UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC GABRIEL HAHN HENDLER OBTENÇÃO DE DERIVADO DE IBUPROFENO E ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO POR SÍNTESE ENZIMÁTICA UTILIZANDO A ENZIMA COMERCIAL CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010 GABRIEL HAHN HENDLER OBTENÇÃO DE DERIVADO DE IBUPROFENO E ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO POR SÍNTESE ENZIMÁTICA UTILIZANDO A ENZIMA COMERCIAL Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do grau de Farmacêutico Generalista do Curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. CRICIÚMA, 25 DE NOVEMBRO DE 2010 BANCA EXAMINADORA Prof. Eduardo João Agnes – UNESC Orientador Profª Patrícia Amaral – UNESC Examinadora Profª Simone Gnoatto - UNESC Examinadora OBTENÇÃO DE DERIVADO DE IBUPROFENO E ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO POR SÍNTESE ENZIMÁTICA UTILIZANDO A ENZIMA COMERCIAL Gabriel H. HENDLER1, Eduardo João AGNES2. 1 Acadêmico do Curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC. 2 Professor Orientador do Curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC. Departamento de Farmácia – Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma – SC Brasil. Correspondência: Gabriel Hahn Hendler, Rua João Cardoso Rolin, nº 1123, Bairro Centro, Três Cachoeiras – RS, Brasil. CEP: 95580 000 E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO As enzimas são macromoléculas catalisadoras de sistemas biológicos altamente eficientes e com uma grande diversidade de reações químicas devido a sua capacidade de se ligar especificamente a uma ampla gama de moléculas. Grande parte das enzimas conhecidas são proteínas, as quais possuem notáveis dispositivos moleculares que determinam o perfil das transformações químicas uma vez que estas possuem alto poder catalítico e grande especificidade (BERG; TYMOCZKO & STRYER, 2008). As funções de todos os organismos vivos dependem de reações químicas, as quais são catalisadas por enzimas específicas para cada sítio. Sem a atuação dessas enzimas, as condições para reações dentro da célula tornam-se incompatíveis com a sobrevivência. Assim, as enzimas desempenham um papel vital na função celular normal (GENNARO, 2004). A utilização de enzimas em diferentes campos como forma de aceleração ou de rotas alternativas para obtenção de determinados produtos tem se tornado comum nas indústrias química, farmacêutica, cosmética e de alimentos. O avanço das pesquisas nos últimos anos levou a uma melhor compreensão do comportamento catalítico das enzimas e, associado a engenharia molecular, conduziram a novas aplicações de várias enzimas, tais como proteases, acilases, oxidases, amilases, glicosidases, celulases e lipases (VILLENUEVE, 2007). Além das vantagens inquestionáveis, existe uma série de problemas práticos na utilização de enzimas. Dentre estes problemas, destaca-se: o elevado custo de isolamento e de purificação de enzimas, a instabilidade das suas estrutura quando isolada de seu ambiente natural e a dificuldade de detecção de substâncias inibidoras. Vários métodos têm sido propostos para superar essas limitações, sendo que uma das mais bem sucedidas é a imobilização enzimática (KRAJEWSKA, 2004). Trabalhos desenvolvidos por Pereira et al. 2001 e Oliveira et al. 2000, mostraram que a imobilização da lípase em quitosana apresentou resultados satisfatórios na técnica de imobilização por adsorção física, sendo que houve um aumento na estabilidade da lípase na reação de esterificação. Dessa forma, considerando um desempenho satisfatório da quitosana como matriz de imobilização de lípase, julga-se conveniente um estudo mais detalhado referente à aplicação do sistema imobilizado resultante em reações típicas catalisadas pela lípase. As lipases, em particular, constituem uma classe de enzimas de grande importância na biocatálise em meio orgânico. Sua boa estabilidade na presença de solventes orgânicos propicia a utilização na catálise de reações químicas envolvendo substratos insolúveis em meio aquoso e em etapas intermediárias de processos químicos convencionais. (BEVILAQUA, 2005). As enzimas hidrolíticas são biocatalisadores versáteis capazes de catalisar reações de hidrólise, esterificação, interesterificação, transesterificação, aminólise e lactonização, tanto em meio aquoso como em meio orgânico. As lipases são amplamente utilizadas em uma variedade de segmentos biotecnológicos como na indústria de alimentos, no desenvolvimento de aromas e maturação de queijos; na produção de detergentes e na indústria oleoquímica, na hidrólise de óleos e gorduras e na síntese de biosurfactantes. No entanto, a sua aplicação atinge maior destaque na indústria farmacêutica, onde esta proporciona a obtenção de fármacos ou insumos farmacêuticos em suas formas enantioméricas ativas com elevado grau de pureza óptica, uma vez que as lipases são capazes de reconhecer moléculas quirais e atuam de forma seletiva em um dos isômeros de uma mistura racêmica (FABER, 2000 apud CARVALHO et al.,, 2005). Oss processos biocatalíticos demonstram um campo promissor dentro das novas tecnologias para síntese de compostos com alto valor agregado, uma vez que a reação de esterificação enantiosseletiva catalisada por lipases tem sido utilizada com sucesso na resolução dos profenos (MARGOLIN, ( 1993 apud CARVALHO et al., al 2005). Além disso, a biocatálise está se tornando uma importante ferramenta com grande crescimento em companhias farmacêuticas e de química fina para obtenção de intermediários farmacêuticos e de ingredientes ativos farmacêuticos, com o objetivo de otimizar reações para o aumento da estereosseletividade estereosseletividade e do rendimento além do abrandamento das condições de reação. (ARNUM, 2007). O ácido acetil salicílico licílico é o mais usado nos salicilatos. Sua ação primaria é a inativação da ciclo-oxigenase oxigenase por acetilação irreversível da prostaglandinasintase, enzima zima que catalisa a primeira fase de biossíntese da prostaglandina a partir do ácido araquidônico. (KOROLKOVAS & FRANÇA, 2008). O outro fármaco que será utilizado é o ibuprofeno que foi introduzido introd como um antiinflamatório não-esteróide esteróide (AINEs) no Reino Unido em 1969 e nos Estados Unidos Estados em 1974. Foi desenvolvido como resultado direto do problema associado ao uso de corticóides no tratamento de irritação i e intolerância geral dos AINEs AINE disponíveis na época. (DAVIES, 1971; BUSSON et al, 1986). Ibuprofeno, 2-(4-isobutilfenil) isobutilfenil) ácido propiônico é um um medicamento antianti inflamatório não esteróide amplamente usado que pertence à família dos derivados do ácido 2-aril propiônico nico com um carbono assimétrico na segunda posição. Mesmo que o S-(+)-enantiômero seja conhecido por ser cerca de 100 vezes mais ativo do que o seu [R-(-)-enantiômero], ], o ibuprofeno é ainda comercializado comercializad como racemato. Nos últimos anos, vários métodos para a obtenção de compostos opticamente puros foram publicados. Entre eles, o uso de enzimas enzimas tem atraído muito interesse devido à sua excelente estereosseletividade e condições brandas de reações (BERG; TYMOCZKO & STRYER, 2008). Com om isso, analisando a característica química de determinados fármacos pertencentes a classe dos antiinflamatórios antiinflamatórios não esteroides, perceber que estes são passíveis de sofrerem o processo de esterificação de sua estrutura, bem como o Ibuprofeno e o Ácido Acetil Salícilico (AAS), os quais possuem um grupamento ácido carboxílico em sua estrutura. A escolha dos do medicamentos Ibuprofeno e o AAS foi em função do seu fácil acesso e por suas características químicas como mostra o esquema 1. 1 Esterificação do AAS O O Lipase-Livre OH O CH3(CH2)6CH2OH O O pH 7 25 0C O O Esterificação do Ibuprofeno Lipase-Livre OH O CH3(CH2)6CH2OH O pH 7 25 0C O Esquema 1: Esterificação dos fármacos. Nisso o presente trabalho buscou promover a esterificação destes fármacos por meio da catalise enzimática proporcionada por lipases, buscando a obtenção de ésteres com função farmacológica modificada ou ainda novos modos de utilização, como uma possível via tópica. MATERIAL E MÉTODOS Materiais Foram utilizado a lípase pancreática comercial adquirida de indústria Sigma especializada. Como material de partida foi utilizado os fármacos (AAS e Ibuprofeno). Outros reagentes utilizados foram solventes (acetona, álcool etílico, álcool octilico, glutaraldeído 2,5%, hexano); sais (fosfato dibásico de potássio, fosfato monobásico de potássio); bases (hidróxido de potássio), adquirida na industria Synth. Aparelhos e equipamentos Para a esterificação e imobilização da enzima foram utilizados o agitador magnético, modelo Q-261-2 (QUIMIS); bomba á vácuo, modelo Q-355D2 (QUIMIS), agitador de Kleine (BIOMIXER, TS 2000A), estufa (DELEO), IV e CCD. Ativação do suporte A quitosana foi embebida em solução de glutaraldeído 2,5% (v/v), tampão fosfato de sódio 0,1M em pH na faixa entre 7 e 8, na proporção sólido líquido de 1:10 sendo mantido sobre o agitação por 1 hora. Após este período, o suporte foi lavado exaustivamente com água destilada e solução tampão de fosfato, sendo levado à estufa (60 ºC) por 24 horas, como mostra o esquema 2 (PEREIRA et al 2001). Ativação do suporte Esquema 2: Ativação do suporte de quitosana. Imobilização da lípase Após o suporte ativado, este foi embebido em hexano na proporção 1:10 e mantido sobre o agitação durante 2 horas. Após este período, para cada grama de suporte ativado (matéria seca), foram adicionados 250 mg de lípase na forma livre. O sistema foi mantido sob agitação até a completa evaporação do hexano, hexano como mostra o esquema 3 (PEREIRA et al, 2001). Imobilização da lipase Esquema 3: Imobilização mobilização da enzima. Determinação da atividade de esterificação As amostras foram preparadas com replicações em frascos frascos de Erlenmeyer de 125 mL e nestas foram adicionados 4 mL de álcool octílico, octílico, 4 mL de solução tampão fosfato de sódio 0,1 M (nos pHs de 6, 7 e 8), 0,125 mg de enzima e 100 mg de fármaco. Os frascos ficaram a 25 ºC ou 37 ºC por 5 ou 10 minutos sob agitação.. Após o período, período a reação foi paralisada pela adição de 15 mL de uma mistura de acetona e etanol (1:1). A determinação da atividade de esterificação por titulometria é baseada no método utilizado por Aguiar e colaboradores (2010) que consiste na titulometria com solução de KOH 0,02 M, utilizando fenolftaleína como indicador. indicador Os cálculos foram realizados pela equação (1) onde uma unidade de atividade foi definida como a quantidade de enzima que esterifica 1 µmol de ácido graxo por minuto de reação, nas condições do ensaio.. Para cada análise de atividade, foi realizado um controle utilizando dos mesmos reagentes, entretanto imediatamente inativado com a solução de acetona e etanol, ou seja, tempo zero de atividade. As atividades foram expressas em µmoles/mg.min (U), onde miligrama refere-se à massa de enzima livre ou imobilizada. U(µmoles/ mg.min) = (Va - Vb) x M x 106 (1) txm onde: m = massa de enzima (mg); M = concentração da solução de KOH (M); t = tempo de reação (minutos); Va = Volume de KOH gasto na titulação da amostra; Vb = Volume do KOH gasto na titulação do branco. Propriedades catalíticas da lípase livre e imobilizada em função do pH e da temperatura A lipase pancreática comercial na forma livre e imobilizada foi caracterizada quanto à sua atividade específica em função do pH e da temperatura, bem como à sua estabilidade térmica quando incubada em presença de solução-tampão. A influência do pH e temperatura nas atividades da lipase livre e imobilizada foram estudadas utilizando-se a reação de esterificação na faixa de pH entre 6 a 8, na temperatura de 25 e 37ºC (PEREIRA, 2001). Análise qualitativa dos ésteres produzidos As análises qualitativas das moléculas obtidas foram feitas por cromatografia em camada delgada – CCD, para verificar a conversão em éster. Para isso, as moléculas foram dissolvida em éter de petróleo e aplicada em uma placa cromatográfica contendo sílica como fase estacionária. Os padrões empregados foram o ibuprofeno na primeira amostra e AAS na segunda amostra além do álcool octílico utilizado, também dissolvido em éter de petróleo. A fase móvel utilizada na cuba cromatográfica foi uma mistura de éter de petróleo, éter etílico e ácido acético na proporção de 80:20:1, respectivamente. As placas cromatográficas, após eluição, foram reveladas com lâmpada UV e o Rf das manchas dos padrões e dos componentes das amostras foi determinado e comparado (FERRARI, 2005; PINTO et al, 2005). RESULTADOS E DISCUSSÃO Sendo que o mecanismo de ação dos fármacos é inibir as enzimas ciclooxigenases, o que podem interferir na atividade do biocatalizador, a imobilização pode ser uma alternativa viável para obter-se um bom rendimento de atividade. Portanto neste trabalho foram utilizadas a lipase livre e imobilizada em comparação para determinar o melhor rendimento. Para isso, foi necessário a imobilizar a enzima em quitosana com espaçador de glutaraldeído 2,5% como mostra a esquema 1. Estas foram usadas em diversos experimentos, variando o pH e a temperatura para a esterificação dos fármacos ibuprofeno e AAS com o objetivo de obter o melhor meio de reação. Determinação da atividade de esterificação da lípase livre e imobilizada em função da temperatura O tempo de 5 e 10 minutos foram adotados para determinação da atividade enzimática baseado em pesquisas e trabalhos já realizados por outros pesquisadores como Aguiar e colaboradores (2010). Dessa forma, foi necessário determinar a melhor faixa de temperatura onde a lipase livre e imobilizada expressam sua melhor atividade catalítica para a esterificação dos fármacos. As lípases são usualmente estáveis à temperatura ambiente, sendo que a maioria apresenta uma atividade ótima na faixa de temperatura entre 30 a 40 ºC (TANG, 2006). Sua termoestabilidade varia consideravelmente em função de sua origem. Portanto, para a determinação da temperatura e pH ótimos da lipase livre e imobilizada, variou-se a temperatura entre 25 e 37 ºC e o pH entre 6 a 8 nos experimentos que foram utilizados os fármacos AAS e Ibuprofeno, como mostra a Tabela 1. Tabela 1: Determinação da atividade de esterificação das lipase livre e imobilizada, dado em média de Unidade de Atividade (U). AAS pH Atividade (U) 5` minutos Ibuprofeno Atividade (U) 10` minutos Atividade (U) 5` minutos Atividade (U) 10` minutos Ensaio Realizado na Temperatura de 25°C, com a Lipase Livre 6 200 94,4 172,8 110,4 7 576 273,6 140,8 35,2 8 134,4 30,4 57,6 14,4 Ensaio Realizado na Temperatura de 37°C, com a Lipase Livre 6 0 0 0 0 7 387,2 194,4 0 0 8 78,4 0 0 0 Ensaio Realizado na Temperatura de 25°C e 37°C, com a Lipase Imobilizada 25°C 37°C 25°C 37°C 6 0 392 246,4 0 7 281,6 0 0 0 8 0 0 0 60,8 Pode-se observar que com os resultados da Tabela 1, que a máxima atividade da lipase livre ocorreu com o fármaco AAS a 25 ºC no tempo de 5 minutos quando alcançou 576 U. Enquanto a lipase imobilizada em quitosana apresentou uma atividade máxima igual a 392 U com o AAS a 37 ºC no tempo de 10 minutos (Tabela 1). Tanto a lipase livre quanto a imobilizada diminuíram sua atividade de esterificação quando aumentou-se a temperatura. O aumento da temperatura pode promover aumento da velocidade de desnaturação térmica da lípase reduzindo, a velocidade de formação dos produtos. Os dados de atividade em função da temperatura são úteis para estudar o efeito da temperatura sobre uma reação enzimática. Acima de certo limite, à medida que se aumenta à temperatura, a atividade diminui, indicando a inativação da enzima pelo efeito térmico (ZANIN, 2001). Determinação da atividade de esterificação da lípase livre e imobilizada em função do pH A influência do pH na esterificação enzimática está correlacionada com o estado de ionização de resíduos de aminoácido da enzima que são essenciais à esterificação. Como as enzimas são proteínas e contém muitos grupos ionizáveis, estes podem estar em diferentes estados de ionização, por isso, a atividade de esterificação é restrita a uma pequena faixa de pH e na maioria dos casos há um pH ótimo definido (HARTMEIER, 1988). Nesse caso, a atividade da enzima deve ser então medida no pH ótimo. Analisando os dados de atividade em função do pH observou-se que, a maior atividade (576 U) da lipase livre frente ao AAS foi encontrada em pH 7,00 e para o sistema imobilizada foi encontrada em pH 6,00 (392 U), indicando que a lipase imobilizada apresentou uma maior estabilidade frente a um pH mais ácido. Já para o ibuprofeno, observou-se que o pH ótimo de atividade é o pH 6, tanto para a enzima livre quanto para a imobilizada. Análise qualitativa dos ésteres produzidos por Cromatografia de Camada Delgada (CCD) As caracterização do comportamento em CCD das amostras, foram realizada através da intensidade e valor de Rf. Apesar de ser um método simples de análise, houve dificuldade em aplicar a CCD, não tendo um resultado satisfatório. O eluente arrastou as amostras para o fronte do eluente indicando que pode não ser o éter de petróleo, éter etílico e ácido acético, na proporção de 80:20:1, respectivamente, a fase móvel adequada, já que não se sabe as características do produto formado. Como também o éter de petróleo pode ser impróprio para diluição das amostras, assim não obtendo um resultado satisfatório com a CCD. Portanto existe a necessidade da repetição do método de analise ou utilização de outro método como espectrofotometria na região do infravermelho, entretanto a escassez de tempo para a elaboração do trabalho de conclusão de curso implicou em deixar essas análises para o futuro. A enzima por ter afinidade diferente ao substrato, provavelmente tenha mais acesso ao sitio ativo para o AAS na forma livre, já para o ibuprofeno, a enzima imobilizada teve uma melhor afinidade a esse substrato, pois ela torna-se mais estável frente a variação de pH, temperatura e substratos diferentes. Com isso, os melhores resultados de uma provável esterificação, foram com o fármaco AAS utilizando a lipase livre. E na lipase imobilizada o ibuprofeno teve melhor esterificação mas menor atividade em comparação com a esterificação do AAS. CONCLUSÃO Ao término do trabalho e posterior análise dos resultados pode-se observar que a lipase, quando imobilizada possui uma atividade menor em comparação com a enzima livre, porém sua resistência (estabilidade) aumenta significativamente. Observa-se que a enzima livre trabalhou melhor na temperatura de 25ºC e a imobilizada na temperatura de 37ºC. Assim quando em condições ideais de temperatura a atividade catalítica da enzima utilizada pode aumentar. A enzima lipase quando imobilizada teve menor rendimento quando comparada com a enzima livre, porém a imobilizada trabalhou melhor numa faixa de pH 6 e por mais tempo, diferenciado da livre que o pH com melhor atividade foi o pH 7 e atuou por menor tempo. Testes preliminares foram realizados para dar inicio a uma linha de pesquisa na área de síntese de fármacos quirais por catálise enzimática, e desta forma alguns ensaios deverão ser refeitos, (CCD, Infravermelho) além de novas analises deverão ser desenvolvidas para otimização destas metodologias para o futuro. Conclui-se com isso, que a utilização de enzimas lipase na esterificação como biocatalisador mostrou-se potencialmente útil, possibilitando a obtenção de compostos opticamente puros e assim, promovendo desenvolvimento na área de síntese de fármacos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR O. R.; MONDARDO R. M.; AGNES, E. 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