N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos BOLETIM INFOR INFORMATIVO DO CIMCIM-RS Reações Adversas a Medicamentos Vamos Notificar? Glossário: 1. Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos: responsável por receber as notificações de RAM, situado na Unidade de Farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e membro do Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos, coordenado pelo The Uppsala Monitoring Center 1 . 2. Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico que ocorra em doses normalmente utilizadas em humanos relacionado com as propriedades farmacológicas do fármaco 2. O efeito colateral é um tipo de RAM previsível. 3. Evento adverso ou experiência adversa: definidos como qualquer ocorrência desfavorável passível de ocorrer enquanto o paciente está utilizando o medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação causal com o tratamento 2,3. O ponto básico é a coincidência no tempo, sem suspeita de relação causal 2. 4. Evento adverso grave é qualquer evento que apresente algum dos seguintes requisitos: ser fatal; ameaçar a vida; ser incapacitante de forma permanente ou significativa; requerer ou prolongar a hospitalização; causar anomalia congênita; requerer intervenção para prevenir incapacidade ou dano permanente 2. 5. Notificação de caso: notificação relativa a um paciente com um evento clínico adverso (ou anormalidade em teste de laboratório) suspeito de ter sido induzido por um medicamento 4. 6. Notificação espontânea: sistema no qual relatos de casos de reações adversas são voluntariamente submetidos à autoridade nacional reguladora pelos profissionais da saúde e indústrias farmacêuticas 4. É atualmente a principal fonte de informação em farmacovigilância 4 e é considerado o método mais eficiente para a identificação dos riscos associados aos medicamentos não conhecidos 5. 7. Queixa técnica: Notificação feita pelo profissional de saúde quando observado um afastamento dos parâmetros de qualidade exigidos para a comercialização ou aprovação no processo de registro de um produto farmacêutico 6. 8. Reação adversa a medicamento (RAM): qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não-intencional a um medicamento, que se manifesta após a administração de doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doença ou para modificação de função fisiológica 7. É importante considerar que se refere à resposta individual 2. Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 1 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos 9. Reação adversa inesperada: uma reação adversa de natureza e gravidade não consistente com a bula ou autorização de comercialização, ou que não seria esperada pelas características do medicamento 2. 10. Sinal: conjunto de notificações sobre possível relação causal entre um evento adverso e um medicamento, sendo a relação desconhecida ou documentada 2,6 previamente 2, mas de maneira incompleta 2,6 . Geralmente, é necessária mais de uma notificação para gerar um sinal, dependendo da gravidade do evento e da qualidade das informações 2,6 e estabelecer a importância clínica (gravidade e impacto de saúde pública) e o potencial do sinal para a adoção de medidas preventivas 6. 11. The Uppsala Monitoring Center: centro colaborador da Organização Mundial da Saúde, localizado na Suécia. Sua principal função é administrar a base de dados internacional de notificações de RAM recebidas dos centros nacionais 8. Introdução: Os medicamentos se tornaram uma problemas relacionados a medicamentos incluem importante ferramenta terapêutica, auxiliando na abuso, mau uso, intoxicação, falha terapêutica e melhoria da qualidade e expectativa de vida da erros de medicação 2. população. Entretanto, para que a farmacoterapia A relação entre os padrões de utilização de tenha êxito e produza os resultados esperados, é medicamentos e a freqüência de RAM é pouco indispensável tenham estabelecida, porém é cada vez mais claro que o sejam perfil de segurança está diretamente relacionado a prescritos e utilizados adequadamente 9. Nas últimas fatores sócio-políticos, econômicos e culturais, que, décadas, alguns estudos têm mostrado que a por sua vez, afetam o acesso, padrões de consumo e morbidade e a mortalidade associadas ao uso de a percepção da população sobre os medicamentos 8. qualidade, que os segurança, medicamentos eficácia, e que medicamentos constituem um importante problema A relação entre número de fármacos de saúde e começam a ser percebidas pelos consumidos e incidência de efeitos adversos é bem 2 profissionais e pelo público . documentada. A porcentagem de pacientes com É importante considerar que a ocorrência de RAM aumenta aproximadamente de 10% com o reações adversas constitui-se em fator intrínseco ao consumo de um medicamento para 100% com uso próprio uso do medicamento 9 . Estudos de 10 medicamentos 1, 7. epidemiológicos realizados nos Estados Unidos indicam que as aproximadamente 10 RAM 10 ocorrem em a 20% dos pacientes hospitalizados, são causa de 3% a 6% das admissões hospitalares 9 e estão entre as maiores causas de mortalidade naquele país 2,10 . Os serviços para As informações coletadas durante o período de desenvolvimento do medicamento, na fase de pré-comercialização são, inevitavelmente, incompletas em relação a possíveis RAM fatores relacionados ao processo 2 por de desenvolvimento *: tratamento de RAM sobrecarregam os gastos com saúde chegando a 15-20% do orçamento dos hospitais em alguns países. Além de RAM, outros Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 2 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos * Norman S. Marks, M. D. – FDA’s MedWatch Program: Outreach to Healthcare Professionals and the Public, material impresso [2005-6]. • • • Testes em animais são insuficientes para • A duração dos ensaios é limitada 2; os estudos prever a segurança em pacientes humanos 2; muitas vezes não duram mais do que 6-12 O número de pacientes nos estudos, em geral, meses, excluindo assim a identificação de é limitado (raramente envolve mais que 3000 reações relacionadas ao uso por longos pacientes); períodos ou efeitos latentes. Os efeitos Pacientes submetidos a ensaios clínicos são secundários raros e/ou de longo prazo podem selecionados; as condições do teste diferem não ser descobertos antes de o produto ser daquelas da prática, excluindo pacientes com aprovado. condições • • clínicas complicadas Esses dados demonstram que os estudos de e polimedicados; vigilância pós-comercialização são importantes para Até o registro do medicamento, a exposição de permitir a detecção de RAM menos comuns, mas, menos de 5.000 indivíduos a um medicamento algumas vezes, bastante graves permite apenas a detecção das RAM mais importante desenvolver uma cultura de notificação comuns 2. Por exemplo, para se ter certeza de de RAM que foram registrados todos os casos de uma profissionais da saúde, de forma que isto se torne RAM, cuja incidência seja de 1 em 10.000 uma rotina aceita e compreendida indivíduos de um programa nacional de vigilância pós- expostos, 30.000 pessoas 4 2, 7 e eventos adversos 12 entre os . A efetividade precisariam ser tratadas 2; comercialização Informações sobre reações adversas raras, participação ativa dos profissionais de saúde por porém graves, toxicidade crônica, utilização estarem em melhor posição para notificar suspeita em grupos especiais como crianças, idosos 2 e de RAM 2 . mulheres grávidas, medicamentosas ou são depende 4 . Por isso é diretamente da interações freqüentemente incompletas ou não estão disponíveis 2; Monitoração da segurança pós-comercialização: É consenso, atualmente, que parte do processo de medicamentos avaliação precisa da ocorrer segurança na fase dos pós- comercialização 8. novos tratamentos são introduzidos constantemente 13 . A monitoração da segurança não deve estar limitada aos novos medicamentos ou avanços A análise da relação risco/benefício muda ao longo do tempo, pois novas informações (em especial sobre segurança) se tornam disponíveis e terapêuticos, mas contemplar o perfil de segurança dos já disponíveis 8. Sem informação sobre o uso e o padrão de consumo, as Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs notificações espontâneas não 3 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos possibilitam determinar a freqüência de uma RAM • Avaliação da contribuição dos componentes atribuível a um produto ou sua segurança em relação inativos (excipientes) para o perfil de segurança; a um produto 8 comparável . Métodos • Comparação de perfis de segurança de epidemiológicos sistemáticos e consistentes que medicamentos da mesma classe terapêutica; avaliem as limitações da notificação espontânea • Vigilância dos efeitos adversos à saúde humana precisam ser incorporados aos programas de de resíduos de medicamentos em animais, por vigilância pós-comercialização 8. exemplo, de antibióticos e hormônios 8. Há outros aspectos da segurança de Quanto mais estruturado for o sistema medicamentos, que deveriam ser incluídos na nacional de farmacovigilância e de notificações, monitoração dos efeitos latentes e de longo prazo maior dos medicamentos: regulatórias adequadas previamente à liberação de a probabilidade de ocorrer decisões • Identificação das interações do medicamento; novos medicamentos. Por exemplo, a exigência de • Medição do impacto ambiental dos medica- haver farmacovigilância nos primeiros anos após mentos utilizados em grandes populações; liberação do medicamento para o mercado 8. Educação, capacitação e acesso a informações confiáveis: Os profissionais da saúde devem estar • Prescrição e dispensação racionais; conscientes sobre a importância da notificação para a • Orientação adequada; saúde da população e para sua prática profissional 12. • Para isso, deve ocorrer a mudança de cultura, que é compreensíveis sobre medicamento. Fornecimento obtida pela educação destes profissionais com 12 relação à importância da notificação . causado pela baixa informações aprendizagem sobre a claras e incidência, gravidade, prevenção e manejo das RAM deveria O uso equivocado de medicamentos é geralmente A de qualidade e começar na formação profissional. A monitoração da segurança estimula os profissionais da saúde a inacessibilidade às informações sobre medica- assumir mentos disponibilizadas aos profissionais da saúde e medicamentos pode ser agravado por 8: efetividade clínica e aumentando a confiança na • Utilização por pacientes não-informados; entre os pacientes utilizam, pelos melhorando a As RAM podem auxiliar na compreensão da • Demanda por medicamentos mais recentes. comunicação que integral prescrição e utilização 8. • Publicidade e divulgação imprecisas; A responsabilidade relação estrutura-atividade do fármaco, dos fatores e farmacocinéticos, farmacodinâmicos e genéticos profissionais da saúde é fundamental para que haja envolvidos 8 e sinalizar outras indicações de uso. Por avaliação concreta dos benefícios, dos riscos e da isso é importante que seja evitada a conotação efetividade do tratamento. Fatores que podem negativa de uma RAM, e que sejam desenvolvidos reduzir significativamente os riscos e a gravidade sistemas para possibilitar que as informações 8 farmacêuticas, clínicas e químicas melhorem o dos efeitos adversos são : • Anamnese farmacológica do paciente; entendimento sobre a ação dos medicamentos 8. Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 4 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos Para identificar as RAM com real de uso e reduz a freqüência das reações adversas. Os importância, é necessário que os profissionais da centros de informações sobre medicamentos, aliados saúde estejam capacitados para diagnosticá-las, aos profissionais da saúde e instituições de gerenciá-las e preveni-las. Nem todos os sinais são capacitação, desempenham papel central nesse tão específicos e facilmente diagnosticados como contexto, com o estímulo da inclusão dos princípios foram a focomelia e micromelia causadas pela e métodos da farmacovigilância e do estudo de talidomida. O reconhecimento de efeitos adversos doenças iatrogênicas nos cursos de graduação e pós- menos óbvios requer atenção e compreensão dos graduação na área da saúde 8. Fornecer um grande princípios de avaliação da causalidade 7, 8. volume de informações ao invés de comunicação A disponibilidade de informação avaliada e qualificada sobre medicamentos melhora os padrões efetiva de informação crítica pode servir como barreira ao uso racional 8, 9. Reconhecimento de RAM: Como as reações adversas a medicamentos podem se manifestar através dos mesmos mecanismos fisiológicos e patológicos de diferentes doenças, torna-se difícil e, às vezes, impossível distingui-las 1,2 . A observação dos passos descritos 6. Analisar causas alternativas (outras que não o medicamento suspeito) que poderiam, por si só, causar a reação 1,2; 7. Observar se houve em exposições anteriores ao mesmo medicamento, ou a similares, episódios iguais ou semelhantes ao atual 1; 2 abaixo pode ser útil na avaliação : 1. Assegurar-se de que o medicamento solicitado 8. Verificar se há dados a respeito de níveis medicamento plasmáticos recebido e realmente utilizado pelo paciente, na diagnósticas corresponde exatamente ao 2 2. Verificar se o início da RAM suspeita ocorreu ou após o medicamento, específicas, provas confirmação do diagnóstico inicial que motivou a administração dose recomendada ; antes do medicamento ter sido administrado 1,2; do fármaco suspeito e possibilidade interações medicamentosas 1; 9. Usar literatura relevante e atualizada 3. Determinar o intervalo de tempo entre o início do tratamento e o início do evento 1,2; de 1,2 , juntamente com a experiência de profissional da saúde para verificar se existem registros sobre propriedades essa reação. Os centros de informações sobre farmacológicas do medicamento podem explicar medicamentos são fontes importantes para 4. certificar-se de que as 1 obtenção destas informações 2; a reação adversa ; 5. Acompanhar o estado do paciente após a 10. Notificar suspeita de RAM ao profissional descontinuidade do uso do medicamento ou da designado para esse fim na sua instituição ou, redução da dose. Se for apropriado, reiniciar o diretamente, tratamento Monitorização de Medicamentos 2. e monitorar a recorrência de ao Centro Nacional de quaisquer eventos adversos 1,2; Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 5 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos Casos passíveis de notificação: RAM 2 : • • • associadas à medicina considerada alternativa têm Em se tratando de medicamentos novos, todas as reações suspeitas, incluindo-se as não- Queixa técnica: graves. Em muitos países, os medicamentos Também é recomendada a notificação de são considerados novos até cinco anos após perda de eficácia e de desvios da qualidade seu registro; especialmente Em se tratando de medicamentos bem problemas de fabricação, medicamentos falsificados conhecidos, todas as suspeitas de RAM graves ou de desenvolvimento de resistência (por exemplo, e as incomuns; antibióticos). Aumento da freqüência de determinada • quando há a possibilidade de Erros de Medicação: É qualquer evento evitável que, de fato ou reação; • sido pouco investigadas 14. Todas as suspeitas de RAM associadas a potencialmente, contribui para o uso inadequado do interações entre medicamento e medicamento, medicamento, estando o produto sob o controle do medicamento e alimento, medicamento e profissional de saúde ou do paciente. Por sua vez, o suplementos alimentares, plantas e medicina uso inadequado pode ter conseqüências negativas alternativa; para o usuário 15. Reações situações adversas a específicas medicamentos como gravidez em O erro pode estar relacionado a produtos e usados na área da saúde (rótulos, embalagens, nomes) ou à prática profissional (problemas de lactação. A farmacovigilância principalmente, com produtos se preocupa, farmacêuticos (incluindo meios de contraste radiológico, vacinas e comunicação, prescrição, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, 15 monitoramento e uso de medicamentos) . produtos para diagnósticos); as reações adversas Centros Nacionais de Farmacovigilância e a comunicação com os profissionais da saúde: A vigilância pós-comercialização de medicamentos é coordenada, principalmente, pelos centros nacionais de farmacovigilância. Em fabricantes e ao público sobre novos riscos de reações adversas 8. Uma estratégia para integrar a colaboração com o Uppsala Monitoring Center, os farmacovigilância à prática clínica é a criação de centros nacionais obtiveram conquistas quanto à linhas de comunicação e colaboração mais amplas coleta e análise das notificações de casos de RAM, entre profissionais da saúde e centros nacionais. Para identificação de sinais, decisões reguladoras na fase que isto ocorra, o centro nacional ou os regionais de fortalecimento de sinal e alerta aos prescritores, precisam ser Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs preparados de forma que a 6 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos comunicação entre os profissionais da saúde e a Os centros de farmacovigilância devem equipe profissional do centro seja facilitada e propiciar acesso imediato ao conhecimento clínico e recíproca. Os centros de informações sobre compartilhar os recursos, até mesmo as bases de medicamentos são locais ideais para esse propósito, dados. Os materiais de comunicação desenvolvidos uma vez que muitas informações de medicamento pelos centros de informações sobre medicamentos são, na realidade, relacionadas a reações adversas a e intoxicação, com inclusão de boletins informativos medicamentos, e suas equipes estão em posição ideal e outras publicações, podem ser utilizados para para apoiar o trabalho da farmacovigilância 8, 9. disseminar alertas sobre medicamentos e outras informações de segurança aos profissionais 8, 9. Manejo das RAM: a pacientes sobre sua terapia farmacológica pode maioria das reações adversas a medicamentos é auxiliar na prevenção ou minimização de reações Embora evitável haja reações imprevisíveis, 3, 11 . Elas podem ser prevenidas pelo: Uso das menores doses possíveis 3: dentro porém compensada pela economia obtida em longo dos intervalos de administração preconizados, prazo com a redução de efeitos adversos, respeitando o quadro fisiopatológico do morbidade e, até mesmo mortalidade. paciente e situações clínicas associadas; Individualização das doses 3: é considerada a melhor forma de prevenção para reações Dependendo do mecanismo envolvido e gravidade, o tratamento de RAM envolve 3: 1. Manejo das manifestações provocadas pelo dependentes de dose. É processo simples medicamento; quando se tem parâmetros clínicos específicos 2. Redução de dose; ou teste laboratorial de fácil aplicação, o que 3. Aumento de intervalo de administração; permite avaliar o efeito da medicação e serve 4. Suspensão da administração, de forma de indicador para ajustes de dose; adversas. Esta iniciativa pode ser dispendiosa, Anamnese cuidadosa 3,11 temporária ou definitiva; : especialmente para 5. Administração de outros medicamentos ou reações que não dependem de dose, atentando instituição de medidas terapêuticas que para história de hipersensibilidade ou prévias reduzam ou anulem os efeitos adversos, manifestações indesejáveis. como antagonistas específicos ou antídotos, Reações adversas podem estar associadas a agentes capazes de acelerar a eliminação características específicas dos pacientes, e estes, do medicamento, hemodiálise ou diálise por desconhecê-las, podem estar expostos a riscos peritoneal; maiores. Paralelamente, como efeitos indesejáveis 6. Estabelecimento de medidas gerais de podem advir de fatores ambientais ou de interações suporte, como manutenção de vias aéreas e medicamentosas, automedicação responsável e de parâmetros cardiovasculares, correção cuidados básicos de saúde são temas a serem de distúrbios eletrolíticos ou ácido-básicos. enfatizados junto aos pacientes. A educação dos Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 7 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos Formulário de Notificação de Suspeita de Reações Adversas a Medicamentos: No Brasil, o Formulário de Notificação de Suspeita de Reações Adversas a Medicamentos pode ser obtido na página eletrônica da ANVISA 16 . É importante ressaltar que os caminhos para acesso ao sistema da NOTIVISA e modelos de formulários utilizados pela ANVISA podem sofrer alterações. O centro nacional de monitoração preserva a confidencialidade dos dados do paciente e do profissional de saúde (notificador). 1. Acesso ao Formulário para quem não possui cadastro prévio: - Acessar http://www.anvisa.gov.br; - Clicar NOTIVISA (ícone à esquerda da tela); - Acessar Cadastro: - Localizar Profissionais da Saúde / Clicar Acesso ao Cadastro; - Preencher e enviar o cadastro: Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 8 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos - Informar e-mail e senha, e Acessar; - Clicar Notificar (ícone à esquerda na tela): após identificar Produto Motivo da Notificação, responder Sim em Houve dano à saúde? - Avançar: Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 9 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos - Preencher o restante dos campos, e Enviar: 2. Acesso ao Formulário para quem já possui cadastro prévio: - Acessar http://www.anvisa.gov.br; - Clicar NOTIVISA (ícone à esquerda da tela); - Clicar Acesso ao Sistema (canto superior direito na tela); - Informar e-mail e senha, e Acessar; - Clicar Notificar (ícone à esquerda na tela): após identificar Produto Motivo da Notificação, responder Sim em Houve dano à saúde? – Avançar; - Preencher o restante dos campos, e Enviar. É possível também notificar desvios de qualidade de medicamentos e de outras categorias de produtos passíveis de registro na ANVISA, preenchendo o Formulário de Queixa Técnica de Medicamentos 16. Para localizá-lo, seguir os passos descritos anteriormente até: - Clicar Notificar (ícone à esquerda na tela): após identificar Produto Motivo da Notificação, responder Não em Houve dano à saúde? – Avançar; Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 10 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos - Preencher o restante dos campos, e Enviar: Disponível em: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs 11 N° 1 – agosto de 2008 – Farmacovigilância: Reações Adversas a Medicamentos REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação: consulta a banco de dados. Disponível em: http://e- legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=14154&word=. Acesso em: 22 ago. 2008. 2. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Segurança dos medicamentos: um guia para detectar e notificar reações adversas a medicamentos. Por que os profissionais de saúde precisam entrar em ação / Organização Mundial da Saúde. Brasília: OPAS/OMS, 18 p., 2004. 3. 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