CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 CONEXÃO FAMETRO: Ética, Cidadania e Sustentabilidade XII SEMANA ACADÊMICA Inserir os nomes dos autores (Luana Dias) AÇÃO DA ARGILA VERDE NO TRATAMENTO DO VITILIGO Maryna Ingrid Modesto de Lima, Ítalla Borges do Nascimento,Carla Christina Pereira da Silva Godinho FAMETRO – Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza [email protected] Título da Sessão Temática: Produtos Naturais, Farmacológicos e Cosméticos RESUMO O vitiligo é uma patologia dermatológica resultante do comprometimento das células (melanócitos) produtoras pelo pigmento chamado melanina. Caracteriza-se por lesões cutâneas de coloração branca e que apresenta características progressivas. Dentre os tratamentos para essa patologia cita-se o tratamento com argila verde. A argila verde, rica em oligoelementos, pode ser usada tanto de modo preventivo como auxiliar no tratamento de doenças. A pesquisa realizada no período de agosto a setembro de 2016, caracteriza-se por uma pesquisa com o objetivo de realizar um levantamento bibliográfico acerca da ação da argila verde no vitiligo. Conclui-se então que decorrente das ações da argila verde na pele, ela é considerada uma alternativa natural para o tratamento do vitiligo. Sugere-se uma pesquisa de caráter intervencionista para analisar na prática a sua ação em uma pele com essa patologia. Palavras-chave: Vitiligo. Argiloterapia. Argila Verde INTRODUÇÃO A coloração da pele é um fator de grande relevância na busca de uma aparência saudável, que reflete sinônimo de juventude e beleza. De maneira geral, a alteração da tonalidade da cor da pele, está relativamente ligada a aspectos socioculturais, fato evidenciado por padrões de beleza já préestabelecidos pela mídia e pela cultura (RIBEIRO, 2013). Conforme Bechelli (1998), o vitiligo é uma doença dermatológica caracterizada por lesões cutâneas, possui máculas de 5mm a 5cm de diâmetro ou mais, de cor branco giz ou branco pálido, com limites bem demarcados, e progride com crescimento gradativo das máculas preexistentes, ou pode aparecer outras lesões novas. Segundo Azulay (2008) o principal determinante da cor da pele é o pigmento melânico, e as variações na quantidade e na distribuição da melanina na pele, são responsáveis pelas três principais cores da pele humana negra, parda e branca. De acordo com Bechelli (1998) a melanina é um pigmento de coloração marrom-escura, produzida pela oxidação da tirosina, existente normalmente na pele e nos cabelos. A sua produção proporciona coloração genética e étnica à pele e proteção ao DNA contra a radiação ultravioleta. De acordo com Sampaio e Rivitti (2008) o vitiligo é uma Leucodermia adquirida, que afeta com frequência 1% da população, predominante no sexo feminino, caracterizada por lesões acrômicas devida a destruição dos melanócitos, que teoricamente estão classificadas em três teorias: imunológica, citotóxica e neural. E possivelmente com etiologia multifatorial. Diante destes achados, motivou-se esta pesquisa em conhecer sobre o vitiligo e intervir com uma terapia de tratamento estético, sem nenhum tipo de fármaco de uso tópico ou sistêmico, ou procedimentos considerados invasivos para conhecer qual sua ação nesta dermopatia. Rebello (2005) relata que a argiloterapia ou geoterapia é o uso da terra no combate a enfermidade e é uma das mais importantes técnicas terapêuticas da medicina. A argiloterapia pode ser usada tanto de modo preventivo como auxiliar no tratamento de doenças. Extraída da terra é uma das técnicas mais antigas, valorizadas antes mesmo da era cristã para curar doenças de pele. Os egípcios aplicavam a substância no corpo para deixar a pele macia; no processo de mumificação, para inflamações e ulcerações. Conforme Bontempo (2011), a argila verde promove efeitos e possui potencialidades terapêuticas, assim como a troca de energia com o organismo (por meio de íons) e o equilíbrio térmico proveniente do estímulo externo e as reações de calor do organismo. A argila verde promove estímulos externos que exercem influência direta sobre a circulação sanguínea e de oxigênio e sobre o metabolismo do organismo potencializando a capacidade de regeneração celular e a eliminação de toxinas que podem estar relacionadas à disfunção apresentada pelo interagente. A opção por pesquisar esse tema justifica-se pelo aumento na incidência de vitiligo no Brasil e a importância de criar métodos terapêuticos naturais que possibilitem atenuar os sinais e sintomas apresentados por essa patologia com o menor risco de efeitos adversos a fim de contribuir para a saúde desses indivíduos DESENVOLVIMENTO / PERCURSO METODOLÓGICO Trata-se de uma revisão bibliográfica que se utilizou livros e artigos científicos. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos sejam exigidos algum tipo de trabalho desta natureza, existem pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisa bibliográfica. (GIL, 2002). Foi realizada pesquisa na biblioteca da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO), que se localiza na Rua Conselheiro Estelita, N° 500- Centro, Fortaleza-CE e por ferramentas virtuais como: Lilacs, Biblioteca Virtual de Teses e Dissertações e Scielo, no período de agosto a setembro de 2016. Para desenvolver a pesquisa foram utilizadas palavras chaves como: vitiligo, argiloterapia e argila verde. Foram pesquisadas diversas fontes bibliográficas onde algumas foram descartadas por não conter assuntos suficientes para a elaboração da pesquisa, e muitas outras foram utilizadas para dar o embasamento cientifico ao trabalho. Os dados foram analisados através da comparação dos autores acerca da temática estudada. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Para Azulay (2008) apresentar vitiligo principalmente na face, acarreta sérios problemas psicológicos expressivos nos indivíduos de pele parda ou negra, e por se tratar de uma enfermidade inestética produz uma série de implicações a nível social, pois os pacientes são confundidos com sua doença e significado simbólico que eles carregam. Possui uma doença que tem conotação negativa implica ser visto como um indivíduo que possui qualidades negativas. Para Gomes (2009), as argilas apresentam propriedades cosmetológicas, devido às trocas iônicas que ocorrem entre seus elétrons livres (íons de Manganês, Magnésio, Alumínio, Ferro, Sílica, Titânio, Cobre, Zinco, Cálcio, Fósforo, Potássio, Boro, Selênio, Lítio, Níquel, Sódio e outros) e a própria pele. Portanto, possuem propriedades que são fundamentais para os tratamentos estéticos. Segundo Santos (2004) a argila é comumente definida como um material natural, terroso, de granulação fina, e quando é umedecida com água apresenta uma plasticidade. Devido às suas dimensões por volta de 2 mícron (milésimo de milímetro) suas partículas minúsculas contribuem para seu grande poder de absorção. Os minerais que são encontrados nas argilas funcionam como potencializadores dos seus efeitos. São formadas pela mistura de muitos minerais, onde alguns podem ser dominantes em sua composição. (MEDEIROS, 2007). De acordo com Santos (2004) a argila verde é a mais tradicional e extremamente rica em minerais e oligoelementos, demonstrando ações adstringentes, cicatrizantes e oxigenantes, atuando na ativação da circulação sanguínea, absorção da oleosidade do couro cabeludo, ajudando na eliminação de toxinas e estimulando o crescimento do pelo. Sua atividade antiinflamatória é muito usada por dermatologista para cicatrização de ferimentos, regeneração de tecidos, dermatite de contato, pruridos e dermatófitos. Este último são microorganismos que possuem um biotropismo especial por tecidos de estruturas queratinizadas como pêlos, unhas e pele FINAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando a pesquisa realizada, observou-se que a argila verde apresenta resultados relevantes no tratamento do vitiligo. Por suas ações desintoxicante, estimuladora circulatória e regeneradora, a argila verde apresenta-se como uma alternativa na terapêutica do vitiligo. Nessa perspectiva, sugere-se uma pesquisa de caráter intervencionista para avaliar na prática a ação da argila verde em uma pele com vitiligo. REFERÊNCIAS AZULAY, R.D; AZULAY, D. R; AZULAY-ABULAFIA, L. Dermatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. BECHELLI, L. M. CURBAN, G.V. Compêndio de dermatologia. 6. ed. Atheneu, 1988. BONTEMPO. Márcio, Medicina Natural: Musicoterapia, Geoterapia, Fisiognomonia, (1° Edição, 1992). GOMES. Rosaline Kelly; DAMAZIO. Marlene Gabriel, Cosmetologia: Descomplicando os Princípios Ativos, São Paulo, (3° Edição, 2009). MEDEIROS. Graciela Mendonça da Silva de Salim, Geoterapia- Teorias e Mecanismos de Ação: Um manual Téorico-Prático, (2007). REBELLO, Tereza. Guia de Produtos Cosméticos.6 ed.SãoPaulo. Editora Senac.São Paulo,2005 SAMPAIO, S.A,RIVITTI,E.A.Dermatologia 3 ed.São Paulo: Artes Médica.2008 SANTOS. Beatriz Mello Vergara dos, A Cura Pela Argila: Os benefícios da Lama no Corpo Físico, São Paulo (3° Edição, 2004).