ARTIGO ORIGINAL PRESCRIÇÃO DE ANTIPALÚDICOS AOS PACIENTES DO HOSPITAL JOSINA MACHEL. JANEIRO-JULHO DE 2014 ANTIMALARIALS PRESCRIPTION TO PATIENTS IN JOSINA MACHEL CENTRAL HOSPITAL. JANUARY-JULY 2014 Mateus Sebastião João Fernandes Licenciado em Ciências Farmacêuticas, Mestrando em Farmacoepidemiologia, diretor da CECOMA Boaventura Moura Licenciado em Ciências Farmacêuticas e Bioquímico, diretor da Direção Nacional de Medicamentos e Equipamentos, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos Professor Doutor Héctor Lara Fernández Especialista de primeiro grau em Higiene e Epidemiologia, master em Farmacoepidemiologia, Doutor em Ciências Médicas, MINSA Professor Doutor Vladimir Calzadilla Moreira Especialista de segundo grau em Ortopedia e Traumatologia, Doutor em Ciências Médicas, Hospital Josina Machel Lic. Lúcia Gomes Fraga Licenciada em Ciências Farmacêuticas, Hospital Josina Machel Resumo A malária constitui o principal problema de saúde pública em Angola, sendo a primeira causa de morbilidade e mortalidade. O uso não adequado dos antipalúdicos pode levar, entre outros problemas, ao incremento da resistência e à ocorrência de reações adversas, com desfavorável repercussão para os pacientes e para o sistema de saúde. Com o objetivo de avaliar a qualidade de prescrição de antipalúdicos, realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal, do tipo dos estudos de utilização de medicamentos (EUM), em pacientes internados no Hospital Central Josina Machel com diagnóstico confirmado de malária. Este estudo de indicaçãoprescrição foi efetuado de janeiro a julho de 2014, numa amostra de 151 doentes internados nos serviços de medicina e terapia. A adequação da prescrição foi avaliada em função das características clínicas do paciente e da terapêutica instituída (fármaco, dose, intervalo e duração do tratamento), utilizando como padrão o guia terapêutico do Programa Nacional de Controlo da Malária em Angola. Registou-se uma prevalência elevada de uso inadequado de antipalúdicos, observada em 70 dos 151 doentes estudados (46,4 por cento). Este facto ocorreu mais frequentemente nos casos de malária complicada e entre os doentes internados no serviço de medicina. As causas mais frequentes de uso inadequado dos antipalúdicos foram a «combinação imprópria ou não necessária» e o «emprego não apropriado para esse uso». Os antipalúdicos mais utilizados de forma inadequada foram o quinino EV e o arteméter IM. Palavras-chave: Uso racional de antipalúdicos, tratamento antipalúdico. Abstract Malaria represents the main public health problem in Angola, being the leading cause of disease and death. The misuse of antimalarials can lead to an increase of drug resistance and undesired adverse reactions, among other issues, with a negative impact in patients and the National Health System. An observational, descriptive, cross-sectional study, of the Drug Use Study type, was conducted in patients with a confirmed diagnosis of malaria admitted at Josina Machel Central Hospital, to evaluate the quality of prescription of antimalarials. This prescription-indication study was conducted from January to July of 2014, in a sample of 151 patients admitted in the Medicine and Therapy Services. Rev Port Farmacoter | 2015;7:151-155 7 ARTIGO ORIGINAL The adequacy of the prescription was assessed taking into account patients characteristics and the prescribed therapeutic regimen (drug, dose, posology and duration of treatment), using the therapeutic guidelines of the National Malaria Control Programme in Angola as reference. There was a high prevalence of inadequate prescriptions of antimalarials, which was observed in 70 out of 151 patients (46.4%). The inadequate prescription of antimalarials was more frequently observed in cases of complicated malaria and between patients admitted in the Medicine Services. The more frequent causes of antimalarials misuse were “unnecessary or inappropriate drug combinations” and “inadequate treatment”. The drugs more commonly misused were Quinine IV and Artemether IM. Keywords: Racional use of antimalarials, antimalaria treatment. Introdução 8 O medicamento é, na atualidade, o recurso terapêutico mais utilizado e, em consequência, o gasto farmacêutico é o capítulo mais importante dos recursos consumidos nos sistemas de saúde, depois dos gastos com pessoal. Daí a importância que tem qualquer estratégia ou investigação destinada a fomentar o seu uso racional1,2. O uso racional de medicamentos requer que os pacientes recebam os medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, nas doses adequadas, por um período correto de tempo, ao mais baixo custo e com um menor número de reações adversas3. Na maioria dos grupos farmacológicos, os critérios de seleção baseiam-se na eficácia, na segurança, na conveniência e no custo4,5. No entanto, diversos estudos internacionais estimam que 50 por cento dos medicamentos são prescritos, dispensados e consumidos pela população de forma inadequada6. Os antimicrobianos constituem um grupo terapêutico problemático, não só pelos riscos inerentes associados ao seu uso mas também pela ameaça do aumento crescente da resistência aos mesmos7,8. Nos países em vias de desenvolvimento, o gasto do orçamento de saúde em antibióticos estima-se em 35 por cento9. Os antipalúdicos estão incluídos no grupo farmacológico dos antimicrobianos e são utilizados a nível mundial para o tratamento da malária, apresentando na atualidade problemas associados ao seu uso inadequado e à elevada prevalência de resistência10-12. Embora a quinina permaneça efetiva em muitos lugares do mundo, verificou-se que a falha no tratamento com este fármaco pode ocorrer em pelo menos 50 por cento dos casos13. Em 1973, a cloroquina foi substituída pela combinação de sulfadoxina + pirimetamina (Fansidar), mas em 1985 também esta já não era efetiva. Entre 1985 e 1990 preconizava-se o tratamento de mefloquina combinado com sulfadoxina + pirimetamina. No entanto, em 1990 a proporção de curas era de apenas 71 por cento em adultos e de 50 por cento em crianças14. Rev Port Farmacoter | 2015;7:151-155 Atualmente, a artemisinina e seus derivados representam os medicamentos antimaláricos mais recentes e efetivos, mas torna-se imprescindível advertir para o seu uso racional, de forma a prevenir durante o maior tempo possível a emergência de resistência do Plasmodium falciparum a estes medicamentos. Na verdade, já foi demonstrada a ocorrência de resistência à artemisinina15,16. A malária constitui um problema de saúde dominante em Angola. Segundo estimativas, representa 35 por cento da procura de cuidados médicos, 20 por cento dos internamentos hospitalares, 40 por cento das mortes perinatais e 25 por cento da mortalidade materna. Em 2013 foi estimada a ocorrência de cerca de 2 milhões e meio de casos de malária17,18. Em Angola não existem investigações que abordem o tema da qualidade da prescrição de antipalúdicos na atenção secundária de saúde que permitam valorar oportunamente o cumprimento dos protocolos de tratamento instaurados no país pelo Programa de Controlo e Luta contra a Malária, bem como oferecer possíveis soluções para o uso racional destes medicamentos19. Com essa finalidade, foi realizado o presente estudo, que teve como objetivo avaliar a qualidade da prescrição de antipalúdicos no Hospital Central Josina Machel de Luanda no período de janeiro a julho de 2014. Método Realizou-se um estudo observacional descritivo e transversal, do tipo dos estudos de utilização de medicamentos (EUM), classificado como um estudo de tipo indicação-prescrição para análise dos elementos do esquema terapêutico. O estudo incidiu numa amostra de 151 pacientes internados no Hospital Central Josina Machel, nos serviços de medicina e terapia, com o diagnóstico confirmado de malária e que cumpriam os critérios de seleção. A informação foi obtida através da revisão diária de histórias clínicas dos pacientes e das pautas terapêuticas instituídas (fármaco, dose, intervalo e duração do tratamento). A adequação da prescrição foi ARTIGO ORIGINAL avaliada pelos investigadores e por um grupo de peritos do Programa Nacional de Controlo da Malária, em apoio às normas de tratamento estabelecidas no país. Considerou-se um tratamento adequado quanto a indicação do antipalúdico e o esquema terapêutico estavam de acordo com o Programa Nacional de Controlo da Malária em Angola, tendo em conta o quadro clínico do paciente. A informação recolhida foi processada numa base de dados construída para o efeito em MS Excel e SPSS versão 21.0. Após codificação e validação da informação recolhida foi efetuada uma análise descritiva global usando como critério de significado estatístico um nível de significância de 5 por cento (p <0,05), mediante cálculo das frequências absolutas e relativas. Na investigação foram tidas em conta os princípios básicos da ética médica, fazendo-se o uso da beneficência no tratamento e na divulgação dos dados. Resultados A média de idades dos 151 pacientes que integraram o estudo era de 29 anos, sendo de 31 anos para o género feminino e de 28 anos para o masculino. Cerca de 71,5 por cento dos doentes (108 de 151) tinham diagnóstico de paludismo grave e 28,5 por cento (43 de 151) de paludismo simples. Cento e treze doentes (74,8 por cento) estavam internados no serviço de medicina e os 38 restantes no serviço de terapia (25,2 por cento). Relativamente à distribuição dos pacientes em função da sua história clínica verificou-se que 47 reportaram infeções anteriores (31,12 por cento), 37 apresentavam anemia (24,50 por cento) e 18 eram também diabéticos (13,90 por cento). A prescrição de antipalúdicos foi considerada adequada em 81 pacientes (53,6 por cento) e não adequada nos restantes 70 doentes (46,4 por cento). Foi no tratamento da malária complicada que se registou uma maior proporção (48,1 por cento) de casos de prescrição inapropriada, observada em 52 doentes. Nos doentes com malária simples, a proporção de prescrição inadequada foi registada em 18 casos (41,9 por cento) (Tabela 1). No entanto, as diferenças observadas quanto à adequação da prescrição nos dois grupos de doentes não foram estatisticamente significativas (p >0,05). A Tabela 2 apresenta a distribuição dos doentes em função do serviço de internamento e da adequação da prescrição antipalúdica, verificando-se que a proporção do uso inadequado da terapêutica foi mais elevado no serviço de medicina (54,4 por cento) do que no serviço de terapia (23,7 por cento) e que, neste caso, a diferença foi estatisticamente significativa (p=0,001). Tabela 1 – Distribuição de pacientes internados com malária em função da gravidade da enfermidade e da adequação da prescrição Severidade da enfermidade Adequação da prescrição de antimaláricos Malária simples Malária complicada Total Prescrição adequada 25 (58,1%) 56 (51,9%) 81 (53,6%) Prescrição inadequada 18 (41,9%) 52 (48,1%) 70 (46,4%) Total 43 108 151 (100%) 2 Nota: x =0,49; p=0,48. Tabela 2 – Distribuição de pacientes em função do serviço de internamento e da adequação da prescrição Serviço de internamento Adequação da prescrição de antimaláricos Prescrição adequada Medicina 52 (46,0%) Terapia Total 29 (51,9%) 81 (53,6%) Prescrição inadequada 61 (54,0%) 9 (48,1%) 70 (46,4%) Total 38 151 (100%) 113 2 Nota: x =10,51; p=0,001. As causas de uso inadequado da terapêutica frequentemente observadas foram a «combinação imprópria ou não necessária», em 33 pacientes (47,14 por cento), e a «terapêutica não apropriada para este uso», em 18 pacientes (25,71 por cento) (Gráfico 1). Dentro dos antipalúdicos utilizados inadequadamente no tratamento da malária simples destacou-se a utilização de arteméter IM em monoterapia em quatro pacientes e a sua combinação com outros antipalúdicos orais em seis doentes. No tratamento da malária complicada observou-se o uso de combinações desnecessárias do quinino EV, arteméter IM e outro antipalúdico oral em oito doentes. Além disso, foram prescritos de forma prolongada sem uma justificação racional o quinino endovenoso e arteméter intramuscular em cinco pacientes. Discussão A malária constitui um problema de saúde dominante em Angola e apresenta-se como a primeira causa de morbilidade e de mortalidade, representando ainda Rev Port Farmacoter | 2015;7:151-155 9 ARTIGO ORIGINAL Gráfico 1 – Distribuição de pacientes internados com malária segundo a severidade da enfermidade e as causas de uso irracional Combinação Não apropriado inapropriada para este uso ou não necessária Dose incorreta Simples 10 Intervalo incorreto Duração incorreta Complicada cerca de 20 por cento dos casos de internamento hospitalar. Em 2013 foram reportados cerca de 3,1 milhões de casos e quase 6 mil óbitos no país20. A resistência aos medicamentos contra a malária tem dificultado os programas de controlo da enfermidade durante quase 60 anos. Por isso, um elemento-chave na luta contra esta ameaça consiste em assegurar que todos os medicamentos antipalúdicos sejam utilizados de forma adequada e que o maior número de pacientes seja completamente recuperado. De acordo ao Programa Nacional de Controlo da Malária, nos últimos anos registou-se um aumento do número de casos tratados, o que se explica, entre outras causas, pelo aumento da infraestrutura de unidades sanitárias, com a consequente melhoria no acesso aos serviços de saúde pela população. Além disso, exerce um importante papel a introdução dos derivados da artemisina, de forma gratuita, na atenção pública, que oferecem melhores garantias à população e confiança nos serviços de saúde. Não obstante, segundo os dados de reporte do Centro de Vigilância Epidemiológico do país, a malária mantém-se ainda como o principal problema de saúde de Angola. Este aspeto tem uma maior importância a nível hospitalar, onde a atenção aos pacientes com malária se deve centrar no adequado diagnóstico, manuseio dos casos e no seu tratamento21. Um estudo realizado na Nigéria para descrever o padrão de prescrição de antimaláricos em dois hospitais e para avaliar o cumprimento da Guia Nacional de Tratamento Antimalárico, num período de seis meses em 2008, mostrou um aumento do uso de combinações com artemisina para tratamento de malária22. Estes resultados coincidem com o elevado uso Rev Port Farmacoter | 2015;7:151-155 dos ACT no hospital Josina Machel. Aquele estudo também revela a necessidade de um sistema de garantia de qualidade interna entre os profissionais sanitários, controlando o cumprimento e o conhecimento das guias clínicas, que assegure a prática baseada na evidência22. Um estudo de utilização de medicamentos realizado no Equador em pacientes com diagnóstico de malária mostrou que, por cada três tratamentos corretos, há dois incorretos23. Diversos estudos indicam que o não cumprimento das normas estabelecidas está associado significativamente ao desconhecimento da gravidade da infeção e dos efeitos secundários aos medicamentos23-26. No controlo da malária, a meta do tratamento é reduzir a transmissão da infeção a outros, ou seja, reduzir o reservatório infecioso e prevenir a ocorrência e propagação de resistência aos medicamentos antimaláricos. O perfil de efeitos adversos, a tolerância aos medicamentos e a velocidade de resposta terapêutica também são, igualmente, considerações importantes27. Conclusões 1. Observou-se um uso inadequado dos antipalúdicos, com uma maior repercussão na malária complicada e no serviço de medicina. 2. As causas mais frequentes de uso inadequado no tratamento da malária simples e complicada foram a «combinação imprópria ou não necessária» e o «emprego não apropriado para este uso». 3. Os antipalúdicos mais utilizados de forma inadequada foram o quinino EV e o arteméter IM. Referências Bibliográficas 1. OMS. How to Develop and implement a National Drug Policy. 3rd Ed. Genebra; 2011. 2. Maguiña C, Ugarte C, Montiel M. Uso adecuado y racional de los antibióticos. Acta Méd Peruana. 2012;23(1):15-20. 3. United States Food and Drug Administration. New Hampshire: Center for Drug Evaluation and Research [atualizado em 2013 Jul 31; citado em 2013 Abr 14]. Presentable Adverse Drug Reactions: A focus on drug interactions. Disponível em www.fda.gov/ cder/drug/drugreactions/default.htm. 4. Buck C, LLopis A, Nájera E, Terris M. El desafío de la epidemiología. Em: Rose G. Servicios de salud y políticas de salud. Havana: Editorial Ciencias Médicas; 2008, pp. 881-900. 5. Laporte JR, Tognoni G. 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