Apresentação A Mulher do Trem é uma comédia que, como aquelas que lotavam os Pavilhões na época áurea do Circo-Teatro, consegue arrancar gargalhadas do público com suas personagens envolvidas numa trama cheia de revelações surpreendentes e inacreditáveis coincidências. A identidade do ator brasileiro, fincada no inteligente jogo da improvisação é o que busca Os Fofos Encenam ao resgatar o repertório do Circo-Teatro que teve no ator popular do início do século o pilar do desenvolvimento de um jeito de interpretar genuinamente nosso. Os personagens tipificados eram levados à cena por uma interpretação calcada no temperamento dos atores, o que definia a estrutura das companhias de atores circenses, na grande maioria constituídas por artistas da mesma família. Deste modo existiam a Ingênua, o Galã, a Dama Central, o Cômico Central, os Baixo-Cômicos, a Sobrete e a Coquete. Esta estrutura possibilitava a representação de um grande número de peças que, somado ao talento dos atores, conferia aos espetáculos agilidade e diversão garantida. O Circo-Teatro revelou para as artes cênicas e o cinema os maiores atores de sua época: Oscarito, Grande Otelo, Dercy Gonçalves, Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Mazaroppi e outros. A Mulher do Trem é uma comédia francesa do século XIX, escrita por Maurice Hennequin e George Mitchell e foi apresentada pela primeira vez no Brasil em 1920 no Circo Colombo que pertencia ao avô do diretor Fernando Neves. Descendente de família circense que aportou no Brasil em 1889, Fernando Neves, sempre conviveu com essa escola e seu acervo. Lançamos um novo olhar para esta parte de nossa história que não teve lugar nos livros e estudos acadêmicos, provando a eficácia e a beleza de uma comunicação ágil e de entendimento imediato, com a sutileza e refinamento que não são incompatíveis com o popular, ao contrário, são possibilitados pela sua irreverência. O espetáculo A Mulher do Trem emociona por comprovar esta eficácia com o sucesso alcançado nas centenas de apresentações realizadas nos mais diferentes lugares, para os mais diversos públicos. Sinopse A Mulher do Trem é uma comédia que se passa no Rio de Janeiro na década de 40. No dia do casamento entre Alice e Gustavo, o rapaz aconselha o sogro, Senhor Gusmão a ser mais enérgico com a sogra ditadora, Dona Adelaide. Ele ainda confidencia ao sogro uma aventura de solteiro em uma viagem de trem, quando teve um caso com uma mulher misteriosa de quem sequer viu o rosto, pois ela o cobria com um véu. A sogra ouve “acidentalmente” toda a conversa e decide vingar-se de Gustavo, dizendo a ele, logo após a cerimônia, que ela era a mulher do trem. A partir daí, uma série de situações cômicas desencadeiam-se, pois o marido passa a pensar ser o pai da própria esposa. Inspirada na saudade dos bons e velhos tempos do Brasil bonachão pequeno-burguês, o espetáculo tem como cenário a sala de visitas de uma casa da classe média, na qual desfilam os tipos costumeiros: a sogra ditadora, o pai acuado e libertino, o galã, a ingênua, o amigo bêbado e sua esposa que trai e é traída, a prostituta de luxo, o impertinente, os empregados intrometidos; ou seja, desfilam pelo texto todos os personagens típicos da dramaturgia da época. Currículo do espetáculo A Mulher do Trem estreou em 31 de julho de 2003 no Teatro Folha, em São Paulo e estendeu temporada por 4 meses. Ganhou o Prêmio Shell – 2003 de Melhor Figurino. Apresentou-se no Festival de Teatro de São José dos Campos – FESTIVALE 2003, no qual ganhou 7 prêmios: Melhor espetáculo, Melhor direção, Melhor trilha sonora, Melhor figurino, Melhor ator (Newton Moreno), Melhor ator coadjuvante (José Roberto Jardim) e Melhor atriz coadjuvante (Sílvia Poggetti), além da indicação de Melhor atriz (Maria Stela Tobar). Participou do Projeto Formação de Público da Secretaria Municipal de Cultura, que consistiu na apresentação do espetáculo em 9 Centros Educacionais Unificados – CEU - em 2004. Participou da Mostra de Teatro da Prefeitura de São Paulo, apresentandose em fevereiro de 2004 no Teatro Municipal. Participou ainda do projeto Viagem Teatral do SESI, excursionando por 9 cidades do interior de São Paulo. Recebeu ainda indicação ao Prêmio Qualidade Brasil de Melhor diretor de Comédia (Fernando Neves) e Melhor atriz cômica (Carol Badra), além do Troféu Terça Insana na categoria Melhor espetáculo de Comédia. Apresentou-se no Festival Nacional de Teatro de Recife em 2005, sendo aclamado em suas duas sessões lotadas do espetáculo por um público de cerca de 2.000 pessoas. Cumpriu também temporadas em São Paulo no Teatro Augusta em 2006, Teatro Imprensa e no Espaço dos Fofos, em 2008. Em seus 7 anos de apresentação, foi visto por cerca de 60 mil pessoas em mais de 30 cidades brasileiras. Currículo do diretor F ernando Neves, formado pela faculdade de Letras da USP, é ator, diretor e coreógrafo. Trabalhou com nomes como Marcio Aurelio, Marco Nannini, Gabriel Villela, William Pereira, Ednaldo Freire, Abílio Tavares e Reginaldo Faria. Recebeu o Prêmio Governador do Estado de Melhor ator por Lampião e Maria Bonita no Reino do Divino e o Prêmio Qualidade Brasil como Melhor ator de Comédia em Assombrações do Recife Velho. Em dança, contou com nomes como Klaus Viana, Ruth Rachou e Edson Claro. Entre as diversas novelas e seriados nos quais atuou, destacam-se Chiquititas, As Pupilas do Senhor Reitor, Os Ricos Também Choram, Cidadão Brasileiro e Água na Boca. Atualmente desenvolve um método de interpretação baseado na observação de artistas circenses com os quais conviveu desde sua infância. Esse é o trabalho que o diretor começa a irradia através de pesquisas desenvolvidas com alunos da Faculdade Paulista de Artes, e que teve início em 2003 com o espetáculo A Mulher do Trem. Na cia Os Fofos Encenam alterna a direção dos espetáculos com Newton Moreno, sempre guiando as pesquisas da companhia sobre a matriz do teatro nacional e o diálogo com o ator popular. Os Fofos Encenam A formação de Os Fofos Encenam aconteceu em 1992, no curso de Artes Cênicas da Unicamp, com atividades de pesquisa direcionadas ao riso e as raízes do cômico dentro da grade curricular da faculdade. No ano 2000, Os Fofos se reencontraram para a montagem de Deus Sabia de Tudo e Não Fez Nada, de Newton Moreno, espetáculo que marcou a transformação do grupo em companhia profissional de teatro de repertório. Em 2003 realizaram a montagem da comédia A Mulher do Trem, espetáculo vencedor do Prêmio Shell de Melhor Figurino. Já em 2005 encenaram Assombrações do Recife Velho, baseado no livro homônimo de Gilberto Freyre. Esse espetáculo, contemplado com o Programa Municipal de Fomento ao Teatro e encenado no interior de um casarão antigo da Bela Vista participou foi indicado ao Prêmio Shell nas categorias Melhor Diretor, Melhor Direção Musical e Melhor Iluminação. Em 2006, dando continuidade a pesquisa do universo do CircoTeatro, encenaram o primeiro drama de sua carreira: Ferro em Brasa. Contemplado com o Prêmio Myriam Muniz - FUNARTE - Petrobrás, Ferro em Brasa estreou no Teatro Julia Bergmann, na Barra Funda e cumpriu temporada de 3 meses. Recebeu ainda indicação ao Prêmio Shell na Categoria Especial pela pesquisa em Circo-Teatro e Melhor Atriz, com Cris Rocha. Conquistou em 2007 o patrocínio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para Cidade de São Paulo. Ganhou ainda o incentivo do Projeto de Apoio a Cultura - PAC - da Secretaria do Estado da Cultura, viajando com o espetáculo A Mulher do Trem para diversas cidades do interior de São Paulo. Ficha Técnica Texto Maurice Hennequin e George Mitchell Direção Fernando Neves Elenco Alex Gruli Carol Badra Carlos Ataíde Eduardo Reyes Fernando Neves José Roberto Jardim Kátia Daher Marcelo Andrade Maria Stella Tobar Silvia Poggetti Atores alternantes Cris Rocha Erica Montanheiro Paulo de Pontes Zé Valdir Pianista Fernando Esteves Direção Musical Fernando Esteves e Fernando Neves Arranjo da Música Belo Par Pedro Paulo Bogossian Cenário Leopoldo Pacheco e Marcelo Andrade Figurino Leopoldo Pacheco e Carol Badra Maquiagem Leopoldo Pacheco Iluminação Eduardo Reyes Diretor de Palco e Contra Regra Zé Valdir Programação Visual Eduardo Reyes Fotografia Guto Muniz, Jorge Etecheber e Paola Prado Produção e Administração Francisco Marques Direção de Produção Eduardo Reyes Realização Os Fofos Encenam Cooperativa Paulista de Teatro Duração 95 minutos Necessidades Técnicas ● Sofá estofado de 2 lugares* ● Piano de armário, cauda ou meia-cauda* ● Equipe de 13 pessoas (10 atores / 1 pianista / 1 diretor / 1 técnico) * Na dificuldade de atender essas necessidades, contatar a produção. Contato Eduardo Reyes (11) 9691.4670 (11) 3101.6640 [email protected]