Pontos fracos e fortes PIB joinvilense

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Pontos fracos e fortes
Legenda
potencial
Potenciais e entraves da economia joinvilense
Polo industrial consolidado
PIB joinvilense
% sobre o total brasileiro
0,47
0,50
0,42
0,45
0,40
0,35
0,35
0,25
0,15
0,40
0,39
0,39
0,41
0,42
0,45
0,43
0,44
Cultura empresarial
0,30
0,30
0,20
0,37
0,35
0,40
0,19
0,15
0,19
0,18
0,10
0,05
0%
1920
1939 1949
1959 1970
1975
1980 1985
1996
1999 2000
2001 2002 2003
2004
2005 2006
2007
2008
Distribuição setorial (em %)
Indústria Comércio e serviços
90
% Agropecuária
80
59.5
54,4
54,5
50,5
60
46,4
50
40
34,6
45,1
35,2
45,9
45,2
30
20
30,2
1,8
10
67,7
1939 1949
1959 1970
681,4
1975
4.007,2
O setor representou 54,5%
do PIB joinvilense em
2008 e teve mais crescimento na
criação de novos empregos do que
a indústria no primeiro semestre.
Para Oliveira, a juventude tem um
papel importante na expansão dos
serviços. “Os jovens estão montando
pequenas unidades de negócios.
As grandes estão mais enxutas,
destinando para as pequenas
serviços como recrutamento,
assessoria jurídica e contabilidade”,
diz o professor de economia
industrial.
Acesso a rodovias
21,2
0,3
0%
1920
“Os colonizadores eram
empreendedores, assim
como seus filhos, netos e bisnetos.
Está na cultura da cidade”, diz o
professor de economia industrial da
Univille, Adilson Gomes de Oliveira.
Anderle acrescenta que há também
cultura de poupança e que as
empresas que nasceram em Joinville
se originaram a partir de recursos
pessoais. “A cidade tem potência na
capacidade empresarial e a gestão
de negócios”, acrescenta.
Serviços em expansão
77,6
70
O setor foi responsável por
45,22% do produto interno
bruto (PIB) em 2008, segundo o
IBGE, e por 39,6% dos novos postos
de trabalho com carteira assinada
no primeiro semestre do ano. Para
Wilmar Anderle, economista e
professor emérito da Universidade
da Região de Joinville (Univille),
além de consolidada, a indústria
joinvilense também é diversificada.
Ele destaca “o contingente grande
de fornecedores locais e regionais
e a complementação da cadeia
produtiva”.
1980 1985
1996
10.405
1999 2000
9.602,4
em R$ milHÕES
2001 2002 2003
9.703,1
2004
2005 2006
11.677,2
2007
2008
13.978,7
O economista Adilson de
Oliveira diz que o fato de
Joinville ser cortada pela BR-101
é uma grande vantagem, pois a
rodovia, além de ligar Norte e Sul
do País, vai se tornar um “eixo de
acesso aos países do Mercosul,
principalmente a Argentina”.
entrave
Andre Kopsch, bd, 16/6/2011
Proximidade com portos
“Em um raio de 500 km,
temos cinco portos. É
algo raro no mundo e facilita o
escoamento e recebimento de
tecnologia”, afirma Oliveira. “Joinville
deve chegar a 750 mil habitantes nos
próximos 25 anos, mas acredito que
pode crescer mais se considerar o
entorno, a importância econômica.
Temos portos, aeroportos, BR-101,
temos que preparar a cidade para
mais que isso”, diz o primeiro-vicepresidente da Fiesc, Mário Cézar
Aguiar.
Infraestrutura
(Energia, saneamento e
aeroporto)
O professor Oliveira destaca que,
ainda que não esteja no nível ideal,
os itens estã omelhorando, pois
estão recebendo investimentos.
“Estamos atrasados nestes setores.
Se a preocupação existisse há mais
tempo estaríamos muito melhores”.
Tecnologia
Apesar de iniciativas
como os parques
tecnológicos, especialistas apontam
que há pouco aproveitamento destes
espaços. “Com o crescimento vivido
pela cidade, ela poderia ser um polo
tecnológico mais importante nos
cenários catarinense e nacional”,
defende Oliveira.
Mão de obra qualificada
Os três especialistas
afirmam que Joinville
é reconhecida por ter mão de obra
qualificada, mas atentam para a
necessidade de mais investimentos
em educação. “Existem cursos
de todos os tipos, instituições em
quantidade, mas a demanda é
maior que a formação, o que se
torna uma ameaça”, diz Anderle.
“As empresas querem profissionais
prontos. Joinville é bem servida de
instituições de ensino, o problema é
que as empresas querem qualificação
como mestrado e doutorado, mas o
nível salarial não acompanha. Não
basta jogar a responsabilidade para
o empregado. É preciso fidelizar o
funcionário”, acrescenta Oliveira.
Mobilidade urbana
“Temos problemas graves
com esta questão, mas que
tem solução. Faltam vontade política
e investimento. Estes recursos
precisam vir do governo federal,
mas, para isso, o município precisa
apresentar projetos sustentáveis,
ir em busca dos investimentos na
esfera federal”, argumenta Aguiar.
“Não temos ciclovias. As pessoas
moram em até 10 km de seu
trabalho e são obrigadas a usar
carro”, diz Oliveira.
Esgotamento do modal
rodoviário
Apesar da facilidade no
acesso, o futuro das rodovias
preocupa os especialistas. Eles
consideram preocupante a situação
da BR-280 e da BR-101. “A cidade
tem bastante área, para novos
empreendimentos, mas em dez
anos não terá mais espaços às
margens da BR-101”, alerta Oliveira.
“Sofremos com pouco investimento
estadual e federal. Faltam força
política e recursos. Obras como
a duplicação da BR-280 estão
esquecidas. Recebemos recursos
insuficientes”, acrescenta Anderle.
Falta de leis de ordenamento
de uso e ocupação do solo
“A lei de ordenamento urbano
complementa o Plano Diretor
da cidade. Existe uma colcha de
retalhos que precisa ser modificada.
Foi sendo alterada por necessidade,
mas essas mudanças podem ser
prejudiciais”, afirma Aguiar.
Falta de modelo integrado de
desenvolvimento
“Quando uma empresa vem de
fora, não leva mais em conta
a cidade, está buscando uma
região, por isso a importância da
integração, principalmente em
questões como transporte urbano”,
diz Anderle. “Temos que pensar
em uma região metropolitana. Foi
nisso que a UFSC pensou quando
decidiu vir para Joinville. Não
se pode pensar individualmente
para não perder investimentos.
Precisamos de uma entidade que
congregue os municípios para pensar
regionalmente. Joinville, como maior
cidade da região, tem muito com
o que contribuir. A união auxiliaria
todas. Se não formos modelo, não
vamos estimular o crescimento
ordenado na região”, diz Aguiar.
Influência da economia externa
Joinville é uma grande cidade
exportadora e a terceira maior
economia do Sul do País, perdendo
só para Porto Alegre e Curitiba.
Considerando o produto interno
bruto (PIB) de 2008 – o último dado
disponível para os municípios, que é
calculado pelo IBGE –, as vendas ao
mercado externo responderam por
26% da riqueza gerada pela cidade,
a mesma proporção da França, a
segunda maior economia da Europa
continental. Para os especialistas, o
câmbio, a carga tributária e todos
os itens que formam o custo Brasil
reduzem a competitividade e podem
prejudicar o desenvolvimento
da cidade. “Quase um terço da
produção joinvilense vai para
mercados internacionais. Ter que
focar apenas o nacional necessitaria
uma mudança”, diz Anderle. “O País
está sendo invadido por produtos
importados. Só podemos competir
se tivermos mão de obra qualificada
e inovação tecnológica. A falta de
infraestrutura adequada e problemas
com questões trabalhistas fazem
com que sejamos prejudicados pelo
custo Brasil”, afirma o primeiro-vicepresidente da Fiesc, Mário Aguiar.
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