INCIDÊNCIA DE CASOS AGUDOS E CRÔNICOS DE HEPATITE VIRAL DO TIPO B EM PACIENTES INVESTIGADOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE NO ANO DE 2002.* Distribuição, segundo sexo, dos pacientes que tiveram Hepatite B aguda ou crônica em Porto Alegre em 2002 Maristela Fiorini Enfermeira Equipe de Controle Epidemiológico No Brasil, os dados de prevalência dos marcadores virais ainda são insuficientes, dificultando a organização de um mapa epidemiológico das hepatites virais. Contudo, publicações nacionais permitem apontar para uma maior prevalência do vírus da hepatite B (VHB ) nos estados do Norte e Nordeste, quando comparadas às do Sul e Sudeste. São chamados de portadores crônicos os indivíduos que conservam o VHB por mais de seis meses após a fase aguda da doença. A infecção pelo VHB em adultos jovens pode evoluir para cronificação em 10 % dos casos de acordo com a literatura nacional e internacional. Quando a infecção acomete recém-nascidos, o índice de cronicidade pode chegar a 90 %. Em 2002 a Secretaria Municipal de Saúde investigou 164 casos da doença. O objetivo da revisão do banco de dados da Equipe de Controle Epidemiológico (ECE) foi verificar a incidência de cronicidade em pacientes com hepatite B, investigados neste período. Buscou-se ainda Identificar as faixas etárias mais frequentes nas hepatites do tipo B agudas. Dos 164 casos de Hepatite Viral do tipo B comprovados através de exames laboratoriais, 69 pacientes já estavam curados (ausência do marcador viral HbsAg), 33 pacientes encontravam-se na fase aguda, sendo que destes, 4 persistiram com o exame de HBsAg positivo após seis meses da doença, (um percentual de cronificação de 12%), u m p o u c o acima do indicado na literatura. Em sua maioria, os pacientes haviam sido encaminhados à nossa equipe pelos bancos de sangue. A faixa etária mais atingida pela doença no grupo que cronificou foi a de 20 a 30 anos, (48 % dos indivíduos). Esses dados encontrados nessa revisão permitem concluir que, em nosso meio, a hepatite viral do tipo B apresenta um comportamento semelhante aos relatos da bibliografia. Porcentual por Sexo 45,73% Feminino 54,27% Masculino 0 20 40 60 80 100 Distribuição dos casos agudos de Hepatite B segundo faixa etária, em pacientes investigados pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, 2002 Porcentual por Faixa Etária 9,09 51 e + Anos 6,06 41 - 50 Anos 33,33 31 - 40 Anos 51,52 20 - 30 Anos 0 10 20 30 40 50 60 Distribuição dos casos, segundo percentual de cronificação, em pacientes Investigados pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre em 2002 Porcentual por Cronificação Casos Agudos que Cronificaram 12,2% Casos Agudos Curados 81,8% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 *Trabalho apresentado em forma de Poster no VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, Recife, junho de 2004