SEMINÁRIO 07 – 07/01/2016 FARMACOS ANTIPARKINSONIANOS E ANTIALZHEIMER 1. Utilizando a figura abaixo, discuta o mecanismo de ação dos fármacos antiparkinsonianos (números de 1 a 5). Dê exemplos de ao menos um fármaco de cada classe. 2. Com base no seu conhecimento sobre o mecanismo de ação da levodopa e sobre a progressão da doença de Parkinson, descreva e explique a figura abaixo: 3. Considerando a figura abaixo, discuta as vantagens e desvantages do uso de associações medicamentosas no tratamento da doença de Parkinson. 4. A. R., 64 anos, sexo feminino, chega ao consultório médico queixando-se de que o lado esquerdo do seu corpo está fraco e esquisito. Tem tremor há vários anos, e recentemente piorou. A paciente diz que se sente toda dura e que tem dificuldade para iniciar a marcha. Pisca raramente. Há quatro anos, a Sra. A. R. desenvolveu um tremor na mão esquerda. Ao longo de alguns meses, o tremor se espalhou para a perna esquerda. Nunca foi tratada com fenotiazinas, haloperidol, ou substâncias semelhantes. Não há história de doença neurológica na sua familia. Orienta-se quanto ao tempo e ao espaço. Não há déficits de memória. Todas as funções dos nervos cranianos estão dentro dos limites normais. A fisionomia de A. R. é sem expressão, mesmo quando envolvida em conversação animada ou contando uma anedota. Não ajusta sua postura, nem faz muitos movimentos subconscientes, quando sentada na cadeira. Quando de pé, sua postura é curvada, mantendo os braços ligeiramente aduzidos e fletidos. Tem marcha arrastada e não balança os braços enquanto anda. Quando se vira, fica no lugar e arrasta os pés, girando em torno de um ponto único, como se estivesse sobre um pedestal. Todos os seus movimentos são lentos e deliberados. Está um pouco mais rígida do lado esquerdo do que do direito; não há sinais de espasticidade ou clônus. Não há atrofias musculares. Durante os movimentos voluntários, o tremor diminui ou mesmo desaparece. Não há fasciculações. Sua percepção da picada do alfinete e do toque com algodão é simétrica e dentro dos limites normais. Os reflexos de estiramento muscular estão todos dentro dos limites normais e são simétricos. Os sinais plantares são em flexão. O diagnóstico clínico definiu-se como doença de Parkinson. O médico prescreveu a associação de levodopa 250 mg com carbidopa 25 mg. Após o início do tratamento, A. R. está passando bem. Seu desempenho motor geral é mais lento que o normal, mas ela é capaz de caminhar sem ser assistida e de desempenhar todas as atividades da vida diária. Está morando sozinha e tem vida social ativa. a) Porque o clínico suspeitou do uso prévio de fenotiazinas e haloperidol? b) Discuta a indicação da levodopa+carbidopa. Quais as reações adversas esperadas a curto prazo? E a longo prazo? c) Se a paciente desenvolver delírios e alucinações, qual a conduta? 5. Observe a figura abaixo e responda as questões propostas: MMSE = mini-mental stage examination (mini exame do estado mental) a) Qual o mecanismo de ação e a indicação terapêutica dos fármacos apresentados na figura acima? b) Explique o motivo da eficácia terapêutica inicial destes fármacos, bem como a perda da mesma a longo prazo. 6. Quais os efeitos adversos mais observados com o uso de fármacos antialzheimer? Qual a conduta indicada para minimizá-los? 7. M.S., 72 anos, masculino, branco, casado, aposentado, procedente de Sobradinho -RS. História clínica: O paciente procurou atendimento devido à dificuldade progressiva de realizar tarefas cotidianas, tais como vestir-se, além de fala desconexa, mudança de humor e desorientação no tempo e espaço. Negou outras queixas específicas. Na história pessoal, informou ter feito apendicectomia. Exames físicos: Os sinais vitais eram normais. Peso: 75,1 kg; 1,67m. A pressão arterial foi de 140x110 mmHg; FC 84 bpm; FR 20 irpm; TAx 36°C. O exame laboratorial é normal, inclusive hematológico, bioquímico, função tireoidiana, negativo para sífilis e outras doenças venéreas. Chamava a atenção o aspecto apático e tristonho do paciente. O mini-exame do estado mental permitiu o diagnóstico de doença de Alzheimer. Foi diagnosticada ainda hipertensão em estágio I. Tratamento: Para o tratamento, instituiu-se rivastigmina (1,5 mg; 2x ao dia); memantina (10 mg, 3x ao dia) e várias medidas de apoio. Cogitou-se o uso simultâneo de amitriptilina (50 mg, 2x/dia). Para o tratamento da hipertensão, prescreveu-se atenolol (100 mg/dia). Seguimento: Após 6 meses de tratamento foi feita nova avaliação e constatou-se estabilização do quadro. Relatou apresentar episódios de tontura, sonolência e apatia durante o período. Medidas anteriores de pressão arterial demonstraram episódios de hipotensão. Paciente relata dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso. Perguntas: a) Discuta a prescrição dos fármacos antialzheimer, em particular a necessidade da associação. b) A que classe terapêutica pertence a amitriptilina? Seria adequada a sua prescrição para este paciente? Justifique. c) Qual a provável causa dos efeitos adversos descritos pelo paciente?