MICROPARTÍCULAS DE O-CARBOXIMETILQUITOSANA MODIFICADA DE DILTIAZEM PARA LIBERAÇÃO Acadêmica: Thamiris Yumi INOUE Orientadora: Profa. Dra. Ruth Meri Lucinda-Silva Resumo: Vantagens como aumento da dispersibilidade, estabilidade química, biodisponibilidade e redução da toxicidade tem sido observado na incorporação de fármacos em sistemas microparticulados. A quitosana e seus derivados hidrofílicos tem sido aplicadas como carreadoras para liberação modificada de fármacos, resultando na modulação da liberação destes. Com base nos resultados obtidos em estudos desenvolvidos com a Ocarboximetilquitosana, derivado carboximetilado da quitosana, como excipiente para sistemas terapêuticos de liberação modificada, o presente trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de microesferas de OCMQS contendo o fármaco modelo diltiazem pela técnica de spray-drying. Inicialmente foi sintetizado e caracterizado o derivado hidrofílico OCMQS a partir da quitosana comercial. A obtenção da microesferas foi otimizada através de planejamento fatorial incluindo parâmetros do processo de secagem por spray-drying e proporção fármaco:polímero. As microesferas foram caracterizadas quanto aos aspectos morfológicos, granulométricos, de eficiência de encapsulação e perfil de liberação in vitro. As microesferas de OCMCS apresentaram morfologia e tamanho dependentes da formulação. As partículas são esféricas e com superfície lisa. Observou-se uma relação direta entre a concentração de polímero e adjuvantes comos aspectos morfológicos, mas o aumento da concentração de polímero na presença do dióxido de silício coloidal e tensoativo permitiu a obtenção de microesferas com menor alteração na superfície, provavelmente causado pelo processo de secagem. As microesferas possuem tamanho médio de partícula menor que 2 µm e estreita distribuição de tamanho de partícula. A incorporação do fármaco na proporção de 2:1 ou 5:1 (polímero:fármaco) resultou em microesferas com o fármaco completamente encapsulado. Partículas com uma razão de 1:1 fármaco:polímero apresentou maior aglomeração e partículas de fármaco nãoencapsuladas. O teor de fármaco, a eficiência de encapsulação e o perfil de liberação foram dependentes da proporção fármaco:polímero. Microesferas preparadas com maior proporção de polímero apresentaram maior controle sobre a liberação do fármaco.