HEMOFILIA ADQUIRIDA: RELATO DE CASO 1 Andrade, F.S.1; Britto, A.L.F.1; Vasconcelos, L.T.1; Lopes, F.O.1; Zica, J.D.D.2 Médico Residente de Clinica Medica da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte 2 Médica Residente de Hematologia do Hospital Biocor Contato: [email protected] INTRODUÇÃO Recebeu plasma fresco congelado e concentrado de hemácias, A hemofilia adquirida é uma doença rara, na qual há o apresentando discreta melhora clinica. Evoluiu com aumento desenvolvimento de anticorpos contra os fatores de dos hematomas, dor importante em membro inferior direito e coagulação. Sua incidência é de cerca de 1,3 a 1,5 casos hematúria, além de piora da função renal. Encaminhado ao CTI por um milhão de pessoas por ano. Acomete, geralmente, devido sangramento importante e síndrome compartimental em maiores de 50 anos e mulheres no pós-parto. Os inibidores membro superior esquerdo. Recebeu prednisona e pulsoterapia mais encontrados são os anticorpos contra fator VIII. As com ciclofosfamida, sem melhora do quadro. Após 21 dias de razões para a produção desses inibidores ainda são pouco internação, o paciente evoluiu com choque hipovolêmico esclarecidas. As principais causas são gravidez, pós-parto, devido sangramento maciço, refratário ao tratamento, indo a artrite reumatoide, neoplasia, lúpus eritematoso sistêmico e óbito. reação a medicações. No entanto, em quase 50% dos casos não há nenhuma patologia associada. O marco da doença é o sangramento, muitas vezes notado após um procedimento cirúrgico com sangramento aumentado, outras vezes, com formação de hematomas espontâneos, Figura 01 – Fotos mostrando extensas áreas de equimoses e epistaxe, sangramento gastrointestinal e hematúria. hematomas em mãos, braços e membros inferiores. OBJETIVO Relatar um caso clínico de paciente com hemofilia CONCLUSÃO Apesar de ser uma doença potencialmente tratável, possui adquirida, doença rara, potencialmente tratável, a fim de alta mortalidade pelo risco de sangramento intenso até a divulgar a patologia e tornar seu diagnóstico e tratamento remissão da doença (que pode levar vários meses) e pelo mais precoces. risco de infecção grave devido ao tratamento CASO CLÍNICO imunossupressor. Portanto, trata-se de patologia rara, que G.A.F, sexo masculino, 69 anos, evoluiu com surgimento exige reconhecimento clínico precoce e rápida instituição agudo de hematomas espontâneos em membros superiores de tratamento adequado a fim de se evitar desfechos e inferiores. História pregressa de cirurgia sem relato de desfavoráveis. sangramento espontâneos aumentado. prévios, história Negava familiar sangramentos de doença reumatológica ou hematológica. Exames evidenciaram anemia grave, tempo de protrombina (PTTa) aumentado e plaquetas normais. Fator de coagulação VIII reduzido e presença de inibidor para o fator VIII. REFERÊNCIAS 1. TIEDE, A. Et al. Prognostic factors for remission of and survival in acquired hemophilia A (AHA): results from the GTH-AH 01/2010 study. Blood Journal, 2015. 125(7). 2. BAUDO, F. Et al. Management of bleeding in acquired hemophilia A: results from the European Acquired Haemophilia (EACH2) Registry. Blood Journal, 2012. 120 (1). 3. CHALMERS, Elizabeth. Et. Al. Diagnosis and management of acquired coagulation inhibitors: a guideline from UKHCDO. British Journal of Haematology, 2013. 162, p. 758-773. 4. FRANCHINI, M. Et. Al. Acquired hemophilia A: a concise review. Am J Hematol 2005;