Ciclosporina A

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LINHA VETERINÁRIA
Ciclosporina A
Alternativa no tratamento da Dermatite atópica
Uso veterinário
A Ciclosporina é um metabólito polipeptídico cíclico lipossolúvel derivado do fungo Tolypocladium inflantum gams.
Em dermatologia humana têm se mostrado útil no tratamento da psoríase e dermatite atópica.
A ciclosporina possui propriedades antiinflamatórias inibindo a ativação de vários tipos celulares envolvidos na
inflamação da alergia cutânea (MARSELLA, 2001; DEBOER, 2004). Também atua contra a degranulação dos
mastócitos, age diretamente na inibição da histamina e bloqueia a proliferação de linfócitos T ativados pela inibição
da Interleucina II, ativação genética e transcrição do RNA mensageiro. Além disso, ela bloqueia receptores de
superfície de células T (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 2001). É necessário tratamento por no mínimo 30 dias até se
observar resposta clínica (HILLIER, 2002). Um recente estudo foi desenvolvido sobre o uso da ciclosporina no
controle e tratamento da dermatite atópica canina, com 71% a 75% de taxa de satisfação dos clientes (BRUNER,
2006).
Na dermatologia canina, tem sido objeto de crescente interesse para o tratamento da fístula perianal e dermatite
atópica. A ciclosporina possui propriedades antiinflamatórias inibindo a ativação de vários tipos celulares envolvidos
na inflamação da alergia cutânea (MARSELLA, OLIVRY, 2001; DeBOER, 2004).
A administração oral de ciclosporina na dosagem de 5 mg/kg apresentou eficácia similar à da predinisolona na
dosagem de 0,5 mg/kg em um estudo de 6 semanas. (MARSELLA, 2006)
Guaguère, Stefan e Olivry (2004) relata um trabalho em que o objetivo foi comparar a eficácia da ciclosporina
versus o uso de glicocorticóides no tratamento da dermatite atópica canina. Ambas as medicações resultaram em
uma melhora similar nas lesões da pele e no prurido, entretanto, verificou-se que a incidência de infecções
bacterianas na pele, foi menor em cães recebendo ciclosporina do que nos tratados com metilprednisolona.
Para tratamentos de longa duração, a ciclosporina torna-se uma alternativa.
A substituição do uso dos glicocorticóides pela ciclosporina tem aumentado devido ao fato desta oferecer poucos
efeitos colaterais, dos quais podemos citar a diarreia, hiperplasia gengival, papilomatose oral e anorexia. Os efeitos
gastrointestinais podem ser reduzidos se a ciclosporina for associada a outros fármacos como o omeprazol.
Os demais efeitos são raros e reversíveis após a interrupção do tratamento.
Propriedades
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Imunomoduladora
Controle e tratamento da dermatite atópica canina
Melhora do quadro de fístula perianal
Mecanismo de ação
A ciclosporina tem demonstrado ótimas propriedades antialérgicas, pois inibe a função das células que iniciam a
reação imunológica (i.e. Langerhans e linfócitos) e das células que efetuam a resposta alérgica (mastócitos e
eosinófilos) e diminui a liberação de histamina e de várias citocinas por todas as células citadas, além de
queratinócitos. (RADOWICZ,S.N; POWER,H.T,2005)
Em cães e em seres humanos, a ciclosporina é metabolizada pelo fígado e intestino, sendo que nos primeiros, ela
sofre metabolismo hepático 3 vezes mais ativo que em humanos (GUAGUÈRE, et al., 2004).
Comprovação de eficácia
Em ensaios clínicos randomizados, a ciclosporina provou ser tão eficaz como glucocorticóides para o tratamento de
dermatite atópica canina na dose indutora de 5mg/kg. A droga também se revelou benéfica para o tratamento de
fistulas perianal em cães. (GUAGUÈRE et al., 2004) Guaguère; STEFAN; OLIVRY, 2004).
LINHA VETERINÁRIA
Sinais Comuns de dermatite em cães:
Lesões de pele causadas por arranhões
Pele Escamosa
Perda de Pelo
Vermelhidão e Pele Inflamada
Infecções de Pele
Coloração marrom-avermelhada - infecção
Indicações veterinárias
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Dermatite Atópica
Fístula perianal
Efeitos Colaterais
Nefrotoxicidade, hipertensão, hepatotoxicidade (BRUNNER, 2006), hiperplasia gengival, periodontite, papilomatose
cutânea, vômito, diarréia, bacteriúria, infecção cutânea bacteriana, anorexia, supressão da medula óssea e
dermatose linfoplasmocitóide (MARSELLA et.al., 2001; MARSELLA, 2006).
Informações de qualidade e segurança
A melhor forma farmacêutica para manipulação da Ciclosporina para uso oral é a emulsão.
Ciclosporina pode ser administrada na forma oral e tópica.
Sugestão de dosagem (oral) e concentração usual (tópica)
A Ciclosporina A é indicada oralmente nas doses que variam de 5 a 10mg por cada quilo de peso
corporal do animal por mL/dia (kg/mL).
Na forma tópica, o fármaco é indicado nas concentrações de 0,2% na forma de pomadas e emulsões, até
2x ao dia (MILANI JF, et al., 2008).
Informações farmacotécnicas
Sinonímia: Cyclosporin A
Nome Químico:
Fórmula molecular: C62H111N11O12
CAS: 59865-13-3
Peso Molecular: 1202,61
Ponto de fusão: 284,3°C
Estabilidade química: Estável sob temperatura e pressão estáveis.
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Incompatibilidades farmacotécnicas:
Informação não encontrada nas referências consultadas.
Informações de armazenamento
Armazenar a matéria-prima em local seco, livre de calor, luz e imunidade.
Produto Fotossensível.
Manter sob refrigeração 2°C – 8°C.
Sugestões de formulações:
Solução oral Ciclosporina A
Ciclosporina
5-10mg/kg/mL
Emulsão oral aromatizada
q.s.p.30mL
Posologia: Administrar 1mL da solução oral ao dia por 16 semanas. Com a remissão dos sintomas após 4
semanas pode-se reduzir a administração para dias alternados, seguida por redução para 2 vezes por
semana. Recomenda-se a administração da ciclosporina 2 horas antes ou após a alimentação.
Referências bibliográficas
Bruner SR. Updates in therapeutics for veterinary dermatology. Veterinary Clinics Small Animal Practice,
Philadelphia, v. 36, n. 1, p. 39-58,2006.
DEBOER, D. J. Canine atopic dermatitis: new targets, new therapies. Madison: American Society for Nutritional
Sciences, 2004 Guaguère E; Steffan J; Olivry T. Cyclosporin A: a new drug in the feld of canine dermatology.
Veterinary Dermatology, Oxford, v. 15, n. 2, p. 61-74, 2004.
Hillier A. Symposium on atopic dermatits. Veterinary Medicine, Lenexa, KS, v. 97, n. 3, p. 196-222, Mar. 2002.
Marsella R; Olivry T. The ACVD task force on canine atopic dermatitis (VII): mediators of cutaneous inflammation.
Veterinary Immunology and Immunopathology, Amsterdam, v. 81, n. 3-4, p. 205-213, 2001l.
Milani JF, Barros PSM, Guerra JL, Brooks DE. Effects os topical 0,2% Cyclosporine A on corneal neovascularization
induced by xenologous amniotic, Pesquisa veterinária brasileira, n. 8, p. 379-386, 2008.
Olivry T; Deboer D. J; Griffin CE; Halliwelld Rew.; Hilld PB.; Hilliere A; Marsellaf R; Sousag CA. The ACVD task force on
canine atopic dermatitis: forewords and lexicon. Veterinary Immunology and Immunopathology, Amsterdam, v. 81,
n. 3-4, p. 143-146, 2001.
RADOWICZ,S.N; POWER,H.T.long term use of cyclosporine in the treatment of canine atopic dermatitis. Veterinary
Dermatology, 2005.
Scott DW; Miller WH; Griffin CE. Small animal dermatology. 6.ed. Philadelphia: W. B. Sauders Company, 2001. p.
667-779.
http://www.us.atopica.com/atopic-Dermatitis/atopic-dermatitis.htm - Ultimo acesso: 29 de maio de 2015.
Última atualização: 24/07/2015 CB.
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