganho produtivo das empresas com os consumidores e negócios, busca flexibilidade para conseguir parceiros de negócios, plataformas, carreiras e redes, sendo o fator segurança e privacidade e os aspectos legais que envolvem os negócios de primordial importância. 64 65 A adoção de métodos cada vez mais tecnológicos abre espaço para um campo de pesquisas que podem gerar muitas soluções e garantir ganhos de eficiência e produtividade adquiridos pelas organizações com o comércio eletrônico, existem muitas barreiras que permanecem como verdadeiros entraves, às quais muitas delas podem ser eliminadas com implementação de uma plataforma tecnológica capaz de possibilitar o gerenciamento privativo do consumidor das informações, dos dados bancários e atividades monetárias das empresas e do comércio eletrônico. 4.1.4.2 – E-business Conforme Albertin (1998: p. 23), “o E-business pode ser estruturado em cinco níveis de maturidade abrangendo o Marketing Digital; Vendas, ou seja, geração de pedidos de compra; Pagamentos, transferência de fundos através da Web; Atendimento, entrega de produtos e Suporte, serviços pós-venda”. O E-Business é um dos principais conceitos que estão trazendo à tona, neste momento, a discussão sobre CRM. Pode-se definir o E-Business (seja business-to-consumer ou business-tobusiness) como a aplicação de tecnologias para facilitar relações de negócios. Essas tecnologias, tais como Web, sistemas de telefonia avançados, palmtops, computadores hand-held, TV interativa, quiosques de auto-serviço que devem ser suportadas por bases de dados integradas, call-centers e sistemas transacionais seguros. Para a implementação do E-Business são necessários sistemas que, de forma transparente e confiável, façam interagir diferentes empresas situadas até em fusos horários e áreas geográficas diferentes. As soluções de E-Business devem poder prover conhecimento detalhado sobre necessidades dos usuários e meios para aplicar este conhecimento em vantagem competitiva. Dentre os principais benefícios estão o aumento de vendas 65 66 a menor custo, a satisfação dos clientes e sua lealdade efetivada pela maior freqüência nas compras. Tendo-se os conceitos de CRM e E-Business, pode-se sincronizar o atendimento aos clientes através de diversos canais de comunicação, utilizando múltiplas tecnologias (sites na Web, e-mails, sistema direcionado de chamadas telefônicas, etc). Torna-se possível acompanhar interações (relacionamentos), via telefone ou pessoalmente, através do seu registro eletrônico. Essas interações podem ser solicitações e/ou reclamações. Além das informações de relacionamento, é fundamental a integração destas com transações atuais e passadas e com as preferências dos usuários, tendo-se uma visão unificada de cada cliente. Trabalhar somente com um desses subconjuntos de informações não permite a visualização dos relacionamentos de uma forma holística para ser utilizado nas interações. 4.1.4.3 – Business Intelligence (BI) e Inteligência de Negócios (IN) O conhecimento do negócio na era de competição global passou a ser chamado de Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócios (IN). Assim, BI é o resultado de um processo que começa com a coleta de dados. De acordo com Gomes (2000: p. 37), “esses dados são organizados e transformados em informações que depois de analisadas se transformam em "inteligência" que por sua vez, quando aplicada a processos de decisão garantem vantagens competitivas para a organização”. Conforme Gomes (2000: p. 37), “o Sistema de Inteligência de Negócios SIN é o processo de organização pelo qual a informação é sistematicamente coletada, analisada e disseminada, como "inteligência", aos usuários que possam tomar ações a partir dela”. No processo de sistematização do uso de inteligência voltado ao marketing relacional, os estudos e pesquisas no campo de marketing favoreceram a criação do Sistema de Inteligência de Marketing – SIM que relaciona um sistema de gerenciamento de marketing. 66 67 A utilização de instrumentos de sistema de inteligência permite aos administradores de empresa, as informações que sugerem a cenarização dos gostos e tendências dos consumidores, dos produtos e da concorrência que permitem a avaliação das ações estratégicas mais eficazes para o ritmo de mudanças no mercado. Conforme Kotler (...)As empresas estabelecem um centro de informações de marketing para coletar e disseminar informações de marketing. A equipe pesquisa a Internet e as principais publicações fazem resumos das notícias relevantes e publica um boletim de notícias dirigido aos gerentes de marketing. Essa equipe compila e arquiva informações relevantes e dá assistência aos gerentes na avaliação das novas informações. (KOTLER, 2000, p 125) Conforme se verifica, esse processo envolve coleta, análise e validação de informações sobre concorrentes, clientes, fornecedores, candidatos potenciais à aquisição. Incluem também eventos econômicos, reguladores e políticos que tenham impacto sobre os negócios da empresa. O processo analisa e valida todas essas informações e as transforma em conhecimento estratégico. O principal objetivo de um SIN e SIM é a correlação entre o aprender sobre o ambiente externo, visando o conhecimento do posicionamento competitivo da empresa, o que impulsionará mudanças internas e facilitará decisões estratégicas. 4.1.4.4 – Data Mining O objetivo do Marketing na Internet é atingir o consumidor de forma especial, definir os clientes atuais, potenciais e outros públicos de interesse. Além 67 68 disso, com a utilização de técnicas de Data Mining (Mineração de Dados) pode-se gerar um Marketing Eletrônico Personalizado, gerando e-mails customizados e sites específicos para determinado grupo de usuários. Este processo ocorre através da união de análises sobre o acesso dos consumidores com informações demográficas e com o banco de dados da companhia. Assim, com ferramentas de Data Mining (extração de dados relevantes). Conforme Machado (1993) Apud Oliveira (2000, p. 17), a solução para extrair as informações somente o data Mining permite estratégias e recursos em informações armazenadas em bancos de dados para favorecer a habilidade técnica e a capacidade humana. Pesquisas demonstram que o Data Mining (extração de dados) adota padrões de qualidade de informações sobre clientes, produtos, ofertas, e outros dados fundamentais para a cenarização do mercado. Entretanto, deve ser enfatizado que essas novas ferramentas eletrônicas não substituirão os canais tradicionais. Elas devem ser vistas como uma complementação extremamente relevante da estratégia de marketing existente nas empresas. 4.1.4.5 – Os tipos de ferramentas do CRM: Criando relacionamentos melhores A economia atual passou por muitas transformações que mexeu com a dinâmica interna das empresas, exigindo uma nova conjuntura administrativa voltada para as estratégias e mudanças organizacionais. As modernas teorias científicas apontam as formas de analisar o comportamento do consumidor sob o os diversos enfoques baseados nas teorias comportamentalistas, racionalistas, psicodinâmicas, tipológicas, existencialistas, etc. 68 69 Pode-se comprovar que as teorias do século XIX, ainda influenciam as modernas tendências sobre o comportamento do consumidor. Assim, a realização de um estudo sobre as teorias do comportamento do consumidor pode favorecer as bases de conhecimentos para compreender as metodologias de pesquisa e as melhores formas de atuação no mercado. Conforme Oliveira (2000: p. 1), “CRM ou Customer Relationship Management é um processo contínuo que compreende a aquisição e disponibilização de conhecimento sobre clientes, e que tem o potencial de permitir uma empresa vender seus serviços e produtos mais eficientemente”. O conceito parte da premissa da análise aprofundada das características e comportamento dos clientes, de modo que seja possível conhecer seus hábitos e necessidades de compra, no sentido de assegurar as estratégias de marketing eficientes. De acordo com Oliveira (2000), gerenciar o relacionamento com clientes implica um contínuo processo de interação. Entende-se que o CRM possui um conjunto de situações que envolvem a Tecnologia da Informação, o Marketing Relacional, Comércio Eletrônico, Correio Eletrônico, Mala-Direta, E-Commerce e Call Center e outras ferramentas que são essenciais para obter o melhor relacionamento com os clientes. De acordo com Oliveira (2000: p. 2), “a estratégia é obter a fidelidade, prover serviços personalizados, adquirir melhor conhecimento dos clientes e se diferenciar da competição. Através da melhor compreensão das necessidades dos clientes, é possível a segmentação do mercado para identificar onde podem ser construídas relações permanentes”. Compreende-se que os mecanismos de fidelização do consumidor dependem das ferramentas e suas condições de exercer oferecer os parâmetros para cada cliente: lucratividade, confiança e bom atendimento. 69 70 A pesquisa realizada com empresas brasileiras as práticas de fidelização, atualmente fazem parte de estratégias empresariais como foco direcionado à clientela. Os programas de fidelização baseiam-se no aprofundamento do relacionamento com os clientes, como forma de diferenciar o tratamento, buscando individualizar e personalizar o atendimento. O objetivo dos “Programas de Fidelização” busca satisfazer as necessidades do cliente e a rentabilidade empresarial. As posturas das organizações em relação a fidelização visam criar um diferencial quanto à concorrência no mercado. A importância de analisar as características dos Programas de Fidelidade, produzem a oportunidade de a empresa adotar comportamentos adequados para garantir a melhoria da qualidade no atendimento ao consumidor. A pesquisa realizada, portanto, demonstrou que os programas efetivados facilitam o alinhamento das operações de marketing e atendimento à clientela, influenciam idéias para a segmentação de mercado e outras oportunidades para a empresa empreender as ações estratégicas. Conforme Oliveira (2000: p. 6), “o CRM pode ser definido como a estratégia do contato”, levando-se em consideração que suas estratégias avançam para planos de comunicação com os consumidores. O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Neste aspecto, as ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) se constitui de uma variedade de instrumentos de pesquisas de informações, de uso de comunicação aberta, a partir da utilização de instrumentos como Mala-Direta, Telefonia (Call Centers) Telefone Mágico, Internet, Intranet, extranet, etc. De acordo com Stone (2002) Apud Oliveira 70 71 (...)As ferramentas do CRM favorecem conhecer melhor o consumidor existente e as potenciais possibilidades das empresas uma redução nos custos e um aumento da eficácia da gestão de consumidores. O meio contado (Carta, telefone, visitas de vendas) pode ser ajustado às necessidades e desejos de cada consumidor. Conhecer melhor os consumidores também permite que consumidores potenciais e de alto valor sejam almejados como compradores dos novos produtos comercializados pela empresa.(OLIVEIRA, 2000, p 230) As empresas buscaram atualmente o ambiente de negócios onde as empresas estão inseridas e têm consciência do impacto que as mudanças que ocorrem rapidamente nesse ambiente e que pode causar em seus respectivos negócios. Por isso, é fundamental aos especialistas a analise de informações sobre o mercado e desenvolver estratégias para as empresas. Assim, as integrações das estratégias de CRM foram potencializadas com a tecnologia que trouxe inúmeros novos recursos comunicativos como o advento da internet, para promover a venda de produtos e serviços, por meio de propaganda, e usos de ferramentas como e-mail, mala-direta e outros. Os meios de comunicação como a internet, aumentam o poder do usuário de selecionar as informações, determinando a quantidade e o teor do que deseja obter sobre um determinado produto ou empresa. Hoje, com a globalização, a Internet e a evolução das telecomunicações, as organizações podem definir a metodologia do compartilhamento de informações para atingir a inteligência de mercado, a partir de estratégias de atuação perante a concorrência ou mudanças políticas, econômicas, sociais e tecnológicas capazes de garantir uma vantagem 71 72 competitiva diante dos concorrentes apesar das constantes mudanças no ambiente de negócios. Neste contexto, as ferramentas do CRM se constituem em instrumentos de ação estratégica para fortalecer o contato direto com o consumidor. O foco nas necessidades do consumidor deverá constituir-se em grande preocupação, em virtude do ambiente competitivo do mercado. Portanto, uso das ferramentas devem ser instrumentalizadas de forma a atingir com a comunicação os vários tipos de consumidores. O CRM, como instrumento de marketing poderá favorecer os contatos e permitir oferecer aos clientes níveis de serviços sem precedentes, a partir das tecnologias disponíveis. As empresas de um modo geral, principalmente as de maior porte, são depositárias de grande quantidade de informações, as quais alimentam seu processo decisório no que concerne às descobertas sobre o gosto do consumidor. 4.1.5 – A estratégia do bom serviço ao cliente em processos de fidelização Umas das estratégias apontadas por (Cobra (1997); Pilares (1989) e Giglio) é a questão do desburocratizar os mecanismos de atendimento para oferecer serviços rápidos e proporcionar atmosfera agradável que seja encarada pelo cliente como entretenimento e facilidades que evitem desperdício de tempo do cliente, criar atmosfera agradável nos processos de atendimento. Conforme Pilares (1989, p. 17), fidelizar clientes consiste em manter com eles uma relação comercial intensa e duradoura, o que só se consegue se formos capazes de satisfazer as suas necessidades de produtos e serviços, de forma vantajosa para ambas às partes. A fidelização implica uma relação de confiança muito forte entre a empresa e o cliente. A empresa tem de sentir que está a fazer o melhor para os 72 73 seus clientes e estes têm de perceber que estão nas primeiras preocupações daquela. O foco de estratégia voltada para atuação da empresa para a fidelização do cliente, constitui-se do intuito de favorecer subsídios para as boas estratégias que permitam a uma empresa concorrer melhor com outras e se posicionar no mercado e esses fatores estão ligados à valorização do cliente. Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a administração de recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente se constitui na base de uma gestão eficiente. Neste contexto, como definir uma visão estratégica para a qualidade dos serviços prestados ao cliente externo? Certamente existem boas estratégias que permitem a uma empresa do ramo varejista de venda de produtos concorrer melhor com outras e se posicionar no mercado e esses fatores estão ligados a preços e custos elevados e baixos de acordo com a qualidade do produto e os fatores comparáveis, avaliar as razões da rentabilidade que a empresa atingiu e descobrir os resultados referentes, para que se possa evoluir mantendo a mesma estratégia ou modificando-a a fim de melhorar a rentabilidade. Outra forma essencial de crescimento em relação à demanda de produtos é o nível de exigência dos clientes, quanto mais exigente for o cliente mais o empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a qualidade do produto. A pressão maior sobre as empresas é o nível de concorrência que é extremamente acirrada, sendo fundamental para qualquer empresa criar um ambiente produtivo propício. Ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao cliente externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das políticas de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos individuais. 73 74 A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da organização. No âmbito da prestação de serviços prestados ao cliente, se faz necessário conhecer o que alguns autores falam sobre serviço. Segundo Albrech (2003, p. 49) “um serviço é um resultado psicológico e fundamentalmente pessoal, ao passo que um produto físico é geralmente impessoal, quanto a seu impacto sobre o cliente”. Kotler define serviço como: (...)um serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de nada. Pois, sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico(KOTLER, 2000, p 58) Quando se fala em atendimento ao público, tem-se a impressão de ser uma atividade simples e sem necessidades de muitas habilidades e depende do ser humano, de sua boa vontade, do seu conhecimento, de sua presteza, sua agilidade e seu bom senso. Trata-se de uma atividade social que muitas vezes vem intermediar e colocar em ação diferentes sujeitos em um cenário específico, visando dar uma resposta as mais diferentes necessidades. A tarefa de atendimento quase sempre é uma atividade fim, resultante de um processo que envolveu várias atividades, sendo uma atividade de caráter social, pois, envolve a organização, o funcionário e o usuário. 74 75 O caráter social do atendimento ao público reflete também a natureza do planejamento estratégico que se manifestam, sobretudo, na necessidade de criar novos meios de comunicação entre os clientes, dando visibilidade às suas necessidades, experiências e expectativas. A empresa influencia através de sua cultura, clima, estrutura organizacional, processos e seus objetivos, que em muitos casos podem conflitar com os objetivos dos colaboradores ou dos usuários. O serviço de atendimento ao público é um processo resultante da interação dos fatores acima citados bem como o comportamento do usuário, a conduta dos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente, o conhecimento do funcionário sobre os processos, a organização do trabalho, a ergonomia, as condições ambientais e instrumentais. Tais fatores funcionam como engrenagem desse processo, alimentando-os para que todos alcancem seus objetivos. Com tantos avanços tecnológicos, similaridades entre os produtos, preços ditados em função da concorrência. Um fator preponderante faz com que as empresas obtenham êxito ou fracasso no seu seguimento de atuação na busca constante de qualidade no atendimento ao seu público alvo. Segundo, a perspectiva proposta por Pilares (1989, p. 82), “O funcionário precisa ter em mente que é a ponte de ligação entre cliente e empresa. Pelo contato com o público, ele representa a organização em que trabalha. Para o cliente, o funcionário é a própria empresa”. Conforme, Albrecht (2003, p. 66) “Os administradores só podem afetar a qualidade do serviço indiretamente, dando inspiração e motivação ao pessoal de frente”. Assim, a qualidade do produto “serviço” encontra-se nas mãos dos empregados que prestam o serviço, que o “produzem e entregam ao cliente”. O público que deverá estar em constante monitoramento de seus colaboradores, avaliando-os e se for preciso reciclando-os através de treinamentos e políticas de motivação. 75 76 4.1.5 – Segmentação de mercado para atender com qualidade e diferencial A segmentação de mercado é uma estratégia das mais importantes no planejamento de ações mercadológicas, a partir da concentração, consciente e planejada, de uma empresa em parcelas específicas de seu mercado. A empresa opta voluntariamente por concentrar todos os esforços de marketing em determinado segmentos de mercados, possivelmente abandonando outros, mesmo que constituam potencial. Dessa forma, a função da segmentação de mercado é agrupar indivíduos, cujas ações esperadas aos esforços de marketing sejam semelhantes, ao longo de determinado período. Objetiva, ainda, a determinação de diferenças significativas entre grupos de compradores, separando-os, de forma a possibilitar à empresa a seleção daqueles, nos quais pareça mais conveniente concentrar esforços. Assim ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao cliente externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das políticas de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos individuais. A segmentação tem sido definida como estratégia para o conhecimento da necessidade e desejos do consumidor e do mercado a ser atendido, da receptividade do produto, levando-se em consideração os consumidores têm hábitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades e preferências diferenciadas. Assim sendo, não se pode tratar todos da mesma forma, mas buscar estabelecer os critérios de diferenciação para que se possa analisar os tipos de perfis comuns e mais complexos. Kotler (1990) reconhece que a segmentação de mercado está no cerne da estratégia de marketing. Segundo ele, a segmentação de mercado, a idéia mais recente para orientar a estratégia, começa não com a distinção de 76 77 possibilidades de produto, mas sim com a distinção de interesses ou de necessidades de clientes. De acordo com Kotler (1990, p. 177): (...)Com a segmentação é possível, às empresas concentrar esforços favoráveis para comercialmente, em em determinados serem alvos explorados decorrência de sua capacidade de satisfazer a demanda dos focos, de maneira mais adequada, combinadas entre si, proporcionando conhecimento mais individual do consumidor, bem como o domínio de tecnologia capaz de produzir bens preferidos por certas classes de compradores; maior proximidade ao consumidor final; possibilidade de oferecer bens e serviços a preços altamente competitivos; disponibilidade de pontos de venda adequados a seus produtos ou serviços e existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e exclusivamente aos segmentos visados.(KOTLER, 1990, p 177) Neste contexto para definir um programa de ações mercadológicas voltadas para o consumidor, deve-se considerar e conhecer as características desse mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis demográficas que definam, por exemplo: estilos de vida, faixas etárias, sexos e aquisição econômica. Com a pesquisa de marketing é possível, às empresas concentrar esforços em determinados alvos favoráveis para serem explorados comercialmente, em decorrência de sua capacidade de satisfazer a demanda de focos, de maneira mais adequada e combinada entre si, proporcionando conhecimento mais individual do consumidor. 77 78 Essa postura estratégica, bem como o domínio de tecnologia é capaz de produzir bens preferidos por certas classes de compradores; maior proximidade ao consumidor final; possibilidade de oferecer bens e serviços a preços altamente competitivos; disponibilidade de pontos de venda adequados a seus produtos ou serviços e existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e exclusivamente aos segmentos visados. Hersey (1999) Apud Costa (...)Um programa de ações mercadológicas devese considerar e conhecer as características desse mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis demográficas, com discrições pormenorizadas dos pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças ao empreendimento (concorrências desleais). Assim, a área geográfica, em termos de operações, exerce muita influência no negócio.(COSTA, 2000, p 112) Assim, constata-se que as ações que envolvem a pesquisa de mercado com consumidores são essenciais, estratégias que permitem determinar aspectos importantes do comportamento e perfil de consumo. 4.1.5 – As estratégias de marketing relacional com clientes O marketing de relacionamento com a clientela tem o objetivo de buscar a formação de um elo de fortalecimento das relações comerciais. Assim, é fundamental um planejamento e avaliação das formas de fidelizar o cliente, a partir de medidas padronizadas e personalizadas de atendimento. Conforme Giglio (2002, p. 51), “o marketing de relacionamento ensina a importância de cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos um relacionamento estável e duradouro”. É uma grande estratégia no conceito de atendimento ao cliente, que extrapola a prática existente em qualidade, e possibilidade de aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente a 78 79 rentabilidade. Pode-se considerar também que os vendedores e representantes de serviços que representam o elo da cadeia de comercialização mais próximo do comprador final, por isso, a importância do marketing relacional. Kotler (1999, p. 109), considera que “o marketing de relacionamento deve ter coerência de valores e atitudes, é uma forma de ver os negócios, de perceber as demandas do mercado. São posturas que influenciam cada decisão dos executivos da corporação e podem criar dilemas”. Uma das definições mais sucintas de marketing é atender a necessidades de maneira lucrativa, para o consumidor transformar uma necessidade particular ou social em uma oportunidade de negócio lucrativo. As empresas buscaram a criação de estratégias de marketing como o centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos. As estratégias criativas de relações públicas e concentrou-se em fornecer produtos de alta qualidade e em conquistar a fidelidade de longo prazo dos clientes. Neste contexto, as empresas passam a adotar procedimentos de marketing mais profissionais adotou algumas das ferramentas utilizadas em empresas cujo marketing é conduzido profissionalmente. As informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto ou serviço qualitativo. A força de vendas desempenha um papel na abertura e na manutenção de mercado para a marca, mas isso tem menos relação com o estabelecimento da imagem de marca. Profissionais de marketing de consumo decidem sobre as características, o nível de qualidade, a abrangência da distribuição e os gastos em promoção que ajudarão a marca da empresa alcançar a primeira ou a segunda posição em seu mercado-alvo. 79 80 A propaganda desempenha um papel mais forte, com o marketing relacional, em uma direção ou foco voltado para o cliente, permite conhecer suas necessidades para melhorar o desempenhado pela força de vendas, pelo preço e pela reputação com que a empresa conta no que se refere à confiabilidade e à qualidade. Considerando-se que as empresas que vendem seus produtos e serviços no mercado global enfrentam decisões e desafios adicionais quanto ao foco do cliente. Dentre todas as inúmeras definições existentes para marketing, pode-se estabelecer uma distinção entre definições sociais e gerenciais. Uma definição social mostra o papel desempenhado pelo marketing na sociedade poderá representa a própria visão da reputação da empresa e da forma como valoriza a clientela. (...)considera que o marketing de relacionamento poderá ter aplicabilidade na realidade prática das empresas que lidam com vendas e clientes se houver a devida instrumentos escolha eficazes de no estratégias processo e de compreensão do mercado atual no que concerne aos novos focos que possam garantir a competitividade.(BERLO, 1998, p 45) Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em importante instrumento de ação e os instrumentos são os meios estratégicos de permitir um atendimento diferencial. Segundo Cosenza (...)Algumas marketing empresas direto, instrumentos de preferem dependendo marketing utilizar menos para buscar o dos a fidelização do cliente. Este método se faz pela própria relação entre empresa e cliente se 80 81 constituindo em um importante meio de fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica em organizações de pequeno e médio porte.(COSENZA, 2000, p 112) Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de mercado para direcionar suas ações. De acordo com Pilares (1989, p. 44), “com o Marketing em tempo real, as ações e decisões referentes ao cliente atual e potencial precisam estar fortemente alicerçadas em informações que agilizem e otimizem todo o processo de vendas e atendimento”. Na visão de Cobra (...)o Marketing de Relacionamento e a tecnologia da Informação poderão prover a empresa de meios mais eficazes e integrados para atender, reconhecer e cuidar do cliente, em tempo real e transformar estes dados em informações.(COBRA, 1997, p 111) Toffler (1999) Apud Albrech (1993, p. 17) considera que “o processo econômico em níveis mundiais tendem a centrar suas estratégias em dois focos: na distribuição do produto ou serviço de atendimento e na fidelização do cliente”. O planejamento de ações é o ponto chave para a saída da crise, juntamente com a mudança de antigos paradigmas empresariais para uma nova política econômica, que seja mais identificada com a realidade das transformações no mundo da economia e do trabalho. 81 82 As empresas buscaram a criação de estratégias de marketing como o centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos. Conforme Gomes(2000): (...)O processo de decisão que envolve a compra e produtos pelos empreendedores para oferecer ao mercado, não pode se constituir aleatoriamente, sem levar em consideração a clientela, relacionais mercado. o reconhecimento que Nesse indicam dos as aspecto, aspectos tendências do procura de a informações sobre o mercado e o consumidor constitui-se basicamente de uma gestão estratégica.(GOMES, 2000, p 25) O eixo de avaliação do mercado, a partir do planejamento e da pesquisa antes da implantação do negócio, favorece o conhecimento das demandas de mercado e oferece as condições preliminares de estabelecer um estudo da área geográfica mais apropriada para a implantação do empreendimento. O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Para Kotler(1999) questiona esse comportamento: (...)o entendimento do comportamento de compra do consumidor representa uma das áreas mais complexas e delicadas do marketing e vem 82 83 estimulando um número crescente de pesquisas para o avanço desse tema.(KOTLER, 1999, p 101) É muito comum a utilização do termo marketing por várias organizações, para definir uma série de estratégias, muitas vezes ligadas apenas a questões de comunicação, propaganda e publicidade. Contudo, uma das formas de marketing é a propaganda. As estratégias criativas de relações públicas concentraram-se em fornecer produtos de qualidade e em conquistar a fidelidade de longo prazo dos clientes. Neste contexto, as grandes e médias empresas passam a adotar procedimentos de marketing mais profissionais e uso de ferramentas que impõe investimentos, algumas das ferramentas utilizadas em empresas, como o marketing, que é conduzido profissionalmente. As informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto ou serviço qualitativo. O marketing de relacionamento é uma estratégia para cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos um relacionamento estável e duradouro. É uma grande estratégia no atendimento ao cliente, possibilita as condições para aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente a rentabilidade. As pequenas empresas poderão direcionar o Marketing de Relacionamento como meio de fidelização do cliente. O importante é buscar um tipo de marketing que se possa desenvolver para chamar a atenção do cliente. A pesquisa do perfil do consumidor desempenha coadjuvante no marketing relacional, em uma direção ou foco voltado para o cliente. Esse instrumento permite conhecer o consumidor e suas necessidades para melhorar o desempenhado de vendas e preço. Considerando-se que as empresas que vendem seus produtos e serviços no mercado global enfrentam decisões e desafios adicionais quanto ao foco do cliente enquanto produtos e serviços de qualidade. 83 84 O marketing possui um papel desempenhado na sociedade que convive com os meios de comunicação visual e telemático, para fortalecer a reputação da empresa e da forma como valoriza a clientela. O marketing relacional poderá representar as estratégias para criar relações consistentes entre as pequenas empresas e os clientes. Entende-se que a criação de estratégias depende de um tempo determinado de marketing para a realização da fidelização. O marketing de relacionamento na concepção de McKeena, (1993) Apud Dowbor (2000, p. 93), “se constitui em uma importante estratégia que representa uma ação de inter-relação no processo de venda e compra de forma muito clara, entre vendedor e comprador nas relações e influências recíprocas entre ambos”. A observação do comportamento do consumidor permite classificar um padrão que seria repetido nos comportamentos de consumo (por exemplo, como se relacionar com atendentes, assistentes, técnicos, vendedores). Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em importante instrumento de ação. (...)Algumas marketing empresas direto, instrumentos de preferem dependendo marketing utilizar menos para o dos buscar a fidelização do cliente. Este método se faz pela própria relação entre empresa e cliente se constituindo em um importante meio de fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica em organizações de pequeno e médio porte.(COSENZA, 2000, p 112) Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente 84 85 adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de mercado para direcionar suas ações. (...) os empreendedores deverão conhecer as necessidades, hábitos e comportamentos dos clientes deverão conhecer também grandes mudanças no futuro, para os satisfazerem, será preciso implementar um marketing individual, personalizado, criando soluções adequadas a cada caso. Portanto, os empreendedores têm de continuar atentos às novas necessidades, hábitos e comportamentos da clientela, encontrando as melhores soluções financeiras para os satisfazer.(KOTLER, 1999, p 231) Desta forma, Avalia-se a importância de conhecer a clientela como estratégia competitiva. Desse modo, as estratégias deverão compreender recursos e meios de atender as necessidades com vistas a modelos padronizados e personalizados. Pilares (1989, p. 44) afirma que é mais econômico investir na fidelização dos clientes ao invés de conquistar novos. No Marketing em tempo real, as ações e decisões referentes ao cliente atual e potencial precisam estar fortemente alicerçadas em informações que agilizem e otimizem todo o processo de vendas e atendimento. As informações de relacionamento precisam ser compiladas ou recuperadas no momento que o contato entre a empresa e o cliente está ocorrendo para que se possa conhecer e reconhecer o cliente e desta forma direcionar produtos, serviços e ofertas completamente ajustadas a ele, que assim estará disposto a estabelecer a preferência pela marca, repetir a compra e inclusive pagar mais para obter o valor agregado que lhe é oferecido. 85 86 As ações de marketing relacional com o consumidor não permitem ao administrador/gerente colher resultados definitivos, já que essa continuação depende de outras condições como a melhoria no ambiente, na qualidade dos produtos e atendimento qualitativo, necessárias à satisfação do consumidor. O marketing de relacionamento poderá ter aplicabilidade na realidade prática destas das pequenas empresas que lidam com vendas e clientes ao mesmo tempo em que enfrentam uma esmagadora concorrência. As pequenas empresas devem buscar a utilização de instrumentos eficazes para garantir a competitividade. Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em importante instrumento de ação. Segundo Cosenza (...)Algumas marketing empresas direto, instrumentos de preferem dependendo marketing utilizar menos para o dos buscar a fidelização do cliente. Este método se faz pela própria relação entre empresa e cliente se constituindo em um importante meio de fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica em organizações de pequeno e médio porte.(COSENZA, 2000, p 112) O marketing direto privilegia o relacionamento com o cliente e permite qualificar os mecanismos de atendimento para oferecer serviços rápidos e proporcionar uma atmosfera agradável que seja encarada pelo cliente como facilidades que evitem desperdício de tempo do cliente enquanto desburocratização dos processos de atendimento. Toffler (1999) Apud Dowbor (2000, p. 17) considera que: (...)o processo econômico em níveis mundiais tendem a centrar suas estratégias em dois focos: 86 87 na distribuição do produto ou serviço de atendimento e na fidelização do cliente”. Neste sentido, as empresas necessitam de planejamento de ações para a saída da crise concorrencial com as grandes empresas, juntamente com a mudança de antigos paradigmas empresariais. (Dowbor,L, 2000, p 148) As empresas buscam a criação de estratégias de marketing como o centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos. Conforme Gomes): (...)O processo de decisão que envolve a compra e produtos pelos empreendedores para oferecer ao mercado, não pode se constituir aleatoriamente, sem levar em consideração a clientela, o reconhecimento dos aspectos relacionais que indicam as tendências do mercado. Nesse aspecto, a procura de informações sobre o mercado e o consumidor constitui-se basicamente de uma gestão estratégica.(GOMES, 2000, p 25) Constata-se que o foco de avaliação do mercado, a partir do planejamento e da pesquisa antes da implantação do negócio, favorece o conhecimento das demandas de mercado e oferece as condições preliminares de estabelecer um estudo da área geográfica mais apropriada para a implantação do empreendimento. Um dos aspectos que devem ser observados concerne à questão da concorrência local e da definição das compras pelos empresários é a possibilidade de investir em um estudo sobre os gostos e necessidades da 87 88 clientela que utilizam os produtos e serviços daquela área geográfica e do ramo de atividade pretendida. O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Daí é fundamental que as pequenas empresas escolham estratégias de baixo custo e de forte apelo comercial para fidelizar os clientes. Com o fator humano bem aliado ao fator tecnológico, o marketing de relacionamento mostra-se consideravelmente simples apenas caberá à empresa (o pequeno comércio) cadastrar seus clientes, montando um banco de dados completo que deverá ser constantemente atualizado. Este banco de dados poderá ser montado com o consentimento de cada um dos clientes incluídos. As estratégias utilizadas como meios competitivos são as vantagens que as empresas precisam oferecer no mercado que devem ser direcionadas aos interesses da clientela e tais aspectos conjunturais devem levar em consideração o que o consumidor procura: redução de custos, vantagem competitiva e diferenciação de produtos e processos para atingir o mercado. O objetivo de estratégia voltada para atuação da empresa para a fidelização do cliente, constitui-se do intuito de favorecer subsídios para as boas estratégias que permitam a uma pequena empresa concorrer melhor com outras e se posicionar no mercado e esses fatores estão ligados à valorização do cliente. Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a administração de recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente se constitui na base de uma gestão eficiente. De acordo com Oliveira (2002: p. 2), “a estratégia é obter a fidelidade, prover serviços personalizados, adquirir melhor conhecimento dos clientes e se diferenciar da competição”. 88 89 Nesse aspecto, os passos significativos que estimularam os empreendedores a buscar os métodos de análises para compreender e interpretar as tendências sociológicas e psicológicas associadas ao consumo é o melhor conhecimento do comportamento do consumidor que pode contribuir na orientação da gestão empresarial no que concerne à compra dos produtos. Gomes (2000: p. 25) acredita que o processo de decisão que envolve a compra e produtos pelos empreendedores para oferecer ao mercado, não pode se constituir aleatoriamente, sem levar em consideração a clientela, o reconhecimento dos aspectos relacionais que indicam as tendências do mercado. Nesse aspecto, a procura de informações sobre o mercado e o consumidor constitui-se basicamente de uma gestão estratégica. O perfil do consumidor permite o gerenciamento da qualidade, a partir do atendimento personalizado ao cliente, o que se evidencia a falta de uma estratégia de ação interna para valorizar o atendimento qualitativo. O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Kotler (1999) Apud Dowbor (2000: p. 101) considera que o entendimento do comportamento de compra do consumidor representa uma das áreas mais complexas e delicadas do marketing e vem estimulando um número crescente de pesquisas para o avanço desse tema. Um fato ainda recente aumentou a complexidade do tema: o advento da internet. Com ela, surge uma nova maneira de promover e vender produtos e serviços, sendo que uma análise mais aprofundada sobre esse assunto reside no fato de que, em meios de comunicação como a internet, aumenta o poder do usuário de selecionar as informações, determinando a quantidade e o teor do que deseja obter sobre um determinado produto ou empresa. 89 90 O estudo sobre Marketing de relacionamento tem direcionado as ações para a fidelização do cliente, com ênfase em instrumentos como mala direta, carta, internet, panfletos e outras estratégias importantes para tornar o produto e os serviços conhecidos. Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de mercado para direcionar suas ações. A preocupação também deve ser centrada no tipo de marketing que se pode desenvolver para não optar por um tipo de marketing agressivo, que possa cansar o cliente ou fazer com ele se afaste da empresa ou mesmo um tipo de marketing de relacionamento que possa atender as exigências dos clientes em suas perspectivas. O processo de planejamento do marketing relacional deve começar desde a execução da criação, estabelecimento de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e ou serviços com vistas a criar intercâmbios que irão satisfazer as necessidades dos indivíduos e organizações devem antes de tudo ser realizadas por profissionais competentes e envolve certamente investimentos que não precisam ser necessariamente altos, mas principalmente criativos para que se possa atingir objetivos operacionais concretos. Os estudiosos sobre a atuação do marketing na área relacional, ainda não conseguiram chegar a uma concepção generalizada, com suas técnicas e metodologias advindas do mercado, por exemplo no que concerne à utilização das ferramentas de marketing para a área social, alguns propõem a utilização de meios de comunicação de massa, outros concordam com a utilização de todas as ferramentas de marketing. 90 91 É muito comum a utilização do termo marketing por várias organizações, para definir uma série de estratégias, muitas vezes ligadas apenas a questões de comunicação, propaganda e publicidade. Contudo, uma das formas de marketing é a propaganda. Observa-se que algumas empresas não se preparam de forma eficaz para a realização, por exemplo, de uma propaganda. Dependendo da forma como a propaganda é realizada poderá haver efeitos negativos sobre o produto. Daí, a importância da elaboração de propagandas a partir de um planejamento. Segundo Cobra (1997), “Deve-se enfatizar na empresa as dimensões do marketing de forma ética e socialmente responsável, visando minimizar problemas”. O processo de planejamento deve começar desde a execução da criação, estabelecimento de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e ou serviços com vistas a criar intercâmbios que irão satisfazer as necessidades dos indivíduos e organizações devem antes de tudo ser realizadas por profissionais competentes e envolve certamente investimentos que não precisam ser necessariamente altos, mas principalmente criativos para que possa atingir objetivos operacionais concretos. Os estudiosos sobre a atuação do marketing na área relacional, ainda não conseguiram chegar a uma concepção generalizada, com suas técnicas e metodologias advindas do mercado, por exemplo, no que concerne à utilização das ferramentas de marketing para a área social, alguns propõem a utilização de meios de comunicação de massa, outros concordam com a utilização de todas as ferramentas de marketing. Nos dias atuais, o grande foco nas vendas é o marketing de relacionamento, ou seja, é manter a fidelização do consumidor. Sabe-se que os clientes satisfeitos não se mantêm fieis, sendo que, na primeira oportunidade, buscam o varejista que consegue torná-lo muito satisfeito (realização do seu ideal). Deste fato decorre a importância do estudo permanente para medir o grau 91 92 de satisfação do consumidor. As definições de marketing são múltiplas, desde as mais simples às mais complexas, e refletem filosofias de cada autor. Dias (2003, p.2), de forma acadêmica, conceitua marketing como sendo uma “função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição”. Composto mercadológico de marketing é a combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização. O composto mercadológico reúne quatro fatores que, segundo Kotler (2001, p. 24), “devem ser adequadamente combinados e administrados”. Definidos como estratégicos: o Produto, o Preço, a Promoção e o Ponto de Distribuição e Venda. São estes quatro elementos que a administração de marketing deve coordenar com o intuito de alcançar uma resposta eficiente em relação ao mercado. Isto significa dizer que características do produto, tais como cheiro, cor, marketing de serviços em quatro categorias: produto, preço, praça e promoção. No que tange às pequenas e médias empresas, em especial ao varejo, conhecer o conceito de composto mercadológico, aplicá-lo e atentar cuidadosamente para suas variáveis é de extrema importância no atual cenário econômico. Assim como qualquer outro meio que comercializa bens ou serviços, o varejo também sofre com a ação da concorrência, pois a função do varejo não é somente fazer a distribuição dos produtos oferecidos pelos fabricantes, ou seja, o varejo também se preocupa em buscar um diferencial para se destacar em meio à concorrência. 92 93 4.1.6 – A visão estratégica orientada para o serviço de atendimento Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a administração de recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente se constitui na base de uma gestão eficiente. Certamente existem boas estratégias que permitem a uma empresa do ramo varejista de venda de produtos concorrer melhor com outras e se posicionar no mercado e esses fatores estão ligados a preços e custos elevados e baixos de acordo com a qualidade do produto e os fatores comparáveis, avaliar as razões da rentabilidade que a empresa atingiu e descobrir os resultados referentes, para que se possa evoluir mantendo a mesma estratégia ou modificando-a a fim de melhorar a rentabilidade. Conforme Porter(2000): (...)Vários fatores se conectam para produzir a satisfação do cliente: qualidade no atendimento, funcionalidade, excelente distribuição e bom atendimento, mas tudo esse trabalho só será recompensado em ambiente propício. Outra forma essencial de crescimento em relação à demanda de produtos é o nível de exigência dos clientes, quanto mais exigente for o cliente mais o empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a qualidade do produto. A pressão maior sobre as empresas é o nível de concorrência que é extremamente acirrada, sendo fundamental para qualquer empresa criar um ambiente produtivo propício.(PORTER, 2000, p 11) Ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao cliente externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das políticas 93 94 de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos individuais. A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da organização. 4.1.7 – Treinamento de pessoal para a qualidade no atendimento ao cliente Toledo (1989, p. 145) “considera que o treinamento de pessoal é a marca estratégia das novas empresas”. Neste contexto, a política de treinamento busca conscientizar o profissional para a necessidade de melhorar a qualidade dos serviços, implementar as habilidades e criatividade para atender melhor a clientela. O gerenciamento de Recursos Humanos tem por finalidade qualificar recursos disponíveis, de modo que estes possam garantir a melhoria dos processos internos nas organizações e nos departamentos que dependem de resultados de desempenhos. Conforme Moller (1992, p. 119): (...)A qualidade departamental de vendas pode ser definida como o quanto um departamento como um todo satisfaz as exigências e expectativas técnicas e humanas dele mesmo e do mundo exterior. (...) As metas de qualidade de um departamento devem ser atualizadas e revistas constantemente.(MOLLER, 1992, p 119) O treinamento de recursos humanos, notadamente aspectos que envolvem recursos humanos e atendimento direito ao público ou cliente externo devem envolver uma relação entre colaborador e o cliente, permitindo a confiabilidade deste no desempenho dos serviços prestados. A empresa 94 95 necessitará desenvolver políticas de investimentos em recursos humanos qualificados, para oferecer condições de estimular uma cultura voltada para a qualidade nas vendas. A qualidade departamental, portanto, é voltada para as vendas de produtos no comércio varejista deverá ter uma política específica com técnicas e métodos que favoreçam a aquisição de conhecimentos em educação, a partir da implantação de treinamento de pessoal. Tais estratégias de desenvolvimento de recursos humanos permitirão ao gerenciador intervir nos processos de melhoria de qualidade no atendimento ao cliente externo. A utilização de recursos para formação de capital humano é antes de tudo, uma forma de valorização do colaborador e da ética de suas relações dentro do trabalho, o que se pode chamar na visão de Toledo, (1989: p. 119) de “valores sociais”. O treinamento favorece as referenciais que devem integrar o planejamento das vendas para o gerenciamento da qualidade, a partir de nova reestruturação do trabalho através dos recursos humanos da organização para incentivar medidas para conquistar os consumidores, a partir da qualidade do atendimento, sendo a capacidade de organização dos recursos humanos, o grande potencial para a produtividade e qualidade dos serviços. As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pela quais as empresas devem atingir os objetivos definidos, permitindo condições para o alcance de objetivos individuais. Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais adequados às suas necessidades e realidades. As orientações para a implementação de políticas estão subordinadas à filosofia de qualidade e deverão ser dotadas da necessária flexibilidade, adaptando-se aos objetivos e focos das empresas. Segundo Gil (1994: p. 63), “o treinamento nas empresas tem sido desenvolvido segundo enfoques diferentes ao longo do tempo, quando o treinamento só poderia visar, naturalmente, os aspectos físicos do trabalho”. Atualmente, o treinamento abrange também o desenvolvimento pessoal e as habilidades necessárias para o crescimento profissional. Tais progressos na criação de Programas de Treinamento oferecem as condições de capacitar os colaboradores para o desempenho das tarefas diárias, seja na produção de serviços ou no atendimento ao cliente externo. 95 96 A educação é uma contínua reconstrução da experiência pessoal do colaborador, na verdade, essa é caracterizada pela observação e prática do cotidiano relacionado ao trabalho e suas funções. Educando-se continuamente, o indivíduo é profundamente influenciado pelo meio onde vive e trabalha. Figura Nº 01 – Os aspectos do treinamento para a qualidade departamental Por que treinar? O que é treinar? ▪ Treinar para a qua-lificação do atendimento; ▪ Capacitar o ser humano pa-ra desenvolver com eficiências suas tarefas; ▪ Treinar para atender ao grau de exigência do cliente; Educar para uma contínua reconstrução da experiência pessoal e profissional; ▪ Treinar para o uso de novas ferramentas e instrumentos de qua-lidade. Qualificar recursos humanos para a melhoria dos resultados. Fonte: Moller Claus (1993, p. 1) Segundo Chiavenato (1991, p. 23), desde seu nascimento até sua morte, o ser humano vive numa constante interação com o meio ambiente, recebendo e exercendo influências em suas relações com ele. Educação é toda influência que o ser humano recebe do ambiente social, durante toda a sua existência, no sentido de adaptar-se às normas e valores sociais vigentes e aceitos. O ser humano, todavia, recebe essas influências, assimila-as de acordo com suas inclinações e predisposições e enriquece ou modifica seu comportamento dentro dos seus próprios padrões pessoais. Torna-se praticamente impossível separar o processo de treinamento da reconstrução da experiência individual. Isso porque a educação envolve todos os aspectos pelos os quais a pessoa adquire compreensão do mundo que a cerca, 96 97 bem como a necessária capacidade para melhor lidar com seus problemas e com os outros. Figura Nº 02 – A finalidade do treinamento para a qualidade departamental O que visa o Treinamento? • Visa maximizar a qualidade do atendimento ao cliente em relação a produtos e serviços de assistência técnica, vendas de peças e reposição. Fonte: Moller Claus (1993, p. 1) O conceito moderno de treinamento está enquadrado dentro de uma concepção sistêmica cujo centro é o centro da ação, onde o treinamento visa o aumento da produtividade por meio da capacitação e da interação dos colaboradores com o ambiente de trabalho. Os cursos de treinamento são projetados em curto prazo, buscando um propósito definido e específico. Segundo Carvalho e Nascimento: (...)O treinamento é o processo de ajudar o indivíduo a adquirir eficiência no seu trabalho presente, futuro através de apropriados hábitos de pensamento e ação, habilidades, conhecimentos e atitudes. Neste contexto, o treinamento é forma de educação especializada, propósito é preparar uma o vez indivíduo que para seu o desempenho eficiente de uma determinada tarefa que lhe é confiada. A importância da manutenção de um programa de treinamento e qualquer atividade que vise à qualificação, criação de 97 98 comportamento, formação ou aperfeiçoamento pessoal.(NASCIMENTO, 1997, p 118) Conforme os autores citados, o treinamento oferece muitas experiências e hábitos, mudanças de comportamento, ou seja, a criação de atitudes e comportamentos positivos em relação aos objetivos da empresa e a ênfase à importância da boa didática na apresentação dos programas de treinamento. Segundo Chiavenato (1979, p. 31), “o treinamento é um ato intencional que viabiliza meios para possibilitar aprendizagem, que é intrínseca”. Portanto, a partir do feedback positivo surge dentro do indivíduo os resultado de seus esforços, por isso o treinamento deve orientar, de forma planejada, esta aprendizagem no sentido positivo e benéfico, a fim de motivar o indivíduo a desenvolver conhecimentos, atitudes e habilidades que beneficiarão a ele mesmo em primeiro lugar e, em conseqüência, a empresa. Ainda Chiavenato (1997, p. 44), afirma que o treinamento é um processo educacional através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de seus cargos. É um processo educacional porque visa à formação e preparação das pessoas. Como processo educacional, o treinamento envolve três tipos de conteúdos, segundo Chiavenato (1997, P. 44), a saber: ♦ Transmissão de informações e de conhecimentos: O treinamento geralmente tem por conteúdo a transmissão de informações e de conhecimentos necessários ao cargo a ser ocupado. Geralmente, um programa de integração na empresa; ♦ Desenvolvimento de Habilidades: O treinamento também se destina a desenvolver certas habilidades e destrezas relacionadas com o cargo atual ou futuro, para o desenvolvimento de habilidades nas tarefas (Vendas, manuseios de sistemas, conhecimento técnico do produto e do cliente); 98 99 ♦ Desenvolvimento ou mudanças de atitudes: A maioria das organizações defronta-se com o problema da necessidade de renovação constante em uma época de intensa mudança e inovação que exigem mudanças comportamentais como: capacidade de decisão, consciência de sua importância na organização, aprender a lidar com desafios, etc. ♦ Desenvolvimento do nível Conceitual: O treinamento pode ser conduzido no sentido de desenvolver um alto nível de abstração, seja para facilitar a aplicação de conceitos na prática administrativa ou para elevar o nível de generalização desenvolvendo pessoas que possam pensar em termos globais. Chiavenato (1990; p. 46), “sem o treinamento, as pessoas estão despreparadas para a execução de suas tarefas de forma eficiente”. O treinamento tem por objetivo oferecer eficiência e qualidade operacional, que resultem em benefícios, tanto para a sociedade como para o Estado. Assim, destaca-se a importância do treinamento para a empresa e os colaboradores na medida em que proporciona a excelência do trabalho. 4.1.8 – Qualidade departamental A qualidade departamental é um pré-requisito importante para a qualidade. Portanto, além da busca da qualidade de produtos e serviços e a qualidade da empresa, a preocupação com a interação e organização dos departamentos fazem parte integrante deste processo. Considerando-se que maior parte do trabalho realizado por empresas e organizações é feita por grupos de pessoas, a interação entre estas favorece a melhoria dos serviços internos. Conforme Moller (1992, p. 119): (...)A qualidade das realizações de uma empresa ou organização não é somente o resultado do desempenho de cada pessoa, mas também reflete 99 100 os esforços coletivos do grupo. Trabalhar com qualidade pessoal cria uma consciência de qualidade que, por sua vez, afeta a qualidade dos produtos e serviços de forma positiva. Entretanto, não são conseguidos resultados consideráveis e mensuráveis até que a organização comece a trabalhar com o nível da qualidade dos esforços conjuntos dos diferentes departamentos: pesquisa e desenvolvimento, produção, vendas, marketing, administração, compras, distribuição, finanças, processamento de dados, pessoal, treinamento, etc.(MOLLER, 1992, p 119) Portanto, compreende-se que a qualidade departamental é um ponto de referência na organização, levando-se em consideração que a excelência dos serviços depende da inter-relação direta entre os diversos departamentos. O desempenho geral exige ações conjuntas e informações que permitam o estabelecimento de feedback entre todos os colaboradores na organização. Segundo Moller(1992): (...)a qualidade departamental pode ser definida como o quanto um departamento como um todo satisfaz as exigências e expectativas técnicas e humanas dele mesmo e do mundo exterior. As exigências precisam ser claramente definidas, antes que possam ser satisfeitas. Uma das tarefas vitais de um gerente de departamento é definir claramente - com sua equipe - as metas de qualidade para as funções, produtos e serviços do departamento.(MOLLER, 1992, p 119) Assim, a gerência deverá responsabilizar-se pela organização de planos de metas, como processos a serem atingidos pelas equipes dos departamentos. 100 101 A motivação para trabalhar em equipe exige certos requisitos interpessoais dos quais dependem da relação entre os colaboradores e gerência. O conhecimento geral dos processos organizacionais é um dos fatores que permitem a evolução do desempenho do departamento. Portanto, a comunicação é um fator prioritário para o desenvolvimento de ações que facilitam a qualidades dos serviços. Assim, é papel do gerenciamento assegurar que o desempenho de um departamento como, o de vendas por exemplo, para que esteja de acordo com o nível de qualidade exigido pelo cliente externo. (...)considera uma base sólida, para se trabalhar com a qualidade departamental, é criada quando os fatores de qualidade são estabelecidos pelo chefe do departamento e são entendidos e aceitos por todos os seus membros. Um departamento somente pode funcionar de maneira ótima quando são estabelecidos fatores de qualidade bem definidos e suas metas associadas. É por isso que a tarefa mais importante que os gerentes de departamentos têm diante de si é a definição das metas relacionadas a cada fator de qualidade e garantir que elas sejam atingidas.(MOLLER, 1992, p 120) A qualidade departamental fomenta o envolvimento de todos os membros voltados para o mesmo objetivo, e a sua importância nos processos de qualidade, nos sistemas produtivos assim como nas atividades administrativas, constituiu-se elemento positivo, acarretando às empresas uma série de benefícios. Entende-se que o sucesso de uma organização depende das contribuições de todos os colaboradores para assegurar a qualidade do serviço de relações humanas e interpessoais que envolve o atendimento. Os 101 102 colaboradores de contato direto são os "clientes", são na verdade uma equipe de apoio. Neste sentido, todos os colaboradores são pessoas de linha de frente, mesmo que haja uma distinção entre os colaboradores de contato e os de bastidores para garantir o bom atendimento e a qualidade nos serviços de vendas. (...)Na administração de serviços, cada grupo apóia-se no outro para manter nos níveis internos da organização, o pessoal de contato com o cliente não poderia desempenhar seu papel adequadamente. E o pessoal de contato geralmente também pode ajudar o pessoal de apoio a fazer seu trabalho. Deve haver uma associação efetiva entre o pessoal de linha de frente e o de bastidores para que toda a organização de serviço funcione eficazmente.(ALBRECHT, 2003, p 142) Numa organização verdadeiramente voltada para o serviço, todas as pessoas e unidades têm um cliente e todas as funções e todos os departamentos de uma organização de prestação de serviços estão interligados, e cada um depende dos demais, em graus diversos, para cumprir sua missão na prestação de serviços. A venda pessoal requer um treinamento cuidadoso dos vendedores que lidam com os clientes, pois precisam satisfazer suas necessidades e ouvir suas reclamações. A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e 102 103 atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da organização. No âmbito da prestação de serviços prestados ao cliente, se faz necessário conhecer o que alguns autores falam sobre serviço. Segundo Albrecht (2003): (...)Um serviço é um resultado psicológico e fundamentalmente pessoal ao passo que um produto físico é geralmente impessoal, quanto a seu impacto sobre o cliente”. Assim, um serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico.(Albrecht,K,2002, p 38) Quando se fala em atendimento ao público, tem-se a impressão de ser uma atividade simples e sem necessidades de muitas habilidades e depende do ser humano, de sua boa vontade, do seu conhecimento, de sua presteza, sua agilidade e seu bom senso. Trata-se de uma atividade social que muitas vezes vem intermediar e colocar em ação diferentes sujeitos em um cenário específico, visando dar uma resposta as mais diferentes necessidades. A tarefa de atendimento quase sempre é uma atividade fim, resultante de um processo que envolveu várias atividades, sendo uma atividade de caráter social, pois, envolve a organização, o funcionário e o usuário. O caráter social do atendimento ao público reflete também a natureza do planejamento estratégico que se manifesta, sobretudo, na necessidade de criar novos meios de comunicação entre os clientes, dando visibilidade às suas necessidades, experiências e expectativas. A empresa influencia através de sua 103 104 cultura, clima, estrutura organizacional, processos e seus objetivos, que em muitos casos podem conflitar com os objetivos dos colaboradores ou dos usuários. Assim, o serviço de atendimento ao público é um processo resultante da interação dos fatores acima citados bem como o comportamento do usuário, a conduta dos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente, o conhecimento do funcionário sobre os processos, a organização do trabalho, a ergonomia, as condições ambientais e instrumentais. Tais fatores funcionam como engrenagem desse processo, alimentando-os para que todos alcancem seus objetivos. Com tantos avanços tecnológicos, similaridades entre os produtos, preços ditados em função da concorrência. Um fator preponderante faz com que as empresas obtenham êxito ou fracasso no seu seguimento de atuação na busca constante de qualidade no atendimento ao seu público alvo. Conforme, Albrecht (2003): (...) Os administradores só podem afetar a qualidade do serviço indiretamente, dando inspiração e motivação ao pessoal de frente. Assim, a qualidade do produto “serviço” encontrase nas mãos dos empregados que prestam o serviço, que o produzem e entregam ao cliente. O público que deverá estar em constante monitoramento de seus colaboradores, avaliando-os e se for preciso reciclando-os através de treinamentos e políticas de motivação. 104 105 4.1.9 – A pesquisa de mercado e segmentação: estratégias para conhecer o cliente O ponto mais relevante na estratégia para identificar o perfil do cliente, suas preferências e estilos de produtos alvos de mercado é a pesquisa de mercado. Esta estratégia de mercado é uma das soluções, que se apresenta como ponto de apoio e que subsidiará a tomada de decisão do administrador é, sem dúvida, o processo de avaliação do mercado, a partir da pesquisa de marketing, no sentido de relacionar os desejos e necessidades do cliente. Segundo Gomes(2000): (...)a informação é fundamental, já que permite uma visão geral do mercado para que as decisões se antecipem sobre as tendências dos mercados e a evolução da concorrência. (Gomes Elisabeth, 2000, p 66) É fundamental que os empreendedores detectem e avaliem as ameaças e oportunidades que se apresentam no seu ambiente para que possa definir as estratégias de desenvolvimento da empresa. O foco de avaliação do mercado, a partir do planejamento e da pesquisa antes da implantação do negócio, favorece o conhecimento das demandas de mercado e oferece as condições preliminares de estabelecer um estudo da área geográfica mais apropriada para a implantação do empreendimento. Um dos aspectos que devem ser observados concerne à questão da concorrência local e da definição das compras pelos empresários é a possibilidade de investir em um estudo sobre os gostos e necessidades da clientela que utiliza os produtos e serviços daquela área geográfica e do ramo de atividade pretendida. Neste contexto para definir um programa de ações mercadológicas voltadas para o cliente, deve-se considerar e conhecer as características desse 105 106 mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis demográficas que definam, por exemplo: estilos de vida, faixas etárias, sexos e aquisição econômica. Com a pesquisa direcionada ao ambiente geográfico é possível, às empresas concentrar esforços em determinados alvos favoráveis para serem explorados comercialmente na área de turismo, no aproveitamento de recursos da segmentação, favorecer a criação de um produto turístico adequado e direcionado para uma determinada ação estratégica. A exemplo, as promoções e liquidações que possam ser capazes de satisfazer a demanda dos focos, de maneira mais adequadas e combinadas entre si. Daí, a importância de conhecer o perfil do cliente. Essa ação estratégica proporciona o conhecimento mais individual do cliente, bem como o domínio de tecnologia capaz de produzir bens preferidos por certas classes de consumidores do turismo, maior proximidade ao cliente final; possibilidade de oferecer produtos a preços altamente competitivos; existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e exclusivamente aos segmentos visados. Esse conjunto de vantagens propicia às empresas de eletrodomésticos, melhores condições para localizar e avaliar as oportunidades, para auxiliar o empreendedor na avaliação das forças e vulnerabilidade da concorrência, e com isso tomar decisões que possam minimizar os pontos fracos e fortalecer seus pontos fortes. Neste contexto Albertin que: (...)Um programa de ações mercadológicas devese considerar e conhecer as características desse mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis demográficas, com discrições pormenorizadas dos pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças ao empreendimento (concorrências desleais). Assim, a área 106 107 geográfica, em termos de operações, exerce muita influência no negócio.(ALBERTIN, 19998, p 112) Constata-se que as ações que envolvem a pesquisa de mercado com clientes são essenciais como estratégias que permitem determinar aspectos importantes do comportamento e perfil de consumo. A pesquisa de mercado favorece o conhecimento deste perfil, além de estabelecer um elo na elaboração do tipo de marketing, cuja implementação de estratégias específicas direcionadas aos clientes. Outra estratégia que a pesquisa ao consumidor favorece é o conhecimento das características que o consumidor busca nas compras, as suas exigências, as condições necessárias para satisfazer os desejos e necessidades do consumidor, a influência do marketing e da propaganda para a venda dos produtos, as melhores estratégias de venda e a tendência de perfil individual de cada consumidor. Tal estratégia permitirá o crescimento em relação à demanda de produtos no nível de exigência dos clientes. Assim, quanto mais exigente for o cliente mais o empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a qualidade dos serviços e produtos. As pesquisas com o consumidor, assim, permitem constatar a necessidade de ser flexível às súbitas e constantes mudanças na área de vendas o que exige dos profissionais, competências e novas posturas para estabelecer uma relação com o consumidor. A fidelização do cliente é um tipo de vínculo criado com o cliente que tem uma série de semelhanças com os relacionamentos afetivos. A satisfação da compra está ligada a certas sensações de satisfação que o consumidor imagina estar levando à satisfação da necessidade. O marketing relacional é baseado na promoção de estímulos visuais que envolvem o estabelecimento de pontos de desejos que levam ao consumo. Os consumidores podem adquirir produtos em níveis de motivação estabelecidos na sua relação cotidiana, orientadas pelas idéias, objetos e pessoas. Para Giglio(2002): 107 108 (h)O grande mérito das abordagens motivacionais é a valorização dos aspectos individuais como a personalidade, a aceitação do fluxo inconstante que envolve a consciência humana e dos mecanismos do inconsciente como estruturas dinâmicas e significativas no comportamento do consumidor.(GIGLIO, 2002, p 64) A pesquisa de mercado é um método de compreensão da representação social e o comportamento dos grupos, permitindo visualizar simultaneamente, aspectos coletivos e individuais. A análise do perfil do consumidor que está na baseada na noção de cultura e nos condicionamentos que influenciam os valores e orientamos pensamentos das pessoas. O método consiste em dividir as pessoas em características de consumo na busca de categorizar e classificar os gastos, desejos, interesse e comportamentos típicos de uma amostragem ou alvo, na busca de prever e tipo de produto e consumidor por área geográfica, variáveis demográficas, traços de personalidade e tipologias com focos motivacionais. Deve-se levar em consideração que os princípios de tipologia se baseiam em métodos complexos e arriscados em relação à previsão de vendas pelas empresas. Os traços observados no consumidor, a partir de pesquisas gerais de marketing, estão correlacionados aos traços individuais e hábitos de consumo com base em aspectos como: estilo de vida, ciclo de vida do produto, modos e compra, etc. As pesquisas empresariais que se utilizam de métodos de tipologia, categorizam os clientes em quatro tipos de consumidores: os inovadores, os adotantes, o seguidor, o acomodado ou comprador tardio. Estas classificações com relação ao consumidor favorecem o suporte necessário para a elaboração de planos de marketing em determinadas regiões geográficas do mercado. 108 109 4.2 – O feedback no atendimento a clientes O sistema é caracterizado por parâmetros. Parâmetros, segundo Bertalanfy (1995, p.12), são constantes arbitrárias que caracterizam, por suas propriedades, o valor e a descrição dimensional de um sistema ou componente do sistema como o feedback. Embora seja natural considerar o lucro como objetivo principal da empresa, a satisfação do cliente é o que realmente conduz ao lucro, porque traz vantagens competitivas mais palpáveis, como compras repetitivas, valorização da marca, participação no mercado, dentre outras. Oliveira (1996) diz que o processo de feedback (retorno das informações), aparecerá na forma de uma avaliação qualitativa e quantitativa dos resultados da atividade empresarial e do grau de atendimento às necessidades que almeja-se satisfazer. Tais informações podem ser provocadas ou aparecer naturalmente. Bertalanfy (1995) diz que o conceito de feedback é da Cibernética e refere-se à capacidade do sistema de regular seu comportamento para alcançar suas metas. O feedback pode ser negativo, quando trabalha para manter o equilíbrio do sistema quando este é ameaçado por inputs vindos do ambiente que tendem a desestruturá-lo, e positivo, quando o sistema responde ampliando o desvio vindo do exterior e, dessa forma, modificando a estrutura. O feedback é recolhido e processado e volta a entrar no sistema (regulação e retroação), medindo a tolerância para uma margem de desvio. Para Arantes (1998, p.11), o termo feedback se originou da eletrônica com o significado de retroalimentação: “qualquer procedimento em que parte do sinal de saída de um circuito é injetada no sinal de entrada para ampliá-lo, diminuí-lo, modificá-lo ou controla-lo”. 109 110 O feedback ou retro-alimentação é a saída que retorna aos membros adequados da organização para ajudá-los a refinar ou corrigir os dados de entrada. É a função de sistema que visa comparar a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido (OLIVEIRA, 1996). Bertalanfy (1995) diz que a retroação tem por objetivo o controle, ou seja, o estado de um sistema sujeito a um monitor. Monitor é a função de guia, direção e acompanhamento. Assim, a retroação é um subsistema planejado para sentir a saída (registrando sua intensidade e qualidade) e compará-la com o padrão e critério preestabelecido para mantê-la controlada dentro daquele padrão ou critério escolhido. Diz que há um estado de controle quando as operações do sistema são mantidas mediante as correções das diferenças entre a saída (resultados, produtos) e os critérios (especificações prévias e limites de tolerância). De acordo com Kotler (2000, p.321), “deve haver um esforço contínuo em ouvir (feedback) e melhorar o desempenho da empresa.” A atenção ao feedback é fundamental para essa melhoria – em todas as fases do atendimento deve-se prestar atenção ao feedback, para que haja um ajustamento das expectativas e um alinhamento do atendimento com o perfil do cliente e suas necessidades. O bom atendimento deve atender as exigências do cliente, e para isso a empresa deve ser flexível com suas normas. Muitas vezes, as necessidades dos clientes exigem um ajuste de expectativas. Kotler (2000) afirma que o atendimento é o que supera as expectativas dos clientes. É a forma como a empresa se comunica e trata o cliente que realmente fideliza o cliente ou não. 110 111 CAPÍTULO V METODOLOGIA DA PESQUISA O objetivo deste estudo monográfico é identificar as formas de atendimento diferencial na inter-relação entre preço e produto, a partir de estratégias na fidelização de clientes. Pretende-se analisar as estratégias utilizadas na atuação de mercado com a clientela. Assim, como os instrumentos utilizados para o processo de fidelização e caracterização de posturas diferenciadas, envolvendo as habilidades técnicas e operacionais. A metodologia do estudo orientou pela pesquisa bibliográfica e exploratória centrada nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram trabalhos sobre fidelização de clientes, teorias administrativas com base em comportamento humano e marketing relacional. Portanto, o estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições científicas sobre o tema, tendo com o objetivo de analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes sobre o fenômeno pesquisado, com tem base descritiva das características apresentadas pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa. Segundo Martins(2002): (...)A pesquisa tem caráter exploratório, segundo Martins (2000, p, 30) “se constitui na busca de maiores informações sobre o assunto coma finalidade formular problemas e hipóteses. ( Martins, 2002, p 30) 111 112 O estudo tem base descritiva das características apresentadas pelos vários autores sobre os fatores que prejudicam o desempenho dos enfermeiros, bem como o estabelecimento de relações entre variáveis e fatos para determinar os fatores mais preponderantes citados nos estudos de caso bibliográficos. Conforme Andrade (2003, p. 124), a pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto, facilitar a delimitação do estudo e a definição de objetivos ou formulação de hipóteses. Portanto, “através da pesquisa exploratória avaliouse a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto”. CAPÍTULO VI DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Verificou-se nessa pesquisa que a fidelização de clientes depende de várias situações que envolvem necessariamente uma relação mais efetiva com o cliente, de forma que exige também instrumentos que permitam colocar em práticas as estratégias de ação para garantir a satisfação dos clientes. Nesse sentido, o desenvolvimento de estratégias de fidelização envolve requisitos como tecnologia para o uso de informações, pesquisas e banco de dados de clientes. Portanto, aponta-se o uso de instrumentos como o CRM, nas organizações que permitem uma completa rede de relacionamento com os clientes. Percebeu-se que existem muitas variáveis no processo de fidelização, algumas mais complexas envolvendo teorias psicológicas que influenciaram a administração no Século XIX, e permitem identificar os meios de enquadrar os 112 113 clientes em perfis comportamentais. Portanto, a fundamentação psicológica dimensiona o estilo comportamental de cada consumidor. O estudo apresenta as várias formas de fidelizar clientes que são utilizadas atualmente pelas organizações. No Brasil, as pesquisas sobre o tema ainda é raro, mas muitos administradores utilizam práticas de fidelização com base em variáveis como preço e qualidade do atendimento. Portanto, aponta as principais estratégias que envolvem o marketing relacional, a força das estratégias de vendas, o planejamento estratégico, treinamento de pessoal, etc. Os planejamentos empresariais, de informações ajudam nos processos de pesquisa de marketing e de segmentação do mercado. As relações entre planejamento estratégico nos setores empresariais fazem das informações uma ferramenta tática no planejamento das estratégias de fidelização de clientes, As estratégias que fundamentam o Planejamento Estratégico Empresarial para o estabelecimento de estratégias com foco no cliente são geralmente de médio prazo, e são atualmente uma importante vantagem competitiva sobre os concorrentes. Um das estratégias mais utilizadas pelo marketing de relacionamento é o investimento na qualidade do atendimento ao consumidor. O compromisso com o bom atendimento passa por parâmetros de qualidade que muitas vezes as organizações não dispõem. É difícil exigir de um funcionário um atendimento cordial e educado se ele não possui conceitos mínimos de boa conduta ou quando a empresa não oferece meios de qualificá-lo para a missão de atender de forma personalizada. As organizações necessitam, portanto, voltar o foco para os níveis de atendimento ao cliente, no sentido de incentivar o treinamento para profissionais direta ou indiretamente envolvidos na relação com o cliente. Atualmente apenas algumas organizações começaram a oferecer excelente ambiente físico e investimento na qualificação dos recursos humanos efetivos, como procedimento 113 114 para satisfazer a clientela, a partir de uma estratégia para introduzir um tipo de valorização ao cliente. CONCLUSÃO Constatou-se que as mudanças no mercado a partir da globalização, intensificaram a necessidade de diretrizes organizacionais voltadas para o foco do cliente. O desenvolvimento da concepção de “Qualidade Total” influenciou profundamente a visão de melhoria da qualidade dos produtos e do atendimento. Nesse contexto, verificou-se a importância da Psicologia do Consumidor, para as organizações que tem o interesse em relacionar os perfis de consumidores. A pesquisa é importante agregadora de informações e pode evidenciar aspectos fundamentais sobre o desejo e necessidades dos clientes. A qualidade no atendimento depende de uma política primordial de treinamento de pessoas para atendimento ao cliente. As organizações necessitam voltar o foco para os níveis de atendimento ao cliente, no sentido de incentivar o treinamento para profissionais direta ou indiretamente envolvidos na relação com o cliente. Atualmente apenas algumas organizações começaram a oferecer excelente ambiente físico e investimento na qualificação dos recursos humanos efetivos, como procedimento para satisfazer a clientela, a partir de uma estratégia para introduzir um tipo de valorização ao cliente, observando suas necessidades. Atualmente o investimento em recursos humanos é o valor que irá diferenciar determinadas organizações em relação a outras. Uma estratégia é uma posição única, com base em uma forma diferente de atuação após adaptar as atividades essenciais à venda do produto como: marketing, produção, serviços e logística. Atualmente, vários fatores se conectam para produzir a satisfação do cliente: qualidade, funcionalidade, excelente 114 115 distribuição e bom atendimento, bom preço, mas tudo esse trabalho só será recompensado em ambiente propício. O processo de vendas é parte da qualidade total da empresa junto aos clientes, fornecedores e parceiros. Assim, a pesquisas com a clientela permitem averiguar a necessidade de consumo destes e as competências e novas posturas para estabelecer uma relação com o cliente para a qualidade do atendimento. A fidelização do cliente é um tipo de vínculo criado com o cliente que tem uma série de semelhanças com os relacionamentos afetivos. A combinação da filosofia do marketing de relacionamento, que ensina a importância de cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos um relacionamento estável e duradouro. É uma grande virada no conceito de atendimento ao cliente, que extrapola a prática existente em qualidade, e possibilidade de aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente à rentabilidade. Conclui-se que é preciso que os recursos humanos sejam treinados e capacitados, em todos os níveis, não só para melhorar a qualidade do atendimento, mas também para usar adequadamente as informações que transformam possibilidades de negócios em lucros. Assim, é fundamental, coletar muitos dados sobre o comportamento do cliente, para entender as questões referentes à propensão a consumir outros produtos da empresa. Os clientes não buscam apenas preço baixo e qualidade no atendimento, mas exigem também desburocratização dos serviços, facilidade de crédito, e motivação para comprar, quando a empresa realiza alguma estratégia diferente. A estratégia de relacionamento com o cliente, portanto, pode ser definida a partir de seus gostos e necessidades nas políticas de comercialização, a partir 115 116 do marketing direto realizado pela empresa. Esta é uma das propostas para as empresas de médio porte, para evitar custos elevados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ALBRECHT, K. Revolução nos serviços. São Paulo: Pioneira, 2003. ALBERTIN, Alberto Luís. Comércio eletrônico: benefícios e aspectos de sua aplicação. Revista da Administração de Empresas (RAE), v. 38, n. 1, jan./mar. 1998 BELASCO, James A. 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