EXERCÍCIO DE FILOSOFIA – 1º BIM 2016 – QUESTÕES

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EXERCÍCIO DE FILOSOFIA – 1º BIM 2016 – QUESTÕES DISCURSIVAS E OBJETIVAS
Professor Laércio
QUESTÃO 01
Considere a seguinte citação:
Tanto o mito quanto a filosofia são formas que o homem utiliza para explicar o mundo. São
explicações que visam responder aos questionamentos sobre o sentido da vida, o surgimento
do universo e do homem, assim como justificar as normas que garantem a vida em
comunidade. Ao buscar essas explicações, seja pela linguagem do mito, seja pela linguagem
filosófica, o homem está tentando estabelecer a estrutura de sua cultura.
Texto: Apresentando a Filosofia - do Senso Comum ao Logos
Responda:
A) Em que contexto histórico (onde, quando e como) surgiu a filosofia?
O ser humano queria uma explicação para os fenômenos naturais e humanos, uma
ordem para o caos. Pois por volta dos séculos VI e V antes de Cristo, quando as polis
gregas ou (cidades-estados) conheceram o apogeu econômico, político e cultural, os
gregos já não se satisfaziam com as justificativas mitológicas dadas para explicar a
existência do homem e a organização do mundo. Essa busca de uma explicação
racional para tais fenômenos tornou o homem cada vez mais exigente com o
conhecimento que adquiria e transmitia. Ambicioso, o homem sentiu uma necessidade
crescente de entender e explicar de uma maneira clara, coerente e precisa a realidade
natural e humana. Essa busca de saber fez nascer a Filosofia
B) E, nesse contexto, que diferenciação o referido texto faz entre Mito e Filosofia?
Tanto o mito quanto a filosofia são formas que o homem utiliza para explicar o mundo.
São explicações que visam responder aos questionamentos sobre o sentido da vida, o
surgimento do universo e do homem, assim como justificar as normas que garantem a
vida em comunidade. Ao buscar essas explicações, seja pela linguagem do mito, seja
pela linguagem filosófica, o homem está tentando estabelecer a estrutura de sua
cultura. Entretanto, a filosofia como fora concebida pelos gregos, via o relâmpago
como fenômeno natural e não como vingança ou ameaça divina; via a seca como seca,
via as estrelas como estrelas, os fatos sociais e políticos como resultados das relações
humanas.
QUESTÃO 02
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu por volta dos séculos V e VI antes de
Cristo) a criação da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa
pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
Em referência ao fragmento acima citato, responda as seguintes questões:
A) Que sentido foi dado por Pitágoras à prática do “filosofar”?
Sob a perspectiva (ponto de vista) pitagórico, “filosofar” é amar e desejar o
conhecimento. Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto
é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. Pitágoras teria afirmado
que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem
desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
B) Depois desse sentido proposto por Pitágoras, ao longo da história do pensamento
racional humano, a filosofia teria passado a ter outro sentido que não o pitagórico? Se
a resposta for positiva, que sentido teria sido este?
Sim. Com o decorrer do tempo, a palavra filosofia foi perdendo o significado original.
Na própria Grécia Antiga passou a designar não apenas ou a procura da sabedoria, mas
um tipo especial de sabedoria: aquela que nasce do uso metódico da razão, da
investigação racional na busca do conhecimento.
QUESTÃO 03
Os dias atuais caracterizam-se como a “era dos especialistas”. O problema da especialização
do mundo científico é que ela conduz a uma pulverização (divisão) do saber, à perda de uma
visão mais ampla do conhecimento, a uma restrição mental sistemática (especialidades
científicas e técnicas). Como diria o educador Rubem Alves, “quanto maior a visão em
profundidade, menor a visão em extensão”. A tendência da especialização é conhecer cada vez
mais de cada vez menos.
Texto: Apresentando a Filosofia - do Senso Comum ao Logos
Considerando o fragmento acima, responda as seguintes questões:
A) Qual eram a extensão e o papel do conhecimento filosófico na antiguidade?
O saber filosófico designava desde a Grécia Antiga, a totalidade do conhecimento
racional desenvolvido pelo homem. Abrangia, portanto, os mais diversos tipos de
conhecimento, que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia,
física, biologia, química, lógica, ética, etc. Enfim, todo o conjunto dos “conhecimentos
racionais” integrava o universo do saber filosófico. À filosofia interessava conhecer
toda a realidade sem dividi-la em objetos específicos de estudo.
B) Que diferenças são estabelecidas no texto, entre o conhecimento na antiguidade e nos
dias atuais?
Em consequência das novas diretrizes do Método Científico Moderno, elaborado por
pensadores renascentistas dos séculos XV e XVI, gradativamente, foram conquistando
autonomia muitas ciências particulares, que se desprendiam do tronco comum da
árvore do saber filosófico, no sentido de uma busca especializada do saber. Em
consequência desse processo, as ciências e as técnicas passaram a direcionar suas
investigações a certos campos delimitados da realidade, e o fazem ainda hoje de forma
cada vez mais “localizada”. Os dias atuais, portanto, caracterizam-se como a “era dos
especialistas”. Segundo o filósofo e educador brasileiro, Rubem Alves, o problema da
especialização do mundo técnico-científico contemporâneo, é que ela conduz a uma
pulverização (divisão) do saber, e à perda de uma visão mais ampla e crítica do
conhecimento.
QUESTÃO 04
Na época contemporânea, prossegue esse processo de especialização do saber racional, pelo
qual as diversas ciências particulares se desprendem da filosofia e delimitam, especificamente,
seus objetos de investigação científica. Assim, o antigo imenso domínio do conhecimento
filosófico foi-se restringindo cada vez mais. Na antiguidade, como já vimos, todo o
conhecimento racional pertencia à filosofia. Hoje perguntamos: o que resta de característico
para a filosofia que esteja fora do alcance das inúmeras ciências particulares?
Texto: Apresentando a Filosofia - do Senso Comum ao Logos
Considerando o excerto acima, responda as seguintes questões:
A) Depois da separação entre ciências e filosofia, o que restou como estudo específico
desta disciplina na modernidade e contemporaneidade? Isto é: o que a filosofia estuda
hoje, e o que caracteriza cada uma dessas áreas, especificamente?
Em termos mais específicos, podemos situar dentro do campo filosófico atual, aqueles
estudos que se referem a temas como: Teoria do Conhecimento (como se processa o
conhecimento humano); Fundamentos do Saber Científico ou Filosofia da Ciência
(uma análise crítica do método científico moderno); Existencialismo (análise
sistemática sobre os fins da existência humana); Lógica (um estudo sobre as estruturas
dos nossos raciocínios e pensamentos), Filosofia Política (elaborações teóricas e
críticas das formas de se fazer política), Ética (ciência do que seja universalmente justo
ou teoria crítica dos valores morais), Filosofia da Arte ou Estética (análise sistemática
dos conteúdos, assim como das formas de produção e difusão artística), etc.
B) Que diferença é estabelecida pelo texto, atualmente, entre filosofia e ciência?
O que diferencia essas duas formas de conhecimento racional é mais uma questão de
enfoque: a ciência interessa-se mais em resolver problemas específicos, delimitados,
enquanto a filosofia busca alcançar uma visão global, harmônica e crítica do saber
humano. Assim, a filosofia não é uma ciência: é uma reflexão critica sobre os
procedimentos e conceitos científicos. Não é religião: é uma reflexão crítica sobre as
origens e formas das crenças religiosas. Não é arte: é uma interpretação crítica dos
conteúdos, das formas, das significações das obras da arte e do trabalho artístico. Não
é direito, mas a interpretação e avaliação crítica dos conceitos e métodos da
Jurisprudência. Não é política, mas a interpretação, compreensão e reflexão da
origem, a natureza e as formas do poder. Enfim, à filosofia cabe a avaliação pensada,
refletida e crítica do conhecimento e das ações humanas.
QUESTÃO 05
Esse vasto conjunto de concepções geralmente aceitas como verdadeiras em determinado
meio social recebe o nome de “senso comum”. Para o filosofo belga Chosim Perelman (19121984), o senso comum consiste em uma série de crenças admitidas por um determinado grupo
social, cujos membros acreditam serem compartilhadas por todos os homens. Em nossas
conversas diárias com as pessoas, surge uma série de opiniões sobre os mais variados
assuntos. Na maioria das vezes, essas opiniões informais que ouvimos ou emitimos em nossas
conversas, refletem conhecimentos vagos, superficiais ou ingênuos a respeito de inúmeros
temas que abordamos. Isto é, conhecimentos pouco profundos, adquiridos ocasionalmente no
cotidiano, sem uma procura séria e reflexiva por parte das pessoas.
Texto: Apresentando a Filosofia - do Senso Comum ao Logos
De acordo com a passagem acima, responda o questionamento a seguir:
A) Qual a visão que o Senso Comum tem da filosofia? Você concorda com essa visão? Por
quê?
Em nossas conversas diárias com as pessoas, surge uma série de opiniões sobre os
mais variados assuntos. Na maioria das vezes, essas opiniões informais que ouvimos
ou emitimos em nossas conversas, refletem conhecimentos vagos, superficiais ou
ingênuos a respeito de inúmeros temas que abordamos. Isto é, conhecimentos pouco
profundos, adquiridos ocasionalmente no cotidiano, sem uma procura séria e reflexiva
por parte das pessoas. Perante o senso comum, a filosofia é muitas vezes considerada
como algo confuso, difícil, inútil e nada prático. Essas impressões populares fizeram
nascer, em torno dela, uma série de definições jocosas e de sentido pejorativo, que
deturpam preconceituosamente as virtudes do filosofar. A PARTIR DAQUI, CABERÁ AO
ALUNO DIZER SE CONCORDA OU NÃO COM ISSO; E PORQUE CONCORDA OU NÃO
CONCORDA.
B) Qual seria a função do Senso Crítico, enquanto filosofia, sugerida pelo texto
“Apresentando a Filosofia – do Senso Comum ao Logos”?
É valioso ressaltar que o estudo da filosofia (teoria crítica) é essencial por que não se
pode pensar em nenhum homem que não seja solicitado a refletir sobre si mesmo e os
outros, e agir sobre o meio que o circunda. Assim, a filosofia oferece condições
teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento da consciência
crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em experiência compreendida,
isto é, em um saber a respeito dessa experiência. Em última análise, cabe ao senso
crítico refletir sempre, e pautando-se, sobretudo na ética, sobre o universo cultural
que nos envolve. Só assim será possível desvelar as formas de dominação e
preconceitos que se ocultam sob o convencionalismo, a alienação e a ideologia.
QUESTÃO 06
O papel da Filosofia é bastante abrangente, seus objetivos e metas estão em busca de uma
resposta que não seja fixa, mas como possibilidade de transcendência de si mesma.
Assinale a alternativa abaixo que não se refere ao papel da Filosofia:
a) Um esforço intelectual do pensar para a obtenção de uma resposta que pode ser repensada.
b) Uma análise metódica acerca de determinado pensamento.
c) Uma interpretação teórica sobre determinado assunto reflexivo.
d) Uma reflexão objetiva e vazia, pois não há sentido pensar o pensamento.
QUESTÃO 07
A Filosofia é uma disciplina bastante abrangente em seu conteúdo de aprendizado, pois ela é
vista como a mãe das outras ciências. Ora, é costume dizer que quando refletimos sobre a vida
a partir de fundamentos filosóficos, quando debatemos filosoficamente o mundo, sempre
iniciamos com questionamentos nem sempre fáceis de resolver.
Com base nas afirmativas acima, assinale a única alternativa que não está correta:
a) Questões filosóficas não são feitas em vista de uma solução, mas como exigência do pensar.
b) Elas não são formuladas para exigir da consciência humana o ato de pensar.
c) Não cabe nos questionamentos filosóficos direcionamento para um pensar único e perfeito.
d) O pensamento não deve estar preso entre as paredes da crença e do fundamentalismo.
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