COMPORTAMENTO MORAL MODAL NA INDÚSTRIA DE

Propaganda
COMPORTAMENTO MORAL MODAL NA INDÚSTRIA DE MASSAS
ALIMENTÍCIAS
Autoria: Jamil Rodrigues Zampaulo
RESUMO
Este estudo tem como referencial teórico o modelo de desenvolvimento moral organizacional
desenvolvido por Petrick & Wagley, a partir do modelo de desenvolvimento moral pessoal
elaborado por L. Kohlberg.
Com o objetivo de identificar o nível moral modal nas indústrias de massas alimentícias,
empregou-se o instrumento desenvolvido por Licht, junto a 16 indústrias do segmento, de
diferentes localidades do país, de pequeno a grande porte.
Embora trate-se, meramente, de especulações teóricas, os estudos realizados voltados para a
ética organizacional estão a indicar que a sociedade brasileira e, portanto, as organizações,
operam em baixos níveis de desenvolvimento moral, evidenciado pelas práticas pouco
recomendadas que têm lugar tanto na esfera pública quanto na privada. Estaria o segmento
massas alimentícias imune às pressões da estrutura economico-social e de uma cultura que
tolera o “ jeitinho brasileiro” ?
Os resultados da pesquisa indicam, contudo, que um número significativo de empresas do
segmento de massas alimentícias apresenta níveis morais mais complexos, constituindo-se,
inclusive, em estratégia competitiva dessas empresas.
Como resultado prático, o presente estudo abre possibilidade para a criação de hipóteses
acerca das mudanças na gestão, em curso nas organizações, a partir da abertura da economia
nacional ao processo de globalização, ao mesmo tempo que destaca a importância da
consideração do aspecto ético na gerência das organizações.
1 - INTRODUÇÃO
___________________________________________________________________________
1.1 - Sobre o título
“COMPORTAMENTO
ALIMENTÍCIAS”
MORAL
MODAL
NA
INDÚSTRIA
DE
MASSAS
Para o presente estudo, comportamento moral é entendido como as ações empreendidas pelos
indivíduos que envolvem aspectos éticos. Tais comportamentos são realizados em função de
decisões tomadas referentes a situações que provocam conseqüências positivas ou negativas
para outros indivíduos e podem ser diretamente observados. Por um lado, o comportamento
moral consiste numa ação humana que tem como uma de suas características o fato de poder
ser objetivamente identificado e observado. Por outro lado, o comportamento moral apresenta
a possibilidade de ser cotejado com as normas morais vigentes, numa determinada sociedade
e, daí, poder ser classificado como moral ou imoral.
1
Por comportamento moral modal, para efeito deste estudo, entende-se como o
comportamento moral predominante, isto é, aquele que aparece mais freqüentemente. Nas
organizações, os comportamentos morais predominantes derivam das decisões tomadas pelos
seus executivos, uma vez que estes são os desencadeadores determinantes do processo
decisório organizacional.
Neste estudo, a expressão massas alimentícias está sendo empregada para designar as massas
secas industrializadas, cuja matéria-prima básica é a farinha de trigo e cujo produto típico é o
macarrão industrializado. Excluem-se, portanto, outros produtos como macarrão caseiro,
massas frescas, massa de pizza, pão e biscoitos.
1.2 - Justificativas de um estudo voltado para o comportamento moral organizacional
Parte-se da premissa de que o existir humano envolve fundamentalmente a necessidade de
explicar, constituindo-se numa característica intrínseca da espécie humana e de sua
racionalidade, tendo em vista sua preocupação em se precaver e/ou atuar no rumo dos
acontecimentos.
As ações humanas constituem-se no resultado da interação de múltiplas influências como
hereditariedade, meio, impulsos, desejos, memórias, consciência e vontade, o que as tornam
fenômenos extremamente complexos. Nessa complexidade atuam também os valores, como
componentes essenciais da intencionalidade das ações dos indivíduos, orientando suas ações,
as ações dos grupos e mesmo as ações das classes sociais pois “os valores animam as pessoas,
fazem-nas movimentar em seu meio, definindo suas ações como atraentes ou repelentes
Segundo Sikula (1996), há cada vez mais concordância no fato de que, sem um mínimo de
consenso fundamental quanto a valores, normas e posturas (e comportamentos, portanto), não
é possível uma convivência humana digna.
Observa-se que a base do comportamento, após 1990, volta-se para a valorização do
comportamento moral, isto é, o conceito chave é não ao imoral. Essa mudança de perspectiva
nos permite afirmar que
“uma organização, qualquer que seja seu tipo (empresa, escola, sindicato, cooperativa,
etc.) está estreitamente ligada a seu meio ambiente. (...) No momento em que nosso
planeta está ameaçado, em que o meio ambiente está cada vez mais destruído por
nossa ação devastadora, a preocupação ecológica aparece como uma necessidade
imperiosa” (Chanlat, 1992:72/73).
Desenvolve-se, assim, uma ética coletiva, com duplo interesse: pelas pessoas e pela
coletividade, pois “com a nova realidade global existente e, percebendo as evidentes
conseqüências que a mesma vem trazendo para as empresas, percebe-se a falta de
conhecimento em relação à ética” (Denardin et al, 1998:48).
Outro aspecto que vem cada vez mais à tona nas reflexões acadêmicas acerca da atualidade
refere-se à urgência de se revalorizar a ética e, portanto, os comportamentos morais, diante
dos escândalos que se tornam públicos, seja na iniciativa privada, seja nos órgãos públicos e,
nesse sentido, a sociedade brasileira constitui-se num exemplo a execrar.
De um ponto de vista macro-social, observa-se que o modo de produção capitalista, que
estrutura a produção e a distribuição de bens e serviços em quase todas as sociedades
2
modernas, “enfatiza a felicidade, mas ensinou ao homem que não é a sua felicidade a meta da
vida, e sim a satisfação de seu dever de trabalhar ou seu sucesso” (Denardin et al, 1998:48),
orientando, mediante valores e normas, sua vida profissional, seu modo de pensar e sua forma
de agir (comportamentos morais) na empresa. Por isso, “o reaparecimento das preocupações
éticas traduz o profundo mal-estar de nossas sociedades, em conseqüência do triunfo da
racionalidade instrumental, que tende a fazer dos seres humanos objetos manipuláveis”
(Enriquez, 1997:6).
Hoje, percebe-se que nem sempre os problemas e/ou conflitos no trabalho estão determinados
pelas relações indivíduo versus organização. Estão freqüentemente vinculados a um conflito
individual relacionado a valores, necessidades e/ou “compromissos com acionistas ou falta de
habilidade individual para determinar uma linha de conduta, frente às forças competitivas”
(Denardin et al, 1998:48). Este fato torna-se mais claro quando consideramos o processo de
globalização em curso e “as evidentes conseqüências que a mesma vem trazendo para as
empresas” (idem:48), do ponto de vista da ética e do comportamento moral.
A necessidade, então, de estudos da ética e da moral, voltados aos negócios, é uma realidade,
pois percebe-se que o conhecimento nessa área é ainda incipiente. Por isso, “a ética voltada
para os negócios é um campo de pesquisa. Esse campo tem tido um notável crescimento nos
últimos 20 anos nos E.U.A. e na Europa” (Donaldson, 1997:8).
Migliaccio Filho (1994:19) considera que
“Durante os anos 80, o prestígio da ética subiu muitos pontos. Depois de uma série de
escândalos, compreende-se a urgência de revalorizar a ética dos negócios e de
transmiti-la aos futuros managers. Tudo indica o nascimento de um novo humanismo.
O homem que restou do fracassado projeto moderno precisa ser reconstruído a partir
de postulados de uma nova sensibilidade.”
Afastando-se dos argumentos macro-sociais, que justificam um estudo voltado para o
comportamento moral e centrando as justificativas nas organizações , encontramos
justificativas significativas apresentadas por Petrick & Quinn (1997:24/25). Eles afirmam que
“embora exista uma necessidade geral de melhoria da performance administrativa nos
setores públicos e privados, há uma necessidade especial de melhoria na tomada de
decisão ética pelos administradores. São cinco os motivos pelos quais os
administradores necessitam melhorar as decisões éticas: (a) os custos da conduta não
ética no local de trabalho; (b) a falta de conhecimento (consciência) dos atos
gerenciais (administrativos) eticamente questionáveis; (c) a erosão muito comum da
integridade e a exposição ao risco ético; (d) a pressão da corrupção global que ameaça
a reputação administrativa e organizacional; e (e) os benefícios do aumento proveitoso
e intrinsecamente desejável da disciplina organizacional.”
A necessidade da melhoria na tomada de decisão ética pelos administradores apresenta-se,
também, como um tendência histórica, mesmo no modo de produção capitalista.
Segundo Petrick & Wagley (1992), o clima ético organizacional ou o nível em que se
encontra o desenvolvimento moral de uma organização determinará o modelo em que opera.
Para esses autores, o progresso de uma estratégia empregada por uma organização, focada em
si mesma, para uma outra direcionada para levar em conta os múltiplos vínculos com os
acionistas, significará um desenvolvimento moral organizacional.
A tabela, a seguir, é ilustrativa:
3
Níveis de desenvolvimento moral associados a tipos de capitalismo e tipos de contrato
Tipos de capitalismo
Tipos de contratos
Níveis de desenvolvimento moral
1 - GERENCIAL
Contrato por agência
Darwinismo social
Maquiavelismo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------2 - FINANCEIRO
Contratos fiduciários
Conformidade ao grupo
Submissão à autoridade
---------------------------------------------------------------------------------------------------------3 - ACIONÁRIO
Múltiplos contratos
Participação democrática
sociais
Integridade organizacional
______________________________________________________________________
Observe-se que no Capitalismo Acionário desenvolve-se a necessidade de participação
democrática e de integridade organizacional, pois o quadro de trabalhadores é integrado por
um tipo de trabalhador necessário à produção flexível: polivalente, altamente qualificado, com
um grau mais alto de responsabilidade e de autonomia (Oliveira, 1998).
Ainda sob uma perspectiva organizacional, é importante considerar a questão dos conflitos
originados de aspectos morais nas relações sociais que têm lugar nas organizações. Assim,
considerando-se que os indivíduos passam a maior parte de sua vida útil em organizações,
conclui-se que é nelas que as pessoas têm a oportunidade de solidificar e/ou modificar em
parte seus valores. Dessa forma, a organização é, por um lado, um poderoso agente de
socialização e, por outro, um desencadeador de possibilidades de geração de situações de
conflitos internos (conflitos morais) para o indivíduo.
Um dos maiores conflitos de valores, e morais portanto, vivenciados pelos indivíduos na
sociedade de organizações, característica fundamental da sociedade contemporânea,
provavelmente seja aquele proveniente da contradição existente entre uma exigência de
participação democrática e integridade organizacional, com uma “cultura que a circunda que
faz a apologia do sucesso individual, até mesmo do narcisismo” (Chanlat, 1992:72). Um
sucesso individual levado às últimas conseqüências, isto é, não considerando as necessidades
organizacionais, nem considerando que para que a organização tenha sucesso, “é preciso que
haja um mínimo de vinculação” dos indivíduos a elas! “Como pode o indivíduo, realmente,
desenvolver um sentimento de participação, de ter a empresa como própria, quando os valores
postos em destaque são, antes de mais nada, econômicos e instrumentais?” (idem:72).
1.3 - Justificativas de um estudo voltado para o desenvolvimento moral organizacional
na indústria de massas alimentícias.
De todos os produtos consumidos cotidianamente, a produção de alimentos constitui-se num
elemento extremamente sensível a questões morais, pois, de um ponto de vista qualitativo, o
alimento é condição essencial para o estabelecimento e manutenção da vida e da saúde. O
alimento é, também, um bem que necessita ser produzido continuamente e seu consumo, por
ser cotidiano, tem que ser constantemente reposto (Moreno, 1995).
De um ponto de vista quantitativo, observa-se que:
4
1 - Segundo a ABIA - Associação das Indústrias de Alimentos, o valor da produção da
indústria de alimentos contribuiu no período 1990-1995, em média, com 9,83% do PIB e
17,04% do valor da indústria total. Em 1995, a indústria de alimentos congregava 38 mil
estabelecimentos, gerando 775 mil empregos, com um faturamento de US$ 52,9 bilhões
(Sato, 1997).
2 - Considerando-se a participação dos diversos segmentos no faturamento total da indústria
de alimentos, em 1995, observa-se que o segmento derivados de trigo, onde se inclui o
de massas alimentícias, ocupa o 4° lugar, com 12,57% de participação, vindo atrás
apenas dos segmentos: laticínios (1°), beneficiamento de café, chá e cereais (2°) e óleos e
gorduras (3°).
3 - “nos anos de 1990, 1991 e 1992, caracterizados por baixo crescimento econômico, o
desempenho da indústria de alimentos sofreu impacto menor que a indústria total e, nos
anos de recuperação do crescimento, 1993, 94 e 95, seu desempenho, apesar de positivo,
ficou abaixo da indústria total, confirmando-se a hipótese, já levantada pela ABIA, de
que é um setor que atua como “amortecedor” nos períodos de crise; mas por não se
caracterizar como indústria dinâmica, não apresenta taxas altas em períodos de
crescimento.” (Sato, 1997:67).
4 - O segmento econômico das massas alimentícias ganha importância, também, quando se
verifica que, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre outubro de 1995 e setembro
de 1996, o item alimentação é o que mais consome dos gastos familiares da maioria das
famílias brasileiras, seguido da habitação, transporte, saúde, vestuário e educação.
5 - Segundo a ABIMA - Associação das Indústrias de Massas Alimentícias, o setor
apresentou, em 1998, um crescimento na produção na ordem de 9,5 % sobre 1997.
Concluindo, o segmento econômico industrial massas alimentícias constitui-se em
importante setor econômico e social, tanto de um ponto de vista quantitativo como qualitativo,
para se constituir em objeto de investigação com referência ao aspecto comportamento moral
organizacional.
1.4 - Objetivos do estudo
1 - Mediante um estudo descritivo e qualitativo pretendeu-se obter a descrição do
comportamento moral modal referente a pelo menos cinco empresas industriais do setor
de massas alimentícias, com características semelhantes, a partir da avaliação da cultura
ética realizada pelos seus executivos das áreas de Produção, Marketing, Finanças e
Recursos Humanos.
2 - Sob um ponto de vista prático, pretende-se contribuir para que as organizações objeto da
pesquisa, sabedoras de que “a moralidade é um fato inevitável da vida gerencial”,
possam avançar na “curva do aprendizado moral”, isto é, contribuir para o
“autodiagnóstico explícito daqueles estados de espírito e daquelas condições que
contribuem tipicamente para as disfunções morais no trabalho, e sugerir uma estrutura de
solução de problemas para fazer frente a esses desafios morais com maior sucesso”
(Nash, 1993:26/XV).
5
2 – REFRENCIAL TEÓRICO
___________________________________________________________________________
2.1 – Modelo de desenvolvimento moral organizacional, de Petrick & Wagley
O modelo de desenvolvimento moral organizacional elaborado por Petrick & Wagley tem
publicação de 1992. Os autores basearam-se no modelo de desenvolvimento moral pessoal de
L. Kohlberg, cuja teoria pressupõe que o desenvolvimento moral do indivíduo está
relacionado ao seu desenvolvimento intelectual como condição necessária, embora não
suficiente. A moralidade também é “uma questão de processo de tomada de decisão ao invés
de um traço de comportamento fixo” uma vez que “o desenvolvimento da moralidade é parte
integrante do processo de socialização, isto é, o aprendizado de quais comportamentos são
adequados e inadequados em uma cultura específica.” (Licht, 1996:15).
Para Kohlberg, a capacidade de raciocínio, embora se constitua em condição necessária, não é
suficiente para que o indivíduo emita ou compreenda julgamentos morais avançados. A
compreensão de julgamentos morais avançados também é condição necessária, mas não
suficiente, para que o indivíduo tenha um comportamento eticamente de acordo com níveis
morais mais avançados (Licht, 1996). Kohlberg refere-se ao fato de que as normas, que são
sociais, são gradativamente internalizadas pelos indivíduos. Com isso, deixa de existir a
necessidade da presença do agente controlador, isto é, aquele que aplica e faz cumprir as
normas. O próprio indivíduo se auto-controla. A seguir, o modelo de Kohlberg:
Estágio I – pré-moral ou préconvencional: o comportamento
moral é avaliado em base a
resultados pessoais, sem qualquer
conceito de certo ou errado.
Estágio II – moral ou
convencional: o comportamento é
avaliado em base a possíveis
sanções externas, como uma
antecipação a possíveis punições.
Nível 1 – punição e obediência: o
comportamento moral é
determinado pelas conseqüências
físicas.
Nível 2 – objetivo instrumental de
troca: as necessidades hedonísticas
do indivíduo são sua preocupação
primária, ditando seu
comportamento como certo ou
errado.
Nível 3 – expectativas interpessoais
mútuas: o comportamento é
determinado pela aprovação dos
outros.
Nível 4 - lei e ordem: deve-se
manter a ordem social mediante a
obediência à autoridade e preservar
a consciência mediante o
cumprimento da obrigação.
6
Estágio III – pós-moral ou pósconvencional: o comportamento é
avaliado em base a princípios
morais pessoais.
Nível 5 – contrato social: tolera-se
as divergências racionais e aceita-se
as regras ditadas pela maioria.
Nível 6 – princípios universais: o
que é certo ou não não é uma
questão de consciência individual e
a moralidade é baseada em
princípios pessoais de convicção.
Enquanto Kohlberg está preocupado em estudar o julgamento e o comportamento moral dos
indivíduos, Petrick & Wagley centram seu interesse nos comportamentos/ações reais que os
indivíduos realizam ao atuar em organizações.
Segundo Petrick & Wagley, uma administração estratégica responsável não existe nos dois
primeiros estágios, pois há carência de consideração do acionista, carência de confiança moral
e carência de consideração do impacto ecológico das relações humanas. Sem forte liderança
moral, as organizações podem institucionalizar a mediocridade no planejamento estratégico,
nas formulações das políticas e na implementação dos procedimentos. Assim, poderosas
“panelinhas” podem permanecer fixadas no nível 3 (estágio II, nível 3, segundo Kohlberg) e
oferecerem lealdade primeiro aos objetivos departamentais antes que à missão organizacional,
prioridades sociais e/ou conteúdos ecológicos, correndo o risco da organização se transformar
numa coleção de sub-culturas territoriais, cada uma defendendo seus próprios interesses às
expensas da organização como um todo.
Ainda, segundo Petrick & Wagley, a importância em determinar o nível moral está na
possibilidade dos administradores estratégicos planejar sessões de treinamento em
desenvolvimento moral específico às necessidades do pessoal da organização para ampliar sua
cultura moral e efetividade organizacional.
O modelo de Petrick & Wagley é apresentado, a seguir. Contudo, detalhamento maior sobre o
mesmo exigiria espaço maior que no presente artigo.
Estágios
Morais
Estágio I
Pré-moral ou
Préconvencional
Níveis de desenvolvimento moral
pessoal
Nível 1: Punição e obediência
O que determina o comportamento
moral são as conseqüências físicas.
O medo da punição e a submissão
ao poder são típicos deste nível.
Nível 2: Objetivo instrumental e
troca
O que determina as atitudes que se
traduzem em comportamentos é o
interesse primário em satisfazer as
necessidades individuais de prazer.
Nível 3: Expectativas interpessoais
mútuas.
O que determina o comporta/o
(moral) é a aprovação dos outros.
As pessoas são consideradas
Níveis de desenvolvimento moral
organizacional
Nível 1 – Darwinismo Social
O medo da extinção e a urgência da
sobrevivência financeira dita a
conduta moral. Aceita-se como
norma o uso direto da força.
Nível 2: Maquiavelismo
Os ganhos obtidos pela organização
guiam as ações. Os objetivos bem
sucedidos (fins) justificam os
meios, inclusive a manipulação
individual.
Nível 3: Conformidade Cultural
A preocupação dos grupos é com a
tradição
de
procedimentos
operacionais padronizados. Os
pares profissionais pressionam para
7
Estágios
Morais
Estágio II
Moral ou
Convencional
Níveis de desenvolvimento moral
pessoal
“boas”(moral/te) quando satisfazem
a família, os amigos e os colegas.
Nível 4: Lei e ordem
Concordância com a autoridade,
apoiando a ordem social e o “fazer
o que deve ser feito é o que
interessa”.
Nível 5: Contrato social
Tolerância para com a divergência
racional e aceitação de regras
ditadas pela maioria tornam-se a
base ética.
Estágio III
Pós-moral ou
pósconvencional
Nível 6: Princípios universais
Níveis de desenvolvimento moral
organizacional
que haja adesão às normas sociais
que consideram o que é certo e o
que é errado.
Nível 4: Lealdade à autoridade
A orientação vinda da autoridade
legal determina o padrão moral.
Certo e errado é baseado em
decisões daqueles que detém o
poder hierárquico legítimo.
Nível 5: Participação Democrática
Participação nas tomadas de
decisão e confiança nas regras
ditadas pela maioria tornam-se o
padrão moral organizacional. A
administração institucionaliza-se.
Nível 6: Integridade
Organizacional
O que é certo e bom é uma questão
de consciência individual e
comprometimentos
responsavelmente escolhidos. A
moralidade está fundada em
convicções pessoais internalizadas.
Justiça e direitos individuais são
ideais morais. O julgamento
equilibrado dos interesses em
conflito
molda
o
caráter
organizacional que, por sua vez,
determina a correção ou a
incorreção do comportamento
Fontes: Journal of Management Development, Vol. 11 No. 4, 1992, p. 64 e LICHT, R.
Ética Organizacional: busca de um modelo compreensivo para comportamento morais,
USP, 1996.
3 - REVISÃO DA LITERATURA
3.1 - Introdução
O objetivo do presente capítulo é apresentar uma visão geral da literatura específica sobre
ética organizacional, principalmente os escritos ou traduzidos para o português.
As pesquisas foram efetuadas in loco junto a bibliotecas de universidades (Universidade de
São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, PUC-São Paulo, Universidade Cidade de São
Paulo e Fundação Getúlio Vargas-SP).
A análise dos artigos/estudos consultados permitiu verificar semelhanças e diferenças entre
eles e, a partir daí, elaborar uma categorização dos mesmos. Com o intuito de permitir melhor
visualização geral dos trabalhos consultados construiu-se um quadro, apresentado neste
capítulo, sintetizando as contribuições com base em critério adotado por categorias.
8
O capítulo se encerra com as conclusões sobre as fontes bibliográficas consultadas em relação
às tendências apontadas por esses estudos. Tanto a revisão quanto as conclusões não se
pretendem exaustivas; elas fornecem, contudo, indicativos do estado geral da literatura
pertinente, isto é, seus pontos fortes e pontos fracos.
3.2 - Categorizando os estudos sobre ética organizacional
Com o intuito de mapear e sintetizar as tendências subjacentes aos estudos consultados, fezse, num primeiro momento, uma caracterização preliminar a partir dos objetivos (implícitos
ou explícitos) apresentados pelos autores dos artigos/estudos e suas respectivas conclusões.
Percebeu-se, a partir dessa análise, que entre eles havia semelhanças que poderiam constituirse em fatores para agrupá-las. Com base nas semelhanças encontradas os estudos foram
agrupados em três categorias, assim denominadas:
1 - Descritivo: esses estudos apresentam como característica principal a preocupação com a
descrição dos comportamentos típicos relativos à ética, que têm lugar no capitalismo e
nas empresas, sem a preocupação deliberada de apresentar alternativas para nelas
interferir.
2 - Prescritivo: seu principal objetivo é apontar o quê deve ser feito para se alcançar objetivos
éticos; não basta identificar o problema, é necessário agir para se conseguir alterar a
situação de uma ética inadequada aos indivíduos, organizações e sociedade.
3 - Sensibilizador: a maioria dos trabalhos realizados o foram sob essa orientação, cuja
característica básica é a sensibilização do leitor para a necessidade (por motivos variados)
de se implantar atitudes e comportamentos que privilegiem relações positivas
(responsabilidade, justiça e prudência) entre indivíduos e organizações, como
contribuição significativa para a solução dos problemas organizacionais e/ou sociais.
Categorização dos estudos sobre ética organizacional
CATEGO
RIAS
Descritivo
ARTIGOS/ESTUDOS
CONTEÚDO BÁSICO
Retrospecto
histórico
do
ARRUDA, M.C.C. de. A Ética nos capitalismo, concluindo que a
negócios.
competição entre empresas pelo lucro
reduz os comportamentos éticos. O
mesmo ocorre no Brasil, um dos
países mais corruptos onde não há,
SILVA, M. F. da The Political por parte dos empresários em geral,
preocupação com a ética.
Economy Of Corruption In Brazil
- As atividades corruptas são levadas
a cabo em bases profissionais e
envolvem toda espécie de negócios.
9
ARRUDA, M.C.C. de. Os padrões - Deve-se formar eticamente os
éticos na propaganda na América profissionais de propaganda e
marketing,
administradores
e
Latina
professores, com o intuito de
introduzir o hábito do raciocínio
dentro dos limites éticos e garantir a
________ A ética no marketing nas responsabilidade social.
indústrias de bens de consumo no - As empresas devem levar em conta
os acionistas, trabalhadores e
Prescritivo Brasil
consumidores, a sociedade em geral e
o ambiente. Por isso, devem
desenvolver estruturas que apoiem o
CSILLAG, P. Busine Ethics
espírito moral.
As empresas devem levar em
SIKULA, SR. Applied Management conta, além dos acionistas, seus
Ethics
trabalhadores,
consumidores,
a
sociedade em geral e o meio
ambiente.
A sociedade não necessita de
mais defensores dos
direitos, ela precisa de mais
praticantes dos direitos.
CERQUINHO, F. Ética e qalidade - A ética é um fator importante para o
sucesso das empresas.
nas empresas
- A preocupação com a ética se
Sensibiliza- CHANLAT, J. A caminho de uma justifica em função dos escândalos
egoístas dos
nova ética das relações nas nacionais, atitudes
dor
jovens formandos e a baixa
organizações
consciência profissional.
CHEN, AL Y. S. et all. O novo - A cultura organizacional é a
responsável pela decisão gerencial,
caminho para a ética.
ética ou não.
DONALDSON,T. Business ethics: - A promoção da ética nas
the soundest economic policy for organizações é fator de motivação e
evita atos dolosos pois a não
almost all companies.
correspondência
entre
valores
individual, organizacional e sistema
econômico faz a empresa sofrer.
Sensibiliza ENRIQUEZ, E. Os desafios éticos - Propõe-se uma ética da finitude
(paixão) uma vez que a ética da
nas organizações modernas
dor
convicção, da responsabilidade e da
(ContinuaKUNTZ, R. A ética como fator de discussão são ineficazes.
ção)
- A ética (comportamento moral) é
produção
uma importante variável para a
LEAL, G. P. Empresa ética
produtividade das empresas.
- Uma administração ética cria
imagem
positiva
interna
e
MIGLIACCIO FILHO, R. Reflexões externamente,
aumentando
a
produtividade do funcionário.
sobre o homem e o trabalho
PETERS, T.J., AUSTIN, N. A paixão - A ética é uma necessidade para as
10
pela excelência
THIRY-CHERQUES,
H.R.
A
rebeldia conservadora-aspectos da
resistência à modernização nas
organizações brasileiras.
VALENTI, G.D., SILVA, R.S.
Trabalho Criativo e Ética: o Início da
Nova História
empresas (organizações) se manterem
e não se destruírem.
- A ética é uma necessidade para
quem deseja obter mais e melhores
bens.
- Há contradição entre a prática e o
discurso modernizante. É necessário
esforço na direção de implantação de
técnicas gerenciais modernas que
levem em conta as necessidades da
sociedade.
- A linguagem do mundo capitalista é
o dinheiro e o poder. É necessário
uma ética discursiva, isto é, a
participação de todos, segundo o
princípio da universalidade.
As fontes bibliográficas consultadas apontam para:
1 - Há uma tendência na ampliação dos estudos relacionados à ética, voltados para as
organizações em geral e em especial para as organizações empresariais, tanto na América
do Norte quanto na Europa, nas duas últimas décadas. No Brasil, essa preocupação ainda é
incipiente.
2 - As fontes consultadas indicam não apenas a importância mas, também, a necessidade de se
efetuarem estudos e de se implantar algum tipo de procedimento ético nas organizações
(públicas ou privadas), tendo em vista as conseqüências negativas para os indivíduos, para
as organizações, para a sociedade e mesmo para a própria natureza (destruição).
3 - As publicações consultadas revelam que, com exceção dos trabalhos de Petrick e Wagley e
algumas tentativas ainda incipientes, as pesquisas e considerações tendem a ser mais
qualitativas e genéricas (mais filosóficas) do que identificação objetiva dos
comportamentos morais, principalmente junto às organizações.
4 - Há tendência em alguns estudiosos do tema em relacionar o desenvolvimento de uma
filosofia da qualidade com comportamento ético e, portanto, moral.
5 - Ainda que de maneira contraditória, apenas a Doutrina Social da Igreja faz menção
explícita sobre a relação entre a ética (cristã) e o modo de produção capitalista. O aspecto
contraditório reside no fato de que essa Instituição, mediante suas encíclicas, chama a
atenção para a questão da justiça social e as conseqüências sociais negativas do capitalismo
mas, ao mesmo tempo, insiste na propriedade privada em geral (e do capital, também),
ficando a cargo de decisões individuais (dos capitalistas) o direcionamento do emprego do
capital.
4 – METODOLOGIA DA PESQUISA
4.1 – Sobre o universo da pesquisa, hipótese e instrumento de pesquisa
11
O universo da pesquisa é constituído pelas 85 empresas associadas à ABIMA – Associação
Brasileira de Massas Alimentícias. Essas empresas são responsáveis pela produção de mais de
90% das massas (macarrão) produzidas no Brasil. Os outros 10% estão pulverizados entre
pequenas e microempresas.
Considerando: (1) que a estrutura econômica, social, cultural e política brasileira forjou-se
num contexto de relações metrópole-colônia, do Descobrimento à Independência,
continuando seu desenvolvimento e mudanças atrelados também num contexto de
dependência (centro-periferia), gerou um padrão ético que permeia a sociedade como um
todo; (2) que causas histórico-estruturais implicam o caráter endêmico da corrupção no Brasil;
(3) que as organizações (empresas) constituem-se em elementos integrantes da estrutural
econômica, social, cultural e política da nação onde se insere; (4) que “A competição
desconhece limites. Ao contrário, ela se estende a quaisquer domínios: competição entre
indivíduos, entre indivíduos e instituições, entre instituições, entre países” (Motta, 1999:12);
(5) que “O jeitinho brasileiro é o genuíno processo brasileiro de uma pessoa atingir objetivos
a despeito de determinações (leis, normas, regras, ordens etc.) contrárias” e que “No Brasil,
os interesses pessoais são tidos como mais importantes do que os do conjunto da sociedade,
ocasionando falta de coesão na vida social brasileira” (Motta, 1999:7); (6) que as notícias
veiculadas em toda a imprensa nacional acerca da improbidade presente nos Três Poderes da
República, em todos os níveis da administração pública,
Foi proposta a seguinte hipótese:
Pode-se esperar que as organizações, objeto da presente investigação, apresentem um
padrão de comportamento moral típico dos dois primeiros níveis de desenvolvimento
moral organizacional, de acordo com o modelo proposto por Petrick & Wagley.
O instrumento de pesquisa empregado foi o questionário, desenvolvido pelo Prof. Dr. René
Licht (1996) e adaptado pelo autor deste. Constitui-se num instrumento composto por 72
perguntas que ensejam respostas do tipo “sim” e
“não”, congregando 12 delas,
aleatoriamente, para cada um dos seis níveis de desenvolvimento moral organizacional.
4.2 – Procedimento da coleta de dados e análise dos resultados.
Foram encaminhados 4 questionários para cada uma das 10 maiores empresas do setor, para
as áreas de Produção, Marketing, R. H. e Finanças. Tendo havido retorno de apenas 5
empresas, optou-se, com o apoio da ABIMA, encaminhar os questionários para as demais
associadas, agora apenas para o proprietário pois são empresas que não possuem as referidas
áreas administrativas. Foram encaminhados, nessa fase, questionários para 75 empresas
associadas à ABIMA. Obteve-se, espontaneamente, o retorno positivo de 11 empresas,
totalizando, juntamente com as de grande porte, 16 empresas, ou seja, 18,8% do universo das
organizações objeto da investigação.
A tabulação geral das respostas permitiu construir o seguinte quadro:
Somatório das freqüências das respostas de todas as
empresas pesquisadas.
12
Categoria
das
Empresas
Pequenas
Empresas
Grandes
Empresas
Freq.
Nível 1
Freq.
Nível 2
Freq.
Nível 3
Freq.
Nível 4
Freq.
Nível 5
Freq.
Nível 6
22
35
59
95
78
80
20
36
62
117
110
104
TOTAIS
44
71
121
212
188
184
Com base na literatura específica selecionada; nas reportagens veiculadas pela mídia e na
experiência pessoal do autor do presente estudo, era de se esperar que as empresas do
segmento de massas alimentícias, não fugindo à regra, também operassem no primeiro estágio
ou primeiros níveis da escala moral, segundo Petrick & Wagley. Contudo, conforme mostra o
quadro acima, as empresas a moda se concentra no estágio 2 (Moral Convencional), nível 4
(Lealdade para com a Autoridade).
O nível 4 – Lealdade para com a Autoridade – significa que as direções (que fundamentam as
decisões a serem tomadas) da autoridade legítima determinam os padrões morais que devem
prevalecer na organização. As decisões dos que possuem o poder hierárquico (e, por isso,
legítimo) determinam o sentido do que é certo ou errado fazer em relação às atividades
relacionadas à organização. Esse comportamento se estende, também, para as decisões
técnicas uma vez que a organização entende que o maior nível hierárquico é o que
necessariamente domina mais os conhecimentos que os demais. Por outro lado, o
subordinado, mesmo não concordando, em tese, com a decisão técnica, acaba acatando pois a
ele cabe antes de tudo a obediência.
Nesse nível, o conceito do que é certo está associado à idéia de que se deve cumprir os
deveres com os quais se concordou; que as leis devem ser cumpridas, exceto em casos
extremos, que conflitam com outros deveres e que deve contribuir com a sociedade
(cumprindo as normas) porque se todos fizessem o mesmo, não teríamos problemas e todos
sairiam ganhando. Portanto, para esse nível, a distribuição da justiça fundamenta-se apenas na
lei (que gera a ordem) e não em princípios universais voltados para os direitos individuais, de
maneira eqüitativa, enquanto ideal moral.
Comportamentos típicos desse nível facilita, para os gerentes, o controle sobre os
comportamentos dos indivíduos nas organizações, seja do ponto de vista moral (nas relações
entre os indivíduos, quanto entre os indivíduos e a organização), seja do ponto de vista
técnico. Entretanto, esses comportamentos tendem a apresentar intolerância para com a
diversidade de valores e inibição de maior envolvimento de seus integrantes para com as
“coisas” da empresa, característica essa cada vez mais exigida para as empresas que buscam
implantar a filosofia da qualidade.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
1 - Os resultados apresentados são válidos apenas para os casos analisados.
2 – O instrumento empregado apenas sugere o nível moral modal das organizações objeto da
pesquisa, isto é, ela não afirma categoricamente que o nível moral é 4.
13
3 – Como o instrumento empregado indica apenas os níveis morais que predominam nas
organizações pesquisadas, indicando-lhes a conduta ética das mesmas, isto significa que
nem todas as áreas e, portanto, nem todos os dirigentes operam no mesmo nível
4 – Ao se afirmar que uma organização opera num determinado nível, não significa, também,
que todos os funcionários (gerentes, principalmente) operam naquele nível e, muito
menos que, individualmente, mormente fora da organização, comportam-se conforme o
nível da organização em que são funcionários uma vez que sozinhas, as pessoas poderiam
não fazer certas coisas mas, quando fazendo parte de uma coletividade, fazem.
5 – Considerando-se que o instrumento empregado tem por objetivo apenas indicar o
comportamento moral modal das organizações e, daí, abstrair sua conduta ética, deve-se
estar ciente de que é um processo de simplificação da complexidade real dos
comportamentos que nelas têm lugar para se conseguir alguma compreensão sobre como
se desenvolve tal dinâmica.
6 – É possível, na visão do autor, avançar no desenvolvimento moral das organizações,
mesmo num ambiente social eticamente desfavorável, como o apresentado pelos fatos
correntes na sociedade brasileira atual.
6 – BIBLIOGRAFIA SELETIVA
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de Arruda, UONO, A. e ALLEGRINI, J. Os padrões
éticos da propaganda na América Latina. RAE, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 21-27, 1996.
_____________________ A Ética no marketing das indústrias de bens de consumo no Brasil.
RAE, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 16-28, 1993.
_____________________ A ética nos negócios. RAE, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 73-80, 1989.
BROWN, Marvin T. Ética nos Negócios. São Paulo: Makron Books, 1993.
CERQUINHO, Fábio. Ética e qualidade nas empresas. Dissertação apresentada à Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. 1994.
CHANLAT, Jean-François. A caminho de uma nova ética das relações nas organizações.
Trad. Maria Irene Stocco Betiol. RAE, São Paulo, v. 32, n. 3, p. 68-73, 1992.
CHEN, Al Y. S., SAWYERS, Roby e WILLIAMS, Paul F. O novo caminho para a ética. H
S M Management, novembro-dezembro 1998.
CSILLAG, Paula. Business Ethics. São Paulo, RAE, v. 38, n. 1, p. 91-94, 1998.
DENARDIN, Elio Sérgio, MARIOTTO, Denise Medianeira e ANDRADE, Zilá Oliveira.
Ética na construção civil de Santa Maria/RS. Univ. Fed. de Sta. Maria, REV. Sociais e
Humanas, v. 11, n. 1, p. 47-59, 1998.
DONALDSON, Thomas. Business ethics: the soundest economic policy for almost all
companies. RAE Light, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 10-13, 1997.
ENRIQUEZ, Eugène. Os desafios éticos nas organizações modernas. RAE, São Paulo, v.
37, n. 2, p. 6-17, 1997.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Orçamentos
Familiares – POF – 1995-1996. Endereço eletrônico:
http://www.ibge.gov.br/informacoes/pof/M-pof.htm
KUNTZ, Rolf. A ética como fator de produção. O Estado de São Paulo, 18 de dezembro de
1993. Economia, p. 2.
LEAL, Guilherme Peirão. Empresa ética. Rev. Exame, 21 de outubro de 1998, p. 142.
LICHT, René.
Ética Organizacional: busca de um modelo compreensivo para
comportamentos morais. Tese (doutorado) apresentada à Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade/USP, São Paulo, 1996.
14
LOEVINGER, Jane. The Meaning And Measurement Of Ego Development. Social Science
Institute, Washington University, St. Louis, Missouri, p. 195-206, s/data.
MIGLIACCIO FILHO, Rubens. Reflexões sobre o homem e o trabalho. RAE, São Paulo, v.
34, n. 2, p. 18-32, 1994.
MOTTA, Fernando C. Prestes & ALCADIPANI, Rafael. Jeitinho Brasileiro, Controle Social
e Competição. RAE, São Paulo, v. 39, n.1, p. 6-12, 1999.
NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
1997.
NASH, Laura L. Ética nas Empresas. São Paulo: Makron Books, 1993.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo. A nova problemática do trabalho e a ética. In: TEIXEIRA, F.
J. S. (org.) Neoliberalismo e Reestruturação Produtiva. São Paulo: Cortez Editora, 1998.
p. 163-194.
PETRICK, Joseph A. & WAGLEY, Robert A. Enhancing the Responsible Strategic
Management of Organizations. Journal of Management Development. Vol. 11, n. 4,
1992, p. 57-72.
PETRICK, Joseph A. & QUINN, John. F. Management Ethics Integrity at Work. Newbury
Park, California, 1997.
SATO, Geni Satiko. Perfil da Indústria Alimentar no Brasil: 1990-95. R A E. São Paulo, v.
37, n.3, p. 56-67, 1997.
SENAI-SP. O segmento de fabricação de produtos alimentares no Estado de São Paulo. São
Paulo, outubro de 1997.
SIKULA, SR. Andrew. Applied Management Ethics. California State University, Chico,
1996.
SILVA, Marcos Fernandes da. The Political Economy of Corruption in Brazil. RAE, São
Paulo, v. 39, n. 3, p. 26-41, 1999.
SROUR, Robert Henry. Poder, Cultura e Ética nas Organizações. Rio de Janeiro: Campus,
1998.
THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. A rebeldia conservadora – aspectos da resistência
à modernização nas organizações brasileiras. RAE, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 30-37,
1995.
VALENTI, Geni Dornelles & SILVA, Regina Schiavine da. Trabalho Criativo e Ética: o
Início da Nova História. RAE, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 22-29, 1995.
WELLS, Barron & SPINKS, Nelda. Ética, de cima para baixo. H S M Management, marçoabril 1998.
15
Download