Efeitos de doses de raios-gama na obtenção de mutantes

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
[email protected]
Palavras-chave: melhoramento; indução de mutação, crisântemo
Boersen, AM1); Tulmann Neto, A1); Latado, RR2); Santos , PC3)
Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP, CP 96, CEP 13400-970, Piracicaba-SP, Brasil; 2Centro Apta Citros “Sylvio Moreira”;
3)
UNESP - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira.
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Efeitos de doses de raios-gama
na obtenção de mutantes periclinais
na coloração da inflorescência de crisântemo
de vaso (Dendranthema grandiflorum)
Por meio da indução de mutação, em diversos países centenas de novas cultivares de ornamentais
foram liberadas para o cultivo, destacando-se entre elas o crisântemo. Devido a estabilidade
genética obtida, é de interesse que em indução de mutação sejam selecionados mutantes periclinais
ou sólidos. Para uso no melhoramento de crisântemo de vasos no Brasil, estudou-se o efeito de
diferentes doses de raios-gama na obtenção de mutantes periclinais de coloração da inflorescência.
Usou-se a cultivar de vaso Cherry Dark, de cor de inflorescência rosa, a qual, pelas altas freqüências
de mutantes originados, é uma das cores preferidas para se iniciar trabalhos com indução de
mutação. A irradiação, com as doses de 10,0 a 30,0 Gy de raios-gama foi efetuada no irradiador
Gamma-cell 220 do CENA, utilizando-se estacas não enraizadas (4,5 cm de altura, 4-5 gemas
axilares). Trinta dias após a irradiação, mediu-se a altura das plantas e após realizou-se a poda do
ápice meristemático, permitindo a brotação das gemas axilares situadas abaixo. No florescimento
contaram-se os mutantes de coloração, os quais foram classificados em quimeras periclinais (com
um único tipo de mutação de coloração em todas as pétalas de todas as inflorescências da planta
ou com mutação para coloração em todas as pétalas de apenas algumas das inflorescências da
planta) e outros tipos de quimeras. A dose que causou redução de 50% na altura das plantas
(GR50) foi de 18,17 Gy enquanto que 30,0 Gy foi letal para as plantas. Várias cores mutantes de
interesse comercial foram observadas. Com aumento da dose houve tendência na diminuição da
% de mutantes de cor e um aumento na freqüência de mutantes periclinais para coloração. Para
a obtenção de quimeras periclinais para coloração, recomenda-se nas condições utilizadas, a dose
de GR50 e doses ao redor dela, tais como 17,5 e 20 Gy. Doses mais altas do que essas poderiam
ser empregadas por resultarem em maiores freqüências dessas quimeras, porém, aumenta-se nesse
caso o risco da ocorrência de mutações múltiplas indesejáveis, as quais poderiam alterar as boas
características agronômicas da cultivar original.
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