EPE0446 - Unitau

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XVII Encontro de Iniciação Científica
XIII Mostra de Pós-graduação
VII Seminário de Extensão
IV Seminário de Docência Universitária
16 a 20 de outubro de 2012
INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e
Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
EPE0446
ESTABILIDADE DE TALUDE POR CORTINA ATIRANTADA:
ESTUDO DE CASO
ALINE SOARES DA SILVA
DANIELA TURRINI JACOB
FELLIPE CÉZAR B. CARVALHO SANTOS
[email protected]
ENGENHARIA CIVIL NOTURNO
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
ORIENTADOR(A)
ALEX THAUMATURGO DIAS
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
RESUMO
O estudo de métodos para se recuperar e prevenir danos a taludes é de elevada importância
em função do elevado número de acidentes envolvendo escorregamentos de grandes porções
de solo, muitos atingindo regiões urbanas. A maioria dos deslizamentos acontecem em razão
da erosão causada pelo acúmulo de água e pela falta de cobertura vegetal no solo, fatos que
podem levar ao aparecimento de fissuras contribuindo para a instabilidade do maciço. Há então
a necessidade de se buscar soluções que recuperem e permitam a reutilização do talude.
Neste contexto, este trabalho visa analisar e verificar a funcionalidade da estabilização de
talude por intermédio do emprego da “Cortina Atirantada”. Observou-se que as cortinas são
compostas de tirantes confeccionados em material resistente à tração, geralmente barras ou
monobarras de aço, ancoradas em suas extremidades, a interna fixa no maciço em
profundidade que atinja a camada resistente, já a externa é a responsável pela dissipação das
forças internas do maciço, descarregando as cargas na estrutura de concreto, podendo ser
vertical ou subvertical, e funciona como paramento. O paramento executado no km 37 da
Estrada de Ferro Campos do Jordão, na cidade de Campos do Jordão-SP, serviu de base para
este estudo de caso, uma vez que as fortes chuvas do verão associadas ao terreno íngreme da
Serra da Mantiqueira, local este declarado Área de Proteção Ambiental pelo Decreto Federal
nº91.304, de 03 de Junho de 1985, acabaram por resultar no deslizamento de uma grande
porção de terra interrompendo o tráfego no trecho em questão. Após o levantamento do
problema, deu-se início aos trabalhos de estudo do solo com sondagens, a fim de se identificar
o tipo de solo, e posteriormente ao início dos trabalhos preliminares. Após o levantamento
chegou-se ao dimensionamento final da estrutura, a qual apresentou um número de 18 tirantes
do tipo monobarra- ϕ32mm com carga de trabalho de 35tf e em dois níveis e uma
profundidade de ancoragem de 20 metros, com ao menos 5m em rocha, sendo a monobarra
escolhida por resistir melhor às forças de tração. Conclui-se que a contenção foi eficiente em
manter o leito da ferrovia no local original, sendo a solução que reuniu os melhores parâmetros
geotécnicos, sem divergir do proposto pelo decreto que constituiu a Área de Proteção
Ambiental da Serra da Mantiqueira. Com estes resultados e em função da composição do solo,
do tipo de utilização e das dimensões do topo do talude, a solução foi eficaz e segura,
solucionando o problema da instabilidade do talude.
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