Cinco passos para você conquistar sua independência financeira

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Ansiedade e medo no contexto gerencial
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Os sintomas mais comuns de ansiedade e medo no contexto gerencial se refletem
nas tendências especificadas a seguir. Além dos sintomas físicos, a ansiedade na
gerência produz tendência – às circunstâncias que se seguem.
Sensibilidade excessiva
A pessoa adquire maior dificuldade em modular emoções e se importuna facilmente
com eventos específicos, sobretudo aqueles que lembram dificuldades anteriores.
Gerentes tornam-se agressivos quando importunados. Como em determinados
setores organizacionais os problemas são recorrentes, esses eventos tornam-se
conhecidos pelos pares e subordinados, e menos por superiores – os chefes tentam
esconder sua ansiedade e mostrar mais segurança perante os superiores.
Por vezes, os subordinados evitam ou adiam a apresentação de fatos e dados que
importunam o chefe para reduzir o estresse no trabalho, prejudicando a rapidez e a
correção da decisão.
Maximização de problemas e concentração nos fatores negativos
A ansiedade perturba o funcionamento normal da mente, gerando comportamentos
inusitados e a tendência a exagerar a importância de certas situações. Muitos
chefes têm dificuldade de perceber dimensões positivas e de se sentirem seguros
diante dos problemas. A convivência com situações ameaçadoras enfatiza a
consciência sobre fatores negativos. A pessoa tende a perceber qualquer pequena
dificuldade como um grande problema.
Detalhes negativos em gráficos e tabelas são superanalisados para se estimar
possíveis danos. O mesmo acontece nas relações pessoais: exageram-se
desconfianças em pares e subordinados.
Alguns gerentes chegam a se sentir confusos diante de apoio e afetos manifestos.
Gastam tempo para esclarecer informações apenas imaginadas – produzidas na
tentativa de ler a mente alheia – e sem muita evidência para apoiar seu
pensamento, ou, ainda, agem por profecia auto-realizável – respondem como se as
coisas já fossem acontecer da forma imaginada.
Dispersão mental e transferência da decisão
Diante da pressão para a decisão, algumas pessoas vêem reduzidas suas
habilidades de compreender e de julgar eventos. Adquirem uma inibição de pensar,
de raciocinar sobre situações problemáticas e, mesmo, de manter atenções afetivas
com os colegas. Intensificam o desejo de escapar da situação. A atitude de querer
abandonar o problema é normal em situações de perigo, mas impossível na
gerência. Como não podem fugir do problema, os gerentes aprendem a se dissociar
mentalmente da situação, concentrando-se em outros trabalhos ou delegando
excessivamente a decisão.
Por exemplo, gerentes muito ansiosos tendem a transferir decisões a outros, ou a
deixar as coisas acontecerem para ver se a própria realidade provoca alguma
decisão ou acomodação. Não assumem responsabilidades, transferem e adiam
decisões. Procuram resolver os problemas pela não-interferência, na tentativa de
garantirem tranqüilidade. Como pressões não são transferíveis, elas apenas
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circulam por outros setores, prejudicando a organização sem ocasionar redução no
estado de ansiedade do próprio gestor.
Comunicações irrealistas
Gerentes tendem a ruminar o problema ou a apresentar a si próprios uma série de
hipóteses de solução e de fracasso. Muitas dessas ruminações são provocadas e
alimentadas por falsas crenças sobre a realidade; fantasmas já existentes na mente
são reativados pelas análises internas. Pensamentos e imagens são aos poucos
montados numa lógica por vezes negativa. Em alguns casos, associam-se fatores
de medo e de risco em uma sucessão de possibilidades, até se perceber uma
verdadeira catástrofe.
Essas análises mentais prejudicam o exame mais apurado dos fatos. Apesar de
aparentemente próximo do real, na verdade tudo não passa de uma construção
imaginária, mais perto da falsidade. Por ser uma imaginação, a conversa consigo
próprio não tem elementos para se verificar sua veracidade. Contudo, se não for
controlada ou coordenada, ela não só produz mais ansiedade como também torna a
comunicação interna excessivamente baseada em dimensões irrealistas.
Fonte
MOTTA, Paulo Roberto de Mendonça. Ansiedade e medo no trabalho: a percepção
do
risco
nas
decisões
administrativas.
Disponível
em:
<http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/CLAD/clad0043637.pdf>
. Acesso em: 01 set. 2005.
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