09h30 - Solange Moraes Sanches

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Câncer de Mama Metastático :
Up to Date em Quimioterapia e Novas
Drogas Citotóxicas
Solange Moraes Sanches
Depto de Oncologia Clínica- Hospital A C Camargo
Mestre em Medicina pela FMUSP
[email protected]
Índice
Novas drogas:
- Ixabepilona no câncer de mama metastático
- Eribulina no câncer de mama metastático
Manejando o tratamento da doença metastática:
- duração dos esquemas de QT na doença
metastática
- até quantas linhas de quimioterapia?
- influência do IMC no prognóstico do câncer de
mama metastático
• Ixabepilona = epotilona B, classe de drogas
estabilizadoras de microtúbulos, de forma distinta
dos taxanos, conferindo sensibilidade inclusive em
modelos tumorais resistentes aos taxanos
• Ativo em CMM em estudos fase II
Ixabepilona 40mg/m2 q3s
+
Capecitabina 2g/m2/d/14d
q3s
1221 pacientes CMM
previamente tratadas com
antraciclinas / taxanos
Capecitabina 2,5g/m2/d/14d
q3s
Desfecho primário: sobrevida global
HR 0,79
(0,69-0,90)
P=0,0005
KPS 70-80
KPS 90-100
293 / 1973 pt
Take home message
A ixabepilona (Ixempra®, BMS) é ativa no tratamento do CMM
após exposição/resistência a antraciclinas e taxanos
A associação de ixabepilona e capecitabina é superior a
capecitabina isolada neste grupo de pacientes, com benefício
em PFS, embora maior toxicidade
O benefício é mantido em pacientes com performance status
reduzido (70-80) e em pacientes com recidiva precoce após A/T
(<12 meses)
Eribulina = inibidor de microtúbulos, não pertencente a classe dos taxanos
Inibe a fase de crescimento dos microtúbulos sem afetar a fase de
encurtamento, formando agregados de tubulina
Eribulina 1,4mg/m2 D1 e D8 q3s
(n=508)
CMM/recorrência local
2 a 5 esquemas de QT prévia
( A/T )
Tratamento de escolha do
médico
(NVB, GZ, X, Tax, A, outros, HT)
(n=254)
Desfecho primário: sobrevida global
Take home message
A eribulina (Halaven®, Eisai Co.) evidenciou benefício em PFS e
OS em mulheres com CMM extensamente tratadas
5% de suspensão de tratamento por neuropatia periférica (
35% de incidência)
Aprovado para uso nos EUA para tratamento de mulheres com
pelo menos 2 esquemas prévios de tratamento para doença
metastática, incluindo antraciclina e taxano
1ª. linha, 11 estudos, 2269 pt
PFS
OS
Take home message
A maior duração da quimioterapia mostra benefício substancial
em PFS e marginal em OS
A princípio, a melhor opção é manter quimioterapia até
progressão de doença ou toxicidade inaceitável
Considerar qualidade de vida, em decisão comum com
paciente, visto tratar-se de tratamento não curativo
Busca de esquemas menos tóxicos, porém que mantenham
efetividade
2011, doi 10.1016/j.breast.2011.07.010
590 pt , estudo retrospectivo
Enquete Permanent Cancer (banco de dados francês, prospectivo)
Maior benefício = CDI, G1, RH +
Menor benefício = CLI, G3, RH -
Take home message
O estudos clínicos de CMM contemplam quase que
exclusivamente os contextos de 1a. e 2a. linhas, considerandose que após isto a resposta seria muito pobre
Cerca de 30% dos pacientes podem obter benefício clínico com
3 ou mais linhas de tratamento
Necessidade de estudos direcionados para esta população, para
definir “bias” de tratar-se de doença de menor potencial
agressivo
General Poster Session (abs 566), ASCO 2011
Body mass index (BMI) and prognosis in women
with metastatic breast cancer(MBC)
A. Gennari, M. Puntoni, O. Nanni, P. F. Conte, D. Amadori, V. Lorusso,
A. De Censi, M. Sormani,V. Guarneri, M. D’Amico, A. Gozza, P. Bruzzi;
698 pt CMM – 2 estudos clínicos fase III , 1 fase II, 1ª. linha, A/T
IMC
normal
sobrepeso
obesa
Kg/m
2
PFS (m)
OS (m)
18,5 24,9
40,3%
10,8
32,0
25 – 30
38,2%
13,1
32,9
>30
21,5%
12,2
30,7
p= 0,2
p= 0,8
Take home message
A manutenção do IMC, preferencialmente dentro do padrão
considerado normal ( 18,5 a 24,9 kg/m2) deve ser estimulada
nas mulheres portadoras de câncer de mama não metastáticas,
não havendo até o momento indícios de que a oscilação do IMC
na fase de doença metastática possa influenciar o prognóstico
Final Take home message
• A história natural do CMM é progredir e consequentemente
causar a morte da paciente. Se estivermos de alguma forma
alterando esta história natural, sem toxicidade inaceitável,
devemos instituir e manter tratamento
• O tratamento não deve ser pior que a doença, e por isso,
avaliações rigorosas da toxicidade e qualidade de vida devem
ser realizadas, com reavaliações frequentes das decisões
terapêuticas
• Medidas de orientação comportamental são indicadas visando
a saúde global da paciente
Obrigada pela atenção
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