Efeitos de doses de raios-gama na obtenção de mutantes periclinais na coloração da inflorescência de crisântemo de vaso (Dendranthema grandiflorum). Augusto Tulmann Neto1); Angela Maria Boersen1); Rodrigo Rocha Latado2); Pedro César dos Santos3) 1) Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP, CP 96, CEP 13400-970, Piracicaba-SP, Brasil; 2 )Centro Apta Citros "Sylvio Moreira"; 3) UNESP - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Email: [email protected] Devido a estabilidade genética obtida, é de interesse que em indução de mutação sejam selecionados mutantes periclinais ou sólidos. Para uso no melhoramento de crisântemo de vasos no Brasil, estudou-se o efeito de diferentes doses de raios-gama na obtenção de mutantes periclinais de coloração da inflorescência. Usou-se a cultivar Cherry Dark, de cor de inflorescência rosa. A irradiação, com as doses de 10,0 a 30,0 Gy de raios-gama foi efetuada no irradiador Gamma-cell 220 do CENA, utilizando-se estacas não enraizadas (4,5 cm de altura, 4-5 gemas axilares). Trinta dias após a irradiação, mediu-se a altura das plantas e após realizou-se a poda do ápice meristemático, permitindo a brotação das gemas axilares situadas abaixo. No florescimento contaram-se os mutantes de coloração, os quais foram classificados em quimeras periclinais (com um único tipo de mutação de coloração em todas as pétalas de todas as inflorescências da planta ou com mutação para coloração em todas as pétalas de apenas algumas das inflorescências da planta) e outros tipos de quimeras. A dose que causou redução de 50% na altura das plantas (GR50) foi de 18,17 Gy enquanto que 30,0 Gy foi letal para as plantas. Várias cores mutantes de interesse comercial foram observadas. Com aumento da dose houve tendência na diminuição da % de mutantes de cor e um aumento na freqüência de mutantes periclinais, para coloração. Para a obtenção de quimeras periclinais para coloração, recomenda-se doses ao redor da GR50, tais como 17,5 e 20 Gy, nas condições utilizadas.