UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE VETERINÁRIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA VETERINÁRIA ESTUDO DA PARADA DE CRESCIMENTO DO CICLO EVOLUTIVO DO Oesophagostomum columbianum (CURTICE, 1890) EM CAPRINOS TRAÇADORES NA BAIXADA FLUMINENSE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO Bárbara Maria Padão Montes do Amaral ITAGUAÍ, RIO DE JANEIRO 1992 xiv RESUMO Para avaliar a parada de crescimento do ciclo evolutivo do Oesoohanostomum columbianum (CURTICE, 1890), foram utilizados 32 caprinos machos, sem raça definida, com idades variando entre 4 e 6 meses, livres de parasitoses e procedentes da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro. Estes animais foram mantidos em piquete, visando a infestação natural. O período de pré-patência média variou entre 33,0 e 44,0 dias, com máximo de ovospostura entre 6ª e a 9ª semana após a entrada no piquete. As maiores médias de PPP ocorreram durante as estações de outono e inverno. Durante o outono observou-se maiores intensidades médias e prevalência de infestação por formas imaturas (L4 Final). No verão não foram observadas estas formas. Nas estações de verão e primavera todos os caprinos estavam parasitados por formas adultas de O. columbianum. No inverno 85,7% dos animais apresentaram estas formas e no outono 50% dos animais. Macroscopicamente foram observados maior número de nódulos na mucosa do trato intestinal durante as estações de outono e inverno, xv com maior intensidade colon, principalmente delgado os de areia, nódulos terço eram nódulos à do da 1ª. grandes, intestino válvula esbranquiçados, necrótico, material final próximos características observaram-se contendo no fase às ou vezes No No purulento, a grãos intestino formando e intestino semelhantes histotrófica. firmes, caseoso íleo-cecal. pequenos, ceco delgado, grosso aglomerados podendo ter centro hemorrágico, típicos da migração das larvas de 4º estágio durante a 2ª fase histotrófica. hiperemia na Foram mucosa observados intestinal, e edema, hipersecreção exemplares adultos e de muco imaturos e no conteudo do trato intestinal. Clinicamente maior proporção apresentaram, imaturas. somente à deste quadro necropsia, formas Aqueles formas imaturas e sugerindo uma observou-se que outros desta possível Durante o os do durante o ao e eliminação menor proporção a se 21,4% animais Estes e primavera formas através de da com animais formas possuíam adultas encontravam parasitos houve dos outono. possuíam estação dos 35,7% em verão outono mesma experimento em adultas pertenceram adultas, diarréia e negativos, diarréia. mortalidade, sendo que a metade destas mortes ocorreram durante o outono. Assim, columbianum parasito é comprovou-se durante patogênico quanto na fase adulta. as a ocorrência estações para a de espécie de outono caprina inibição e do inverno, tanto na ciclo e do que fase O. este larval xvi SUMMARY Thirty-two male goats without defined breed, 4 to 6 months old and free worms from Baixada Fluminense, state of Rio de Janeiro, were kept stop of in the pasture life The to cycle natural of prepatente infestation Oesophanostomum period ranged in order to evaluate the columbianum development. 33,0 days, from - 44,0 with a maximal oviposition between the 6º - 9ª week post-pasture. The highest means of PPP were during the season of autumn and winter. During the autumn, there were the highest mean intensity and prevalence of infestation by imature forms. In the summer these forms were not noticed. In the summer and spring s seasons, a11 the goats had O. columbianum’s adult forms. In the winter 85,7% and in the autumn 50% of the animal showed these forms. Macroscopically, the mucosa winter, intestine, The with of the nodules intestinal greater caecum of the and the largest tract intensity colon, small number during in the principally intestine of the final near were nodules seasons third the were of of seen autumn in and the small ileum-caecum valve. pale-couloured, small and xvii similar phase. to In forming sand the grains, large characteristic intestine, glomerates; they large containde material that sometimes had migration of during second oedema, L4 hypersecretion the of the of and the solid necrotic, nodules caseous halmorrhaged histotrophic mucous and first were or centre, phase. hyperemia histotrophic suppurative tipical Also, in noticed, from there the were intestinal mucosa, and sample of O. columbianum in the contents of the intestine. Clinically, with a larger post-mortem diarrhoea number examination in 35,7% during the autumn. adult forms, of and the These immature goats were animals forms in noticed showed a at limited number. The animals of the summer and spring only had adult worms, those of the autumn had adult and immature worms and others of this same season were negatives, insinuating a possible elimination of the worms through diarrhoca. During the work, there was 21,5 of mortality, with the half of that happened in the outumm. Then, proved the inhibition of the O. columbianum cicle during the autumm and winter; and that this parasite is pathogenic to goats so in the larval stage as in the adult stage. 1 - INTRODUÇÃO De acordo com o Censo Agropecuário realizado em 1987 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuia uma população de caprinos da ordem de 11 milhões de cabeças, colocando-se entre os 10 países possuidores dos maiores rebanhos desta espécie no mundo. Esta população se distribui irregularmente pelo território Nacional, com 90% do rebanho localizado na região Nordeste, possuindo o Estado da Bahia a maior concentração de animais e um terço do efetivo Nacional, seguido pelos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. e Nessa mesma região, o rebanho localiza-se em áreas semi-áridas áridas, onde geralmente são utilizados sistemas de criação rudimentares e a produção se caracteriza por baixo rendimento dos animais, longos intervalos entre partos e altas taxas de mortalidade. Entretanto, na região Centro-Sul que possui 10% do rebanho nacional, observa-se um incremento na caprinocultura leiteira principalmente em áreas próximas a centros urbanos, onde são utilizados sistemas de criação do tipo intensivo e animais geneticamente melhorados. O quase Brasil, todo seu com suas território dimensões boas continentais, condições para a apresenta em racional dos criação animais domésticos. A criação de caprinos é uma atividade que ocupa um lugar de destaque pela sua capacidade de suprir populações de baixa renda com proteínas de origem animal e contribuir para a economia de subsistência, 1970; podendo Devendra, ser 1980 realizada e Cunha, em pequenas 1982). É propriedades. uma importante (French, fonte de proteínas para a alimentação humana, sendo o leite muito utilizado por crianças e pessoas idosas, em de anos, clínicas e na fabricação iniciou-se no Brasil de queijos finos. Há cerca caprinocultura Europa de produção leiteira como reprodutores de leite 10 a e atividade organizada, matrizes fim de de alto formar com a potencial os o incentivo importação genético plantéis, para à da a realizando-se cruzamentos destes exemplares com animais mestiços que predominam no país. No dificuldades entanto, a criação para o seu manejo zootécnico e sanitário. refere às limitante dos elevadas morte sistemas perdas de climáticas maiores helmintoses que atenções Um dos além de produção decorrentes favorecem ser o ainda de caprinos da queda que às o helmintoses é o como e de Brasil de numerosas relacionadas obstáculos apontado desenvolvimento dadas encontra daquelas maiores gastrointestinais, Considerando devem caprinos desenvolvimento econômicas animais. de que um produtividade diversas se fator responsável possui ao por e condições parasitoses, gastrintestinais, que 3 ocorrem frequentemente e influem diretamente na produtividade do rebanho . Todavia, gastroenterites no Brasil parasitárias são escassas as dos caprinos, pesquisas a respeito principalmente em das relação ao ciclo evolutivo do Oesophagostomum columbianum e seus efeitos sobre hospedeiros naturais. O ovinos, Oesoohanostomum caprinos pré-infectivos quentes que e e são úmida pode antílopes muito para sobreviver por selvagens sensíveis o parasita columbianum ótimo dois à o (Dash, dissecação ou mais intestinal 1982). e desenvolvimento meses trato nas de Os estágios requerem condições do estágio pastagens infectivo, sob estas condições. O Brasil com seu clima predominantemente quente e úmido, possui O. distribuição columbianum permanecendo diagnóstico na é generalizada capaz parede objetivos prolongar intestinal a nestes determinação traçadores no a por do variações estacionais, epidemiológicos, ciclo planos fatos, do pasto, crescimento caprinos. parasito. sua longos Além disso, existência períodos, o parasitária dificultando o e o controle desta parasitose. Baseando-se caprinos de deste evolutivo e de o presente período bem do pré-patente como O. o da estudo columbianum estabelecer controle trabalho e em da em face profilaxia da teve por infecção em parada função dos doença de das dados em 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 - GENERALIDADES DO PARASITO O helminto Oesonhanostomum conhecido como intestinal de ovinos, Intestino grosso, Seu (1923), que o e outra descreveu o ciclo infectivas do (L 3 ) intestino evolutivo dividiu de são em no ingeridas se e com e mede sendo para Se entre uma 12 de aos e se o 4º 18 por vida trato no mm. Veglia livre na Este autor de outros ciclos domésticos, e do localiza vertebrado. similar pastagem desenvolvem parasita estudado hospedeiro como Strongyloidea) selvagens. ruminantes a um inicialmente fases, nematodeo suínos delgado, colon foi duas é antílopes no parasitária deste nodular, e principalmente pastagem Oesofagostomos verme caprinos ciclo (Nematoda: columbianum onde encistam estágio larvas na parede e então retornam ao lúmem intestinal e migram para o intestino grosso onde se desenvolvem para o estágio adulto. 5 Entretanto, (1936), Dobson que ciclo o estudos (1966), poderia posteriores Shelton diferir e Griffiths daquele realizados (1967, descrito por 1968 por a.b) Veglia Fourie sugeriram (1923) e dos ciclos de outros Oesofagostomos em seus respectivos hospedeiros, em que algumas períodos larvas na de parede 4º estágio intestinal, poderiam particularmente ficar no retidas por intestino longos grosso. Deste modo, Dash (1973) confirmou ter o O. columbianum um ciclo a de vida larva passa intestinal. estágio parasitico A na por único duas primeira mucosa do fase entre fases nematódeos histotróficas ocorre intestino os deste gênero, separadas com a entrada delgado e sua da na larva passagem onde parede de 3º o 4º para estágio, sendo que esta 3ª muda ocorre entre o 5ª e o 10ª dia após infestação. As larvas de 4º estágio (L 4 ) deixam a mucosa, Vão para o lúmem e entram numa 2ª fase histotrófica no intestino grosso, onde se mantêm no meio do 4º estágio larval. Algumas larvas permanecem no lúmem e se desenvolvem diretamente para o estágio adulto, sendo que a 46 muda acontece entre 19 e 20 dias após a infestação. 2.2 - IMPORTÂNCIA, PREVALÊNCIA E INTENSIDADE MÉDIA DE INFESTAÇÃO No Brasil, poucos dados têm sido publicados que esclareçam a epidemiologia gastrintestinais principalmente animais e os de em domésticos métodos caprinos, diversas controle estando levantamentos nas de da regiões as das helmintoses pesquisas concentradas ocorrência do país, de onde parasitoses se em mencionava o O. columbianum parasitando caprinos e ovinos. (Pinto e Almeida, 1935; Freire, 1943; Costa e Freitas, 1970; Melo e Ribeiro, 1977). Outros prevalências e autores intensidades rebanhos caprinos primeiros dados Bahia. Lopes parasitos Grisi al. sobre uma (1975) em deste ou helmintos Oliveira de et de estudo estado, o infestação estes, Silva e (1973), e fauna que de seus delas parasitos, em no publicou os ocorriam na Moura sobre se helminto que e a de da 100 encontram inclusive O. (1974) ocorrência Estado helmintologica 95 as (1961) Moura ovinos trabalhos do ovinos conhecimento caprinos verificou em caprinos al. da espécies de Dentre ampliaram um mais médias ovinos. gastrointestinais (1975), oriundas por e Posteriormente, et determinaram e de Bahia. vísceras parasitadas columbianum. No Piauí, Costa e Freitas (19621, Girgão et al. (1978), Girão e Girão (1978) e Girão et al. (1980), realizaram estudos a fim de determinar a fauna helmíntica de caprinos e ovinos, e observaram uma a1ta frequência do O. columbianum entre os animais necropsiados, muitas vezes chegando a 100%. Em et al. (1974), Pernambuco, Pereira Torres (1976) e (1945), Padilha Cavalcanti (1980) (1974), observaram a Travassos ocorrência do O. columbianum em níveis significativos em ovinos e caprinos, sendo este parasito uma das espécies mais prevalentes em caprinos de 4 a 6 meses de idade. Gonçalves (1974) e Santiago et al. (1976) se referiram ao O. columbianum como um dos parasitos gastrointestinais de ovinos mais importantes nos municípios de Guaíba e Itaquí, no Rio Grande do Sul, podendo atribuir seus efeitos patogênicos também a caprinos. Em estudos realizados por Guimarães e Lima (1987) em Minas Gerais, Pimentel Pernambuco, Neto (1987) confirmou-se, no Rio de finalmente, Janeiro as e Charles altas (1989) prevalências em deste helminto nos rebanhos caprinos no país. 2.3 - PATOGENIA De acordo com Gordon (1950), o potencial patogênico do O. columbianum é grande já que os estágios jovens parasíticos penetram nas paredes reações por do inflamatórias longos movimentos Além intestino formação períodos na intestinais disso, peritonites e podem e delgado e se de a romper ou intestino nódulos. parede com aderências, e grosso Estes intestinal digestão e superfície no lúmem podem estabelecem permanecer interferindo a na e absorção dos peritoneal intestinal com os alimentos. resultando causando em lesões ulcerosas. Quando parcial da parede o número intestinal de nódulos (Shelton e é grande pode Griffiths, haver estenose 1967). Durante a primeira fase tissular a larva do O. columbianum migra na parede provocando anorexia reação (Veglia, do intestino inflamatória, 1923; Fourie, delgado, com causando aumento 1936; da Bremner, grande temperatura 1961; desconforto, corporal Reinecke, e 1964; Rossiter, 1964 e Horak e Clark, 1966). Estes autores afirmaram ser a anorexia a principal alteração clínica observada em bovinos e ovinos causada pelo desconforto intestinal e aos danos devidos à migração das larvas. Este efeito negativo sobre o apetite tem consequências diretas sobre o ganho de peso dos animais, podendo desencadear um processo de desnutrição em animais jovens. A presença de vermes adultos está associada ao espessamento da parede irritação leva a carga intestinal, congestão e mucosa intestinal causada da diarréia pelo parasitária aumento é do expulsa eliminação de por estes peristaltismo com as fezes muco. A excessiva parasitos intestinal (Veglia, e adultos parte 1923; desta Andrews e Maldonado, 1943; Gordon, 1950; Bremner, 1961; Goldberg, 1962). A mucóide ocorrência fétida, que de enterite muitas é vezes freqüente, contém provocando sangue, fibrina diarréia e epitélio, levando a emaciação, desidratação, perda de peso e anemia, originados pela excessiva Shelton e perda Griffiths, de 1967; fluidos Dobson, intestinais 1967; (Horak Bremner, e 1961; Clark, 1966; Bulman, 1989). De acordo com Dash (1973), ocorrem dois tipos diferentes de lesões na parede intestinal, que são pequenas lesões granulomatosas em volta de larvas caseosos em nódulos no histotrófica, histotróficas volta de intestino e contêm no larvas grosso intestino delgado histotróficas no são material que grandes intestino característicos necrótico e da pode nódulos grosso. segunda Os fase caseificar-se ou até calcificar-se (Horak e Clark, 1966; Dobson, 1967). Segundo Gordon (1950), a permanência das larvas nas paredes do intestino adulto protege por promove o vários mêses obstáculos parasita contra ao antes seu de emergir controle, antihelmínticos. e dificulta As lesões alcançar os o estágio diagnósticos nodulares e tornam o intestino imprórpio para a produção de embutidos e de fios cirúrgicos. Assim, anteriormente, caprinos e através dos demonstrou-se ovinos, estudos a realizados patogenicidade confirmando-se a necessidade pelos do de O. autores citados columbianum um estudo para detalhado a respeito da Oesofagostomose caprina na região da Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, com ênfase as variações que podem ocorrer durante o seu ciclo evolutivo. 3 - MATERIAL E MÉTODOS 3.1 - LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO Os animais foram mantidos nas instalações do Setor de Parasitologia Animal da Unidade de Apoio ao Programa National de Pesquisa em Saúde Animal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (UAPNPSA/EMBRAPAl, no município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, situada a 22º45’ latitude Sul, 43º41’ longitude oeste e altitude 33m. Os estudos parasitológicos foram realizados no Laboratório do Setor de Parasitologia Animal desta mesma Unidade. 3.2 - CONDIÇÕES CLIMÁTICAS O clima da região é do tipo Tropical (Aw) segundo a classificação de Koeppen, 1958, caracterizado por verão chuvoso com 11 temperaturas médias em torno de 27ºC e inverno seco com temperaturas médias de 18ºC, e umidade relativa média de aproximadamente 70%. Todos foram os fornecidos dados pelo utilizados Posto sobre Meteorológico variações - Ecologia climáticas Agrícola locais Km 47, situado a 1 Km do local do experimento. 3.3 - ANIMAIS Foram utilizados 32 caprinos (Capra L.) hircus machos, sem raça definida e com idades variando entre 4 a 6 meses, procedentes de varias propriedades da região da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro. 3.4 - MANEJO E ALIMENTAÇÃO Os 1500m 2 de animais área foram de mantidos topografia num piquete acidentada e de aproximadamente cultivado com capim Brachiaria (Braquiaria decumbens) por um período de 28 dias. Após este período, foram deslocados para um aprisco suspenso, telado e com piso ripado, onde permaneceram por mais 32 dias. Durante introduzidos início da no cada piquete, estação e estação sendo outras do dois dois ano, animais animais quatro colocados colocados animais um um mês mês foram após antes o do 12 término da mesma estação. Passados os 60 dias entre a entrada no piquete e no aprisco, os animais foram sacrificados e necropsiados. No piquete, os animais se alimentavam naturalmente, sendo o mesmo provido de bebedouros, e recebiam ração comercial três vezes por semana. No aprisco, os animais recebiam diariamente capim Elefante (Pennisetum purnureum) picado, proveniente de capineira livre de parasitos, e água à vontade; e três vezes por semana recebiam ração. 3.5 - VERMIFUGAÇÃO DOS ANIMAIS Os animais foram submetidos a um estudo coproparasitológico quando chegaram às instalações da UAPNPSA, e posteriormente procedeu-se a vermifugação dos mesmos. Foram utilizados derivados de Benzimidazóis2 8,0 mg/Kpv e Levamizole3, alternadamente, respectivamente, por via na oral, dose de durante 10 mg/Kpv4 sete e dias consecutivos. No oitavo dia após a última vermifugação, os animais foram para o piquete onde permaneceram por 28 dias. Em todos os animais observaram-se oocistos de Eimeria spp, sendo tratados antes de irem para o piquete com duas aplicações orais de uma combinação de Sulfaguanidina, Sulfadiazina, Sulfametazina e 1 Purina 2 3 4 Kaprina Panacur, Ripercol, C., Volta Laboratorio Redonda, QUIMIO, Laboratorio Quilograma de peso vivo RJ. RJ. CYANAMID, RJ. 13 Sulfatiazol Moniezia Cloranfenicol 5 . mais receberam spp uma Aqueles dose de que 15 estavam mg/Kpv positivos para Praziquantel 6 , de via oral. 3.6 - ESTUDOS PARASITOLÓGICOS Nos estudos coproparasitológicos foram utilizados para a ovoscopia as Técnicas de Gordon & Whitlok (1939) e de Stoll modificada (Cox e Todd, O’Sullivan 1962), (1950) identificação das e para coproculturas aplicando-se formas Estas as a Chave a de Técnica Keith de Roberts & para a (1953) infestantes. técnicas foram utilizadas inicialmente, quando da chegada dos animais, visando a determinação do grau de infestação e os gêneros de helmintos vermifugação, foram as Técnicas efetuadas número de gastrointestinais de diariamente ovos fecais Stoll a e fim a presentes. modificada de se eficiência Durante e Roberts acompanhar da o período & a O’Sullivan regressão vermifugação de do utilizada. Após a introdução no piquete, os animais foram acompanhados semanalmente através das O’Sullivan até utilizadas diariamente, pré-patencia e o a 25º Técnicas dia. A visando freqüência de 5 Quemisulfan, Laboratorio SHERINC, RJ. 6 Droncit, Laboratorio BAYER, SP de Stoll partir a dai, modificada estas determinação aparecimento de e Roberts técnicas do ovos foram período nas & fezes. de A Técnica de Stoll modificada foi substituída pela Técnica de Cordon & Whitlock quando a contagem por aquela técnica tornava-se inviável. Após as necrópsias, a leitura e identificação das formas imaturas de O. columbianum foram realizadas segundo Dash (1973). 3.7 - NECRÓPSIAS Todos os animais foram sacrificados através dos métodos de concussão e exsanguinação, após a permanência no piquete por 28 dias e no aprisco por 32 dias, totalizando 60 dias. O trato intestinal foi removido e separado por seções. Cada seção foi aberta, lavada com solução fisiológica normal a 0,85% e contados os nódulos presentes. Para a fixação, utilizou-se a Técnica de Anderson e Verster (1971) modificada, ou seja, ao volume obtido do lavado e conteúdo de cada seção intestinal adicionaram-se partes iguais de solução fisiológica normal a 0,86% aquecendo-se em seguida em banho-maria até atingir 60ºC, quando então se adicionou 5% de formol buffer ao volume total. A mucosa intestinal foi digerida em solução de ácido clorídrico - pepsina, segundo Herlich (1956). O material resultante da digestão da mucosa foi fixado em formol buffer a 5% até completar 2 litros. 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 - PERÍODO DE PRÉ-PATÊNCIA E CONTAGEM DE OVOS POR GRAMA DE FEZES (OPG) Os ovos de O. columbianum foram observados pela primeira vez no 24º dia após a entrada no piquete, sendo este o período pré-patente (PPP) 319 dos e animais 309 foi 328 de e 47 339. dias, O o período maior pré-patente período dos observado. animais As médias 389, do número de dias entre a entrada no piquete e o aparecimento de ovos nas fezes (PPP) variaram entre 33,0 e 44,0 dias, durante o período que se realizou o encontrados outono e experimento em cada inverno, (85/86). estação caracterizando As médias obtidas foram maiores durante um atraso no entre as os estações desenvolvimento do PPP de ciclo do parasito. Posteriormente ao aparecimento dos primeiros ovos houve um aumento do OPG. O máximo de ovospostura foi observado entre a 6ª e a 9ª semana após a entrada no piquete. O animal 325 apresentou 16 19966 OPG, sendo este o maior número de ovos eliminado e ocorreu na 8ª semana após o caprino ter entrado no piquete. Durante 1985 a menor média de PPP ocorreu no outono e foi de 33,0 dias, e a maior média foi de 41,0 dias e ocorreu durante o inverno. Em 1986, a menor média de PPP foi observada aos 33,0 dias e a maior média aos 44,0 dias, durante as estações de primavera e outono respectivamente (tabela 1). O ciclo do O. columbianum em ovinos foi estudado por Veglia (1923), que observou o aparecimento do PPP aos 45 dias. Dash (1973) encontrou uma média de PPP de 36 dias com variação entre 35 e 39 dias após infestação, em ovinos infestados pela primeira vez com larvas de O. columbianum. Segundo Santiago (1968) o PPP em ovinos foi de 26 a 34 dias. Finalmente, Dobson e Bremner (1974), em revisão sobre Oesofagostomose em animais domésticos concluiram que o PPP poderia variar entre 30 e 50 DPI. O aumento do OPG foi coincidente com o aparecimento de fezes pastosas a diarréicas. Todos os animais apresentaram infecção de intensidade leve por Eimeria spp. e infestação por carga mista de helmintos. Durante o experimento foram eliminados 4 animais. Os 301 e 304 que apresentaram PPP de 19 e 11 dias respectivamente, provavelmente devido a uma infestação anterior com o desenvolvimento de formas que poderiam estar inibidas na mucosa, para o estágio adulto, o 313 que morreu aos 24 dias e o 323 que se mostrou negativo durante o trabalho, mas possuia nódulos à necropsia. Assim, 28 animais permaneceram no experimento. 17 4.2 - FORMAS IMATURAS Foram encontradas 274 formas imaturas (l4F)1 anos de experimento. Em 1985. recuperou-se 199 L 4 F, durante os dois distribuídas nas estações de outono e primavera, com maior número no outono (196). Em 1986, 75 maior L4F foram número no 2 infestação por L4 observações de recuperadas outono (56). nas estações Assim, a de maior outono e inverno, intensidade com média de foi observada durante o outono, e coincide com as Pimentel Neto (comun. pes., 1976) em bovinos na região de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, onde a presença de formas imaturas de O. radiatum ocorre durante as estações de outono e inverno. Durante o outono, 50% dos animais apresentaram larvas de 4º estágio (L4F) e no inverno apenas 28,6% dos animais apresentaram estas larvas. O verão foi a estação em que não foram recuperadas formas imaturas e na primavera observou-se estas formas em um animal e em baixo número 1 - L4 Final (tabela 2). 18 4.3 - FORMAS ADULTAS Foram recuperadas 3153 formas adultas após a necrópsia de 28 caprinos, às sendo estações que, de parasitados apenas outono com formas Durante encontravam-se e as 5 animais inverno. adultas, estações parasitados Os outros verão e formas negativos 23 caracterizando de com estavam caprinos uma pertenciam encontravam-se prevalência primavera, adultas. e 100% de dos 82%. animais No inverno 85,7% formas adultas entre dos caprinos estavam positivos, e 50% no outono. Maiores animais o que intensidades parasitados concorda maiores médias foram com de médias observadas as nas observações infestação por de de O. estações Charles columbianum de outono (1989) no que fim e os inverno, encontrou de outono e inverno, na estação seca (tabela 3). 4.4 - RELAÇÃO FORMAS ADULTAS X FORMAS IMATURAS Todos os animais da estação de verão (100%) apresentaram formas adultas e não apresentaram formas imaturas. Durante imaturas imaturas. e no E apresentaram outono, inverno formas aqueles (1978) que 50% 85,7% finalmente, confirmam em o obtidos observaram possuiam durante adultas tiveram e por a 12,5% formas formas e 100% imaturas. (1964), adultas adultas adultas primavera Rossiter formas formas Viljoen presentes e formas 28,6% formas dos caprinos Estes resultados (1964) nos e Horak animais em 19 áreas de chuvas imaturas são de verão, dominantes de na julho parede a janeiro, intestinal enquanto de fevereiro formas a agosto observou-se maior (tabela 4). 4.5 - NÚMERO DE Durante a NÓDULOS realização do experimento, número de nódulos no intestino dos animais necropsiados na estação do outono, sendo que estes se localizavam principalmente em animais no e no ceco. Em 1985, a estação que os apresentaram maior numero de nódulos foi a de outono, sendo encontrados 230 nódulos em 4 animais, que se íleo-cecal. Durante foram contados jejuno, íleo modo, e ano um As de principalmente seguinte, maior observadas porcentagens as o ceco. foram durante localizavam número de animais de médias nas estações foram verão e da nódulos maiores encistamento estações nos próximos do primavera, (279), o de inverno localizados de outono maiores valvula estação número de à no nódulos, e que desse inverno. intestino pode no As delgado significar que maior número de larvas passaram pela 1ª fase tissular neste local e se desenvolveram uma breve mais 2ª fase rapidamente para tissular intestino porcentagens de delgado e intestino grosso, caracterizando o no encistamento grosso, a a foram e no ocorrência fase adulta, grosso. Durante semelhantes inverno de foram uma 2ª realizando o ou não outono as entre o intestino maiores no intestino fase tissular neste 20 local, com desenvolvimento mais lento para a fase adulta. Em todos característicos nódulos pouco este da eram animais e nddulos do grãos identificados através visualizados. intestino delgado de De autor um maior duodeno, foi o que encontrado difere na Dash na parede grandes intestinal em nódulos deste porção trabalho, final do e Brito (1992) de ovinos e (1973) granulomatosas trabalho, onde larvas caseosos em volta palpação. com eram Dash (1973) produzidos histotrófica. de Este larvas número maior de no nódulos delgado. observaram que histotróficas de Outros aqueles fase o caprinos, de esbranquicados, encistamento intestino volta alguns correspondem primeira seu delgado acordo na em nódulos areia, da pelas larvas que passaram a L 4 observou encontrados intestino a facilmente foram No semelhantes foram firmes, necropsiados Oesofagostomose. pequenos, salientes maiores, os larvas dois tipos seriam no no de lesões pequenas lesões intestino intestino delgado grosso. e Estes dois tipos de nódulos foram observados no presente experimento. Nos 1968 a,b), corn encistaram fato trabalhos na No ovinos 2ª confirmado de infectados metade neste Veglia do (1923) e Shelton oralmente, intestino a delgado e Griffiths maioria e no das (1967, larvas intestino se grosso, experimento. intestino grosso predominaram nódulos grandes, ate do tamanho de um grão de ervilha, firmes, as vezes formando aglomerados salientes, ter o serosa. (1967, contendo centro hemorrágico Segundo 1968 material a,b) Fourie e Dash e necrótico, se caseoso e purulento, podendo a mucosa para projetarem para Dobson (1966), Shelton estes nódulos formam-se (1936), (1973), ou e a Griffiths devido à 21 prolongada fase histotrófica das larvas de 4ª estágio neste local. O prolongamento desta fase ocorre em função da penetração mais profunda das larvas lento nos tecidos neste eosinofílica. também do local, Tais intestino e da focos de encapsulados, grosso reação eosinófilos formando e seu desenvolvimento inflamatória se grande tornam nódulos com mais infiltração necróticos e são característicos da doença. No terço distal ceco e intestino do colon. jejuno Maior delgado, e íleo, os segmentos enquanto número de lesões que mais afetados foram o no intestino grosso foram ocorreu próximas à região da fase larval da válvula íleo-cecal. Pelo comprometimento Oesofagostomose e o representa aproveitamento grande dos desenvolvimento do animal. a do trato inutilização do intestino patogenicidade nutrientes Em delgado, função intestinal dos e das por tem afetar efeitos lesões caprinos a a diretos nodulares, como absorção produto no confirma-se usado na confecção de embutidos e fios cirúrgicos. 4.6 - DIARREIA Durante o ano de 1985 quatro caprinos apresentaram fezes diarréicas entre a 6ª e a 8ª semana após a entrada no piquete, e todos pertenciam à estação de outono. A necrópsia o caprino 302 apresentou formas adultas e imaturas de O. columbianum, enquanto os caprinos 305, 306 e 307 não apresentaram estas formas mas possuíam nódulos no 22 intestino delgado eliminação dos a intestino helmintos Em pastosas e 1986 junto seis diarréicas e grosso, com animais todos sugerindo as fezes que ter havido diarréicas. fezes apresentaram possuíam poderia formas que adultas à variaram de necropsia. Os caprinos 319 e 324, além de formas adultas possuiam formas imaturas e pertenciam às estações Desse de modo, outono durante e inverno, os dois respectivamente. anos do trabalho 35,7% dos caprinos apresentaram diarréia, sendo 14,3% em 1985 e 21,4% em 1986. A distribuição estacional dos animais que tiveram diarréia nestes 2 anos foi de 33,3% no verão, 83,3% no outono, 14,3% no inverno e 25% na primavera. Desses animais, 30% tinham formas adultas e imaturas durante as estações de outono e inverno, 40% possuiam somente formas adultas e se distribuiam pelas estações de verão e primavera e 30% não possuiam formas adultas ou imaturas e pertenciam ao outono diarréia fétida, (Quadro 1). Segundo Mayhew (1948), o aparecimento de com muco e sangue em bovinos ocorreu em função da fase histotrófica. Bremmer (1961) afirmou que a diarréia teve maior intensidade entre a 5ª e a 8ª semana pós infestação, com eliminação de exemplares adultos de O. radiatum e seria produzida por irritação da mucosa do intestino grosso, anemia, concluindo que a diarréia hipoproteinemia e perda de contribuiu peso. para o Resultados aparecimento semelhantes de foram encontrados nos trabalhos de Andrews e Maldonado (1943) em que durante o curso diarréia da doença devido peristaltismo. à muitos irritação vermes da adultos mucosa foram intestinal excretados e ao com aumento a do 23 Horak e Clark (1966) observaram que as fezes de ovinos infestados experimentalmente com O. columbianum variaram de pastosas a diarréicas, com presença de muco e odor fétido. Bulman (1989) observou em bezerros infestados experimentalmente com O. radiatum, que as fezes variaram de pastosas a diarréicas no transcurso da 6ª a 9ª semana pós-infestação, e pseudomembranas, (1992). caracterizavam-se fragmentos trabalhando alterações física com das de mucosa caprinos fezes por foram no muco e exemplares mesmo mais abundante, local, evidentes adultos. observou entre o 11º sangue, Brito que as ao 31ª dia pós-infestação, com fezes que variaram de pastosas a diarréicas, odor fétido, presença de muco e eliminação de estrias de sangue e pseudomembranas. Desse confirmam aqueles modo, os dados encontrados encontrados pelos autores no presente citados trabalho anteriormente, onde a maior porcentagem de animais que apresentavam alterações de consistência das fezes possuiam formas adultas de O. columbianum, concluindo-se que estas formas foram responsaveis pela diarréia que ocorreu. 4.7 - MORTES ANTES DO PERÍODO PREVISTO Durante o experimento seis animais vieram a morrer antes de completarem os 60 dias após a entrada no piquete, o que significou uma perda de 21,4% dos animais. Durante o outono 50% dos animais morreram, no inverno 28,6% e no verão 16,7%. Desses seis animais que morreram, 24 83,3% tinham formas adultas e imaturas e 66,7% tiveram diarréia. De acordo com Veglia (1923), Fourie (1936), Sarles (1944), Gordon (1950), Horak e Clark (1966), Dobson (1967) e Bawden (1969), os estágios larvais inapetência de a em relacionaram caprinos, resistência. absorção se As e o com desencadeando lesões nodulares aproveitamento a ocorrência perda de causadas dos de peso, por anemia esta nutrientes, anorexia fase e e queda prejudicam tornando-a altamente patogênica para o organismo do animal. Esses desidratação, fatores, anorexia, somados apatia, à diarréia perda de peso que e ocorreu, levaram conseqüente à morte dos anual de animais (quadro 1). 4.8 - CONDIÇÕES Durante precipitação a CLIMÁTICAS realização pluviométrica pluviométricos ocorreram foi durante do de o trabalho, 111mm verão. A e a média os maiores média das índices temperaturas máximas mensais nesta estação foi de 31,4ºC e a das mínimas mensais no inverno foi de 16,4ºC. A média anual de umidade relativa foi de 73%. animais No verão que foram foram encontradas necropsiados, formas adultas caracterizando uma em todos os prevalência de 100%. Dados semelhantes foram obtidos por Girão e Girão (1978) onde a prevalência maiores e durante intensidade o período do parasitismo chuvoso, e por por O. Pimentel columbianum Neto (1987), eram que observou formas adultas de O. columbianum com maior prevalência neste 25 mesmo período. encontrados (1973) Maiores durante obtiveram as números estações resultados de totais de outono e semelhantes em formas adultas inverno. caprinos Travassos em foram et al Pernambuco, onde as intensidades de infecção por O. columbianum aumentavam a partir do 2º mês de chuvas (Fevereiro) e se mantinham altas até o 1º mês de seca (Junho) . De acordo com Charles (1989), maiores médias do número de vermes foram recuperadas durante o final da estação chuvosa e início da estação seca (março a junho), em Pernambuco. Durante o outono, maiores intensidades médias de infestação e prevalência de formas imaturas foram observadas, e dados semelhantes foram obtidos por Pimentel Neto (comun. pes., 1976) para O. radiatum na região de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro. Reinecke que larvas pastagens formas peso, (1964), infectivas de de Fevereiro adultas diarréia nesta e Rossiter a O. e eliminação semelhantes foram anteriomente (Figura obtidos devido estes de no e Viljoen a presença apresentaram heimintos presente (1964) estavam columbianun Julho, ocasião, (1964) com trabalho mostraram presentes nos animais anorexia, a perda diarréia. e nas foram de de Dados relatados 1). 4.9 - RECOMEDAÇÕES Com base nos resultados discutidos anteriormente, recomenda-se para o controle da oesofagostomose caprina na região da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, dosificações 26 estratégicas estações com de antihelmínticos outono e de inverno amplo espectro de (Abr./Jun./Jul./Set.), ação onde durante as observa-se a presença de formas adultas e imaturas. Assim, o uso de antihelmínticos é de importância principalmente finalidade de eliminar anteriores e evitar minimizar os efeitos a as cargas inibição no início de das patogênicos consequentamente as perdas econômicas. destas helmintos estações, restantes larvas. Desse decorrentes da dos modo, fase com a meses tenta-se larval e