NÚMEROS COMPLEXOS EM ELETRÔNICA Formulário para circuitos AC É uma forma na qual se inclui ângulo de fase e magnitude de uma ou mais grandezas. Uma expressão complexa compreende uma parte real e uma parte imaginária, conforme mostra a figura abaixo. j é um operador que varia de 0º a 360º, em ângulos de 90º. O ângulo de 90º é de grande importância na análise de circuitos AC. 1) + 4 indica 4 unidades a 0º 2) - 4 indica 4 unidades a 180º 3) j4 indica 4 unidades a 90º Como j é um operador a 90º, isto significa que em 180º ele é repetido 2 vezes, em 270º é repetido 3 vezes e assim por diante. RESUMINDO 0º = 1 90º = + j 180º = j2 = - 1 270º = j3 = j2. j = - 1. j = - j 360º = 0º = 1 Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 1 A expressão complexa deve ser escrita da seguinte forma: parte real ± parte complexa onde j é sempre escrito antes do número. Exemplo: 4 ± j2 RELAÇÃO DO FASOR COM A FORMA RETANGULAR 3 representa um número real ( neste caso uma resistência de valor igual a 3Ω); o ângulo de 90º ou +j é usado para representar XL (4Ω); portanto: Z = 3 + j4 como no caso anterior, 3 representa uma resistência no valor de 3Ω; o ângulo de - 90º ou - j é usado para representar XC (4Ω); portanto: Z = 3 - j4 Podemos então representar circuitos na forma complexa retangular conforme exemplos abaixo: Z2 = R2 + XL2 Z = 8 + j5 Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Z2 = R2 + XC2 Z = 10 - j6 Página 2 IT2 = IR2 + IC2 IT = 1 + j3 IT2 = IR2 + IL2 IT = 1 - j3 O operador j indica uma relação de fase diferente de zero entre a parte real e a parte imaginária. Tomemos como exemplo impedâncias: Se R = 0 e XC = 10Ω Z = 0 - j10 Se R = 10Ω e XC = 0 Z = 10 - j0 Se R = 0 e XL = 10Ω Z = 0 + j10 Se R = 10Ω e XL = 0 Z = 10 + j0 Vejamos alguns exemplos abaixo de circuitos mais complexos: ZT = (9 + j6) + (3 - j2) ZT = 12 + j4 1 1 1 1 = + + ZT 4 j8 - j 5 Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 3 ZT = (9 + j 5) . (3 - j 2) (9 + j 5) + (3 - j 2) OPERAÇÕES COM NÚMEROS COMPLEXOS I - ADIÇÃO OU SUBTRAÇÃO: Soma-se ou subtrai-se a parte real e a parte imaginária ( j ) separadamente: a) (9 + j5) + (3 + j2) (9 + 3) + (j5 + j2) = 12 + j7 b) (9 + j5) + (3 - j2) (9 + 3) + (j5 - j2) = 12 + j3 c) (9 + j5) + (3 - j8) (9 + 3) + (j5 - j8) = 12 - j3 II - MULTIPLICAÇÃO OU DIVISÃO DE UM NÚMERO IMAGINÁRIO ( termo j ) POR UM NÚMERO REAL Basta multiplicar ou dividir, conforme exemplos abaixo: a) 4 . j3 = j12 b) j5 . 6 = j30 c) j5 . -6 = -j30 d) j12 ÷ 3 = j4 e) -j30 ÷-6 = j5 f) j30 ÷ -6 = -j5 g) j3 ÷ 4 = j0,75 h) 1,5 . j2 = j3 i) 4 . j0,75 = j3 III - DIVISÃO DE UM NÚMERO IMAGINÁRIO POR UM NÚMERO IMAGINÁRIO ( divisão de um termo j por um termo j ) A divisão produzirá um número real ( as partes imaginárias ou os termos j se cancelarão), conforme exemplos abaixo: a) j12 ÷ j3 = 4 b) j30 ÷ j5 = 6 c) - j12 ÷ j3 = - 4 d) j30 ÷ - j6 = - 5 Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim e) - j30 ÷ - j5 = 6 f) - j15 ÷ - j3 = 5 Página 4 IV- MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO IMAGINÁRIO POR UM NÚMERO IMAGINÁRIO ( multiplicação de um termo j por um termo j ) Multiplica-se o número e o operador j. A multiplicação dos termos j produzirá j2. Veja os exemplos abaixo: a) j3 . j4 = j . j = j2 = j2(3 . 4) = -1(12) = -12 b) j3 . - j4 = j . - j = - j2(3 . 4) = -(-1)(12) = 12 V - MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS Basta seguir as regras da álgebra (propriedade distributiva), conforme mostra o exemplo abaixo: a) (9 + j5) . (3 - j2) = 27 + j15 - j18 - j210 observe que j2 = -1 = 27 - j3 + 10 = 37 - j3 VI - DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS A divisão de um número real por um número complexo não é possível. Consideremos a expressão: 4 - j1 1 + j2 O numerador contém um número real, que é 4 e o denominador é formado por um número complexo: 1 + j2, tornando impossível a operação. Para concretizar a operação torna-se necessário racionalizá-la, bastando para isso multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. O conjugado do denominador é 1 - j2 (basta trocar o sinal). Teremos então: (4 - j1) . (1 - j 2) (1 + j 2) . (1 - j 2) 4 - j9 - 2 2 - j9 4 - j8 - j1 + j 2 2 = = = 0,4 - j1,8 2 1+ 4 5 1- j 4 MAGNITUDE E ÂNGULO DE UM NÚMERO COMPLEXO “REPRESENTAÇÃO POLAR E RETANGULAR DE UM NÚMERO COMPLEXO CONVERSÕES RETANGULAR/POLAR - POLAR/RETANGULAR” Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 5 Veja a figura abaixo: Em termos elétricos, uma impedância complexa 4 + j3 significa 4Ω de resistência elétrica e 3Ω de reatância indutiva. Lembrar que, a impedância 4 + j3 está escrita na forma retangular. A impedância é o resultado de: Z = R 2 + XL 4 2 + 32 = Z= 2 ou Z2 = R2 + XL2 16 + 9 = 25 = 5Ω O ângulo de fase θ é o arco tangente (arctan) da relação entre XL e R. Portanto: θ = arctan XL 3 = = 0,75 ≅ 37º 4 R Desta forma, a impedância complexa pode ser escrita da seguinte maneira: 4 + j3Ω - forma retangular - forma polar EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Converter para a forma polar: a) 2 + j4 = 22 + 42 = 4 + 16 = 20 = 4,47 arctan 4 = 2 ≅ 63º 2 b) 8 + j6 = 64 + 36 = 100 = 10 arctan 6 = 0,75 ≅ 37º 8 32 = 5,66 arctan -4 = -1 = - 45º 4 c) 4 - j4 = 16 + 16 = Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 6 Converter para a forma retangular: a) sen 65º = 0,906 (parte imaginária) 12 . 0,906 = 10,87 cos 65º = 0,423 (parte real) 12 . 0,423 = 5,08 Resposta: 5,08 + j10,87 b) sen 60º = 0,866 (parte imaginária) 100 . 0,866 = 86,6 cos 60º = 0,5 (parte real) 100 . 0,5 = 50 Resposta: 50 + j86,6 c) sen - 60º = - 0,866 (parte imaginária) 100 . - 0,866 = - 86,6 cos - 60º = 0,5 (parte real) 100 . 0,5 = 50 Resposta: 50 - j86,6 d) sen 90º = 1 (parte imaginária) 10 . 1 = 10 cos 90º = 0 (parte real) 10 . 0 = 0 Resposta: 0 + j10 Quando um número complexo é formado por uma parte real igual a zero, como por exemplo: 0 + j5, a expressão na forma polar será: Para a expressão: 0 - j5, a expressão na forma polar será: Quando um número complexo é formado por uma parte imaginária igual a zero, como por exemplo: 5 + j0, a expressão na forma polar será: MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR I - REAL x POLAR a) Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 7 b) II - POLAR x POLAR Na multiplicação de números complexos (polar x polar) os ângulos são somados algebricamente, conforme mostra os exemplos abaixo: a) b) c) DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR I - POLAR ÷ REAL a) b) c) II - POLAR ÷ POLAR Na divisão de números complexos na forma polar (polar ÷ polar) os ângulos são subtraídos algebricamente, conforme mostra os exemplos a seguir: a) b) c) III - REAL ÷ POLAR a) b) Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 8 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS UTILIZANDO NÚMEROS COMPLEXOS I - Dado o circuito abaixo: Calcule as correntes I1, I2 e I3; as impedâncias Z1; Z2 e Z3; a corrente total (IT) e a impedância total (ZT) nas formas retangular e polar. Solução: 1) escrevendo cada ramo de impedância na forma retangular, temos: Z1 = 50 - j50Ω Z2 = 40 + j30Ω Z3 = 30 + (j110 - j70) = 30 + j40Ω 2) convertendo cada ramo de impedância na forma polar, temos: - 50 = -1 = - 45º 50 Z1 = 50 2 + (-50) 2 = 70,7 θ = arctan Z2 = 40 2 + 30 2 = 50 θ = arctan 30 = 0,75 = 36,87º (37º) 40 Z3 = 30 2 + 40 2 = 50 θ = arctan 40 = 1,33 = 53,15º (53º) 30 3) Calculando a corrente em cada ramo de impedância, ou seja, as correntes I1, I2 e I3: I1 = Vin / Z1 1 + j1A (retangular) I2 = Vin / Z2 1,6 - j1,2A (retangular) I3 = Vin / Z3 Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 9 1,2 - j1,6A (retangular) 4) Calculando a corrente total (forma retangular): IT = I1 + I2 + I3 = 1 + 1,6 + 1,2 + j1 - j1,2 - j1,6 IT = 3,8 - j1,8A convertendo para a forma polar: IT = 3,8 2 + (-1,8) 2 = 4,2 θ = arctan 1,8 = - 0,474 = - 25.4º - 3,8 5) Calculando a impedância total (forma polar): ZT = Vin / IT Convertendo para a forma retangular: 23,8 . sen 25,4º = 23,8 . 0,429 = 10,21 (indutiva) 23,8 . cos 25,4º = 23,8 . 0,903 = 21,5 (resistiva) ZT = 21,5 + j10,21Ω II - Dado o circuito a seguir: a) calcule as tensões em cada um dos componentes; b) desenhe o fasor do circuito para a corrente e as tensões. Solução: 1) Calculando a impedância total na forma retangular: ZT = 2 + j4 + 4 - j12 6 - j8Ω 2) Convertendo a impedância total na forma polar: Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 10 ZT = 6 2 + (-8) 2 = 10 arctan -8 = - 1,33 = -53,13º (- 53º) 6 ZT = 3) Calculando a corrente total na forma polar: IT = VT / IT 4) Calculando a tensão em cada componente: VR1 = VL = VC = VR2 = OBS: Como o operador j representa o ângulo de 90º, na forma polar a reatância indutiva (XL) assume o ângulo de 90º ; a reatância capacitiva XC assume o ângulo - 90º e a resistência assume o ângulo de 0º. 5) Desenhando o fasor do circuito para as tensões e a corrente, onde alguns aspectos devem ser observados: a) O ângulo de 53º para VR1 e VR2 mostra que as tensões nestes dois componentes estão em fase com a corrente. b) A tensão nos resistores está adiantada 53º em relação a VT enquanto que a tensão no capacitor está atrasada 37º. c) A tensão no indutor está adiantada 143º em relação a VT (90º + 53º). d) A relação de fase entre as tensões no capacitor e indutor é de 180º. Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 11 6) Comprovando: OBS: a soma das tensões de cada um dos componentes deverá nos dar a tensão aplicada na entrada. Convertendo cada tensão para a forma polar: VR1 = = 2,407 + j3,196V VR2 = = - 6,389 + j4,814V VC = = 19,167 - j14,444V VL = Total da VT = 4,812 + j6,389V = 19,997 + j0,045V Convertendo a tensão 19,997 + j0,045V para a forma polar: VT = 19,997 2 + 0,045 2 = 399,882 ≅ 20 0,045 = 0,00225 = 0,129º ≅ 0º θ = arctan 19,997 Portanto, na forma polar VT = Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 12 FORMULÁRIO PARA CIRCUITOS AC 1 - ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES EM SÉRIE: LT = L1 + L2 + L3 + L4 … EM PARALELO: 1 1 1 1 1 = + + + … (para mais de dois indutores) L1 L3 L4 LT L2 ou L1 . L 2 LT = (para dois indutores) L1 + L 2 2 - ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES EM SÉRIE: 1 1 1 1 1 = + + + … (para mais de dois capacitores) CT C4 C1 C2 C3 ou C .C CT = 1 2 (para dois capacitores) C1 + C 2 EM PARALELO: CT = C1 + C2 + C3 + C4 … 3 - CIRCUITO RC EM SÉRIE VR = R.IT VT = VR + VC 2 θ = arctan Z= R 2 + XC 2 Z= VT IT Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim 2 VC = XC . IT VC X = - C VR R IT = VT Z Página 13 XC = 1 , onde ω = 2 π f ωC XC = 1 2π f C f = frequência em hertz C = capacitância em farads Fasor representando a impedância total ( Z ) de um circuito RC série. A defasagem entre R e XC é de 90º. 4 - CIRCUITO RC EM PARALELO IT = IR + IC 2 2 IR = VT R θ = arctan IT = VT Z IC = VT XC IC IR Z= VT IT 5 - CIRCUITO RL EM SÉRIE VT = VR + VL 2 2 VR = R . IT Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim VL = XL . IT Página 14 θ = arctan VL X = L VR R XL = ω L , onde ω = 2 π f XL = 2 π f L f = frequência em hertz L = indutância em henry Fasor representando a impedância total ( Z ) de um circuito RL série. A defasagem entre R e XL é de 90º. Z= R 2 + XL 2 Z= VT IT IT = VT Z 6 - CIRCUITO RL EM PARALELO IT = IR + IL 2 2 Z= VT IT θ = arctan - Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim IT = VT Z IL IR Página 15 1 1 + R XL 2 Z= R . XL R 2 + XL 2 Z= 1 1 + R XL 2 2 2 7 - CIRCUITO LC EM SÉRIE 2 Z= XL - XC 2 XL - XC = X XC - XL = X logo: Z = X Z= VT IT IT = VT Z 8 - CIRCUITO LC EM PARALELO Z= X L . (-X C ) X L + (-X C ) - Z capacitiva Z indutiva IT = 2 I L + I C , onde: IL = 2 Z= VT IT VT V e IC = T XL XC IT = VT Z 9 - CIRCUITO RLC EM SÉRIE Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 16 R 2 + X2 Z= onde: X = XL - XC ou X = XC - XL O fasor para o circuito acima é mostrado a seguir. Observe que a defasagem entre as tensões do capacitor e do indutor é de 180º, no entanto, entre estes componentes e o resistor é de 90º. VL = XL . IT VC = XC . IT VR = R . IT VT = VR + VX onde: VX = VL - VC ou VX = VC - VL 2 Z= 2 VT V IT = T IT Z Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 17 VL - VC V = X ( VL > VC ) VR VR V - VL V θ = arctan - C = - X ( VC > VL ) VR VR θ = arctan XL - XC X ( XL > XC ) = arctan R R X - XL X θ = arctan - C ( XC > XL ) = R R θ = arctan 10 - CIRCUITO RLC EM PARALELO VT XL V IC = T XC V IR = T R IL = IR + IX 2 IT = 2 onde: IX = IL - IC ou IX = IC - IL O fasor de um circuito RLC em paralelo é mostrado abaixo, onde prevalecem as correntes IC , IL e IR. θ = arctan - θ = arctan IL - IC I = - X ( IL > IC ) IR IR IC - IL I = X ( IC > IL ) IR IR Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 18 Calculando a impedância em um circuito paralelo: x.y Z= x= x 2 + y2 onde: X L . (- X C ) X L + (-X C ) y=R A impedância de um circuito RLC paralelo pode também ser calculada pela fórmula: 1 1 1 + R XC XL 2 Z= Z = 1 1 1 + R XC XL 2 VT IT 2 2 IT = Podemos também calcular θ com as fórmulas: θ = arctan VT Z R Z e θ = arccos X R 11 - POTÊNCIA EM CIRCUITOS AC Em circuitos AC existem três potências distintas: real, reativa e aparente identificadas respectivamente pelas letras P ( W ), Q ( VAR ) e S ( VA ). P = V . I . cosθ = VR . I = R . I2 (potência real = W) Q = V . I . senθ ( potência reativa = VAR) S = V . I (potência aparente = VA) CIRCUITO INDUTIVO: Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 19 P = VI cosθ Q = VI senθ S = VI cos 90º = 0 sen 90º = 1 ∴Q = S (não há potência real) CIRCUITO CAPACITIVO: P = VI cosθ Q = VI senθ S = VI cos 90º = 0 sen 90º = 1 ∴Q = S (não há potência real) CONCLUSÃO: Em um capacitor ou indutor a potência reativa é igual a potência aparente. Q = S VAR = VA P =0 12 - FATOR DE POTÊNCIA Fp = VI . cosθ VI Fp = cosθ Fp = Potência real Potência aparente θ = arctan Fp = Q P P S Q = P . tanθ Fator de potência indutivo: motores de indução, indutores, etc. Fator de potência capacitivo: motores síncronos, banco de capacitores, etc. Fator de potência para circuitos paralelos: Fp = arccos Fator de potência para circuitos série: Fp = arccos IR IT R Z RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE NUM CIRCUITO AC INDUTIVO Numa indutância: a) a tensão aplicada está adiantada 90º em relação à corrente; b) a FCEM (força contra eletromotriz) está atrasada 90º em relação à corrente; c) a tensão aplicada à entrada e a FCEM estão 180º defasadas. Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 20 CONCLUSÃO: Qualquer circuito AC que contenha apenas indutância apresenta três variáveis importantes: a) tensão aplicada; b) força contra eletromotriz induzida e c) corrente do circuito. FCEM: é a voltagem contrária originada num circuito indutivo pela passagem de uma corrente alternada ou pulsativa. LEI DE LENZ: uma fem (força eletromotriz) produzida pela indução tende a estabelecer uma corrente cujo sentido opõe-se ao campo primitivo que a produziu. RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE NUM CIRCUITO AC CAPACITIVO A corrente através do capacitor está adiantada em relação à tensão aplicada ao capacitor de 90º. Conforme ilustra a figura abaixo, a corrente através do capacitor está defasada de 90º tanto em relação à tensão aplicada como em relação à contra-tensão. Portanto, a corrente está adiantada de 90º em relação à tensão aplicada e atrasada de 90º em relação à contra-tensão. EFEITOS DA CONTRA-TENSÃO: • Quando uma fonte de tensão DC é ligada nos extremos de um capacitor, a corrente é máxima quando a tensão da fonte, senoidalmente, começa a crescer a partir do zero, desde que as placas do capacitor estejam neutras (sem carga) e não apresentem forças eletrostáticas opostas. Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 21 • Quando a tensão da fonte cresce, as cargas nas placas do capacitor que resultam do fluxo de corrente, aumentam. • À medida que a carga no capacitor aumenta, resulta numa tensão que se opõe à tensão aplicada, resultando numa diminuição da corrente. • Quando a tensão da fonte (tensão aplicada) atinge o valor máximo ou valor de pico, o capacitor estará com a máxima carga e máxima tensão apresentando assim uma oposição à tensão aplicada (cargas eletrostáticas opostas), as quais se anulam, resultando então em uma corrente zero. • Quando a tensão aplicada nos extremos do capacitor começa a decrescer, a carga eletrostática nas placas do capacitor torna-se maior do que o potencial dos terminais da fonte e o capacitor começa a descarregar-se, repetindo assim o processo, porém no sentido inverso. Números Complexos em Eletrônica – Prof. Edgar Zuim Página 22