Quadro_Transtornos ansiosos_P. 5

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Erros mais comuns na atenção primária no atendimento
de um paciente com ansiedade em níveis significativos
A ansiedade pode envolver quatro situações distintas:
Os sintomas físicos ansiosos comumente associados à
suspeita de enfermidade somática são classificados em
três categorias:
Abordagens clínicas úteis para pacientes ansiosos
1. Considerar rapidamente a ansiedade como problema
psiquiátrico e encaminhar o paciente para um profissional de
saúde mental prematuramente, ou apressar-se em
prescrever um benzodiazepínico. O tratamento de rotina da
ansiedade com benzodiazepínicos não é mais apropriado que
o tratamento rotineiro da febre com penicilina. A ansiedade
é habitualmente tratada como o diagnóstico, ao invés de um
sinal para se buscar a fonte da ansiedade ou para se tentar
compreender seu significado. Se a ansiedade for um sintoma
de uma doença clínica somática ou parte de uma reação de
ajustamento do paciente a ela, o profissional de saúde deve
conversar mais especificamente com o paciente sobre seus
sentimentos.
a) ansiedade como uma resposta normal de alerta à ameaça
percebida de enfermidade médica e intervenções de
tratamento;
tensão motora: tremores, espasmos, tensão ou dores
musculares, inquietação, fadiga fácil;
ouvir, de forma calma, responsiva, não direta; sem pressa
para resolver o problema;
2. O profissional de saúde da atenção primária pode
pressupor que sabe por que o paciente “está” ansioso. Um
exemplo clássico é assumir que o paciente que será
submetido a um tratamento com quimioterapia está mais
preocupado com os efeitos colaterais potencialmente
graves do que, por exemplo, com a perda dos cabelos
(imediatamente mais grave para esse paciente em
particular).
b) ansiedade como uma manifestação sintomática de
enfermidade clínica somática, de ordem endócrina,
cardíaca, pulmonar ou neurológica;
hiperatividade autonômica: falta de ar ou sufocação,
palpitações ou taquicardia, sudorese ou mãos úmidas, boca
seca, tonturas ou vertigens, náuseas, diarreia, calorões ou
arrepios, polaciúria, dificuldade de deglutir;
explorar o significado do adoecer para o paciente;
3. O profissional de saúde da atenção primária pode
apressar-se em acalmar o paciente, dizendo-lhe que “não há
nada a temer”. Tal afirmativa pode, de fato, aumentar a
ansiedade do paciente, que pode sentir que o profissional
de saúde não está levando suas preocupações a sério. Em
vez disso, tal profissional de saúde deve garantir o suporte
contínuo e a monitorização cuidadosa da causa de sua
ansiedade.
c) ansiedade como um sintoma de intoxicação ou síndrome
de abstinência;
hipervigilância/ hiperalerta: dificuldade de concentração,
“branco na cabeça”, irritabilidade, sobressalto, nervosismo,
dificuldades em adormecer e manter o sono.
direcionar as razões conscientes para a ansiedade por
orientação direta, enquanto continua a ouvir outras
preocupações;
d) ansiedade como sintoma de um transtorno psiquiátrico
qualquer, além dos transtornos ansiosos e depressivos, nos
quais geralmente está presente.
compreender que pode ser difícil para o paciente identificar
a causa imediata da ansiedade, mas que a vontade do
profissional de
avaliar se a ansiedade está fora de proporção com a
situação e considerar consulta psiquiátrica;
oferecer suporte, por meio de conversas continuadas,
seguimento pela rede natural de apoio psicossocial,
tentando abordar preocupações no momento que são
identificadas, e considerar abordagens farmacológicas
quando indicadas.
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