Análise molecular da infecção oculta pelo vírus da hepatite B, em grupos de risco do estado do Pará, Brasil Pedro E.B. Freitas1; Suellen dos R. Araújo1; Andreza P. Malheiros1; Andrea L. Silva1; Max M. Alves1; Vânia P. Sarmento1; Dickson C.N. de Brito1; Kemere M.V. Barbosa1; Elisabete M. de F. Brito1; Olglaíze do S. C. Souza1; Manoel do C. P. Soares1 1-Seção de Hepatologia, Instituto Evandro Chagas, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Endereço: Av. Almirante Barroso; n0 492; Bairro Marco; Belém, Pará. E-mail: [email protected] Introdução: A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ser definida como a presença de VHB DNA no fígado (com ou sem a presença de VHB DNA no soro) de indivíduos HBsAg negativo, testados por ensaios comumente utilizados na rotina laboratorial. O padrão ouro para diagnóstico da hepatite B oculta envolve o uso de ensaios de biologia molecular com elevada sensibilidade e especificidade. Objetivo: Investigar a prevalência de infecção oculta pelo vírus da hepatite B em diferentes grupos de risco do estado do Pará, no período de fevereiro de 2005 até dezembro de 2014. Material e Métodos: A amostra foi dividida em 3 grupos de estudo: grupo 1) 13 indivíduos que realizaram hemodiálise no município de Belém; grupo 2) 16 indivíduos com infecção aguda ou crônica pelo vírus de hepatite C e grupo 3) 26 indivíduos de áreas de endemicidade moderada (município de Canaã dos Carajás) e alta (municípios de Curionópolis e Parauapebas) para VHB. Todas as amostras apresentaram perfil sorológico sugestivo de infecção oculta pelo VHB. As regiões S (antígeno de superfície), S e P (polimerase) e C (core) do genoma do VHB foram amplificadas por PCR em tempo real (região S) e Nested-PCR (regiões S + P e região C), visando a detecção do VHB DNA. Resultados e Discussão: O VHB DNA foi detectado em 3 dos 55 indivíduos selecionados, resultando uma prevalência de 5,4%. No grupo de hemodiálise a prevalência foi de 15,3% (2/13) e na área de endemicidade alta para VHB a prevalência foi de 8,3% (1/12). Não houve detecção do VHB DNA no grupo com infecção pelo vírus da hepatite C e na área com endemicidade moderada para VHB. A literatura relata taxas de prevalência elevadas nos grupos de estudo em questão, com isso era esperado a detecção do VHB DNA na amostra (5,4%). O estudo irá colaborar para gerar informações epidemiológicas e de risco em determinados grupos de risco do estado do Pará, além de reforçar a importância do diagnóstico molecular neste tipo de infecção. Palavras-chave: vírus da hepatite B, hepatite B oculta, biologia molecular