Cérebro-intestino: uma conexão vital

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Cérebro-intestino: uma conexão vital
Temos lido com frequência cada vez maior sobre a importância da nutrição cerebral, de
manter uma alimentação equilibrada e saudável (algo praticamente impossível nos dias de
hoje) e de usar (corretamente) a suplementação nutricional com vitaminas, minerais, enzimas,
coenzimas etc.
Todas essas medidas são válidas desde que tenhamos uma plena capacidade funcional
digestora, que se inicia com as enzimas digestivas encontradas na boca, passando pela betaína
do estômago e pelas enzimas pancreáticas, para não citar outras.
À parte esta normalidade enzimática indispensável, temos que contar com uma perfeita
função intestinal com toda sua complexidade. O intestino, que não podemos deixar de citá-lo,
é muito sensível a uma série de agressores: conservantes, acidulantes, corantes, estabilizantes,
parasitas, fungos, alergias e/ou intolerâncias alimentares. Qualquer alteração nesse sentido
leva a uma lesão nas paredes, dificultando ou até impedindo a passagem dos nutrientes desde
o intestino, onde grande parte da digestão ocorre, até a circulação arterial, para daí ser
distribuída pelo interior das células onde atuar.
Não podemos esquecer também que o intestino é um órgão secretor, sendo nada mais, nada
menos que o principal produtor de serotonina neurotransmissora de vital importância para a
funcionalidade cerebral e das neurotrofinas NGF e GDNF (glial derived neurotrophic factor),
substâncias que têm um papel também fundamental na regeneração tanto do plexo nervoso
intestinal como também do bom funcionamento cerebral. Não podemos esquecer também
que o intestino é um órgão de defesa, sendo responsável por aproximadamente 85% da nossa
capacidade de responder às inúmeras agressões a que estamos sujeitos.
Por tudo isso, é fundamental mantermos a normalidade funcional intestinal, mantendo
íntegras suas paredes e vilosidades, protegendo-as da alimentação deficiente que predomina
hoje, especialmente plena de substâncias intoxicantes, em que podemos citar antibióticos,
anti-inflamatórios, corticoides, anticoncepcionais etc. Todas essas são substâncias que levam a
este desequilíbrio intestino-cérebro tão agressivo e ao mesmo tempo tão desconhecido por
todos nós, do qual pode resultar de uma depressão a um déficit de atenção, de uma obesidade
a uma anorexia, de uma constipação a uma colite, só para citar algumas poucas patologias
relacionadas.
Mantenha sua mente e o seu intestino saudáveis. São condições indispensáveis para uma vida
longa e, principalmente, com qualidade.
Consulte o seu médico sobre isso.
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