DETERMINAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE

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DETERMINAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA
TINTURA DE ARNICA BRASILEIRA (Solidago microglossa) EM BACTÉRIAS
ISOLADAS DE INFECÇÃO URINÁRIA
PEREIRA, J. S.1; SANTOS, C. A. L.2
1
Acadêmica do 8º período do Curso de Graduação em Biomedicina das Faculdades Integradas
de Cacoal – UNESC, campus Cacoal/RO. e-mail: [email protected]
2
Biomédico. Docente do Curso de Graduação em Biomedicina das Faculdades Integradas de
Cacoal – UNESC, campus Cacoal/RO. e-mail: [email protected]
As plantas medicinais são descritas como todo e qualquer vegetal que possui substâncias que
podem ser utilizadas como fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos
semissintéticos. No Brasil, o uso de plantas com potencial terapêutico foi propagado pela
cultura indígena, e a partir da década de 50, o metabolismo das plantas passou a ser mais bem
demonstrada por fatores de defesa contra agentes patogênicos. A infecção do trato urinário é
responsável por 35 a 45% de todas as infecções adquiridas no hospital, sendo essa a causa mais
comum de infecção nosocomial, podendo ser definida por uma invasão e multiplicação
bacteriana nos tecidos, desde a uretra até os rins. Os agentes etiológicos responsáveis por mais
de 85% dos casos de infecção das vias urinárias, são os bacilos GRAM negativos e os cocos
GRAM positivos. Em razão ao aumento da resistência bacteriana aos múltiplos antibióticos,
torna-se importante a busca de novas formas de terapêutica, como o uso de plantas medicinais
que sejam precursores de fármacos semissintéticos. O estudo teve como objetivo analisar a ação
in vitro da atividade antimicrobiana da tintura de Arnica Brasileira (Solidago microglossa) em
bactérias isoladas de processo infeccioso no trato urinário. A tintura hidroalcoólica da Arnica foi
obtida no comércio farmacêutico, previamente preparada em concentração bruta (1.001µg/mL)
e, posteriormente processada em rotavapor. Para elucidar a ação in vitro da atividade
antimicrobiana da Arnica, foi utilizada a técnica de Concentração Inibitória Mínima (MIC) por
método da microdiluição em caldo nutritivo, processado em microplacas de poliestireno,
segundo a metodologia proposta pelo Manual Clinical and Laboratory Standards Institute
(2014). Para realização do MIC foi realizada a diluição seriada da tintura de Arnica até a
concentração final de 0,24µg/mL. Para análise das células planctônicas foi utilizado cepas
bacterianas GRAM negativas (Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e
Serratia liquefaciens) e GRAM positivas (Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus
epidermidis e Streptococcus bovis), isoladas de processo infeccioso no trato urinário,
confirmado por diagnóstico de Urocultura em análise qualitativa associada aos dados
quantitativos com ≥105 Unidade Formadora de Colônias por mililitros (UFC/mL). As cepas
bacterianas foram suspensas e calibradas por espectrofotometria em Densidade Óptica (D.O.)
entre 0,08 a 0,10 equivalente à 108 UFC/mL, correspondente a escala padrão de 0,5
MacFarland. Nos experimentos com bactérias GRAM negativas, nas cepas de K. pneumoniae e
S. liquefaciens, o MIC foi obtido na concentração de 500,5µg/mL da tintura, entretanto nas
cepas de E. coli e P. mirabilis, a tintura somente apresentou o MIC na concentração bruta da
tintura. Para as bactérias GRAM positivas, a tintura não foi capaz de inibir o desenvolvimento
das cepas bacterianas em nenhuma das suas diluições da tintura de Arnica. Desse modo,
conclui-se que em concentração bacteriana à 108 UFC/mL correspondente a nível igual ou
superior as infecções das vias urinárias, a atividade antimicrobiana in vitro da Solidago
microglossa apresentou MIC em concentração elevada para ação antimicrobiana contra as
bactérias GRAM negativas e sem ação inibitória para as bactérias GRAM positivas.
Palavras-chave: Fitoterapia. Solidago microglossa. Concentração Inibitória Mínima.
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