Prof. MGM D’Oca _______________________________PPGQTA ______________________________________ MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ Substituição Nucleofílica (SN) Reações de Substituição Nucleofílica (SN) podem envolver várias combinações diferentes de espécies carregadas e descarregadas como reagentes. Os reagentes mais comuns são haletos de alquila ou sulfonatos, que são chamados de Eletrófilos, conforme ilustrado no esquema 4.1, a seguir. Estes Eletrófilos podem reagir com Nucleófilos neutros ou aniônicos. Quando o Nucleófilo é o solvente, como entradas 2 e 3 do Esquema 4.1, a reação é chamada um solvólise. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ Mecanismo das Reações SN As reações ilustradas no esquema 4.1 mostram a relação de reagentes e produtos nas reações de substituição nucleofílica, mas não dizem nada sobre o mecanismo. Conforme definido por Hughes e Ingold, analisando os casos limitantes, é possivel imaginar dois mecanismos principais: - O mecanismo de ionização (SN1, Substituição-NucleofílicaUnimolecular) e; - O mecanismo de deslocamento direto (SN 2, SubstituiçãoNucleofílica-Bimolecular). Além destes casos limitantes, existem mecanismos relacionados com ambos os aspectos de ionização e deslocamento direto. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ O Mecanismo de Ionização (SN1, Substituição-Nucleofílica-Unimolecular) O mecanismo de ionização para substituição nucleofílica prossegue por dissociação heterolítica do reagente para um carbocátion e um grupo de saída. Essa dissociação é seguida de rápida combinação do carbocátion eletrofílico com o nucleófilo (uma base de Lewis) presente no meio. No mecanismo de ionização a etapa de ionização é a etapa lenta e determinante da reação que exibe cinética de primeira ordem, com a taxa de decomposição do reagente (R-X) que é independente da concentração e identidade do nucleófilo. O símbolo atribuído a este mecanismo é SN1, de Substituição Nucleofílica Unimolecular. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ O Mecanismo de Ionização (SN1, Substituição-Nucleofílica-Unimolecular) O diagrama de energia potencial que representa o processo SN1 para um reagente neutro e o nucleófilo aniônico. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN1, Exemplo: Solvólise MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN1, Substituição-Nucleofílica-Unimolecular O processo SN1 é muito sensível aos efeitos de solventes, que são dependentes do tipo de carga dos reagentes. A Ionização do substrato neutros leva a uma separação de carga e e a polaridade solvente tem um efeito maior no ET (Estado de Transição). Solventes polares diminuem a energia do ET mais do que solventes com baixa polaridade ou apolares. Em contraste, a ionização de substratos catiônicos, sais como íons trialquilsulfonio, levam à dispersão da carga no ET e as taxas de reação são moderadamente retardadas por solventes polares, porque os reagentes são mais fortemente solvatados. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN1, Efeito do Solvente a) Ionização do substratos neutros, b) Ionização do substratos carregados MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN1, Estereoquimica Informações da estereoquímica dos produtos formados no processo SN1 podem ser previstos através da avaliação mecanistica da reação. A etapa de ionização leva a formação de um carbocátion que é um intermediário planar por causa de sua hibridização sp2. Se o tempo de vida do carbocátion é suficientemente longo sob as condições de reação, ele torna-se simetricamente solvatado e dá produto racêmico após a adição do Nucleófilo em um substrato oticamente puro. Se esta condição não for atendida, a solvatação é não simétrica e produto pode ser obtido também com inversão de configuração, mesmo se o carbocátion aquiral é formado. A medida de inversão depende da reação. Freqüentemente, observa-se mais que há racemização. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN1, Estereoquimica MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ Quando acontece a inversão na SN1? Na fase de dissociação o carbocátion é simetricamente solvatado. A tendência para a inversão ocorre devido a blindagem eletrostática de uma face do carbocátion pelo ânion do par iônico. Geralmente a inversão acontece quando o nucleofilo é o próprio solvente, solvolise. Exemplo: formação do (S)-(+)-2-pentanol a partir do (R)-(-)-2bromopentano na presença de água/ etanol. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ O Mecanismo de Deslocamento Direto (SN2, Substituição-Nucleofílica-Bimolecular) O mecanismo de deslocamento direto concertado prossegue através de um único e determinante ET. De acordo com esse mecanismo, o reagente é atacado por um nucleófilo do lado oposto ao grupo de saída, com quebra e formação de ligação simultânea entre os átomos. O ET tem geometria trigonal dihexagonal com um carbono pentacoordenado. Estas reações apresentam cinética de segunda ordem com termos para o reagente (R-X) e o nucleófilo. O símbolo atribuído a este mecanismo é SN2, de Substituição Nucleofílica Bimolecular. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ O diagrama de energia potencial que representa o processo SN2 para um reagente neutro e o nucleófilo aniônico. MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN2, Exemplo Energia Potencial Reação Concertada Coordenada da reação MGM D’Oca Substituição Nucleofílica ______________________________________ SN2, Estereoquimica As interações que ocorrem no processo SN2 são explicadas pelas interações de orbitais de fronteira. O orbital preenchido não ligante do nucleófilo Y associado com orbital antiligante do Carbono que tem um grande lobo leva a substituição (quebra) da ligação C−X. A aproximação do nucleófilo pelo lado contrário é favorecida porque a interação inicial é mais forte é entre o orbital preenchido do nucleófilo e o orbital antiligante do C. Esta aproximação leva no estado de transição, a formação de um orbital que tem caráter de p. A teoria do OM prevê que a reação prossiga com inversão de configuração. A aproximação frontal é desfavorecida no estado de transição