1 Análise Farmacognóstica de Cunila microcephala Benth.

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Análise Farmacognóstica de Cunila microcephala Benth. (Lamiaceae)
Alan da S. Felisbinoa, Patrícia A. Amaralb*, Vanessa M. de Andradeb
a
Acadêmico do Curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
b
Professora do Curso de Farmácia da UNESC.
a,b
UNESC, Av. Universitária n 1105, Bairro: Universitário, CEP: 88806-000, Criciúma - SC,
Brasil. *[email protected]
RESUMO: “Análise Farmacognóstica de Cunila microcephala Benth. (Lamiaceae)”.
A partir de estudos etnobotânicos identificou-se Cunila microcephala Benth.,
conhecida como poejinho e utilizada pela população da região sul de Santa Catarina, para
indicações terapêuticas também descritas para Mentha pulegium L. (poejo). Essa última
está contemplada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS
(RENISUS) para tratamento de afecções respiratórias. Realizou-se estudo farmacognóstico
a fim de detectar os metabólitos secundários presentes em C. microcephala, através de
testes de precipitação e coloração. As análises apresentaram resultado positivo para
substâncias fenólicas: taninos, cumarinas e flavonóides; não foi constatada a presença de
alcalóides,
antraquinonas,
saponinas
e
heterosídeos
cardiotônicos.
Portanto,
C.
microcephala pode ser uma espécie promissora no tratamento de doenças que apresentam
quadro de inflamação, uma vez que os compostos fenólicos são normalmente os
responsáveis pela atividade medicinal. Maiores investigações devem ser realizadas de
forma a aliar os resultados farmacognósticos com a avaliação biológica de C. microcephala.
Palavras-chave: Análise farmacognóstica, estudo etnobotânico, Cunila microcephala,
planta medicinal.
2
RESUMEN: “Análisis Farmacognóstica de Cunila microcephala Benth. (Lamiaceae)”.
A partir de estudios etnobotánicos se identificó Cunila microcephala Benth, conocida
como “poejinho” y utilizada por la población de la región sur de Santa Catarina para
indicaciones terapéuticas también descritas para Mentha pulegium L. (“poejo”). Esa última
está contemplada en la Ralación Nacional de Plantas Medicinales de Interés al SUS
(RENISUS) para tratamieto de afecciones respiratorias. Se realizó estudio farmacognóstico
con el intuito de detectar los metabolitos secundarios presentes en C. microcephala, a través
de pruebas de precipitación y coloración. Los análisis presetaron resultado positivo para
sustancias fenólica: taninos, cumarinas y flavonoides; no fue identificada la presencia de
alcaloides, antraquinonas, saponinas y heterosideos cardiotónicos. Por lo tanto la planta en
cuestión puede ser una especie interesante en el tratamiento de enfermedades que
presentan cuadro de inflamación, una vez que los compuestos fenólicos son normalmente
los responsables por la actividad medicinal; mayores investigaciones deben ser realizadas
de forma a aliar los resultados farmacognósticos con la evaluación biológica de C.
microcephala.
Palabras clave: Análisi farmacognóstica, estudio etnobotánico, Cunila microcephala, plantas
medicinales.
ABSTRACT: Pharmacognostic analysis of the Cunila microcephala Benth.
(
Lamiaceae )
Ethnobotanical studies identified to Cunila microcephala Benth., known as “poejinho”
and used by the population of the southern region of Santa Catarina (Brazil) for therapeutic
indications also described for Mentha pulegium L. (“poejo”). The latter is included in the
3
National Medicinal Plants of Interest to the SUS (RENISUS) for treatment of respiratory.
Study was conducted of pharmacognosy in order to detect the secondary metabolites
present in C. microcephala, through tests of precipitation and coloring. The analysis tested
positive for phenolic substances: tannins, flavonoids and coumarins; was not identified the
presence of alkaloids, anthraquinones, saponins and cardiotonic heterosides. So, the plant in
question can be an interesting species in the treatment of diseases that present a profile of
inflammation, since phenolic compounds are normally responsible for biological activities;
further investigation should be undertaken in order to combine the results with the biological
evaluation pharmacognostic C. microcephala.
Keywords: Ethnobotany study, Cunila microcephala, pharmacognostic analysis, Medicinal
plant.
INTRODUÇÃO
O homem através dos tempos, sempre utilizou plantas medicinais como recurso
natural. As práticas indígenas brasileiras, aliadas aos conhecimentos orientais, são
responsáveis, até hoje, pela forte influência na medicina popular. Muito inspirada nos rituais
sobrenaturais, esta medicina é, com certeza, a alternativa de muitos brasileiros,
principalmente, em regiões com infra-estrutura deficitária
Mundial da Saúde (OMS)
(1)
. Segundo a Organização
(2)
, 80% da população mundial recorre às plantas medicinais
dentro do sistema de atenção primária da saúde. O uso popular dessas plantas comprova
que há uma gama quase infinita de aplicações curativas e preventivas e que o
conhecimento – popular e científico – é imprescindível para se obter os resultados
desejados.
O estudo etnobotânico baseia-se na avaliação de interações dinâmicas do homem
com o meio ambiente
(3)
consistindo também na compreensão dos usos e aplicações
4
tradicionais dos vegetais pelas pessoas. Ligada à botânica e à antropologia, é uma ciência
interdisciplinar que também engloba conhecimentos farmacológicos, médicos, tecnológicos,
ecológicos e lingüísticos (4).
O Brasil detém a maior diversidade biológica do mundo, contando com uma rica flora
e, portanto, despertando interesse das comunidades internacionais para estudo,
conservação e utilização racional destes recursos (5).
Em meio a essa biodiversidade encontra-se Cunila microcephala Benth., uma erva
rasteira pertencente à família Lamiaceae, conhecida popularmente como poejinho e nativa
da região sul do Brasil, Argentina e Uruguai. O poejinho possui cheiro aromático, sabor
fracamente amargo
(6)
(FIGURA 1). Floresce e flutifica entre setembro e dezembro. Suas
folhas e flores são usadas em forma de chá, como estimulante, aromático, anti-espasmódico
e no tratamento de tosse crônica e infecções respiratórias (7).
FIGURA 1. Poejinho (Cunila microcephala B.). Foto: Alan Felisbino, em
Outubro/2009.
O
óleo essencial de Cunila microcephala apresenta composição química
diversificada, com presença principalmente de mentofurano (82,3- 85,1%), limoneno (2,13,8%), -cariofileno (3,3-3,9%), além de -pineno, canfeno, -pineno, sabineno, -mirceno,
1-8-cineol, -ocimeno, -terpineno, linalol, pulegona, -terpineol e germacreno D (8). Não são
conhecidos relatos de intoxicação pelo uso desta planta. No entanto, devido à presença de
um teor elevado de mentofurano, sugere-se precaução no uso desta espécie, uma vez que
5
o composto mentofurano trata-se de uma substância hepatotóxica, que em contato com o
organismo produz a formação de um metabólito eletrolítico que se liga à proteínas celulares
através de uma ligação covalente, permanecendo desta forma por mais tempo no organismo
(9)
.
Em um estudo realizado com administração isolada de mentofurano, uma vez ao dia,
por via oral em camundongos, observou-se diminuição dos níveis do citocromo P450, enzima
chave envolvida no metabolismo de xenobióticos (10).
Levantamentos etnobotânicos mostraram que C. microcephala é uma das plantas
medicinais mais utilizadas na região de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS), Brasil (11).
No sul de Santa Catarina, mais precisamente no município de Criciúma e região, por
meio dos agentes da pastoral da Saúde, há relatos de uso de C. microcephala para
afecções respiratórias. Reforçando, assim, os relatos populares de outras regiões do Brasil.
Outro fato que estimula para a investigação científica desta espécie é que esta possui a
mesma denominação popular da Mentha pulegium (poejo), planta européia cultivada no
Brasil. M. pulegium está presente na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse
ao SUS (RENISUS), a qual, na medicina popular é preconizada para afecções respiratórias,
distúrbios estomacais, dentre outras afecções
(11)
, basicamente as mesmas indicações
descritas para Cunila microcephala.
Para Cunila microcephala foram encontradas poucas referências sobre os
constituintes químicos,
não sendo encontrados dados farmacológicos, ressaltando a
carência de estudos com esta espécie nativa. Sendo assim, o presente trabalho tem por
objetivo realizar estudos farmacognósticos do material vegetal de Cunila microcephala a fim
de detectar os metabólitos secundários presentes na planta.
METODOLOGIA
6
Foram utilizadas as folhas de Cunila microcephala, para análise. O material foi
coletado no município de Grão-Pará/SC (28º 13’ 58,7” S e 49º 17’ 58,9” W) e uma exsicata
da planta, previamente identificada pela botânica Dra. Vanilde Citadini Zanette, encontra-se
armazenada no Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz da UNESC, com registro CRI 7620.
Para a identificação das classes de substâncias foram realizadas análises com as
folhas submetidas à secagem, em estufa com temperatura máxima de 40ºC e a seguir
moídas transformando-as em pó semi-fino
(12)
. Foram efetuados testes para a verificação da
presença das seguintes classes de substâncias: fenólicas: antraquinonas, cumarinas,
taninos, flavonóides; saponinas, alcalóides, heterosídeos cardiotônicos
cromatografia em camada delgada (CCD) para análise de cumarinas
(13, 14)
. Foi realizada
(15)
e heterosídeos
cardiotônicos (16).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em função da importância, o elevado número e a grande diversidade química os
metabólitos secundários despertam o interesse de pesquisadores de vários campos da
ciência que vêem neles uma fonte promissora de novas moléculas potencialmente úteis ao
homem (17).
A partir das análises fitoquímicas pôde-se fazer a identificação e determinação do
teor e grupos de metabólitos secundários existentes em C. microcephala. Essas substâncias
podem estar relacionadas à ação farmacológica atribuída à espécie descrita pela população.
A escolha da avaliação farmacognóstica sobre esses grupos de metabólitos pesquisados,
citados na tabela 1, foi norteada pelas informações científicas encontradas na literatura, uma
vez que esses compostos são, na sua grande maioria, responsáveis pelas atividades
farmacológicas associadas às plantas medicinais.
As reações de coloração e precipitação realizadas neste estudo apresentaram
resultados positivos para substâncias fenólicas tais como: taninos, cumarinas e flavonóides;
7
e não foi verificada a presença de antraquinonas, saponinas, alcalóides e heterosídeos
cardiotônicos, conforme demonstrado na tabela 1.
Classe de
substâncias
Cunila
microcephala
Reações utilizadas
Substâncias fenólicas
+
Cloreto férrico; Hidróxido de potássio.
Taninos
+
Cloreto férrico; Solução de gelatina.
Flavonóides
( )
Óxido de magnésio; Ácido
Análises espectrofotométricas.
Antraquinonas
-
Hidróxido de potássio.
Cumarinas
( )
+*
Reativo de KOH e NAOH; Visualização UV.
Saponinas
-
Água destilada e agitação em cilindro
graduado; Ácido clorídrico.
Heterosídeos
cardiotônicos
-
Reação de Baljet; Reação de Keller-Kiliani;
Reação de Salkowsky.
Alcalóides
-
+*
clorídrico;
Reativo de Mayer; Reativo de Dragendorf;
Reativo de Brouchardat; Reativo de
Bertrand.
TABELA 1. Reações indicativas de substâncias presentes em Cunila microcephala.
+: resultado positivo para reação.
-: resultado negativo para reação.
*: teste repetido.
Os testes realizados com cloreto férrico e hidróxido de potássio foram positivos para
a classe de compostos fenólicos (tabela 1).
As substâncias fenólicas pertencem a uma classe que possui grande diversidade de
estruturas; simples e complexas que apresentam pelo menos um anel aromático no qual, ao
menos, um hidrogênio é substituído por um grupamento hidroxila (18).
A atividade antioxidante dos compostos fenólicos é principalmente devido às suas
propriedades de óxido-redução, as quais podem desempenhar importante papel na
absorção e neutralização de radicais livres, quelando o oxigênio triplete e singlete ou
decompondo peróxidos
(19)
. Resultados de estudos epidemiológicos têm confirmado uma
correlação positiva entre o consumo de alimentos ricos em compostos fenólicos e uma
diminuição em vários estados de doença crônica (20), doenças coronárias e cardiovasculares
(21)
.
8
Testes microquímicos
(6)
revelaram a presença de compostos fenólicos em C.
microcephala, que fornecem um indicativo da presença de alguns metabólitos secundários,
como, por exemplo, os taninos. Esse resultado foi confirmado neste estudo que detectou a
presença de taninos condensados. Taninos são metabólitos vegetais solúveis em água,
compostos polifenólicos de diferentes pesos moleculares abundantemente encontrados na
natureza e têm a capacidade de precipitar em contato com proteínas
(21)
. Estes vêm
recebendo atenção considerável nos campos da medicina, principalmente devido à sua
atividade fisiológica, nas quais as evidências científicas atuais indicam que os taninos têm
potencial significativo como atividade antioxidante
(22)
, efeito anti-microbiano
(23)
além de
propriedade antiinflamatória (24).
Numerosos estudos concentraram-se em determinar a atividade antioxidante dos
flavonóides, que são biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides e constituem
importante classe de polifenóis
(25)
. Tais compostos possuem uma série de propriedades
farmacológicas que os faz atuarem sobre sistemas biológicos, podendo citar propriedade
antitumoral, antiinflamatória
(26,
27)
tratamento de aterosclerose
(28, 29)
, antimicrobiana, antitrombocítica, como também
. Os flavonóides juntamente com os diterpenos, são os
compostos de maior ocorrência no gênero Cunila e são descritos como bons marcadores
quimiotaxonômicos da família Lamiaceae. Apresentam-se normalmente como agliconas
livres e muito raramente na forma glicosilada, o que é uma característica dessa família
(30)
.
Estudos anteriores (31) detectaram e isolaram flavonóides do extrato de Cunila microcephala,
constatou-se a presença de 5-hidroxi-6,7,8,3’,4’-pentametoxiflavona e 5, 3’, 4’-trihidroxi-7metoxiflavonona. Ao realizar ensaios de controle de qualidade, identificação e determinação
do teor de substâncias ou grupos de substâncias ativas responsáveis pela ação
farmacológica atribuída à Cunila microcephala, por espectrofotometria de UV, dosou em
0,06% de flavonóides na amostra analisada
(32)
. Esses estudos corroboraram para confirmar
os resultados encontrados no presente estudo, onde o percentual de flavonóides encontrado
na presente análise foi de 0,282%, resultado superior ao referenciado anteriormente. Esse
fato pode ser explicado pela origem diferente das amostras, na qual em Marconatto (32) estas
9
foram adquiridas em dois estabelecimentos comerciais cuja procedência é desconhecida.
Neste estudo as amostras foram selecionadas em terreno apropriado para técnicas de
plantio e colheita, as quais podem ter influenciado em uma maior quantidade de flavonóides
à espécie colhida.
A partir de testes analisados sob luz UV em comprimento de 365 nm, verificou-se a
presença de cumarinas, que foi confirmado em CCD. As cumarinas são um grande grupo de
derivados de 1,2-benzopironas amplamente distribuídas na natureza
(33)
, são considerados
compostos de interesse farmacológico devido ao seu amplo espectro de atividades
farmacológicas,
especialmente
pelas
atividades
antioxidantes
(34)
,
anti-agregantes,
hipolipemiantes, os efeitos antiinflamatórios e vasodilatador podendo condicioná-los para o
tratamento e/ou prevenção de doenças cardiovasculares
(33, 35, 36)
, foi o que mostrou estudos
realizados in vivo, evidenciando o seu potencial terapêutico em algumas patologias
cardiovasculares (37, 38, 39).
CONCLUSÃO
Na caracterização farmacognóstica da Cunila microcephala B., os compostos
fenólicos foram detectados nos testes realizados, compreendendo, assim, taninos,
flavonóides e cumarinas. Com isso, indicam uma possível responsabilidade pela atividade
biológica descrita pela população, afecções respiratórias, uma vez que a literatura aponta
em vários estudos a ligação dos flavonóides e taninos no combate ao processo inflamatório
e como agente antioxidante.
A concentração de flavonóides detectada no ensaio foi de 0,282% caracterizando
uma concentração interessante desses compostos.
A ausência de compostos como heterosídeos cardiotônicos, antraquinonas,
saponinas e alcalóides direcionam estudos bioguiados, no sentido da escolha de testes in
vivo e in vitro na busca de informações sobre a atividade biológica.
10
As folhas de C. microcephala possuem constituintes ativos com potencialidades para
fins terapêuticos e deve ser melhor explorada. Deve-se relembrar neste momento que se
trata de uma planta nativa e utilizada pela população da região de Criciúma e poucos dados
são encontrados em literatura científica.
Portando, para futuros estudos, novos trabalhos necessitam ser realizados para
melhor investigação referente à Cunila microcephala para comprovação dos efeitos
terapêuticos/farmacológicos e seus possíveis efeitos colaterais, visando garantir uso seguro
da planta estudada, propondo medidas de controle e prevenção, resultando em melhor
qualidade de vida.
Estudos biológicos frente à genotoxicidade estão em andamento com intuito de
verificar se há dano no DNA pelo uso de infusos de C. microcephala.
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